quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Ex-parceira de Ronda desmente técnico e sugere que ela troque equipe

Diana Prazak, que já foi campeã do Conselho Mundial de Boxe, afirma que declaração de Edmond Tarverdyan dizendo que Rousey nocauteou pugilistas é falsa

Por Las Vegas, EUA
Boxe - Diana Prazak x Frida Walberg (Foto: AP)Diana Prazak (de preto) desmentiu Edmond Tarverdyan (Foto: AP)
A fase de Ronda Rousey não é das mais fáceis. Depois de perder para Amanda Nunes e sofrer seu segundo revés consecutivo, que tem gerado incertezas quanto ao futuro de sua carreira, agora a americana teve desmentida uma história contada pelo seu treinador, Edmond Tarverdyan, que, durante o reinado da ex-campeã no peso-galo (até 61kg) do Ultimate, declarou que ela vinha "nocauteando campeãs mundiais de boxe" nos treinos. A declaração foi comentada recentemente por Diana Prazak, ex-campeã do Conselho Mundial de Boxe, que treinava com Ronda e sentiu-se atingida.
- Ele estava falando sobre mim. Meu treinador chamou ele e disse: "Por que você inventou isso?". Não é verdade. Espero que ela volte com uma equipe totalmente diferente ao seu redor, que olho para a segurança dela - afirmou, em entrevista para a "Sky Sports".
Prazak revelou que era constantemente chamada para fazer sparrings com Ronda, mas isso acabou antes do duelo contra Holly Holm, quando a lutadora perdeu o cinturão ao ser nocauteada. Na opinião dela, os treinos foram encerrados pois estavam minando a confiança da americana.
- Ela era dura, mas ela não é uma trocadora e você não troca socos com uma especialista. Ela não é uma boxeadora. Isso não é algo que você se torna em poucos meses. Comecei a trabalhar com Ronda há dois anos, mas, quando ela ia lutar com Holly Holm, eles pararam de me fazer sua parceira de sparring. Nossos sparrings eram sempre batalhas, eles eram mais duros que as lutas que ela vinha tendo. Fizemos ótimos treinos, e ela estava ficando melhor. Minha opinião? Não seria bom para a confiança dela seguir fazendo sparring comigo. Edmond tomou essa decisão. Ela não é uma trocadora - concluiu.

Casa de Ronda é pichada, e lutadora é vista pela primeira vez desde derrota

Ex-campeã dos galos foi flagrada conferindo o estrago deixado por vândalos no muro de sua residência em Venice. Ela já não exibe as marcas do confronto contra Amanda

Por Las Vegas, EUA
Ronda Rousey foi praticamente obrigada a dar uma pausa em seu período de reclusão depois que sua casa, em Venice Beach, foi alvo de pichadores.
A lutadora, que não havia sido vista desde a derrota para Amanda Nunes, na luta principal do UFC 207, em 31 de dezembro, foi flagrada nesta terça-feira pelo "Daily Mail" conferindo o estrago deixado no muro externo da residência.
"Rowdy" já não exibe as marcas do nocaute sofrido para a "Leoa", quando, em 48 segundos, levou 47 golpes da brasileira e saiu do octógono com o nariz sangrando e o rosto bastante vermelho.
Desde a derrota, que foi o segundo revés por nocaute de sua carreira, a lutadora tem evitado aparecer em público. Na última segunda-feira, ela voltou a fazer publicações em suas redes sociais, ao publicar uma frase da escritora britânica J.K Rowling, autora da famosa série Harry Potter: 
"E o fundo do poço se torna a fundação sólida sobre a qual eu reconstruí minha vida" - diz a foto postada por Ronda, que recebeu até uma mensagem de apoio de Cris Cyborg.

Índia lembra luta com Amanda Nunes em 2008: "Percebi a força dela ali"

Responsável por impor derrota à atual campeã dos galos do UFC em sua estreia no MMA, Ana Maria Índia cita pedido da conterrânea para levá-la à academia de Dórea

Por Rio de Janeiro
Ana Maria India e Amanda Nunes  (Foto: Arquivo Pessoal)India finalizou Amanda Nunes com uma chave de braço (Foto: Gleidson Venga / Portal do Vale Tudo)
A conquista do cinturão do peso-galo feminino do UFC, contra Miesha Tate, e a vitória num atropelo diante de Ronda Rousey no UFC 207, no fim do ano passado, elevaram Amanda Nunes ao status de estrela do Ultimate. Mas como costuma acontecer com ídolos brasileiros no esporte, o início mostra um retrato bem distante da atual realidade. Quem relembra o início da lutadora baiana de Pojuca é uma conterrânea, com uma experiência maior no tatame e boas lembranças para contar, como fez numa conversa por telefone com oCombate.com. Uma das primeiras lutadoras das artes marciais mistas do país, Ana Maria “Índia”, de 38 anos, foi a primeira adversária de Amanda no MMA, e impôs uma derrota rápida à então adversária, com apenas 35 segundos.
- Lembro da luta inteira. Foi rápida, mas foi bem dura. Naquela época, Amanda já era (faixa) marrom de judô. Pedi a um amigo, como não achava nada de Amanda e ninguém a conhecia, para ir na (academia) Edson Carvalho e gravar o treino dela, como espião, e ele foi. A gente viu como ela se movia, ela estava estreando no MMA mas já vinha do esporte, era muito agressiva. Amanda morava dentro da academia, treinava de manhã, à tarde e à noite, e ficava em frente a computador olhando para a minha cara - disse Índia.
O primeiro encontro entre as duas aconteceu no dia 8 de março de 2008, num evento chamado Prime, em Salvador, um dos primeiros a utilizar um cage para lutas no país. Enquanto Amanda treinava na Edson Carvalho, Ana Maria fazia parte da Champion, também na capital baiana, capitaneada por Luiz Dórea, técnico de boxe de Popó e de muitos lutadores de MMA do país, como Anderson Silva.
Hoje não somos amigas, mas já fomos, passava todo dia para pegá-la para levar para a Champion, a gente conversava bastante. Ela já dizia que se um dia fosse embora do Brasil não iria voltar mais, que só voltava se fosse com o cinturão
Ana Maria Índia
- Como tinha acabado de fazer uma das seis cirurgias que tenho no joelho direito - a luta foi quatro meses e meio depois de uma delas -, fiz um plano de que ela ia chutar a minha perna, eu bloqueava e entrava com um direto, mas deu tudo errado. Ela chutou tão forte que minha perna abriu e perdi a base, ela entrou com um direto e passou, e veio com um jab e passou. Quando ela voltou com outro direto, entrou no meio da minha cara. Perdi o equilíbrio e fui caindo para trás. Caindo, entrei nas pernas dela, e ela deu um sprawl no tempo certo. Aí puxei para a guarda, escalei, comecei a amassar o braço dela, e quando comecei a escalar ela botou uma base para tentar dar um bate-estaca. Quando ela levantou a perna para dar o bate-estaca, saí com o armlock invertido e peguei (o braço dela), mas peguei porque era muito mais técnica. Mas percebi a força dela ali.
Então com 19 anos nesta luta com Ana Maria Índia, Amanda Nunes emplacaria cinco vitórias seguidas depois disso no MMA nacional. Mas, na estreia no Strikeforce, em 2011, nos Estados Unidos, conheceria sua segunda derrota, o que aconteceria ainda uma vez no Invicta e outra já no UFC, esta vez contra Cat Zingano. Índia não se surpreendeu com a chegada da lutadora ao topo, hoje integrante da renomada equipe American Top Team, no estado americano da Flórida.
- Depois que lutei com a Amanda, levei ela para lutar boxe comigo na Champion. Ela me pediu para apresentá-la ao Dória. Ela já foi diferente no primeiro campeonato de boxe, lutou com uma menina que vinha de Mundial e já se destacou. Ela tem uma mão muito pesada. Na categoria (peso-galo do UFC) não tem nenhuma menina que pegue como ela pega. Isso eu já sabia. Dava para perceber (que ia longe). No dia da minha luta com ela, no final lembro que ela disse numa entrevista algo assim: “O que tenho a dizer foi que treinei, não vou dizer que não treinei, treinei muito, a Ana ganhou por méritos dela. Mas não paro aqui não, tem mais”. Hoje não somos amigas, mas já fomos, passava todo dia para pegá-la para levar para a Champion, a gente conversava bastante. Ela já dizia que se um dia fosse embora do Brasil não iria voltar mais, que só voltava se fosse com o cinturão. Ela sempre foi muito determinada, muito aguerrida. Nunca tive dúvidas de que seria campeã do mundo.
Amanda Nunes Ronda Rousey (Foto: John Locher / AP)Amanda Nunes impôs uma derrota a Ronda Rousey com apenas 48 segundos de luta (Foto: John Locher / AP)

Índia assistiu à vitória de Amanda Nunes no último dia 30 de dezembro, no card realizado em Las Vegas, e não se surpreendeu com a vitória da brasileira em apenas 48 segundos, tendo diante dela Ronda Rousey, nome mais expressivo do MMA feminino no mundo. Para a lutadora, a “Leoa” é completa.
- Já esperava ela ganhar. Engraçado que o Demian (Maia) já tinha perguntado o que achava, e disse que Amanda já devia ter disputado o cinturão bem antes, mas acho que foi bom para ela ter esperado esse tempo porque amadureceu como atleta. O que fazia ela perder antes era o ímpeto. Já sabia que ela seria campeã do mundo, porque ela é a Cris Cyborg nos 61kg, nenhuma menina tem o poder de punch que Amanda tem. Se ela conseguisse controlar o ímpeto e manter a distância, e entender o que sabe fazer de melhor e não querer ir para cima, ia melhorar muito. Agora ela já entende, está mais consciente emocionalmente, consegue entender que da meia para a longa distância é que ela é melhor. Ela é uma menina completa. Amanda tem judô, wrestling, boxe, tem kyokushin e é faixa preta de jiu-jítsu.
LONGA HISTÓRIA NO MUNDO DAS LUTAS
Se em 2008 Amanda Nunes começava a trilhar uma carreira de sucesso no mundo do MMA, Ana Maria Índia já tinha 29 anos e uma história mais longa com o mundo das lutas e, principalmente, com o jiu-jítsu. No MMA, a lutadora da cidade baiana de Barreiras é dona de um cartel com cinco vitíorias e cinco derrotas.
- Primeiro os objetivos (nos levaram a lugares diferentes). Quando comecei a lutar, não existia MMA feminino. Nunca sonhei em ser campeã de MMA, não existia mulher lutando MMA, não tinha no Pride, no UFC, em lugar nenhum. Inventei que queria lutar. As pessoas me perguntavam porque eu treinava, porque na época não existia protocolo de treino, então não existia divisão de peso, era eu no meio de 70 homens, de caras de ponta como (Ricardo) Arona, Paulão (Filho), (Rodrigo) Minotauro, (Rogério) Minotouro, (Roan) Jucão, Miltinho (Vieira)... Nessa época só existiam duas equipes grandes de MMA no mundo, que era a Brazilian Top Team e a Chute Boxe, então foi sempre muito duro treinar com os caras, e acabei me machucando bastante e nunca tive estrutura de atleta (...). Tudo que sei hoje aprendi perguntando.
Ana Maria Índia (Foto: Arquivo Pessoal)Ana Maria Índia foi campeã de torneio de wrestling na praia (Foto: Arquivo Pessoal)
Índia ficou por muitos anos na Team Nogueira, sob a tutela dos irmãos Rogério Minotouro e Rodrigo Minotauro, mas numa ida para São Paulo para implantar um programa feminino da academia acabou se casando e permaneceu na cidade. Dali em diante, a lutadora se afastou do tatame e passou por muitas lesões e cirurgias. Hoje já separada, permaneceu na capital paulista e seguiu seu caminho na Vila da Luta, do lutador Demian Maia. Tudo acertado com os irmãos Nogueira. Seu objetivo era encontrar uma equipe de competição na cidade, além de continuar a dar aulas.
- Fiquei muito tempo parada, e meu ex-marido não gostava de jiu-jitsu e começou a me proibir, e comecei a me afastar cada vez mais dos tatames, fui fazer boxe profissional. Depois da minha separação tentei ir embora algumas vezes, mas toda hora que tentava acontecia algo ruim e decidi ficar na cidade. A primeira coisa que fiz foi procurar uma equipe de competição. No time profissional de São Paulo da Team Nogueira era mais profissional que todos os outros atletas, precisava de alguém para me ensinar. Sou apaixonada por jiu-jitsu. Conversei com o Rogério e falei que queria ir para a academia do Demian. Com toda a generosidade do mundo que ele tem, que sempre me tratou como uma irmã, falou: “Ana, faz o que for melhor para você”, e tem um ano que estou na Vila da Luta.
O retorno às competições aconteceu rapidamente, e em duas semanas Ana Maria Índia foi convencida a lutar um torneio de wrestling na praia, que venceu após cinco lutas. Depois, ainda competiu no Rio de Janeiro no Grand Slam de jiu-jítsu. A lutadora também aceitou voltar ao MMA e chegou a ter duas lutas marcadas na China, mas ambos os eventos caíram, e agora ela espera por novas oportunidades, principalmente no jiu-jítsu, sua verdadeira paixão.
- Voltei a treinar tem um ano e estou voltando para as competições, estou tendo a chance de fechar a minha carreira com chave de ouro. Comecei tudo isso aí, quando tinha que entrar na chave masculina para poder lutar. Briguei para lutar em qualquer peso, em qualquer categoria no MMA, lutei no 60kg, 63kg, 66kg, lutei cheia de lesão, machucada, mas lutei. Amo lutar e vou continuar lutando. Agora estou focada nos campeonatos de jiu-jítsu porque estou o atualizando, é a minha paixão. Acho MMA muito fácil, o jiu-jítsu é dez milhões de vezes mais difícil. Estou de volta. Enquanto der para lutar, vou lutar. Não tenho mais lesão, estou ótima. O ano de 2017 promete muito para mim - concluiu.

Amanda Nunes faz companhia para 
a namorada em compromisso do UFC

Nina Ansaroff, que encara Jocelyn Jones-Lybarger, neste domingo, em Phoenix assina diversos pôsteres do evento, enquanto a campeã do peso-galo a espera

Por Phoenix, EUA
Amanda Nunes e Nina Ansaroff (Foto: reprodução/Instagram)Amanda Nunes mexe no telefone e sorri, enquanto a namorada, 
Nina Ansaroff, assina um pôster do evento (Foto: reprodução/Instagram)
Campeã do Ultimate, Amanda Nunes aproveita o merecido descanso após a vitória por nocaute contra Ronda Rousey, no dia 30 de dezembro. A "Leoa dos Ringues", no entanto, retribui o apoio da namorada, a também lutadora Nina Ansaroff, que está sempre ao seu lado, e, nesta quarta-feira, fez companhia para a americana que assinou diversos pôsteres do UFC.

Em foto postada nas redes sociais do Ultimate, Amanda aparece mexendo no celular, enquanto Ansaroff autografa um pôster referente ao UFC Phoenix, no qual encara Jocelyn Jones-Lybarger, neste domingo.

UFC: Rodriguez x Penn
15 de janeiro, em Phoenix (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir de 1h no horário de Brasília):
Peso-pena: Yair Rodríguez x BJ Penn
Peso-leve: Joe Lauzon x Marcin Held
Peso-meio-médio: Court McGee x Ben Saunders
Peso-mosca: John Moraga x Sergio Pettis
CARD PRELIMINAR (a partir de 21h no horário de Brasília):
Peso-galo: Frankie Saenz x Augusto Tanquinho
Peso-pesado: Aleksei Oleinik x Viktor Pesta
Peso-leve: Tony Martin x Alex White
Peso-leve: Devin Powell x Drakkar Klose
Peso-palha: Jocelyn Jones-Lybarger x Nina Ansaroff
Peso-pesado: Walt Harris x Chase Sherman
Peso-leve: Bojan Mihajlovic x Joachim Christensen
Peso-pesado: Dmitry Smolyakov x Cyril Asker

Julianna Peña critica Ronda Rousey: "Se esquivou de mim o tempo todo"

Campeã da 18ª temporada do The Ultimate Fighter afirma que gostaria de ter sido 
a pioneira a destronar "Rowdy": "Escolhia suas lutas a dedo desde o primeiro dia"

Por Las Vegas, EUA
Julianna Peña, UFC 200, MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Julianna Peña acusa Ronda Rousey de ter evitado entrar em rota 
de colisão com ela dentro do octógono (Foto: Evelyn Rodrigues)
Campeã do TUF 18, Julianna Peña não tem uma boa relação com Ronda Rousey desde a época que a ex-campeã treinou o time rival durante o reality show. "The Venezuelan Vixen", que já criticou "Rowdy" diversas vezes, voltou a colocá-la em sua alça de mira.

Em entrevista para a rádio "SiriusXM", Peña acusou Ronda Rousey de evitar enfrentá-la e afirma que é uma atleta subestimada na organização.

- É um saco a Ronda ter se esquivado de mim esse tempo todo. Quando eu era do TUF, e o Dana permitiu que as mulheres entrassem no UFC, ela estava lutando contra uma adversária, enquanto eu enfrentava quatro em sete semanas. O motivo pelo qual eles não contabilizam aquelas lutas é porque seria ilegal. Seria ilegal permitir um monte de lutas em um curto espaço de tempo. O que me deixava louca é que limpei o time dela todo. Ela deveria ter tido vontade de me enfrentar em vingança a isso. O que me deixa louca foi não ter sido eu (a destroná-la). Ela se esquivou de mim o tempo inteiro. E eu não era a única capaz de destroná-la. Ela escolhia suas lutas a dedo desde o primeiro dia. O nome dela é Ronda Rousey e foi criada para ser intocável.
Em ascensão - são quatro vitórias e nenhuma derrota no Ultimate - Peña se aproxima cada vez mais da disputa de cinturão, atualmente sob posse da brasileira Amanda Nunes. A lutadora da Sikjitsu pode garantir a vaga de desafiante no próximo dia 28, no UFC Denver, quando enfrentará Valentina Shevchenko, também candidata ao posto.

- Constantemente eu assisto aos vídeos dela. Achei todos os vídeos dela das profundezas da internet. Acordo pensando nela, vou dormir pensando nela. Está sempre na minha mente. A obsessão que tenho por ela é um pouco doida, é por isso que quero provar a mim que sou a força a ser considerada nessa divisão, conforme venho falando. Sou aquela que deve ser temida. As lutadoras não querem ficar trancadas no cage comigo porque sou um animal doido, uma máquina, que está indo para matar.