sábado, 11 de agosto de 2012

Viva Forever! Spice Girls ensaiam para reencontro na festa de encerramento


sáb, 11/08/12
por eorgler |
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Falta pouco para acabar com a espera dos fãs. Nesta sexta, Geri, Emma, Victoria, Mel C. e Mel B. se reencontram no palco para fazer história na festa de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres. Para não deixaram nada dar errado, as Spice Girls estão ensaiando todo dia e jornais britânicos flagraram alguns detalhes do show.
De acordo com fotos do diário ”Daily Mail”, as cantoras vão fazer uma performance sobre um carro que simula dos táxis londrinos. Resta saber qual dos superhits vão se revividos na festa.





Mano Menezes minimiza vaia, aceita cultura brasileira e defende Rafael

Técnico da Seleção fala sobre a pressão por ter terminado com medalha de prata e afirma: 'Falha foi aos 29 segundos. Tivemos mais 89 minutos'

Por Márcio Iannacca Direto de Londres, Inglaterra
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Em alguns esportes, a medalha de prata é conquistada. No futebol, o ouro é que é perdido. Em especial quando o time em questão é a seleção brasileira. Depois da derrota para o México, em Wembley, na final das Olimpíadas de Londres, o Brasil sofreu com algumas vaias dos seus torcedores. Algo normal para Mano Menezes.
- Faz parte da nossa cultura. Temos que saber conviver com isso. Não vamos mudar uma cultura. Estava falando isso com os jogadores quando fizemos o fechamento, dizendo que nós temos que nos respeitar nesses momentos de derrota. Estávamos elogiando justamente o comportamento de todos. Não tivemos um problema nos 30 dias de trabalho, nada que atrapalhasse – disse o técnico.
A derrota para o México começou aos 29 segundos de jogo, quando Rafael deu passe errado e a jogada terminou com gol de Peralta. No final da partida, o lateral-direito levou uma dura do zagueiro Juan após tentar passe letra e perder a bola. Mano Menezes, porém, saiu em defesa do jogador do Manchester United.
- O comprometimento de todos nos ajudou a chegar aqui e não podemos desperdiçar isso. Não apagamos falhas individuais. A falha foi aos 29 segundos. Tivemos mais 89 minutos para mudar isso. Perdemos todos, não por uma falha individual – acrescentou o comandante brasileiro.
Sobre as vaias direcionadas a ele, Mano Menezes aceitou com naturalidade. E lembrou novamente da cultura do futebol brasileiro.
- Quem ocupa esse cargo precisa estar preparado para isso. Nem quando se ganha uma Copa do Mundo um técnico é sempre elogiado no Brasil, imagina quando se perde as Olimpíadas – finalizou o técnico verde e amarelo.
Neymar derrota Brasil final México (Foto: Reuters)Com o uniforme sujo, Neymar lamenta derrota para o México na decisão olímpica (Foto: Reuters)

Imprensa mexicana celebra ouro,
e argentinos ironizam o Brasil

Sites do México festejam proeza e tratam Oribe Peralta como herói.
Diário "Olé" comemora fato de a Seleção seguir sem título olímpico

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O ouro olímpico no futebol masculino está sendo celebrado pela imprensa mexicana como um feito histórico e heroico. O jornal “Record”, por exemplo, exalta a atuação de Oribe Peralta, autor de dois gols na decisão. O diário também critica a defesa brasileira pelas falhas individuais e afirma que elas foram decisivas para a vitória mexicana.
Montagem, El universal e Record, Brasil e Mexico (Foto: Reprodução)Reprodução de sites mexicanos (Foto: Reprodução)
O “El Universal”, por sua vez, classifica Oribe Peralta como o “herói olímpico” e lembra que o México fez história em Wembley ao conquistar, pela primeira vez, a medalha de ouro no futebol.
Olé.com, Brasil e Mexico (Foto: Reprodução)Reprodução da capa do site argentino "Olé" (Foto: Reprodução)
Já o site do jornal argentino “Olé”, como de costume, ironizou a derrota brasileira, com a manchete “Me Rio 2016”. A chamada, além de deixar claro que os argentinos estão se divertindo com o resultado, lembra que a Seleção terá que esperar mais quatro anos pelos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para tentar a inédita medalha de ouro. O “Olé” começa o texto dizendo que “nenhum ouro é possível para uma equipe que jogou como o Brasil neste sábado”

Heróis olímpicos, irmãos Falcão têm intimidade revelada e inspiram jovens

Técnicos e amigos mostram locais de treino e concentração e contam facetas de Esquiva e Yamaguchi: piadistas, bagunceiro, cantor e Papai Noel

Por Alexandre Lozetti São Paulo
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Há duas semanas, os irmãos Esquiva e Yamaguchi eram apenas mais dois entre 258 atletas brasileiros nas Olimpíadas de Londres. Agora já são heróis do esporte nacional, responsáveis por alguns dos momentos mais emocionantes do país nos Jogos. Ao lado da baiana Adriana Araújo, eles quebraram um jejum de 44 anos do boxe sem medalhas olímpicas. Esquiva vai disputar o ouro do peso-médio (até 75kg) neste sábado, às 17h45m (horário de Brasília), contra o japonês Ryota Murata, enquanto Yamaguchi ficou com o bronze na categoria meio-pesado (até 81kg) ao ser derrotado pelo russo Egor Mekhontcev. Motivo de muita festa e orgulho no bairro de Santo Amaro, Zona Sul da cidade de São Paulo.
É no Clube Escola Santo Amaro, ao lado do terminal de ônibus, que os filhos do folclórico Touro Moreno, famoso pugilista das décadas de 60 e 70, e todos os demais integrantes da seleção brasileira treinaram para disputar as Olimpíadas 2012. E ai de quem ousar falar mal dos capixabas Esquiva e Yamaguchi, que, assim como outros atletas do local, deixaram seus estados para treinar na capital paulista. O sentimento pelos dois é bem resumido por Joédison de Jesus Teixeira, lutador de 18 anos que fez parte da preparação inicial da delegação em Londres e, agora, torce pela televisão.
- Falar do Esquiva e do Yamaguchi é abrir um sorriso na hora. A seleção brasileira é muito séria, mas eles distraem a galera, estão sempre brincando, sorridentes. Eles são comédia - define.
A academia de boxe é formada por um ringue, alguns sacos e aparelhos de musculação. Segundo Neilson dos Santos, o popular Nei, um dos treinadores da Confederação Brasileira de Boxe que não foram à Inglaterra, trata-se da melhor estrutura do país, embora muitos equipamentos tenham sido doados. O clube pertence à prefeitura de São Paulo e, em alguns períodos, o técnico também atua num projeto social para crianças dos bairros próximos.
Academia no Clube Escola Santo Amaro irmão Falcão boxe (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)De gorro, técnico dos irmãos Falcão treina no clube
(Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
Não são as condições ideais, mas ainda assim os irmãos Falcão, de origem extremamente humilde e até hoje com uma vida simples, conseguem se destacar pela solidariedade. Em época de concentração e treinos mais intensivos para competições, os boxeadores moram em casas localizadas a cerca de dez minutos do clube. São três residências: a juvenil, a feminina e a masculina. Em dezembro do ano passado, Esquiva chegou em casa e encontrou uma carta na caixa de correio. Estava endereçada ao Papai Noel e havia sido escrita por uma garotinha de 11 anos, que também mandou seu telefone.
- Ela dizia que os pais estavam desempregados e não tinha o que comer. O Esquiva ligou, marcou com ela e a mãe aqui ao lado do terminal. Colocou as duas no carro, levou elas ao supermercado e fez uma compra de 800 reais. Ele chegou na casa delas e viu a geladeira e o armário vazios. O Esquiva disse que foi a melhor coisa que podia ter feito na vida. Ele e o Yamaguchi são assim. Se você precisar de qualquer coisa, eles te levam, buscam... - contou o técnico Nei, que destaca os irmãos até mesmo entre o resto da delegação.
- Todo mundo é assim, se preocupa com os outros, mas eles são diferentes. Chegaram até esse ponto porque são bons no boxe e excepcionais como pessoas.
Esquiva tem 22 anos e Yamaguchi, 24. São jovens e se comportam como tal. Os relatos não mentem. O caçula da dupla tem um repertório invejável de piadas e, segundo os boxeadores do Clube Escola, talento para contá-las. Já o mais velho, entre uma luta e outra no treino, prefere cantar forró. Detalhes íntimos revelados por Joédison, o adolescente que, em setembro, vai disputar o Mundial da categoria juvenil e poderá contar aos amigos, filhos e netos que treinou em Londres com os irmãos Falcão.
Joédison se sente parte tão integrante da delegação olímpica que grita com os lutadores pela televisão e arranca gargalhadas do pai. Emoção que teve origem em uma reunião no último dia de treinos antes dos Jogos começarem e dos mais jovens voltarem ao Brasil.
- O Yamaguchi disse que estava lá para ganhar o ouro e que o pai iria sentir muito orgulho dele. Eles agradeceram de coração todo o apoio que estávamos dando, moral e físico, e disse que se dependesse deles, o ouro estava garantido. Foi emocionante.
Academia no Clube Escola Santo Amaro irmão Falcão boxe (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Trio carioca em um dos quartos do alojamento onde Esquiva Falcão e o campeão mundial Everton Lopes moram na Zona Sul de São Paulo, a dez minutos da academia (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
Já o lado bagunceiro do finalista Esquiva foi "escondido" pelos companheiros de alojamento. Os cariocas Roberto Custódio (25 anos), Patrick Lourenço (19) e Michel Borges (21, que pediu à reportagem para enfatizar sua origem no Vidigal, morro do Rio de Janeiro) afirmaram que o quarto onde o herói olímpico dorme estava trancado, mas não se importaram de mostrar o deles. Nada diferente do que se poderia esperar de três jovens longe das famílias: bagunça generalizada.
O alojamento tem estrutura precária, mas mesmo assim abriga 12 boxeadores. Um deles era o campeão mundial Everton Lopes, eliminado ainda na fase inicial das Olimpíadas, e que havia saído quando o GLOBOESPORTE.COM visitou o local. Os atletas recebem um salário da Confederação e ajuda da Petrobrás, patrocinadora da delegação, mas o treinador Nei lamenta a diferença de investimento nos esportes coletivos e individuais, e pede mais atenção com os garotos da modalidade.
- A garotada quer lutar, as academias estão cheias, temos meninos e meninas aqui de 12 ou 13 anos, só que quando chegam aos 16, 17, eles têm que optar entre treinar ou trabalhar. Se o pai dá dinheiro para condução, fica sem comida em casa. É preciso ter mais apoio do nosso governo para que eles não desistam no meio do caminho - defendeu.
Academia no Clube Escola Santo Amaro irmão Falcão boxe (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Diogo, 12 anos, é fã de Roy Jones Jr. e da família
Falcão (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
Nei fala de garotos como Diogo de Lima da Silva, menino de 12 anos que sofreu e vibrou com os golpes de Esquiva na semifinal contra o britânico Anthony Ogogo. Ele treina na mesma academia dos campeões há apenas dois meses, incentivado pelo pai, ex-lutador, mas já garante que começou muito bem e vai dar muitas alegrias ao povo brasileiro com seu estilo que, até então, era inspirado no do norte-americano Roy Jones Jr., de 43 anos.
- Ele luta dançando, assim como eu. Tenho muito jogo de pernas, mas preciso manter a concentração o tempo todo, senão posso até cair no chão - explicou o menino.
Enquanto conversava com a reportagem, Diogo deu outros indícios de atleta profissional quando seu celular tocou. Sem cerimônia, ele pediu licença e afirmou ao pai que estava dando uma entrevista. Jones Jr. não é mais seu único ídolo. Diogo garante que, em sua rua, muitos garotos estão animados com o boxe e já querem começar a treinar. Tudo por causa da história e do sucesso de Esquiva e Yamaguchi Falcão.
Irmãos que já mudaram a história do boxe brasileiro. E podem inspirar muitas gerações pela frente.

No estilo paz e amor, Bernardinho agradece pelo apoio de Ricardinho

Técnico afirma que o experiente levantador tem sido importante na evolução do titular Bruninho; seleção entra em quadra no domingo para decidir o ouro

Por Rodrigo Alves Direto de Londres
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Dois levantadores, dois craques, dois temperamentos fortes. Durante cinco anos, os bicos não se cruzaram. Ricardinho e Bernardinho se afastaram após o episódio do corte do jogador no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro. Em Londres, tudo mudou. Mesmo jogando pouco e passando a maior parte do tempo no banco, batendo palmas para o titular Bruninho, o levantador exibe um sorriso que mal cabe na boca. A ponto de o técnico ter feito uma agradecimento especial após a vitória na semifinal contra a Itália.
Ricardinho na partida de vôlei do Brasil contra a Tunísia (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)Ricardinho (ao centro) tem cumprido o papel de ajudar Bruninho (Foto: Jonne Roriz / Ag. Estado)
- Queria agradecer ao Ricardo por estar aqui e ajudar o Bruno a evoluir. Ele entendeu que Bruno deveria ser o titular, e eu o agradeço por essa ajuda. Como pai, fico feliz por ele ter lidado bem com a pressão. Agora ele tem que virar a página e pensar, pensar e pensar na Rússia - avisou o treinador.
Melhor que a medalha vai ser completar um ciclo, resgatar relações que ficaram arranhadas ao longo dos últimos anos. É isso que vai ficar marcado, não é a medalha. Se fizerem uma cópia da medalha para mim, ótimo, se não fizerem, tudo bem também"
Bernardinho
Neste domingo, às 9h (de Brasília), o Brasil entra em quadra para lutar pela medalha de ouro contra a Rússia. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.
Melhor levantador do mundo no intervalo entre o ouro de 2004 e o corte às vésperas do Pan, por problemas de relacionamento com o grupo, Ricardinho hoje tem um papel diferente no elenco. Quase não toca na bola. De agasalho no banco de reservas, torce ao lado de outros nomes consagrados como Giba e Rodrigão. Enquanto a nova geração ajuda a carregar o Brasil na quadra, o experiente jogador está satisfeito com o que vê.
- Nestes últimos dez anos, o grupo foi muito questionado, mas é um grupo forte. A geração que está chegando agora prova que o Brasil continua sendo uma escola - afirmou o levantador de 36 anos.
Em busca do terceiro ouro olímpico após 1992 e 2004, a seleção precisa superar os russos novamente, como fez na primeira fase, quando venceu por 3 a 0. Bernardinho afirma que, acima da medalha, o que ficará da campanha em Londres é a reintegração de um grupo que sentia falta de uma peça.
- Melhor que a medalha vai ser completar um ciclo, resgatar relações que ficaram arranhadas ao longo dos últimos anos. É isso que vai ficar marcado, não é a medalha. Se fizerem uma cópia da medalha para mim, ótimo, se não fizerem, tudo bem também - afirmou o treinador.

Brasil falha muito, perde para México e sonho do ouro vira prata de novo

Mexicanos vencem por 2 a 1 e conquistam lugar mais alto do pódio. Jogadores da Seleção lamentam muito depois da primeira e fatal derrota

Por Márcio Iannacca Direto de Londres, Inglaterra
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Como nos últimos 60 anos, o Brasil iniciou o torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Londres garimpando pela medalha de ouro. E o garimpo da equipe de Mano Menezes ia bem. Com cinco vitórias, todas por três gols, a Seleção chegou neste sábado à decisão no estádio de Wembley embalada e favorita. Mas na última etapa do trabalho, garimpou errado. No último passo, em vez de encontrar o esperado ouro, achou pela terceira vez a prata. Com muitas falhas individuais e graças a uma atuação objetiva do México, que venceu por 2 a 1 com direito a gol aos 29 segundos.
Assim como em 1984, em Los Angeles, e em 1988, em Seul, a seleção brasileira ficou com o vice-campeonato olímpico (o país ainda tem duas medalhas de bronze, em 1996, em Atlanta, e 2008, em Pequim). Leandro Damião acabou como artilheiro, com seis gols. A esperança de que a geração de Neymar & cia. conquistasse o título que falta à galeria da Seleção era grande, mas o México, com um time bem entrosado - apesar do desfalque de Giovani dos Santos -, começou a acabar com o sonho verde e amarelo de maneira relâmpago.
O gol de Peralta, aos 29 segundos do primeiro tempo, desestabilizou o time de Mano Menezes. A falha do lateral-direito Rafael no lance abateu o grupo, que chegou a ter o comando da partida novamente, mas não foi efetivo como o adversário, que com Peralta assegurou o título ao fazer 2 a 0 aos 29 minutos do segundo tempo. Com essa vantagem, o México apenas administrou, enquanto os brasileiros se desesperaram. Juan, aliás, chegou a dar uma dura em Rafael após passe de letra já perto do apito final.
Valente, o Brasil foi para o tudo ou nada e diminuiu com Hulk, aos 46. Animado, o time verde e amarelo pressionou e teve uma chance (literalmente) de ouro com Oscar, na pequena área, mas o meia, sozinho, cabeceou para fora. Sem a tão sonhada medalha, a Seleção segue a preparação para a Copa do Mundo de 2014 já na próxima quarta-feira, contra a Suécia, em Estocolmo. O jogo é amistoso.
Neymar na final Brasil x México futbeol (Foto: AFP)Fim! Neymar, o principal astro da seleção brasileira, desaba no gramado de Wembley (Foto: AFP)
Falha relâmpago
O Brasil nem teve tempo de se encontrar em campo e logo de cara levou o gol mais rápido da história de uma final de torneio Fifa. Aos 29 segundos, Rafael errou passe na intermediária, Sandro estava desatento, e Aquino deu um leve toque até Peralta. O atacante recebeu na entrada da área e chutou colocado para vencer Gabriel, que estava mal colocado. O lance desarticulou por completo o time canarinho, que não conseguia chegar com força ao ataque.
O que ficava latente também era a distância entre as linhas de marcação da Seleção. Enquanto os mexicanos faziam rapidamente a recomposição, os brasileiros tinham dificuldade, facilitando a maior posse de bola dos rivais. A primeira chance clara da equipe canarinho aconteceu aos 19. Damião recebeu pela ponta e cruzou para Oscar. O apoiador girou no marcador e chutou em cima de Corona.

Preocupado com o andamento da partida, Mano Menezes colocou Hulk no aquecimento. Aos 31, o atacante entrou na partida na vaga de Alex Sandro. Dois minutos depois, Fabian fez jogada pelo meio e arriscou de fora da área. A bola passou por cima do gol. Inconformado com os espaços dados pela defesa, Thiago Silva deu uma dura nos companheiros, principalmente na dupla de volantes.

A entrada de Hulk deu uma melhorada no desempenho da Seleção. Aos 37, o atacante soltou a bomba da intermediária e o goleiro Corona espalmou para o lado. Na sobra, Damião finalizou e a bola voltou a raspar no arqueiro. Quase o empate. E mostras de que alteração havia surtido efeito.

No lance seguinte, aos 40, Damião recebeu na área e tocou para Marcelo já dentro da área. O lateral chegou batendo de primeira e a bola passou à direita do goleiro. No fim do primeiro tempo, Neymar ainda fez jogada individual e arriscou de fora da área. Mas a bola saiu pela linha de fundo.
Neymar na final Brasil x México futbeol (Foto: AFP)Neymar disputa bola com mexicano durante a disputa da medalha de ouro olímpica (Foto: AFP)
Prata de novo
Antes mesmo do pontapé inicial para o segundo tempo, os jogadores da Seleção fizeram uma corrente na intermediária de defesa. Faltavam 45 minutos para o olimpo ou para o fracasso, a medalha de prata. Logo no primeiro minuto da etapa final, Hulk arrancou pela direita, passou por dois marcadores e foi derrubado na lateral da área. A cobrança parou na zaga mexicana, mas era um bom sinal para uma equipe que iniciou mal a decisão das Olimpíadas.
Oribe Peralta comemora segundo gol do México contra o Brasil final (Foto: Reuters)Peralta, o carrasco da seleção brasileira: dois gols
e medalha de ouro (Foto: Reuters)
Mas ficou apenas no quase... O Brasil voltou a ter dificuldades para chegar ao gol mexicano. Neymar teve uma boa oportunidade aos 14. O atacante aproveitou sobra dentro da área, mas errou o alvo. A bola passou por cima do gol. Três minutos depois, Thiago Silva falhou e a bola sobrou para Fabian. O meia-atacante foi atrapalhado por Gabriel. Na sobra, finalizou de bicicleta e acertou o travessão.

O Brasil seguia com problemas, não conseguia criar os lances. Aos 25, Mano sacou Sandro e apostou na entrada de Alexandre Pato. A equipe passou até a jogar mais no campo do México, mas pecava pelo nervosismo, cometia erros bobos, principalmente em trocas de passes. E foi em um erro de marcação que o time da América do Norte fez o segundo gol.

Aos 29, em falta cometida por Marcelo na lateral, os mexicanos souberam aproveitar a bobeada da defesa, e Peralta fez o segundo, deixando cada vez mais distante o sonho do ouro olímpico. A partir daí, o nervosismo falou mais alto e a Seleção pouco criou para tentar diminuir o prejuízo.

No fim, Rafael cometeu mais um erro na lateral ao tentar um passe de calcanhar. O lance originou uma falta na lateral da área da Seleção. Em seguida, Mano sacou o jogador para a entrada de Lucas. Foi aí que o atleta do Manchester United discutiu com Juan ainda no gramado de Wembley. Thiago Silva deu uma dura no companheiro, que deixou o campo batendo palmas.

Já nos acréscimos, a zaga deu um chutão e a bola sobrou para Hulk dentro da área. O jogador tocou na saída do goleiro e diminuiu para o Brasil. Oscar, no último minuto, teve a bola do jogo, mas, sozinho na pequena área, cabeceou para fora. No fim, festa do México que, assim como o Brasil, jamais havia conquistado a medalha de ouro no torneio de futebol masculino das Olimpíadas.
Brasil pódio prata Londres (Foto: Reuters)Jogadores recebem a medalha de prata no pódio montado no gramado de Wembley (Foto: Reuters)
BRASIL 1X2 MÉXICO
Gabriel; Rafael (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Pato), Romulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião. Corona, Israel Jimenez (Vidrio), Salcido, Mier e Reyes; Chavez, Herrera, Aquino (Ponce) e Enriquez; Peralta (Raul Jimenez) e Fabian.
Técnico: Mano Menezes Técnico: Luis Fernando Tena
Gols: Peralta, aos 29 segundos do primeiro tempo; Peralta, aos 29, e Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marcelo, Leandro Damião (BRA); Reyes, Jimenez, Vidrio (MEX)
Público: 86.162 pessoas.
Local: Wembley, em Londres (Inglaterra). Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra). Auxiliares: Stephen Child (Inglaterra) e Simon Beck (Inglaterra).

Brasil renasce após o primeiro set, domina as americanas e é bi no vôlei

Batida por 25/11 no início, seleção feminina busca forças, repete resultado de Pequim e faz de Zé Roberto Guimarães o único brasileiro tricampeão olímpico

Por Rodrigo Alves e Danielle Rocha Direto de Londres
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Se houvesse nocaute no vôlei, a final olímpica de Londres teria durado apenas 21 minutos. Foi o tempo que as americanas gastaram para carimbar nas brasileiras um primeiro set avassalador, com incríveis 15 pontos de diferença. Mas a disputa não era de boxe e, além do mais, as meninas que vestiam amarelo neste sábado conhecem muito bem a receita para ficar de pé antes que a contagem chegue a dez. O contragolpe foi imediato na segunda parcial, e, dali para a frente, a torcida que lotou a Arena em Londres viu um Brasil gigante. Valente. Campeão. Bicampeão olímpico. A vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os Estados Unidos não são imbatíveis. Que Hooker não é inalcançável. Que as meninas não têm medo de bicho-papão. E que José Roberto Guimarães é o único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante de um ginásio lotado e eufórico.
Vôlei, Brasil e Eua (Foto: Agência Getty Images)Quatro anos após Pequim, o vôlei feminino vence em Londres e segue no topo (Foto: Agência Getty Images)
Não é do feitio de Zé Roberto encher o peito para alardear qualquer feito pessoal. Ele prefere entrar na festa com as jogadoras na quadra, mergulhar no peixinho, extravasar no grito. Ajoelhou-se no chão, vibrou muito com cada atleta e, enfim, respirou aliviado após sua campanha mais dramática. Campeão em 1992 com os homens e em 2008 com as mulheres, Zé carregou este grupo na ponta dos dedos até o título em Londres. Ficou por um fio na primeira fase, de calculadora na mão, torcendo - ironia das ironias - por uma vitória das americanas na última rodada para sobreviver.
Sobreviveu e, mais que isso, cresceu. Derrubou a Rússia em jogo espetacular nas quartas, salvando seis match points no tie-break. Arrasou o Japão na semi, com um 3 a 0 sem ressalvas. E marcou para este sábado o reencontro com os EUA, quatro anos depois de batê-las em Pequim. Desta vez, o favoritismo estava do outro lado da rede, com todos os confrontos recentes pendendo para o lado americano. O primeiro set arrasador deixou a torcida com o estômago na boca. Mas a reação provou que, quatro anos depois, as brasileiras ainda são as melhores jogadoras de vôlei do planeta.
Fernanda, Final do Vôlei, Brasil e Eua (Foto: Agência AFP)Fernanda Garay solta o braço: ela foi um dos
destaques do Brasil na final (Foto: Agência AFP)
Nocaute no início

Nervosa, assim como a torcida, a seleção não conseguia se encontrar no início da decisão. Até fez 1/0 com uma largadinha de Sheilla, mas as americanas entraram com o pé na porta e jeitão de favoritas. Abriram 6/1 com o luxo de não precisar de nenhum ponto de Hooker. Zé Roberto parou o jogo, os ânimos se acalmaram um pouco, mas só um pouco. Se na primeira parada o placar era de 8/3, na segunda já era de 16/7. Tonto em quadra, o Brasil viu as rivais abrirem 22/8 e praticamente só conseguiam pontuar nos erros do outro lado da rede, como os dois em sequência que deixaram o placar em 22/10. Nada aconteceu além disso. Em apenas 21 minutos, fim de papo, com incríveis 25/11.
Quando pareciam mortas, as meninas de Zé Roberto renasceram do nada e abriram a segunda parcial vencendo por 3/0. Ainda viram as rivais empatando logo em seguida, mas conseguiram se manter à frente, até com certa folga. Quando Garay soltou o braço e fez 11/6, o técnico Hugh McCutcheon parou para conversar com suas atletas. Zé estava mais calmo, e o time também, a ponto de segurar a reação e abrir de novo para 18/12, em bom momento de Jaqueline. As nocauteadas da vez eram as americanas, que não acharam as bolas e viram o Brasil igualar o jogo com a autoridade de um 25/17.
Thaisa Menezes, Final do Vôlei, Londres 2012  (Foto: Getty Images)Thaisa chega ao bicampeonato, assim como Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula e Jaqueline (Foto: Getty Images)
"O campeão voltou", gritava a torcida em altos decibéis numa arquibancada completamente tomada pelo amarelo, com pequenos focos de azul, vermelho e branco. O Brasil estava em casa, e motivado. Abriu o terceiro set vencendo por 6/2. Com autoridade, foi conduzindo bem a vantagem e segurou uma forte reação americana na metade da parcial. Na segunda parada, vencia por 16/13. Com Akinradewo virando todas, não foi fácil arrastar o set até o fim. Mas deu. Com Jaque, Garay e Sheilla largando o braço no ataque, veio o que ninguém imaginava após aquele primeiro set: 25/20 e uma virada na raça.
Na quarta parcial, nada de apagão. Concentrado, o time brasileiro sabia que do outro lado da rede não haveria entrega, mas manteve a cabeça no lugar para chegar à primeira parada técnica com 8/6. Com a capitã Fabiana crescendo, o que já estava bom ficou ótimo nos 16/10. Zé mandou à quadra Natália, outro símbolo de reação no grupo. Quase cortada por uma lesão na canela, ficou até o fim, entrou poucas vezes, mas é tão campeã quanto qualquer outra. Àquela altura, as americanas até ensaiavam uma reação, mas já não pareciam tão ameaçadoras. E o Brasil segurou até o fim, com a pancada de Garay que imortalizou o momento: 25/17, 3 a 1, ginásio histérico.
Festa dupla para as bicampeãs Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaisa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia. Festa mais do que merecida para Zé Roberto, ou apenas Zé. O único Zé tricampeão olímpico.