segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cerrone critica postura de McGregor: "Eu iria até a Lua por US$ 10 milhões"

"Caubói" afirma que entende posição do desafeto, mas ressalta que trabalho no UFC inclui obrigação de promover as lutas. Americano explica porque não enfrentou Khabib

Por direto de Las Vegas, EUA
Donald Cerrone, UFC 197, MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Donald Cerrone também se ofereceu para substituir McGregor no combate contra Nate Diaz pelo UFC 200 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Um dos desafetos de Conor McGregorDonald Cerrone não perdeu a oportunidade de criticar o rival neste fim de semana, após o irlandês ser retirado do UFC 200 por se recusar a viajar a Las Vegas para compromissos promocionais. O "Caubói", que esteve na MGM Grand Garden Arena para assistir ao UFC 197 no último sábado, disse aos jornalistas na sala de imprensa do evento que, pelo dinheiro que McGregor estaria recebendo da companhia, ele teria feito o que quer que lhe fosse pedido.
- Minha opinião é que acho que somos lutadores primeiro e artistas depois. Nosso emprego é entreter os fãs, e fazer isso, falar com vocês. Para o "Sr. Coletiva" não vir a uma coletiva de imprensa é insano. Estão dizendo que ele perdeu US$ 8 milhões ou US$ 9 milhões. Eu literalmente pilotaria uma nave à Lua por seis meses se recebesse US$ 10 milhões para ir a uma coletiva de imprensa. Mas, ele é uma marionete, é um macaco, e este é nosso trabalho, é entreter. Quando assino o contrato, tenho que cumprir todas as obrigações de mídia. Vocês acham que eu quero? Eu não, é parte do trabalho, cara - argumentou Cerrone.
Por outro lado, fica aparente no discurso do "Caubói" que ele também compreende o lado de McGregor, que reclamou da intensa agenda de entrevistas que cumpriu no último ano para justificar sua ausência em Las Vegas. O próprio Cerrone admitiu isso mais tarde:
- Sim, eu sei do que ele está falando, e o cara é o melhor em se promover e em promover o UFC. O UFC quer usá-lo e usá-lo mais porque, quando ele fala, o povo escuta. Há muita coisa na agenda dele. Tentar equilibrar os treinos e todas as viagens e os programas de horário nobre que ele faz, não tenho o luxo de fazer tudo isso, não posso comentar por ele, imagino que é um saco, mas deve ser divertido também, né? - comentou.
E o próprio Donald Cerrone também se sente como um "peão" do UFC. Ele explicou como se ofereceu para substituir o lesionado Tony Ferguson na luta contra Khabib Nurmagomedov em 16 de abril, teve o pedido autorizado e, pouco depois, retirado, para que não desfalcasse o UFC Ottawa em 18 de junho, evento no qual enfrenta o canadense Patrick Côté.
- Eu liguei para o Dana (White, presidente do UFC), disse que queria a luta, ele disse, "Fechado", mandou o contrato, Khabib recebeu o contrato. Dana me ligou de volta, e disse, "Essa luta não faz sentido. Vamos agir como se nunca tivesse sido oferecida e isso nunca aconteceu". Depois, Khabib disse que eu tinha me lesionado, enviou fotos do contrato dele assinado - sim, o meu contrato também estava assinado, tenho o mesmo (contrato). Mas Dana disse, "Não faz sentido, não vamos te tirar de Ottawa, precisamos vender ingressos", e esse foi o fim da história. Eu sou a marionete, não posso dizer nada! Botei meu chapéu na roda, mas não funcionou. Adoraria lutar, me mantenho em forma, me ofereci para lutar no peso-meio-médio, mas disseram não.
E Cerrone, claro, também se ofereceu para substituir McGregor na luta contra Nate Diaz pelo UFC 200.
- Mandei mensagem para o Dana assim que McGregor falou de aposentadoria, e minha mensagem ao Dana foi, "Eu enfrento o Nate no 200 e não preciso de mais dinheiro" (risos). Foi minha mensagem exata! Mas não ouvi nada de resposta. É difícil, muita coisa acontece por trás de portas fechadas, estou no escuro tanto quanto qualquer um. Não sei, adoraria fazer essa luta.

Dana White:" Pela última vez, Conor McGregor está 100% fora do UFC 200"

Presidente do UFC desmente campeão dos penas, que twittou que teria sido posto novamente no card do evento, e diz que nada mudou em relação à última semana

Por Las Vegas, EUA
Dana White UFC 197 (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana garantiu que McGregor está definitivamente fora do UFC 200 (Foto: Evelyn Rodrigues)
postagem de Conor McGregor, dizendo que estava de volta ao UFC 200 e agradecendo Dana White e Lorenzo Fertitta por terem feito a vontade dos fãs não teve o efeito que o irlandês planejou. Pelo menos é o que garante o presidente do UFC, Dana White. Em entrevista ao jornal "Los Angeles Times" e ao site "TMZ", o dirigente garantiu que nada mudou e que o campeão dos pesos-penas da organização está definitivamente fora do evento histórico, que acontece no dia 9 de julho, em Las Vegas.
- Não falamos com Conor McGregor desde a coletiva da última sexta-feira. Não tenho ideia da razão pela qual ele twittou aquilo. Me sinto como se estivesse em um seriado. Não sei quantas vezes mais terei que dizer que a luta não acontecerá. Não sei mais a quantas coletivas eu terei comparecer para dizer isso e as pessoas acreditarem. Pela última vez, Conor McGregor está 100% fora do UFC 200 - disse o dirigente.
Entenda o caso
Conor McGregor; Instagram (Foto: Reprodução/ Instagram)Postagem de Conor McGregor dizendo que estava de volta ao UFC200 (Reprodução/ Instagram)
Conor McGregor faria a luta principal do UFC 200 contra Nate Diaz, em uma revanche da derrota sofrida pelo irlandês no UFC 196. O lutador, no entanto, declarou, através de suas redes sociais na última semana que estaria se aposentando, gerando grande alvoroço no meio do MMA e gerando uma resposta de Dana White retirando-o do evento. Mais tarde, o lutador explicou que estaria insatisfeito com a intransigência do UFC em flexibilizar sua agenda de compromissos para o UFC 200, e se disse disposto a comparecer apenas à coletiva de imprensa do dia 29 de maio, em Nova York. Dana White deu novas entrevistas dando conta de que McGregor tinha uma série de compromissos promocionais relativos ao evento histórico, e não comparecer à coletiva da última semana era inadmissível, e que por isso ele foi cortado do torneio. 
Após o anúncio público do dirigente, McGregor postou novamente em suas redes sociais, desta vez dizendo estar curtindo a vida de aposentado. Na madrugada desta segunda-feira, o lutador fez nova postagem, dizendo que estava de volta ao UFC 200, e agradecendo aos dirigentes do UFC por terem feito a vontade dos fãs.

Ainda voltando aos treinos, Erick Silva inicia busca por uma vaga no UFC 200

Capixaba, que lutou no dia 05 de março, cumpriu suspensão médica pelo nocaute sofrido e retorna às atividades visando o grandioso evento de 09 de julho, nos EUA

Por Serra, ES
Erick Silva, lutador capixaba do UFC (Foto: Reprodução/GloboEsporte.com)Erick Silva, lutador capixaba do UFC (Foto: Reprodução/GloboEsporte.com)
A emblemática edição de número 200 do UFC, que acontece no dia 09 de julho, em Las Vegas é cercada da expectativas por todos os envolvidos no mundo das lutas. Atletas de várias nacionalidades buscam uma vaga no evento, que acaba de perder o falastrão Conor Mcgregor. 
E quem está de olho em poder atuar no UFC 200 é o capixaba Erick Silva. O atleta vem de derrota para o franco-canadense Nordine Taleb, e já cumpriu uma suspensão médica de 40 dias pelo nocaute sofrido no dia 05 de março.
De volta aos treinos no Espírito Santo, o lutador espera poder se recuperar da derrota atuando num dos eventos mais esperados dos últimos tempos.
- Toda vez que o atleta sofre um nocaute ele tem uma suspensão médica, que é pra prevenir uma sequela, algum problema. Tive uma suspensão de 40 dias e o UFC só poderia marcar uma luta pra mim depois desse tempo. Eu pretendo voltar a lutar em julho. Todo o atleta quer estar lutando e ter uma visibilidade em eventos grandes, que o mundo inteiro está vendo. Eu como qualquer outro lutador estaria disposto a lutar sim (no UFC 200).
A expectativa é de que a partir do momento em que uma luta for marcada, Erick Silva deve retornar aos Estados Unidos para fazer o seu camp de treinos na Kings MMA, de Rafael Cordeiro. O capixaba acredita que fez a escolha certa e que evoluiu como lutador com as atividades feitas fora do Brasil.
- Agora é focar, voltar aos treinos da mesma forma que eu estava focado para essa luta, nesse camp, e dar continuidade ao trabalho. Aprendi bastante com esse novo rumo que eu tomei, de estar treinando lá fora, conheci pessoas novas e estar treinando com uma grande equipe. Todos que estiveram ao meu redor viram a evolução que eu tive. Quero voltar mais forte ainda.
Erick Silva treina com o também lutador Jonas Coelho, o mestre de jiu-jítsu Luciano Lyra e o técnico de MMA Rômulo Agulha (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Erick Silva treina com o também lutador Jonas Coelho, o mestre de jiu-jítsu Luciano Lyra e o técnico de MMA Rômulo Agulha, entre outros atletas (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Até o momento, três eventos estão marcados para o mês de julho e todos com seus cards ainda em formação: o tão aguardado UFC 200, no dia 09, em Las Vegas; e outros dois eventos que ainda não tiveram os seus nomes confirmados ou se serão eventos numerados, nos dias 13, em Sioux Falls (Dakota do Sul), e 23 de julho, em Chicago, ambos nos Estados Unidos.
UFC 200
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):Peso-meio-médio: Nate Diaz x adversário indefinido
Peso-pena: José Aldo x Frankie Edgar
Peso-galo: Miesha Tate x Amanda Nunes
Peso-pesado: Cain Velásquez x Travis Browne
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Kelvin Gastelum
Peso-galo: Cat Zingano x Julianna Peña
Peso-leve: Joe Lauzon x Diego Sanchez
Peso-leve: Takanori Gomi x Jim Miller
Peso-médio: Gegard Mousasi x Derek Brunson
Peso-leve: Sage Northcutt x Enrique Marin
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Jon Jones ganha quase dez vezes a bolsa de Ovince St. Preux no UFC 197

Ex-campeão dos meio-pesados recebe US$ 500 mil pela vitória; Haitiano embolsa US$ 55 mil após lutar cinco rounds na luta principal do evento, realizado em Las Vegas

Por Las Vegas, EUA
Jon Jones UFC 197 (Foto: Evelyn Rodrigues)Jon Jones recebeu US$ 500 mil pela vitória sobre St. Preux no UFC 197 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Se a atuação não foi das melhores, a bolsa não deixou nada a desejar. Por sua vitória no evento principal do UFC 197Jon Jones recebeu nada menos que US$ 500 mil (cerca de R$ 1,85 milhão, ou US$ 20 mil por minuto de luta). O valor pago ao ex-campeão dos pesos-meio-pesados é quase dez vezes maior que a bolsa do seu adversário, o haitiano Ovince St. Preux. Pela luta, St. Preux recebeu US$ 55 mil (cerca de R$ 203 mil). A luta aconteceu no último sábado, em Las Vegas, e marcou a volta de Jon Jones ao UFC após cerca de um ano afastado por problemas com a Justiça americana. Apenas como comparação, o campeão peso-mosca, Demetrious Johnson recebeu, pela vitória em apenas 2m49s de luta contra Henry Cejudo, US$ 195 mil (aproximadamente R$ 721 mil), pouco menos de 2,5 vezes o valor pago a Jones. Johnson defendeu pela oitava vez o cinturão dos pesos-moscas, e está a apenas duas defesas bem-sucedidas de igualar o recorde de Anderson Silva.

Entre os brasileiros, a maior bolsa foi paga ao peso-leve Edson Barboza, que recebeu US$ 88 mil (cerca de R$ 325 mil) pela vitória contra o ex-campeão da categoria, Anthony Pettis.

Confira todos os salários do UFC 197*:

Jon Jones: US$ 500 mil (sem bônus por vitória)
Ovince St. Preux: US$ 55 mil

Demetrious Johnson: US$ 195 mil (incluídos US$ 60 mil como bônus por vitória)
Henry Cejudo: US$ 60 mil

Edson Barboza: US$ 88 mil (incluídos US$ 44 mil como bônus por vitória)
Anthony Pettis: US$ 80 mil

Robert Whittaker: US$ 60 mil (incluídos US$ 30 mil como bônus por vitória)
Rafael Sapo: US$ 41 mil

Yair Rodriguez: US$ 42 mil (incluídos US$ 21 mil como bônus por vitória)
Andre Fili: US$ 18 mil

Sergio Pettis: US$ 48 mil (incluídos US$ 24 mil como bônus por vitória)
Chris Kelades: US$ 12 mil

Danny Roberts: US$ 24 mil (incluídos US$ 12 mil como bônus por vitória)
Dominique Steele: US$ 12 mil

Carla Esparza: US$ 60 mil (incluídos US$ 30 mil como bônus por vitória)
Juliana Lima: US$ 14 mil

James Vick: US$ 30 mil (incluídos US$ 15 mil como bônus por vitória)
Glaico França: US$ 17 mil

Walt Harris: US$ 20 mil (incluídos US$ 10 mil como bônus por vitória)
Cody East: US$ 10 mil

Marcos Pezão: US$ 24 mil (incluídos US$ 12 mil como bônus por vitória)
Clint Hester: US$ 12 mil

Kevin Lee: US$ 48 mil (incluídos US$ 24 mil como bônus por vitória)
Efrain Escudero: US$ 18 mil

* Os salários declarados não correspondem necessariamente ao total pago aos atletas. Os ganhos dos lutadores também podem ser acrescidos de percentuais em pay-per-view e outras bonificações que, por lei, não precisam ser divulgadas publicamente.

Após vitória no Bellator, Pitbull quer retomar cinturão e alfineta Macapá

Lutador festeja resultado na volta ao cage e espera revanche contra Daniel Straus. Potiguar diz ter lutado com lesão no joelho e critica John Macapá por desistência

Por Natal
Uma guilhotina espetacular recolocou Patricio "Pitbull" Freire de volta ao caminho das vitórias no Bellator. Após perder o cinturão do peso-pena para o americano Daniel Straus, em novembro do ano passadoo potiguar finalizou o americano Henry Corrales na última sexta-feira, nos Estados Unidos. Essa foi a 25ª vitória do potiguar, que tem apenas três derrotas em seu cartel. Após o resultado, Pitbull agradeceu aos familiares e fãs, falou sobre a troca de adversário - a luta havia sido marcada contra John Macapá, que saiu do card por lesão -, dos problemas que enfrentou devido ao piso escorregadio do octógono e do sonho de ter o cinturão de campeão mais uma vez.
Patricio Pitbull Freire x Henry Corrales Bellator 153 (Foto: Bellator/Divulgação)Patricio Pitbull Freire aplicou uma guilhotina em Henry Corrales no Bellator 153, na última sexta (Foto: Bellator/Divulgação)


- Mais uma vitória. Mais uma definida sem os juízes. O título vai voltar. Adivinhem como. Tive uma mudança de adversário em cima da hora, um cara que embora parecido com o meu adversário anterior em algumas coisas, tem maior envergadura e solta golpes mais loucos ao invés de técnicos e isso atrapalha um pouco. A lona estava bem escorregadia. É um problema antigo do Bellator e espero que resolvam em breve. Então, tivemos que fazer alguns ajustes e fazer o que era necessário pra sair do cage com a vitória - escreveu Patricio.
O lutador potiguar revelou que entrou no cage com uma grave lesão no joelho, sofrida menos de quatro semanas antes da luta. Patricio voltou a alfinetar a Nova União e o brasileiro John Macapá, que seria seu adversário no Bellator 153, afirmando que na Pitbull Brothers, academia que tem com o irmão Patricky Pitbull, "as coisas são diferentes".
- Teve outro fator que teve um papel importante nessa luta. Eu mantive em segredo porque queria lutar, mas sofri uma grave lesão num joelho faltando menos de quatro semanas para a luta e isso atrapalhou meu desempenho nos treinos e limitou as coisas que eu poderia fazer. Têm times que criam situações para seus atletas não lutarem, mas aqui as coisas são diferentes. Se há 1% de chance de entrar no cage, nós entramos. E vencemos - completou.
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