Coritiba ignora pressão do Paysandu, vence e se classifica para as quartas
Papão leva 36 mil pessoas para o Mangueirão, mas não consegue
furar a marcação eficiente do Coxa, que avança na Copa do Brasil
Por GLOBOESPORTE.COM
Belém, PA
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Com grande vantagem após a goleada por 4 a 1 no jogo de ida, no Couto
Pereira, o Coritiba segurou o entusiasmo dos 36 mil torcedores que
compareceram ao Mangueirão na noite desta quarta-feira, venceu o
Paysandu por 1 a 0 e ratificou a classificação às quartas de final da
Copa do Brasil. O adversário na próxima fase sai do vencedor do duelo
entre Vitória e Botafogo - no primeiro jogo, em Salvador, empate em 1 a
1. A decisão da vaga será na próxima quarta, no Rio de Janeiro.
O Papão sabia que a missão era complicada, precisava de fazer três gols
e não levar nenhum. Empurrado por uma entusiasmada torcida, que encheu o
estádio, tentou partir para a cima, mas o Coxa soube segurar com
inteligência e aumentar o placar somatório dos dois jogos. O meia Tcheco
foi o responsável por balançar as redes.
O gol alviverde saiu aos 44 minutos do primeiro tempo, mas não
desanimou o time da casa. As duas torcidas asssitiram a um segundo tempo
movimentado e repleto de chances para os dois lados. Mesmo assim, a
defesa coritibana foi mais combativa e segurou o ímpeto bicolor.
O Coxa volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Atlético-PR,
na Vila Capanema, às 16h (de Brasília), no primeiro jogo da final do
Campeonato Paranaense. O Paysandu está fora das finais do Paraense e
fica sem calendário até a estreia na Série C do Campeonato Brasileiro.
Tcheco e colegas comemoram o gol da vitória do Coxa sobre o Papão (Foto: Tarso Serraf / Agência Estado)
Papão precisa do resultado, mas Coxa equilibra e sai na frente
O Paysandu precisava emplacar três gols para conseguir a classificação,
e a intenção do técnico Lecheva era colocar um time para a frente, não
perder tempo. Mas o Coxa assustava, dominava o meio-campo e ia para
cima. A única alternativa que restou ao Papão foi explorar o
contra-ataque e as faltas frontais. Na mais perigosa, aos cinco, o
lateral Yago Pikachu cobrou bonito, e o goleiro Vanderlei espalmou. O
time paraense até balançou as redes, aos 17, mas o gol foi corretamente
anulado, pois o meia Thiago Potiguar estava impedido.
O Bicolor tentou furar o bloqueio que o Coxa construiu na defesa. O
time paranaense levou o jogo na boa, sem procurar tanto o contra-ataque
ou oferecer brechas para o adversário. O que chamava a atenção era o
alto número de cartões amarelos: cinco, três para o lado do Papão e dois
para os alviverdes, no primeiro tempo.
O balde de água fria na empolgação da torcida e do time do Paysandu
veio aos 44. O meia Everton Ribeiro fez boa jogada na entrada da grande
área, se livrou de dois marcadores, entrou na área e foi empurrado pelo
zagueiro Douglas. O árbitro Francisco Carlos Nascimento errou ao marcar
falta em vez do pênalti. O meia Tcheco não deu atenção para o equívoco.
Foi para a bola e acertou o canto esquerdo do goleiro Ronaldo: 1 a 0
para o Coritiba.
Jogo aberto e disputado
O gol do Coxa fez com que o jogo ficasse movimentado e animado na etapa
final. Até os 15 minutos, os dois times colocaram uma bola na trave,
cada um. Em cobrança de falta frontal, Harisson mandou no travessão
direito. Pouco depois, Everton Ribeiro arriscou da meia-lua e pegou o
goleiro Ronaldo desprevinido.
O técnico Lecheva entendeu que era tudo ou nada para o Papão. Tirou o
volante Vanderson e o meia Djalma e colocou dois atacantes: Adriano
Magrão e Heliton. Por fim, com 20 minutos, o meia Cariri entrou no lugar
do meia Harisson. No lado coxa-branca, Marcelo Oliveira viu que a
ofensiva do Paysandu cresceu, então resolveu mudar o esquema tático do
Coxa para o 3-5-2. Tirou o meia Tcheco para a entrada do zagueiro Luccas
Claro. No lado esquerdo, saiu Lucas Mendes (que apoiava mais a
marcação) para a entrada do lateral ofensivo Eltinho.
Conforme o tempo passava, as investidas bicolor diminuíam, e o jogo
ficava morno. Oliveira ainda fez a última mudança, fechando um pouco
mais o time alviverde com a saída do atacante Roberto e a entrada do
meia Renan Oliveira. Alegria para os mais de 200 torcedores
coxas-brancas que estavam no Mangueirão e acompanharam a classificação
para as quartas de final. Pior para os mais de 36 mil bicolores, que
sonhavam com uma virada histórica.