domingo, 7 de abril de 2013

Fonte Nova, filme velho: Vitória bate Bahia na reinauguração do estádio

Na primeira partida realizada na nova arena baiana, Rubro-Negro chega a oito jogos sem perder do rival, dá goleada de 5 a 1 e derruba técnico tricolor

Por Raphael Carneiro Salvador
O mando de campo é do Bahia, mas a Fonte Nova continua sendo a segunda casa do Vitória. Seis anos depois da interdição, o estádio foi reinaugurado neste domingo com um público presente de 37.410, com 32.274 pagantes, que proporcionaram uma renda de:1.954.900,00. O cenário mudou, mas o roteiro continuou o mesmo. Assim como nos últimos oito clássicos disputados na antiga Fonte Nova, o Tricolor não conseguiu vencer. O Vitória levou a melhor, ganhou por 5 a 1, aumentou a invencibilidade no local e pode se orgulhar de começar a nova era com a mesma certeza com que terminou em 2007: clássico na Fonte Nova é sinônimo de alegria rubro-negra.
renato cajá bahia x vitória (Foto: LEOGUMP CARVALHO/FRAME/Agência Estado)Renato Cajá comemora o 1º gol do clássico e da Arena (Foto: Leogump Carvalho/Frame/Agência Estado)
Com enredo diferente, o primeiro Ba-Vi do principal estádio da Bahia teve o mesmo fim do último. Se em 22 de abril de 2007, em um jogo com três viradas, o Vitória precisou lutar até o último minuto para vencer por 6 a 5, o triunfo desta vez foi mais tranquilo. Melhor posicionado taticamente, o Leão passou quase todo o segundo tempo com a missão apenas de garantir o resultado feito nos minutos iniciais. Renato Cajá, Maxi Biancucchi, Michel, Vander e Escudero garantiram a festa. Zé Roberto fez o gol de honra do Bahia. Para piorar a noite tricolor, o técnico Jorginho deixou o comando do time após a partida.
Com o triunfo deste domingo, o Rubro-Negro chegou a oito jogos sem perder para o maior rival na Fonte Nova. A última vez que o Bahia deixou o estádio vencedor foi em fevereiro de 2004. Mas no geral, no entanto, a supremacia ainda é tricolor: 126 triunfos do Bahia e 79 do Vitória – houve ainda 102 empates.
Os três pontos conquistados no clássico dão ainda mais tranquilidade ao Rubro-Negro no Campeonato Baiano. O time de Caio Junior chegou aos 12 pontos conquistados – três a mais que o segundo colocado no grupo, o Juazeirense - e tem 100% de aproveitamento. Do outro lado, mesmo com a goleada sofrida, o Bahia se mantém na primeira colocação, com cinco pontos ganhos.
A bola volta a rolar para as duas equipes no meio da semana. Mas por uma outra competição. Vitória e o Tricolor vão estrear na Copa do Brasil. Na quarta-feira, o Rubro-Negro vai ao Mato Grosso para enfrentar o Mixto. No dia seguinte, o Bahia enfrentará o Maranhão.
Renato Cajá: um nome na história
De início, o que todos no estádio queriam saber era quem ia fazer o primeiro gol da Arena Fonte Nova. De qual pé ou cabeça sairia a bola que balançaria a rede do novo estádio pela primeira vez? Qual lado da rivalidade teria o prazer de vibrar e transformar em aquarela as arquibancadas verdes do estádio? A resposta demorou para chegar. Antes do grito solto e explosivo de gol, a Fonte Nova ouviu muitos “uuuh”, muitos "levanta" e "senta", e viu muita mão na cabeça por causa daquela bola que passou perto, mas, por um capricho do destino, não encontrou as redes.
bahia x vitoria fonte nova (Foto: AFP)Arena virou aquarela na tarde deste domingo
(Foto: AFP)
Quem viveu esse momento primeiro foi o lado tricolor. Logo aos três minutos, Adriano entrou por trás da zaga e bateu no canto. Deola se esticou e desviou com a ponta dos dedos. Ela passou tirando o primeiro pedaço de tinta da trave. O Bahia ainda teve oportunidades com Marquinhos, Magal e Obina, mas nenhum dos três conseguiu entrar para a história.
Do lado rubro-negro, a alegria inicial surgiu em forma de reclamação. Neto tocou com a mão na bola dentro da área, e o árbitro mandou o jogo seguir. Aos 31 minutos, Maxi Biancucchi cruzou da direita e, sem ninguém no gol, Escudero chegou atrasado. Mas dez minutos depois, apareceu, enfim, a resposta que todos queriam. Mansur foi derrubado na área. Pênalti marcado.
Dinei pediu para bater. Conversou com Renato Cajá, que decidiu assumir a responsabilidade. O meia caminhou lentamente e, com o pé esquerdo, mandou no canto direito do goleiro Marcelo Lomba. A pergunta estava respondida. A arquibancada verde do estádio se transformou em uma aquarela em êxtase vermelha e preta.
Vitória: também um nome na história
Seguindo os versos do hino, o Vitória gostou de provar o gosto de ser “um nome na história”. O Rubro-Negro voltou para o segundo tempo ainda com mais sede de gol. E de transformar a Fonte Nova em sua segunda casa. O que era um jogo disputado no primeiro tempo se transformou em chocolate na segunda etapa.
Com o Bahia perdido em campo, o Vitória se encontrou fácil no gramado da Fonte Nova. Logo aos cinco minutos, Maxi Biancucchi entrou na área e mandou de cobertura para fazer um belo gol. A festa que já era rubro-negra ficou ainda maior. No minuto seguinte, Obina chegou a balançar as redes, mas o auxiliar marcou equivocadamente impedimento do atacante tricolor.
O primeiro grito de gol da torcida do Bahia não saiu. O que se ouviu, na verdade, nos arredores do estádio, foi mais uma vibração do Leão da Barra. Depois de tabelar com Dinei, Michel bateu forte, contou com a ajuda de Marcelo Lomba e começou a transformar a vitória em goleada.
Jogadores do Vitória comemoram gol com a torcida na Arena Fonte Nova (Foto: Reprodução SporTV)Jogadores do Vitória comemoram gol com a torcida
(Foto: Reprodução SporTV)
Mesmo dominado em campo, o Bahia ainda tentou uma reação. Zé Roberto aproveitou cruzamento de Magal para fazer o gol que acabou sendo de honra do Tricolor. Poderia ser uma reação. Mas não foi. O Vitória não deu espaço para o rival acreditar em um empate. Vander, que foi dispensado do Bahia por deficiência técnica, e Escudero fecharam a goleada histórica na Fonte Nova.
Em clima de festa, a torcida do Vitória só queria saber de comemorar. Ziriguidum e “Ah, lelek lek lek” viraram a trilha sonora da inauguração da Arena Fonte Nova. Com mais da metade da torcida do Bahia já fora da Arena, os rubro-negros encontraram mais um estádio para chamar de seu. A segunda casa do Vitória: “A-ha, u-hu, a Fonte Nova é nossa”.

Após nocaute na Suécia, Dana White coloca irlandês no card de Boston

Presidente se encanta com desempenho de Conor McGregor e agora quer ver lutador atuar em um dos maiores centros da comunidade irlandesa nos EUA

Por SporTV.com Estocolmo
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Uma das boas surpresas do UFC Suécia 2 foi o irlandês Conor McGregor. Responsável pelo nocaute em Marcus Brimage em apenas 1m07s, o lutador ganhou créditos com Dana White que agora planeja inclui-lo no card do evento do dia 17 de agosto em Boston, uma das cidades de maior concentração de irlandeses nos Estados Unidos. O evento será sediado no TD Garden, casa do time de basquete Boston Celtics.
- Se você me perguntar se vou colocar McGregor naquele card, a resposta é sim - disse o presidente na coletiva pós-evento, ao antecipar a pergunta de um repórter sobre o peso-leve ter a chance de lutar na cidade.
Conor McGregor x Marcus Brimage UFC Suécia (Foto: Getty Images)Conor McGregor nocauteou Marcus Brimage no UFC Suécia 2 (Foto: Getty Images)
Pelo desempenho no octógono, "Notorious" faturou o prêmio de Nocaute da Noite, embolsando a quantia 60 mil dólares. O atleta agora acumula uma sequência de nove vitórias por nocaute ou finalização, sete delas no primeiro round. Segundo ele, a vitória foi a mais importante da carreira.
Blog UltiMMAto: confira notícias, vídeos e curiosidades sobre o mundo do MMA
- Está no topo. Trata-se de uma estreia no UFC, então é obviamente a melhor até agora Estou ganhando dinheiro aqui, o que eu não tinha antes disso. Eu recebia 180 euros por semana na Previdência Social e agora eu tenho um bônus de 60 mil e meu próprio salário. Para ser honesto, eu não tenho ideia do que está acontecendo - disse o lutador.
Dana White ficou tão encantado com a apresentação do irlandês, que pensou estar assistindo a um veterano no octógono.
- Estou impressionado. Primeiro de tudo, é a estreia dele no UFC e ele entra no octógono como se fosse sua centésima luta. Desde o primeiro minuto, ele estava calmo e se movimentando e mesmo depois de nocautear o adversário, pareceu que já tinha estado ali antes. O menino é um monstro - elogiou White.

Após nocaute na Suécia, Dana White coloca irlandês no card de Boston

Presidente se encanta com desempenho de Conor McGregor e agora quer ver lutador atuar em um dos maiores centros da comunidade irlandesa nos EUA

Por SporTV.com Estocolmo
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Uma das boas surpresas do UFC Suécia 2 foi o irlandês Conor McGregor. Responsável pelo nocaute em Marcus Brimage em apenas 1m07s, o lutador ganhou créditos com Dana White que agora planeja inclui-lo no card do evento do dia 17 de agosto em Boston, uma das cidades de maior concentração de irlandeses nos Estados Unidos. O evento será sediado no TD Garden, casa do time de basquete Boston Celtics.
- Se você me perguntar se vou colocar McGregor naquele card, a resposta é sim - disse o presidente na coletiva pós-evento, ao antecipar a pergunta de um repórter sobre o peso-leve ter a chance de lutar na cidade.
Conor McGregor x Marcus Brimage UFC Suécia (Foto: Getty Images)Conor McGregor nocauteou Marcus Brimage no UFC Suécia 2 (Foto: Getty Images)
Pelo desempenho no octógono, "Notorious" faturou o prêmio de Nocaute da Noite, embolsando a quantia 60 mil dólares. O atleta agora acumula uma sequência de nove vitórias por nocaute ou finalização, sete delas no primeiro round. Segundo ele, a vitória foi a mais importante da carreira.
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- Está no topo. Trata-se de uma estreia no UFC, então é obviamente a melhor até agora Estou ganhando dinheiro aqui, o que eu não tinha antes disso. Eu recebia 180 euros por semana na Previdência Social e agora eu tenho um bônus de 60 mil e meu próprio salário. Para ser honesto, eu não tenho ideia do que está acontecendo - disse o lutador.
Dana White ficou tão encantado com a apresentação do irlandês, que pensou estar assistindo a um veterano no octógono.
- Estou impressionado. Primeiro de tudo, é a estreia dele no UFC e ele entra no octógono como se fosse sua centésima luta. Desde o primeiro minuto, ele estava calmo e se movimentando e mesmo depois de nocautear o adversário, pareceu que já tinha estado ali antes. O menino é um monstro - elogiou White.


Diego Brandão finaliza Pablo Garza no primeiro round em Estocolmo

Brasileiro conquista sua terceira vitória em quatro lutas no UFC e se coloca como aspirante a um lugar entre os dez melhores lutadores da categoria

Por SporTV.com Estocolmo
O peso-pena brasileiro Diego Brandão, que venceu a 14ª edição do reality show "The Ultimate Fighter", fez neste sábado sua quarta luta pelo UFC. Após conseguir duas vitórias e uma derrota, Brandão precisava de um bom resultado para se manter em ascensão na categoria. Diante do americano Pablo Garza, Brandão inspirou-se em seu grande ídolo, Wanderlei Silva, e entrou no octógono ao som de "Sandstorm", a música de entrada do "Cachoro Louco" no Pride e no UFC. A inspiração pareceu fazer efeito, e Brandão finalzou Garza com um kata-gatame aos 3m27s do primeiro round.
diego brandão ufc suécia mma (Foto: Getty Images)Diego Brandão aplica kata-gatame em Pablo Garza (Foto: Getty Images)
O primeiro round começou com Brandão se preocupando com a diferença de altura para seu oponente (1,85m contra apenas 1,70m) e buscando os chutes baixos e entrar e sair do raio de ação do americano. Assim que teve a chance, o brasileiro levou a luta para o chão e manteve o rival com as costas no chão, evitando ser raspado e que a luta voltasse a ser disputada em pé. Com a guarda de Garza passada, Brandão trabalhou seu jiu-jítsu e, após passar a guarda do americano, encaixou um kata-gatame. Após Garza ameaçar bater, o brasileiro manteve a pressão no golpe, o que forçou o americano a desistir, garantindo a terceira vitória em quatro lutas para Brandão.
- Quero agradecer ao governo de Manaus. O plano de jogo era fazer muito jiu-jítsu. Não queria atacar muito, queria usar o jiu-jítsu brasileiro no sangue - disse o brasileiro após a luta.
Por outro lado, Pablo Garza admitiu a superioridade do oponente e, pelo Twitter, se desculpou aos torcedores.
- Eu fui pego. Eu acho que decepcionei os fãs do UFC que esperavam uma luta candidata à melhor da noite. Eu sei que poderia ter feito muito mais, mas acabei sendo pego.

Johny Hendricks volta aos treinos para enfrentar Georges St-Pierre

Após recuperar-se de uma lesão na mão causada na luta contra Carlos Condit, "Big Rigg" retorna com o objetivo de entrar ainda mais forte contra o campeão

Por SporTV.com Rio de Janeiro
Desafiante a cinturão não tem vida fácil. Menos de um mês após sofrer uma lesão causada por uma queda mal aplicada na luta contra Carlos Condit, o meio-médio Johny Hendricks já voltou aos treinos em preparação para o confronto contra o campeão Georges St-Pierre. Segundo "Big Rigg", seus dedos bateram na grade e saíram do lugar ao catar as pernas do adversário no UFC 158.
- Desloquei alguns dedos e quando voltava para o córner, eu não conseguia fechar a mão. O que aconteceu foi o seguinte: sempre que eu socava Carlos no segundo round, meus dedos íam para trás. Não sei o quanto você entende disso, mas a sensação é de que você quebrou a mão. Quando eu os coloquei de volta no lugar, ficou dolorido por cerca de três dias. Isso me assustou naquele momento - revelou ao Knockout Radio, parceiro do site MMA Weekly.
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UFC 158 Carlos Condit e Johny Hendricks (Foto: Agência Getty Images)Johny Hendricks venceu Carlos Condit no UFC 158 (Foto: Agência Getty Images)
O que também preocupou Hendricks foi a possibilidade de o canadense voltar a lutar em um período mais curto de tempo.
- E se GSP decidisse fazer mais uma luta em quatro meses? Se isso acontecesse, eu teria que treinar com a mão quebrada. Então, essa foi a maior preocupação, ter a certeza de que meu corpo estaria curado, sem nada de errado e seguir em frente.
No entanto, isso não deve acontecer, já que o campeão estará ocupado com as gravações do filme Capitão América - O Retorno do Primeiro Vingador, em que interpretará o papel de um vilão da série em quadrinhos.
Na preparação para a disputa de título, Hendricks quer fazer algo que parece impossível: ficar ainda mais forte. O meio-médio deseja trabalhar o físico para a luta contra Georges St-Pierre e chegar com um poder de nocaute redobrado.
- Eu quero levantar peso durante esse camp. No último, eu não fiz isso, então eu vou começar a pegar peso de novo para chegar ainda mais forte para a próxima luta.

Brandão negocia aumento no valor de bônus pós-luta, mas não leva extra

Brasileiro convence Dana White a pagar US$ 60 mil a melhores do UFC Suécia 2, mas perde 'Finalização da Noite' para atleta da casa Reza Madadi

Por SporTV.com Estocolmo
O peso-pena brasileiro Diego Brandão acreditava que levaria o bônus de "Finalização da Noite" do UFC Suécia 2 pelo belo kata-gatame que aplicou para derrotar Pablo Garza e insistiu com Dana White, presidente do Ultimate, a aumentar o valor do prêmio extra para US$ 60 mil (R$ 119 mil). Porém, na hora de receber, ficou de mãos abanando: White deu o prêmio de melhor finalização do torneio deste sábado para o iraniano naturalizado sueco Reza Madadi, que derrotou o americano Michael Johnson com um triângulo de mão (veja novamente a finalização de Madadi no vídeo ao lado).
diego brandão ufc suécia mma (Foto: Getty Images)Diego Brandão (dir.) finalizou Garza, mas não levou bônus de performance (Foto: Getty Images)
Recentemente, o chefão do UFC anunciou que estava congelando os bônus pós-luta em US$ 50 mil (cerca de R$ 99 mil). Após o UFC Suécia 2, White não premiou Diego Brandão pelo kata-gatame, mas garantiu que todos soubessem que o cearense foi o responsável em convencê-lo a dar um prêmio um pouco maior aos melhores do evento deste sábado.
- Todos eles deveriam provavelmente juntar um pouco desse dinheiro e passar ao Diego, porque foi ele quem negociou os US$ 60 mil no vestiário - contou o dirigente na coletiva de imprensa pós-luta.
Os demais prêmios do torneio ficaram com o estreante Conor McGregor, que levou o bônus de "Nocaute da Noite" ao derrotar Marcus Brimage em apenas 1m07s, e com os pesos-galos Brad Pickett e Mike Easton, que levaram a "Luta da Noite" pelo combate que terminou com vitória de Pickett por decisão dividida dos jurados.
SporTV.com/Combate: as últimas notícias do MMA e do UFC
McGregor entrou no UFC Suécia 2 com fama de nocauteador e comprovou a propaganda ao derrubar Brimage em apenas 67s. Ele mostrou ótima esquiva e precisão nos golpes, e mandou o rival americano à lona com uma sequência de socos, incluindo um upper de direita e alguns ganchos pesados. Ele ainda desferiu golpes no adversário caído antes de o árbitro encerrar o combate e declarar nocaute técnico. (Veja o momento decisivo do combate no vídeo ao lado).
O combate entre Pickett e Easton foi muito elogiado tanto por Dana White quanto por Lorenzo Fertitta, um dos sócios do UFC, nas redes sociais. Os pesos-galos fizeram um combate muito técnico e equilibrado, com trocas de golpes intensas, quedas aplicadas e muita movimentação no solo. O britânico Pickett acabou apontado vencedor por decisão dividida - dois juízes apontaram vitória sua nos três rounds, enquanto um dos jurados marcou triunfo de Easton em dois dos três rounds. (Veja parte do movimentado embate no vídeo ao lado).

Mutante se lesiona e sai do UFC no Combate 2. Rafael Natal o substitui

Vencedor do TUF Brasil 1, peso-médio enfrentaria o americano Chris Camozzi, que substituiu seu compatriota CB Dollaway, também lesionado

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Cezar Mutante MMA UFC (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)Cezar Mutante sofre lesão e está fora do UFC no
Combate 2 (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
A bruxa continua solta no UFC. O peso-médio Cezar Mutante é a nova vítima das lesões que assolam o torneio nos últimos tempos. O UFC anunciou oficialmente que o lutador, que lutaria no UFC no Combate 2, em Jaraguá do Sul, lesionou-se durante os treinos, e está fora do card. Em seu lugar, a organização confirmou o também brasileiro Rafael "Sapo" Natal no duelo contra o americano Chris Camozzi.
Blog UltiMMAto: notícias, vídeos e curiosidades do mundo do MMA
Camozzi havia substituído CB Dollaway, que originalmente enfrentaria Mutante, mas que também lesionou-se. Esta é a segunda vez que Cezar Mutante sofre uma lesão que o impede de lutar no UFC. A primeira vez aconteceu às vésperas do UFC Rio III, quando também teve de deixar o card do evento.
Na tarde deste sábado, o vencedor do reality show TUF Brasil publicou em seu Facebook pessoal que terá de passar por uma cirurgia no menisco do joelho direito. Contactado pelo UFC, Mutante recebeu um convite para lutar no UFC 163, a ser realizado no dia 3 de agosto.
- Eu estava relutante querendo lutar de qualquer maneira, pois eu já estava no camp e muito bem fisicamente e psicologicamente para essa luta, mas depois de uma reunião com toda a equipe e inclusive com o próprio médico que me operou, nós decidimos que a opção mais inteligente seria realmente lutar em agosto, pelo fato de ter que interromper o camping para a recuperação e fisioterapia que vão durar três semanas. Dessa forma iria sobrar apenas duas semanas para treinar forte para a luta e mais o corte de peso - disse o atleta na rede social.
Pelo Twitter, o substituto Rafael Natal também expressou seus sentimentos ao paulista.
- Boa recuperação, Cezar Mutante. As contusões fazem parte do nosso trabalho, tudo de bom fera.
UFC no Combate 2 - Belfort x Rockhold
18 de maio de 2013, em Jaraguá do Sul (SC)
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Luke Rockhold
Ronaldo Jacaré x Costa Philippou
Rafael dos Anjos x Evan Dunham
Rafael "Sapo" Natal x Chris Camozzi
CARD PRELIMINAR
Nik Lentz x Hacran Dias
Francisco Massaranduba x Mike Rio
Iuri Marajó x adversário a ser divulgado
Paulo Thiago x Lance Benoist
John Lineker x Azamat Gashimov
Fábio Maldonado x Roger Hollett
Gleison Tibau x John Cholish
Jussier Formiga x Chris Cariaso
Lucas Mineiro x Jeremy Larsen
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Mesmo desfalcado e na maior parte do tempo sem apresentar um grande futebol, o Botafogo passou pelo Olaria neste domingo, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, diante de 2.884 pagantes (foram 3.820 presentes, com R$ 38.710 de renda). Brilhante foi Vitinho, que entrou aos 28 minutos do segundo tempo e mudou o jogo. Com dois golaços, ele deu um belo desfecho a uma partida, até então, morna. Lodeiro abriu o placar. A vitória por 3 a 0 acabou definitivamente com as chances de classificação do Vasco para a semifinal da Taça Rio. Ainda houve uma polêmica: um gol mal anulado de Fellype Gabriel, por suposto toque de mão (a bola bateu na barriga do jogador).
Destaque do jogo, Vitinho tratou de dividir os louros pela vitória alvinegra (a sexta seguida) com o restante do time.
- Não é o mais importante (brilho pessoal), mas sim o próprio grupo. Se eu tiver que jogar só no segundo tempo, o importante é entrar para fazer isso aí: ajudar o time com gols - disse o jovem.
Com a vitória, os alvinegros, apesar de terem um jogo a menos, lideram o Grupo A. Eles chegaram a 12 pontos , mesmo número do Volta Redonda, mas levam vantagem no saldo de gols. Na próxima quarta-feira, às 16h, em Moça Bonita, o time de Oswaldo de Oliveira enfrenta o Friburguense, em jogo atrasado da terceira rodada.
O Olaria, por sua vez, permanece com cinco pontos e ocupa a quinta colocação no Grupo A da Taça Rio. O time, lanterna na clasificação geral, corre sério risco de rebaixamento. O próximo compromisso é no sábado, contra o Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, às 16h.
Primeiro tempo morno
No Botafogo, Seedorf foi poupado para fazer um trabalho de condicionamento físico. Cidinho, submetido a uma cirurgia no joelho direito, e Andrezinho, com um problema no púbis, também ficaram fora. Jefferson e Dória, que serviram à seleção brasileira no sábado, completaram a lista de baixas no Glorioso. No Olaria, os desfalques foram do zagueiro Cléberson, expulso contra o Friburguense, além do goleiro Moreno, com dengue, e do veterano atacante Zé Carlos, machucado.
vitinho botafogo x olaria (Foto: Fabio Castro/Agif)Vitinho celebra um dos gols que marcou na vitória alvinegra em Volta Redonda (Foto: Fabio Castro/Agif)
A partida começou morna, com ambas as equipes demonstrando certa cautela. Mas não demorou para o Botafogo começar a criar chances. Aos 12, em jogada de Rafael Marques, Bruno Mendes apareceu livre na esquerda, mas finalizou em cima do goleiro do Olaria. Dois minutos depois, Lodeiro avançou sem marcação e bateu da entrada da área, pela esquerda, com perigo.
Com o meio de campo bastante congestionado, a partida voltou ao ritmo lento, com o Botafogo insistindo em jogadas pelo meio. Aos 22, uma bola alçada na vertical para a área interrompeu o marasmo e achou André Bahia, que tentou ajeitar de cabeça para Bruno Mendes, mas mandou pela linha de fundo. Os alvinegros passaram a tentar jogadas pelos flancos. Surgiram mais espaços, mas faltava qualidade nos cruzamentos. O chute torto de Bruno Mendes aos 31 minutos foi a síntese da partida até então.
A melhor chance alvinegra aconteceu aos 36. Em falta na entrada da área, pela direita, Lodeiro obrigou Gustavo a espalmar com a ponta dos dedos, apenas o suficiente para desviar a bola para o travessão.  Aos 42, Marcelo Mattos deu ótimo passe para Rafael Marques, que dominou com dificuldade, mas conseguiu limpar a marcação e bater para boa defesa de Gustavo. Fellype Gabriel reconheceu a dificuldade na criação no intervalo.
- Eles estão fechando bem o meio para conseguir o contra-ataque. Precisamos trabalhar mais a bola e ter um pouco mais de tranquilidade para fazer o gol - analisou o meia na saída para o vestiário.
Vitinho incendeia no fim
No segundo tempo, a história mudou. O uruguaio Lodeiro, melhor em campo, aproveitou uma falha do zagueiro Thiago, driblou o goleiro e marcou com o gol vazio: 1 a 0, logo aos quatro minutos. A partir daí, o Botafogo passou a ter ainda maior domínio ofensivo, mas com o Olaria retraído, as oportunidades voltaram a ficar escassas.
rafael marques botafogo x olaria (Foto: Fabio Castro/Agif)Rafael Marques é marcado. Atacante esteve perto de fazer gol na etapa inicial (Foto: Fabio Castro/Agif)
Aos 19 minutos, Lodeiro teve espaço e bateu para o gol. A bola desviou na zaga, facilitando o trabalho de Gustavo. A maioria das jogadas parava em erros de passe, impedimentos ou faltas. O Olaria não demonstrava muito interesse em partir para cima, e os alvinegros davam sinais de satisfação com o resultado.

Aos 30, o Botafogo teve um gol mal anulado pelo árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda, que seguiu a orientação do auxiliar posicionado atrás da rede, João Batista de Arruda. Fellype Gabriel recebeu cruzamento de Lodeiro na medida e bateu em cima de Gustavo. A bola voltou, tocou na barriga do alvinegro e foi para o gol. O juiz anulou alegando toque inexistente de mão.
Mas não houve maiores problemas. Pouco depois, Vitinho, que entrara no lugar de Bruno Mendes aos 28 minutos, fez grande jogada individual, deixando três marcadores pelo caminho, e bateu com categoria: 2 a 0. Já nos acréscimos, o jovem aprontou de novo. Vitinho arrancou para cima da zaga do Olaria e bateu com força, na gaveta, e fechou o placar.

Tiago Trator acha que não rendeu o esperado no Jungle 50 e culpa febre

Macapaense afirma que teve febre na Semana Santa, poucos dias antes do combate. Mesmo assim, ele venceu Dimitry Zebroski por decisão dividida

Por Ivan Raupp Novo Hamburgo, RS
Tiago Trator tinha duas finalizações e um nocaute técnico dentro da organização antes do Jungle Fight 50, realizado em Novo Hamburgo (RS), na noite de sábado, e não conseguiu render da mesma forma contra o gaúcho Dimitry Zebroski. Ele até venceu o equilibrado duelo, por decisão dividida dos jurados, mas nunca esteve perto de nocautear ou finalizar. O lutador de Macapá contou que não estava se sentindo 100% por conta de uma febre:
- Eu sabia que o Dimitry é um cara duro, mas não rendi muito. Para quem me conhece e convive comigo, eu adoeci e fiquei cinco dias com febre na Semana Santa, uma semana antes da luta. Mas isso não é desculpa, vou me superar e dar o meu melhor. Graças a Deus fiz uma luta dura, lutei com o coração, e na próxima vou fazer melhor - disse ao SPORTV.COM.
Tiago Trator x Dimitry Zebroski mma (Foto: Ivan Raupp)Tiago Trator venceu Dimitry Zebroski pelo Jungle Fight (Foto: Ivan Raupp)
Humilde, Tiago afirmou que não seria injusto se o triunfo tivesse ficado com o adversário. Ele prometeu voltar mais agressivo, como lhe é de costume, da próxima vez:
- Foi uma luta muito equilibrada, estava na mão dos árbitros. Se tivesse perdido, eu ia achar normal, mas como tem a arbitragem, ela é quem decide. Então, venceu o melhor. Saí vitorioso, graças a Deus, mas se a vitória fosse do Dimitry eu aceitaria na boa mesmo, seria justo também. Prometo que vou estar me superando mais. Sou bastante agressivo, não sou de enrolar luta. Na próxima prometo ser outro Tiago em cena.
Tiago Trator mma (Foto: Ivan Raupp)Tiago Trator é auxiliado pelo córner (Foto: Ivan Raupp)
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Agora com quatro vitórias consecutivas entre os leves (até 70kg) do Jungle, o macapaense espera estar no card do evento previsto para 1º de junho, em sua terra natal, de preferência com uma disputa de cinturão. Mas o tempo não está a favor de Tiago Trator, uma vez que o campeão da categoria, Lúcio Curado, vai enfrentar Ivan Batman em data ainda não definida.
Tiago Trator mma (Foto: Ivan Raupp)Tiago Trator veste a camisa do adversário em símbolo de fair play (Foto: Ivan Raupp)
- Eu espero disputar o cinturão em Macapá. Vai ser agora o Ivan Batman contra o aluno do Popó, e vou estar preparado para quem vier. Sou o tipo do atleta que não escolhe adversário, vou cair para dentro de qualquer um - declarou.
Após o combate, Trator mostrou muito fair play e pediu a camisa de Dimitry Zebroski para guardar de recordação. Ele deixou o evento, com a van da organização, vestindo a peça com orgulho.
'Virado', Leandro marca, e Palmeiras se classifica ao vencer a Ponte Preta
Verdão consegue 2 a 1 no Moisés Lucarelli, em Campinas, e alcança sua terceira vitória consecutiva. Macaca perde invencibilidade no campeonato
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A Ponte Preta começou a 17ª rodada como a única equipe invicta do Campeonato Paulista. Isso antes de encarar um determinado Palmeiras, que mudou de postura após ser goleado por 6 a 2 para o Mirassol. Deste então, não perdeu mais. Com o 2 a 1 deste domingo, no Moisés Lucarelli, o Verdão chegou à terceira vitória consecutiva – algo que não acontecia desde outubro do ano passado – e subiu para a sexta colocação, com 31 pontos. Como o Linense, em nono lugar, aparece com 24, o Alviverde já está classificado para a fase mata-mata.
E quem marcou o gol do triunfo foi o “fominha” Leandro. Após disputar o amistoso da Seleção neste sábado, contra a Bolívia, e fazer um dos gols da vitória por 4 a 0, o atacante chegou ao Brasil na madrugada deste domingo, viajou para Campinas e foi titular. Após passar o primeiro tempo em branco, balançou as redes pelo segundo dia consecutivo e assegurou os três pontos para o Verdão.
Se por um lado o Palmeiras comemorou uma boa série que iniciou no fim do mês passado – contra Linense (2 a 1) e Tigre (2 a 0, pela Taça Libertadores) –, a Ponte Preta viu um recorde ir por água abaixo. A Macaca perdeu uma invencibilidade de 19 partidas. Desde as últimas rodadas do ano passado o time de Campinas não sabia o que era ser derrotado. Com o resultado, a equipe ficou em segundo lugar, com 34 pontos.
No próximo domingo, a Ponte Preta recebe o Mirassol pela penúltima rodada do Campeonato Paulista, às 18h30m (de Brasília). O Palmeiras, antes de jogar pelo estadual contra o Guarani, no mesmo dia, às 16h, no Pacaembu, terá um compromisso pela Libertadores. Na quinta-feira, o Verdão encara o Libertad, às 19h15m, no mesmo Pacaembu.
Palmeiras marca no início, mas Ponte empata no fim
Por conta dos desfalques e do entrosamento que não é dos melhores pela quantidade de mudanças no time, o treinador Gilson Kleina resolveu reforçar a defesa do Palmeiras. Para isso, escalou o volante Wendel como lateral-direito. Ayrton, que poderia jogar por ali, foi destacado para o meio. No ataque, Leandro, que chegou da Bolívia na madrugada deste domingo (após marcar na vitória da Seleção por 4 a 0), não descansou e fez dupla com Caio.
Se o Palmeiras sofria com os desfalques, Guto Ferreira não teve do que reclamar. Com o melhor do elenco à disposição, ele armou no time no 4-4-2 para tentar seguir como a única equipe invicta na competição. A aposta era Ramírez no meio para armar as jogadas para o centroavante Willian.
E se o entrosamento não era dos melhores, os palmeirenses deram ênfase à determinação e ao respeito ao esquema adotado por Kleina. Os jogadores acreditaram em todas as bolas, correram por todos os lados e abriram o placar logo aos três minutos do primeiro tempo, com Tiago Real. Em boa troca de passes, Wendel recebeu de Caio e cruzou na medida para o meia marcar de cabeça.
tiago real ponte preta x palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Tiago Real comemora o primeiro gol do Palmeiras em Campinas (Foto: Marcos Ribolli)
Após o gol, o primeiro tempo ficou dividido. Em alguns momentos o Palmeiras cresceu na partida e chegou mais forte ao ataque. Em outros, foi a vez de a Macaca rondar a área adversária, mas sem conseguir chegar tão perto do empate. Mesmo assim, a Ponte aproveitou uma bobeira da defesa do time da capital para igualar o placar. Em um lançamento na medida de Baraka, Uendel cruzou por baixo para Ramírez entrar de carrinho e empatar: 1 a 1, aos 42 minutos. No lance, o meia se chocou com Fernando Prass, que ficou caído no gramado com um “galo” na cabeça. Após atendimento, o goleiro recuperou-se, e a partida prosseguiu.
Leandro marca, e Palmeiras vence a terceira seguida
Para o segundo tempo, Kleina optou por tirar Caio para a entrada de Vinícius. Com a mudança, o Verdão passou a acelerar muito os lances para aproveitar a velocidade do atacante pela direita. Assim, deixou de lado o toque de bola que deu certo no primeiro tempo. Sem o controle do meio de campo, a Ponte passou a ficar mais tempo perto da área do time da capital.
E quanto mais a Macaca se mandava para o ataque empurrada pela torcida, mais o Palmeiras recuava e ficava longe de marcar o gol. O time da casa aproveitou-se da movimentação de Ramírez e do bom toque de bola do meia para tentar chegar de maneira mais aguda dentro da área. Mas não conseguiu.
leandro palmeiras x ponte preta (Foto: Cesar Greco/Foto Arena/Agência Estado)Fominha, Leandro marca o seu segundo gol em dois dias (Foto: Cesar Greco/Foto Arena/Agência Estado)
O futebol, porém, não segue a lógica, e quem desempatou a partida foi o Palmeiras. Aos 27 minutos, Juninho cruzou pelo lado esquerdo, Leandro dominou na área e bateu rasteiro no centro do gol. A bola passou por entre as pernas de Edson Bastos: 2 a 1. No lance, o atacante recebeu o cartão amarelo por provocar a torcida da Ponte.
Depois do gol, o Palmeiras conseguiu segurar a bola na frente e até chegou mais forte ao ataque, mas era a Ponte que seguia rondando a área adversária. Mesmo assim, a Macaca não empatou a partida e perdeu a invencibilidade no Campeonato Paulista. No fim, Ronny se desentendeu com Cléber e levou uma cabeçada do jogador da Ponte, que recebeu o cartão vermelho.
 
Mistão corintiano vence São Bernardo e garante classificação
Sem grandes dificuldades, Timão faz 2 a 0 no Pacaembu e está nas quartas de final. Insistente, Guerrero perde pênalti, mas é premiado no fim
 
 
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
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Após 17 longas rodadas, o Corinthians assegurou uma vaga nas quartas de final do Campeonato Paulista. E não precisou de muito para isso. Jogando com time misto e para o gasto, sem empolgar, o Timão fez 2 a 0 no São Bernardo, neste domingo, no Pacaembu, e pode pensar com maior tranquilidade na disputa da Taça Libertadores. Os gols de Jorge Henrique, no primeiro tempo, e Guerrero, nos minutos finais, deram a justa vitória à equipe alvinegra. Nem tudo é festa, no entanto. O Corinthians teve dois jogadores lesionados: Guilherme Andrade e Fábio Santos. Ambos serão avaliados.
Guerrero ainda chegou a perder um pênalti (Chicão havia pedido para bater, mas o peruano insistiu e chutou nas mãos do goleiro Wilson Junior). Foi a quarta penalidade desperdiçada pelo Timão no ano, em sete tentativas.
O resultado leva a equipe de Tite aos 32 pontos, oito a mais do que o Linense, primeiro time fora da zona de classificação. O São Bernardo permanece com 17, ainda sob risco de rebaixamento.
O Corinthians volta a campo na quarta-feira, para enfrentar o San José, às 22h (horário de Brasília) no Pacaembu. Pelo Estadual, tem jogo no próximo domingo: contra o Linense, no interior paulista. O São Bernardo recebe o Mogi Mirim também no domingo, às 18h30m, no ABC.
romarinho CORINTHIANS X SÃO BERNARDO (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Agência Estado)Romarinho éi um dos destaques do Timão neste domingo (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Agência Estado)
‘Corintiano’ marca, mas maldição volta
A falta de entrosamento tem causado momentos de intranquilidade ao Corinthians em jogos menores do Campeonato Paulista. Com oito mudanças em relação à equipe que venceu o Millonarios, na Colômbia, na última quarta-feira, pela Libertadores, Tite tentou dar criatividade ao meio-campo com as entradas de Edenílson e Guilherme – Guilherme Andrade foi deslocado para a lateral direita. Sem um padrão definido, o Timão sofreu pressão do rápido ataque do São Bernardo.
Abertos pelas pontas, Gil e Ricardinho conseguiram abrir espaços na defesa corintiana, assim como Bady. O meia criou a melhor chance da equipe do ABC, cruzando na cabeça de Ricardinho, que acertou a trave. Faltava maior participação do artilheiro Fernando Baiano, bem marcado por Gil e Chicão. A posse de bola que Tite tanto cobra acabou ficando com o São Bernardo, que merecia até abrir o placar nos primeiros 25, 30 minutos.
O panorama só mudou quando Romarinho chamou o jogo. Ele é a aposta de Tite para resolver o problema da criação de jogadas enquanto Douglas e Renato Augusto não podem jogar. Em 15 minutos, o novo meia teve sua melhor apresentação jogando pelo setor, abriu espaços e deixou os atacantes mais livres. Foi o caso de Jorge Henrique, que teve caminho aberto para arriscar de fora da área e fazer 1 a 0 Corinthians, aos 37 minutos - antes de entrar, a bola desviou no zagueiro Luciano Castán, irmão de Leandro Castán, campeão da Taça Libertadores pelo Timão no ano passado, e atualmente no Roma.
guerrero corinthians jogo são bernardo (Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)Guerrero perde pênalti, mas marca o segundo gol no fim (Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)
Com Romarinho endiabrado, o Corinthians poderia ter matado o jogo antes do intervalo. Veloz, o atacante sofreu pênalti de Dudu aos 42 minutos, mas não contava com cobrança tão displicente de Paolo Guerrero - Chicão havia pedido para bater, mas o peruano insistiu. Foi a quarta penalidade desperdiçada pelo Timão na temporada, em sete cobranças.

Danilo no controle, vitória garantida
O chute certeiro de Fernando Baiano que foi salvo por Julio Cesar (e pela trave), aos 3 minutos, dava a indicação de que o São Bernardo tentaria o empate sem se importar com as consequências defensivas. Não passou de uma indicação. Logo no início do segundo tempo, Tite usou a experiência que tinha no banco de reservas e ganhou o jogo ali. Danilo substituiu Giovanni e deu a posse de bola que o Timão e seu técnico tanto queriam.
Um lançamento perfeito para Guerrero quase marcar foi o lance mais vistoso do discreto meia no Pacaembu. Mesmo sem aparecer tanto para a torcida, ele foi decisivo: segurou a bola, controlou o jogo, acionou Romarinho em várias oportunidades. Apesar do bom desempenho, o magro 1 a 0 incomodava. Não à toa: este Corinthians se acostumou a ceder empates improváveis no Paulistão.
Guerrero ia acumulando chances perdidas. O pênalti perdido o deixou engasgado, nervoso a cada chance perdida, mas ele insistiu, fazendo jus ao nome, e acabou recompensado aos 42. Romarinho recebeu de Danilo, mas adiantou demais a bola. O peruano vinha atrás e só empurrou para o gol.
O jogo não foi inesquecível, longe disso, mas ao menos serviu para o Corinthians confirmar a classificação à segunda fase.
Fonte Nova, filme velho: Vitória bate Bahia na reinauguração do estádio
Na primeira partida realizada na nova arena baiana, Rubro-Negro chega a oito jogos sem perder do rival, dá goleada de 5 a 1 e derruba técnico tricolor
 
 
A CRÔNICA
por Raphael Carneiro
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O mando de campo é do Bahia, mas a Fonte Nova continua sendo a segunda casa do Vitória. Seis anos depois da interdição, o estádio foi reinaugurado neste domingo. O cenário mudou, mas o roteiro continuou o mesmo. Assim como nos últimos oito clássicos disputados na antiga Fonte Nova, o Tricolor não conseguiu vencer. O Vitória levou a melhor, ganhou por 5 a 1, aumentou a invencibilidade no local e pode se orgulhar de começar a nova era com a mesma certeza com que terminou em 2007: clássico na Fonte Nova é sinônimo de alegria rubro-negra.
renato cajá bahia x vitória (Foto: LEOGUMP CARVALHO/FRAME/Agência Estado)Renato Cajá comemora o 1º gol do clássico e da Arena (Foto: Leogump Carvalho/Frame/Agência Estado)
Com enredo diferente, o primeiro Ba-Vi do principal estádio da Bahia teve o mesmo fim do último. Se em 22 de abril de 2007, em um jogo com três viradas, o Vitória precisou lutar até o último minuto para vencer por 6 a 5, o triunfo desta vez foi mais tranquilo. Melhor posicionado taticamente, o Leão passou quase todo o segundo tempo com a missão apenas de garantir o resultado feito nos minutos iniciais. Renato Cajá, Maxi Biancucchi, Michel e Vander garantiram a festa. Zé Roberto fez o gol de honra do Bahia. Para piorar a noite tricolor, o técnico Jorginho deixou o comando do time após a partida.
Com o triunfo deste domingo, o Rubro-Negro chegou a oito jogo sem perder para o maior rival na Fonte Nova. A última vez que o Bahia deixou o estádio vencedor foi em fevereiro de 2004. Mas no geral, no entanto, a supremacia ainda é tricolor: 126 triunfos do Bahia e 79 do Vitória – foram ainda 102 empates.
Os três pontos conquistados no clássico dão ainda mais tranquilidade ao Rubro-Negro no Campeonato Baiano. O time de Caio Junior chegou aos 12 pontos conquistados – três a mais que o segundo colocado no grupo, o Juazeirense - e tem 100% de aproveitamento. Do outro lado, mesmo com a goleada sofrida, o Bahia se mantém na primeira colocação com cinco pontos ganhos.
A bola volta a rolar, para as duas equipes, no meio da semana. Mas por uma outra competição. Vitória e o Tricolor vão estrear na Copa do Brasil. Na quarta-feira, o Rubro-Negro vai ao Mato Grosso para enfrentar o Mixto. No dia seguinte, o Bahia enfrentará o Maranhão.
Renato Cajá: um nome na história
De início, o que todos no estádio queriam saber era quem iria fazer o primeiro gol da Arena Fonte Nova. De qual pé ou cabeça sairia a bola que iria balançar a rede do novo estádio pela primeira vez? Qual lado da rivalidade teria o prazer de vibrar e transformar em aquarela as arquibancadas verdes do estádio? A resposta demorou para chegar. Antes do grito solto e explosivo de gol, a Fonte Nova ouviu muitos “uuuh”, muito "levanta" e "senta", e viu muita mão na cabeça por causa daquela bola que passou perto, mas, por um capricho do destino, não encontrou as redes.
bahia x vitoria fonte nova (Foto: AFP)Arena virou aquarela na tarde deste domingo
(Foto: AFP)
Quem viveu esse momento primeiro foi o lado tricolor. Logo aos três minutos, Adriano entrou por trás da zaga e bateu no canto. Deola se esticou e desviou com a ponta dos dedos. Ela passou tirando o primeiro pedaço de tinta da trave. O Bahia ainda teve oportunidades com Marquinhos, Magal e Obina, mas nenhum dos três conseguiu entrar na história.
Do lado rubro-negro, a alegria inicial veio em forma de reclamação. Neto tocou com a mão na bola dentro da área, e o árbitro mandou o jogo seguir. Aos 31 minutos, Maxi Biancucchi cruzou da direita e, sem ninguém no gol, Escudero chegou atrasado. Mas dez minutos depois, enfim a resposta que todos queriam. Mansur foi derrubado na área. Pênalti marcado.
Dinei pediu para bater. Conversou com Renato Cajá, que decidiu assumir a responsabilidade. O meia caminhou lentamente e, com o pé esquerdo, mandou no canto direito do goleiro Marcelo Lomba. A pergunta estava respondida. A arquibancada verde do estádio se transformou em uma aquarela em êxtase vermelha e preta.
Vitória: também um nome na história
Seguindo os versos do hino, o Vitória gostou de provar o gosto de ser “um nome na história”. O Rubro-Negro voltou para o segundo tempo ainda com mais sede de gol. E de transformar a Fonte Nova em sua segunda casa. O que era um jogo disputado no primeiro tempo se transformou em chocolate na segunda etapa.
Com o Bahia perdido em campo, o Vitória se encontrou fácil no gramado da Fonte Nova. Logo aos cinco minutos, Maxi Biancucchi entrou na área e mandou de cobertura para fazer um belo gol. A festa que já era rubro-negra ficou ainda maior. No minuto seguinte, Obina chegou a balançar as redes, mas o auxiliar marcou equivocadamente impedimento do atacante tricolor.
O primeiro grito de gol da torcida do Bahia não saiu. O que se ouviu, na verdade, nos arredores do estádio foi mais uma vibração do Leão da Barra. Depois de tabelar com Dinei, Michel bateu forte, contou com a ajuda de Marcelo Lomba e começou a transformar a vitória em goleada.
Jogadores do Vitória comemoram gol com a torcida na Arena Fonte Nova (Foto: Reprodução SporTV)Jogadores do Vitória comemoram gol com a torcida
(Foto: Reprodução SporTV)
Mesmo dominado em campo, o Bahia ainda tentou uma reação. Zé Roberto aproveitou cruzamento de Magal para fazer o gol de honra do Tricolor. Poderia ser uma reação. Mas não foi. O Vitória não deu espaço para o rival acreditar em um empate. Vander, que foi dispensado do Bahia por deficiência técnica, e Escudero fecharam a goleada histórica na Fonte Nova.
Em clima de festa, a torcida do Vitória só queria saber de comemorar. Ziriguidum e “Ah, lelek lek lek” viraram a trilha sonora da inauguração da Arena Fonte Nova. Com mais da metade da torcida do Bahia já fora da Arena, os rubro-negros encontraram mais um estádio para chamar de seu. A segunda casa do Vitória: “A-ha, u-hu, a Fonte Nova é nossa”.
De roupa nova, Inter é surpreendido e perde 1ª com titulares: 1 a 0 para VEC
Colorado perdeu por 1 a 0 para o VEC e viu encerrada a sequência de 12 jogos invicto
 
  CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O uniforme novo não deu sorte. Em sua estreia, o modelo 2013 viu o Inter perder por 1 a 0 para o Veranópolis na tarde deste domingo no Estádio Antônio David Farina, em Veranópolis. De quebra, os colorados tiveram encerrada uma sequência de 12 jogos invictos. Foi o primeiro revés de Dunga com os titulares na temporada (assista aos melhores momentos da partida).
O único gol da partida saiu de bola parada. Aos nove minutos, Ednei cobrou escanteio para Jonas. O zagueiro do VEC cabeceou para o fundo das redes, mesmo com a presença de Airton no primeiro poste.
Com o resultado, o Inter segue com 13 pontos, na segunda colocação do Grupo B, mas já garantido nas quartas de final da Taça Farroupilha - segundo turno do Gauchão. O Veranópolis chegou aos mesmos 13, mas segue em terceiro pelo saldo de gols (7 a 3) e confirmou a vaga à fase seguinte do torneio. Além disso, a equipe da Serra soma 17 pontos na classificação geral e garantiu a permanência na elite do futebol gaúcho em 2014.
D'Alessandro não conseguiu ajudar o Inter a vencer (Foto: Alexandre Lops / Inter, divulgação)D'Alessandro não conseguiu ajudar o Inter a vencer (Foto: Alexandre Lops / Inter, divulgação)
Na próxima rodada, o Colorado pega o Juventude na Arena Alviazul, em Lajeado. Os comandados de Julinho Camargo enfrentam o São José no Passo D'Areia. As duas partidas serão disputadas no domingo, às 16h.
Inter leva gol de bola parada e quase toma o segundo no fim do primeiro tempo
O cansaço da viagem ao Acre parecia que não estaria presente no Antônio David Farina. O Inter começou em cima do Veranópolis. Com dois minutos, Fabrício fez lançamento para Diego Forlán, que arrancou, driblou o marcador e chutou em cima de Edson Borges. Mas quem abriu o placar foram os donos da casa. Aos nove, Ednei cobrou escanteio da direita na cabeça de Jonas, que estava sozinho. Airton, posicionado no primeiro poste, não tirou e ainda atrapalhou o salto de Muriel, que chegou a tocar na bola, mas não conseguiu afastar.
O gol atrapalhou o Inter. O time ficava com a posse de bola, mas pecava na finalização, tentando arrematar de qualquer lugar. D’Ale tentava criar, mas não tinha o auxílio de Dátolo, que errava muitos passes. Ainda levou uma janelinha de Juninho, para delírio da torcida do VEC. Forlán e Rafael Moura não eram acionados. O He-Man tentou dominar um lançamento de Fabrício, mas o árbitro Fabrício Neves Correa assinalou mão do centroavante.
Inter e Veranópolis pelo Gauchão (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)Airton disputa bola com adversário na derrota em Veranópolis (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
Ao término da primeira etapa, uma troca de passes dos mandantes empolgou os torcedores do time da casa, que entoaram um tímido grito de olé. E, aos 44, o Veranópolis teve a oportunidade de matar o jogo. Escobar arrancou no contra-ataque. Ele tinha Juninho ao seu lado, contra apenas Alan, que conseguiu afastar e tocar para escanteio. A cobrança encontrou Edson Borges livre, que cabeceou obrigando Muriel a salvar o Inter.
Jogo esquenta, mas Inter não empata
O Inter voltou modificado ao segundo tempo. Dátolo, de pouca contribuição, foi sacado para a entrada de Fred. Atrás do placar, os visitantes não saíam do campo de ataque. Aos 7, quase Forlán marcou um golaço. Fred tentou o arremate. O uruguaio, esperto, tocou de calcanhar, mas João Ricardo segurou. Cinco minutos depois, Juninho enfileirou três marcadores colorados, mas acabou caindo na entrada da área.
A paciência de Dunga se encerrou. Após o lance, tirou Airton e Rafael Moura, colocando Otávio e Caio, respectivamente. O time melhorou. Aos 20, D’Ale tocou para Gabriel, que ajeitou para Forlán. O atacante chutou de primeira, mas pegou embaixo da bola e mandou longe do gol. Cinco minutos depois, o sangue de D’Alessandro subiu. Após sofrer falta de Lê, o camisa 10 foi para cima do adversário e o segurou. Para evitar o tumulto, Fabrício Neves Correa empurrou o gringo do local e pediu calma, mas não o advertiu com cartão. El Cabezón, entretanto, seguiu reclamando.
Aos 35,  Itaqui colocou a mão na bola. Como já tinha um amarelo, foi expulso. Com um a menos, o Veranópolis se fechou ainda mais para evitar o gol de empate do Inter. Aos 43, Willians cruzou, a bola desviou no defensor e Gabriel tocou para Fabrício, que chutou por cima, acabando com as esperanças do Inter. O Colorado ainda perdeu chances com Juan e Fabrício. Final de jogo: 1 a 0 e encerrada a invencibilidade dos titulares de Dunga.
Cruzeiro mantém 100% no Mineirão e vence o clássico com o América-MG
Com bom jogo de Diego Souza e dois gols de Borges, artilheiros do Estadual, Raposa goleia o Coelho e permanece na primeira colocação
 
 
A CRÔNICA
por Tarcísio Badaró e Rodrigo Fuscaldi
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Não deu pressão em Belo Horizonte. Neste domingo, no Mineirão, o Cruzeiro foi muito superior ao América-MG e, desde o início da partida, se impôs em campo. Com boas atuações individuais e coletivas, a Raposa não teve trabalho algum para construir a vantagem e bater o Coelho por 4 a 1, em jogo válido pela nona rodada do Campeonato Mineiro. Na etapa inicial, Borges e Diego Souza marcaram, enquanto Bruno Rodrigo e Broges fizeram no segundo tempo. O América-MG não teve muito tempo para se encontrar em campo, mas em um lance isolado, também marcou, com Doriva.
O bom público presente nas cadeiras do estádio, em sua grande maioria de torcedores do Cruzeiro, aplaudiu a atuação da equipe celeste, embora, em determinados momentos, tenha cobrado uma empenho ainda maior. O goleiro Fábio foi exigido pouquíssimas vezes. Mas o grande mérito do Cruzeiro foi o acerto nas jogadas aéreas. Nos três gols, dois deles de cabeça, funcionou o treinamento intensivo do técnico Marcelo Oliveira, que tem cobrado exaustivamente a excelência nesse quesito.
borges América-MG x Cruzeiro (Foto: Tarcisio Badaró)Diego Souza e Borges festejam primeiro gol contra o América-MG (Foto: Tarcisio Badaró / Globoesporte.com)
Durante todo o tempo, Diego Souza, que recebeu o terceiro cartão amarelo, e Éverton Ribeiro não deram sossego a Wanderson, lateral-esquerdo do América-MG. Sempre com tabelas envolventes, os dois deram trabalho e, em inúmeras oportunidades, tiveram chance de marcar. O placar só não foi ainda maior porque faltou um pouco mais de capricho aos atacantes celestes.
Com o resultado, o Cruzeiro chegou aos 25 pontos, na liderança isolada do Campeonato Mineiro. Em nove jogos, foram oito vitórias e apenas um empate. A equipe já está classificada para as semifinais, mas ainda luta para se manter na primeira colocação, que lhe daria a vantagem de jogar por empates em pontos e saldo de gols no mata-mata. O Atlético-MG, que venceu o Boa Esporte, ainda está na briga por esta vantagem. O América-MG, que vinha de duas vitórias, se manteve na quinta posição, com 12 pontos, três a menos que o Villa Nova, quarto colocado.
Agora, na próxima rodada, o Coelho terá um adversário direto por uma vaga nas semifinais. O time enfrentará no domingo, às 16h (de Brasília), o Villa, no Castor Cifuentes, em Nova Lima. O Cruzeiro terá o Nacional-MG pela frente. A partida será disputada na terça-feira, às 19h30m, novamente no Mineirão. Antes, porém, a equipe celeste fará sua estreia na Copa do Brasil. Nesta quarta, às 22h, a Raposa encara o CSA, no Rei Pelé, em Maceió.
Superioridade celeste
Desde o início, o Cruzeiro tomou mais a iniciativa, mas foi do América-MG a primeira chance. Fábio Júnior recebeu em boa condição, mas bateu por cima. A Raposa, por sua vez, conseguia chegar bem pela direita e foi pelo setor que abriu o placar. Aos dez minutos, Ceará cobrou lateral na área, Borges foi mais rápido que Neneca e desviou para o fundo do gol.
O América-MG mal teve tempo de tentar a reação e já levou mais um. Diego Souza, que foi um dos melhores em campo, ampliou aos 16. Ele mesmo iniciou a jogada no meio-campo, tocou para Éverton Ribeiro, que abriu para Everton, na esquerda. O lateral cruzou no segundo poste, e Diego Souza ganhou de cabeça: 2 a 0.
O segundo gol desestabilizou o América-MG. Depois disso, o Cruzeiro passeou em campo. A Raposa conseguiu trocar passes e envolver o Coelho, principalmente pela direita, com Éverton Ribeiro e Diego Souza. O Cruzeiro foi superior o tempo todo, embora não tenha criado chances claras. Se tivesse apertado mais, teria ido para o intervalo com um placar ainda mais amplo.
Goleada azul
Os times voltaram do vestiário sem mudanças. Nada mudou também dentro de campo. Só dava Cruzeiro, que precisou de apenas quatro minutos para ampliar. E mais uma vez pelo alto. Éverton Ribeiro cobrou escanteio pela direita, e Bruno Rodrigo cabeceou com estilo no canto. Terceiro do Cruzeiro. Terceiro em jogava aérea.
O gol fez o técnico do América-MG, Paulo Comelli, mexer no time. Rodriguinho saiu para a entrada de Willians. O Cruzeiro seguia melhor, mas foi o Coelho que diminuiu, aos 17 minutos. Como o jogo era pelo alto, Doriva aproveitou escanteio da direita (e a falha da defesa celeste), dominou no peito e bateu no canto. Belo gol.
O América-MG equilibrou a partida novamente, mas tinha dificuldades para criar as jogadas. O Cruzeiro, no entanto, seguia perigoso. Tanto que, aos 33 minutos, teve um gol de Éverton Ribeiro mal anulado. Mas um minuto depois, não teve jeito. Ceará deu belo passe para Borges, que bateu cruzado para marcar o quarto do Cruzeiro, o segundo dele no jogo e o sexto em cinco partidas neste Estadual, fechando a goleada celeste no Mineirão.
Atlético-MG não sente falta das estrelas e atropela o Boa Esporte
Sem Réver, Bernard, R10 e Tardelli, Jô e Luan se destacam e marcam duas vezes. Time de Varginha vê a degola se aproximar perigosamente
 
 
A CRÔNICA
por Léo Simonini

  •  
  • deu certo
    Elenco

    Mesmo sem quatro de seus principais jogadores, o Galo manteve a força no estádio Independência e goleou mais um adversário. O time não sentiu as ausências de Réver, Bernard, R10 e Jô
  • foi bem
    Guilherme

    Como meia, deu inúmeros passes para os companheiros, sendo que vários poderiam ter resultado em gol. Com boa atuação, foi aplaudido pela torcida atleticana.
  • como fica?
    Na cola do líder

    Esta vitória mantém o Galo apenas um ponto atrás do Cruzeiro, líder da competição. Terminar a fase classificatória do Mineiro na frente dá vantagem nas fases seguintes do campeonato.
Sem as principais estrelas, já que Réver e Ronaldinho estavam com a seleção brasileira, e Bernard e Tardelli estão machucados, o técnico Cuca apostou em um Atlético-MG com três volantes e Guilherme mais recuado, para armar o ataque contra o Boa Esporte, neste domingo. No começo, o time mostrou pouca mobilidade com Pierre, Leandro Donizete e Josué. Mas bastou um passe mágico de Guilherme a Jô para as coisas entrarem no eixo, e o Galo se impor diante do time de Varginha, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. Resultado: goleada por 4 a 0 no Independência, mais uma vitória alvinegra no estádio. Um público de 12185 pagantes acompanharam o resultado, para uma renda R$ 262 mil.
Se na etapa inicial o sistema mostrou pouca eficácia, na parte final o Galo sufocou o rival, com Guilherme funcionando bem como meia, mas sobretudo pela grande atuação do pequenino Luan. Mostrando muita energia e disposição em cada disputa de bola, o camisa 11 marcou duas vezes e ainda viu o companheiro Jô se igualar a ele como o artilheiro da tarde.
Luan atacante do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)Luan brilha marcando duas vezes na goleada do Galo (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Com o triunfo, o Galo chegou aos 24 pontos, se manteve um atrás do líder Cruzeiro, e alcançou a 13ª vitória seguida do ano, em 14 compromissos. Esta marca já é a segunda maior na história do clube, superada apenas pela de 1976, quando o Alvinegro venceu 18 vezes consecutivas.
O Boa Esporte vê cada vez mais de perto o fantasma do rebaixamento. Com apenas oito pontos, em décimo lugar, o time está dois à frente de Araxá e América TO, os dois integrantes do Z-2 que venceram na rodada. De bom mesmo o time apresentou Carlos Magno, de volta ao clube nesta reta final de Estadual. Ele criou as melhores jogadas ofensivas da equipe, enquanto Marcelinho Paraíba esteve em tarde apagada.
Na sequência do Campeonato Mineiro, o Galo viaja até Poços de Caldas, onde, domingo, às 16h (de Brasília), encara a Caldense. Já o Boa Esporte, no mesmo dia e horário, recebe o América TO num confronto direto, no estádio Melão, em Varginha.
Passe de quem conhece
Sem as estrelas e atuando na armação das jogadas, coube a Guilherme a responsabilidade de municiar Jô e Luan. Com um início pouco inspirado, o time atleticano parecia engessado. Mesmo assim, logo aos três minutos, em jogada de escanteio, Richarlyson subiu muito para carimbar o travessão de Douglas.
jo ATLÉTICO-MG X BOA (Foto: RAMON BITENCOURT/Agência 17/Agência Estado)Jô comemora um de seus gols
(RAMON BITENCOURT/Agência 17/Agência Estado)
Com o time sem criatividade e deixando cada vez mais espaços atrás, o Boa Esporte assustou em contragolpes armados por Carlos Magno. Em um deles, após passe para Betinho, o atacante invadiu a área e deixou com Marcelinho Paraíba. Ele escolheu o canto, Victor fez uma defesaça, e Gilberto Silva tirou quase sobre a linha.
Quando o time de Varginha era melhor, veio a ducha de água fria. Guilherme recebeu na direita, deu passe milimétrico para Jô, que tirou do alcance de Douglas para fazer 1 a 0. O gol fez o Atlético-MG crescer na partida e não dar mais chances ao rival. Luan ainda teve tempo de mandar uma bola por cobertura que passou muito perto.
Festa de Luan e Jô
Na etapa final, o Galo voltou disposto a não dar brechas para o adversário. O segundo gol veio aos 13. Após lançamento, Richarlyson bateu para defesa de Douglas. A bola parecia perdida, mas Luan acreditou, fez jogada individual e mandou para a rede. A vitória já parecia consolidada, mas o baixinho espevitado tratou de deixar sua marca mais uma vez, quatro minutos depois. Caindo pela direita do ataque, ele cortou para o meio, ajeitou o corpo e mandou no ângulo para fazer o terceiro do Galo.
A partir daí, o Boa Esporte não viu mais a cor da bola. O time da casa desperdiçou várias oportunidades, e até Pierre, o único entre os considerados titulares que ainda não marcou pelo clube, perdeu chance cristalina. Atuando como meia, Guilherme desfilou belo futebol, deu inúmeros passes açucarados para os companheiros, que por pouco não o ajudaram a ficar no lucro com a torcida. Mesmo assim, o camisa 9 teve o nome gritado em diversas oportunidades.
Mas, no fim, quem voltou a marcar foi o atacante Jô, outro que vive grande fase. Marcos Rocha, que vivia péssima tarde, chegou ao fundo e colocou na cabeça do atacante, que fez o quarto aos 40 minutos, para dar números finais a mais um triunfo do Galo no Independência.