segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Com uma pendência, Timão divulga lista dos 23 jogadores do Mundial

Surpresa da relação é a ausência do peruano Ramírez. Dúvida é a inscrição de Guilherme, questionada pela Fifa. Willian Arão está de sobreaviso

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Guilherme Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)Guilherme, volante do Corinthians, em treino no CT
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
O Corinthians anunciou nesta segunda-feira a lista dos 23 jogadores que disputarão o Mundial de Clubes, a partir do dia 12 de dezembro, no Japão. A surpresa da relação é a ausência do peruano Ramírez. O zagueiro Felipe e o meia Giovanni, pouco aproveitados ao longo da temporada, estão inscritos.
A lista enviada pelo clube ainda pode sofrer uma modificação nas próximas horas. A Fifa questiona a inscrição do volante Guilherme. O jogador chegou ao Corinthians em 15 de agosto, depois do fechamento janela de transferências internacionais, o que, de acordo com a entidade, inviabiliza a participação dele no Mundial.
A defesa do clube está em cima de a transação ter sido feita no Brasil, já que Guilherme foi contratado junto à Portuguesa. O clube enviou à Suíça um ofício explicando que a CBF autoriza as negociações entre clubes do país e, por isso, ele poderia viajar com a delegação. Caso o argumento não seja aceito, Willian Arão fica com a vaga.
O peruano Ramírez perdeu muito espaço no elenco ao longo do segundo semestre e sequer ficou no banco diante do Peixe, aumentando a especulação de que não seria levado ao Oriente. Ele dificilmente continuará no clube no próximo ano e já deu declarações à imprensa de seu país de que pretende sair para jogar com mais frequência. O destino deve ser o Universitario, do Peru. Também pesou contra ele uma lesão muscular na coxa esquerda.
Com Giovanni aconteceu o contrário. O garoto de 18 anos, campeão da última edição da Copa São Paulo de Juniores, passou a ter mais chances depois da Libertadores e agradou a Tite. O meio-campista chegou a ser liberado pelo treinador para se apresentar à seleção brasileira sub-20 que disputará o Sul-Americano em janeiro. No entanto, Giovanni pediu para permanecer e se juntar ao grupo alvinegro – tem dez jogos e um gol pelo Timão.
Já Felipe, de 23 anos, viveu uma situação curiosa. O defensor era a última opção para a posição, quase foi emprestado ao Flamengo durante o Brasileirão e deixaria o clube em 2013 para ganhar experiência. A situação mudou depois que precisou entrar no lugar de Wallace, lesionado, contra o Bahia, no Pacaembu. Tite gostou tanto que optou por segurá-lo no elenco e dar uma chance de leva-lo ao Mundial. Ele fez apenas quatro partidas pelo clube.
Outro fator que colaborou para a presença dele é a ausência de um volante reserva com as mesmas características de Ralf. Tite foi obrigado a recorrer ao zagueiro Anderson Polga na função – enfrentou o Santos assim. Com isso, abriu uma vaga para Felipe na defesa.
A delegação corintiana embarca para o Oriente na madrugada do dia 4 de dezembro, fazendo uma escala de 24h em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Confira a lista de jogadores do Corinthians no Mundial
Goleiros: Cássio, Julio Cesar e Danilo Fernandes
Laterais: Alessandro, Fábio Santos e Guilherme Andrade
Zagueiros: Chicão, Paulo André, Wallace, Anderson Polga e Felipe
Volantes: Ralf, Paulinho, Guilherme* (ou Willian Arão) e Edenílson
Meias: Douglas, Danilo e Giovanni
Atacantes: Emerson, Paolo Guerrero, Jorge Henrique, Martinez e Romarinho
Giovanni Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)Giovanni é a novidade do Corinthians na lista (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

Teve isso! Inter à la Íbis, sósia de Tirone e clássico com sete expulsos

Curiosidades do futebol brasileiro no fim de semana têm ainda mar de cadeiras vazias no Engenhão, apoio de Ivete na Bahia e provocações

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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A temporada do futebol brasileiro vai chegando ao fim com curiosidades aos montes. Entre rebaixados e desesperados, o sabor é amargo. As provocações são muitas, por isso é melhor levar com bom humor. Foi o que fez a torcida do Palmeiras. O Engenhão vazio mostrou um fim de semana desanimado no futebol carioca, e as sete expulsões no clássico potiguar provam que a rivalidade ultrapassa a frieza de caminhos já traçados. Confira estes e outros fatos curiosos que marcaram o fim de semana no futebol brasileiro:
Protesto bem-humorado
Protesto torcedores Palmeiras (Foto: Rodrigo Coca / Ag. estado)Sósia de Tirone simula banho de sol
(Foto: Rodrigo Coca / Ag. estado)
Nada de pichações, agressões ou incêndios. Desta vez, a torcida do Palmeiras resolveu fazer um protesto bem-humorado por causa do péssimo momento vivido pelo clube no Campeonato Brasileiro. Integrantes da principal facção organizada do Verdão foram até a porta da Academia de Futebol na manhã de sábado para fazer manifestação contra a direção e o time por causa do rebaixamento para a Série B.
O principal alvo dos torcedores foi o presidente Arnaldo Tirone. Palmeirenses levaram ao local até um sósia do presidente, que ficou sentado em uma cadeira de praia e usando o celular, em uma espécie de reconstituição da cena que revoltou alviverdes na última segunda-feira, quando o mandatário foi flagrado em uma praia do Rio de Janeiro, um dia após o rebaixamento da equipe.
Além do presidente, outros três palmeirenses foram alvo de críticas dos torcedores. O chileno Valdivia, com camisa da seleção chilena e muletas, o goleiro Bruno, com "mão de alface", e o vice-presidente Roberto Frizzo, enfaixado como uma múmia, também foram "representados" por torcedores.
protesto torcida Palmeiras CT  (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Estado)Protesto curioso da torcida do Palmeiras (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Estado)
Engenhão às moscas
O fim de semana foi de públicos muito reduzidos no Engenhão. No sábado, o chamado Clássico dos Milhões entre Flamengo e Vasco teve apenas 5.971 pagantes. Foi o pior público do duelo desde 2002. E desde 2006 a partida não tinha público inferior a 10 mil pagantes. No domingo, um número ainda menor no encontro entre Botafogo e Atlético-MG. Somente 3.039 torcedores pagaram ingresso.
torcedor vasco engenhão (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)Torcedor do Vasco em meio a inúmeras cadeiras vazias (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Clássico com sete expulsões
América e ABC fizeram sábado um clássico que não valia muito. Os dois representantes do Rio Grande do Norte na Série B já estavam com os caminhos definidos na competição. Mas os jogadores deixaram a tranquilidade no vestiário e fizeram um duelo muito tenso. Foram sete jogadores expulsos. A partida no Estádio Frasqueirão, em Natal, precisou ser encerrada antes do previsto porque o time rubro ficou com apenas seis jogadores em campo. O técnico Roberto Fernandes também foi para o chuveiro mais cedo.
Hino com apenas um time
 No clássico alagoano entre CRB e ASA, uma cena chamou atenção antes de a bola rolar. Com a velha mania de atrasar a partida para se aproveitar de saber os resultados dos outros jogos, o CRB, que lutava contra o rebaixamento, fez de tudo para enrolar o apito inicial. Tanto que só entrou no gramado quando o hino nacional já havia sido executado, com apenas os torcedores do ASA perfilados. Não adiantou. O CRB venceu, mas mesmo assim acabou degolado para a Série C.
Ivete dá força para o Leão, que sobe para a Série A
 A presença de uma de suas torcedoras mais ilustres era o empurrão que faltava ao Vitória para, enfim, voltar para a Série A do Campeonato Brasileiro. Antes do duelo contra o Ceará, no Barradão, válido pela última rodada da Série B, a cantora Ivete Sangalo pousou de helicóptero no gramado, animando a torcida que lotava o estádio. Em campo, o Vitória mostrou nervosismo e acabou empatando por 1 a 1, mas garantiu o acesso.
Sheik fazendo escola
O atacante Emerson, do Corinthians, provocou o Palmeiras na semana passada, após o rebaixamento para a Série B. E outros jogadores foram na onda neste domingo. Artilheiro da Série B com 27 gols, Zé Carlos, do Criciúma, disparou para cima do Avaí, que, ao contrário do Tigre, permanece na Segunda Divisão no ano que vem.
Twitter Kieza Náutico (Foto: Reprodução / Twitter)Twitter Kieza Náutico (Foto: Reprodução / Twitter)
— Vão ter que chorar mais um ano na segunda divisão. Tem que berrar para os jogadores deles terem mais raça, porque vão jogar mais um ano na Série B — declarou.
Em Pernambuco, Kieza, atacante do Náutico, foi na mesma linha ao falar sobre o rival Sport, que precisa vencer o Timbu, domingo, na última rodada, e torcer contra tropeço de Bahia ou Portuguesa na última rodada para ficar na Série A.
- Domingo vamos acabar de derrubar a coisa - declarou.
Inter tem novembro de Íbis
Campanha do Inter em novembro de 2012 (Foto: Globoesporte.com)
O Inter, apelidado de 'Campeão de tudo' em função dos inúmeros títulos, definitivamente parou no tempo e fez uma campanha inacreditável em novembro. Em quatro jogos pelo Campeonato Brasileiro, foram quatro derrotas, nenhum gol marcado e oito sofridos. Um rendimento digno de Íbis, o time pernambucano que já foi eleito o pior do mundo. A torcida colorada gritou "timinho" e "olé" a cada troca de passes da Portuguesa, na derrota de 2 a 0, no Beira-Rio. Ídolo, o argentino D'Alessandro disse que a equipe está "sem força", mas reclamou das vaias dos torcedores dizendo que pode "saltar da barca". O Inter tenta juntar os cacos para a última rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio, domingo que vem, no Olímpico.
Erro no placar fez torcida do Bahia comemorar gol que não aconteceu
bahia; pituaçu (Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com)Torcida do Bahia no Pituaçu
(Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com)
Após o apito final na partida entre Bahia e Náutico, no estádio de Pituaçu, o sentimento da torcida do Tricolor era de frustração com o empate, que não era suficiente para garantir a fuga do rebaixamento já nesta rodada. No entanto, por alguns segundos, uma inesperada festa tomou conta das arquibancadas. A alegria repentina foi fruto de um erro no placar eletrônico do estádio.
Enquanto mostrava os demais resultados da rodada, o equipamento mostrou de forma equivocada o placar da partida entre Sport e Fluminense. O jogo da Ilha do Retiro, que terminou 1 a 1, já estava finalizado quando o placar mostrou um resultado diferente do que aconteceu: Sport 1 x 2 Fluminense.
Rapidamente, os milhares de tricolores que ainda se encontravam no estádio comemoraram. Alguns jogadores, como o atacante Elias, que ainda estava se dirigindo aos vestiários, chegaram a festejar o inexistente segundo gol do Flu. O resultado rebaixaria o Sport e livraria o Bahia de qualquer possibilidade de queda para a Série B. A definição ficou para a última rodada.
A ira de Muricy
Na entrevista coletiva realizada após o empate com o Corinthians, o técnico do Santos, Muricy Ramalho, voltou a cobrar publicamente a diretoria, chamando a atenção para a necessidade de contratações de reforços que qualifiquem a equipe em 2013. E mandou um recado.
Vocês conhecem São Tomé? Eu só acredito vendo. Estou ficando cansado disso"
Muricy Ramalho
– Estou um pouco cansado disso. As contratações precisam chegar. Estamos fazendo muitas reuniões e não sai disso. O ano está acabando, logo mais vão começar as férias e não chega ninguém. As coisas estão muito lentas. É preciso ter um plantel e não um time. Estou tentando explicar isso para a diretoria e vamos ver o que acontece – afirmou o treinador, para em seguida completar.
– Vocês conhecem São Tomé? Eu só acredito vendo. A história é bacana, mas só estamos nisso por enquanto. Na hora em que o contrato for assinado, eu dou parabéns. Estou ficando cansado disso – afirmou.

Andrés admite saída da CBF e
afirma que Felipão está 'apalavrado'

Diretor de seleções da entidade diz que ainda precisa conversar
com o presidente José Maria Marin, mas revela acordo com Scolari

Por Marcio Iannacca Rio de Janeiro
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O técnico Luiz Felipe Scolari já estaria apalavrado para assumir a seleção brasileira em 2013. Quem revelou o acordo foi o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanches, que soube da informação através de amigos. Nesta segunda-feira, durante a Soccerex, o dirigente fez a revelação e afirmou ainda que deve deixar o cargo, após ser voto vencido na decisão da entidade de demitir Mano Menezes.
- Eu ainda não conversei com o presidente (José Maria Marin), mas a tendência é eu sair. Pelo que eu sei, o Felipão está apalavrado. Soube de pessoas que têm credibilidade que ele está acertado – declarou Sanches.
Andrés, no entanto, afirmou que ainda vai conversar com José Maria Marin para tomar conhecimento do que será feito em relação ao seu futuro. O dirigente afirmou que ainda não pediu demissão ou foi demitido, mas que o fato de a CBF estar negociando com um treinador sem a sua participação seria um dos motivos da insatisfação.
Andres Sanchez soccerex (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)Andres Sanchez diz que Felipão está apalavrado (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)
- Claro que é um dos motivos. Eu estava satisfeito, mas depois dos últimos acontecimentos não estou mais. Eles querem colocar pessoas da confiança deles. Mas eu jamais pediria para sair sem falar com o presidente. Isso vai acontecer nos próximos dias – disse o dirigente.
O dirigente afirmou que o futebol brasileiro vive um momento de “insegurança” e afastou a palavra crise da seleção brasileira.
- Fico triste por todas essas coisas que aconteceram. Vocês acham que eu queria estar aqui explicando para vocês a saída de um treinador? O momento é de insegurança. Estamos sem treinador – disse.
Questionado se poderia concorrer à presidência da CBF nas próximas eleições, em 2015, Andrés negou que vá encarar o pleito e já sabe o que vai fazer no futuro.
 - Vou me reciclar, pensar na minha vida, nas minhas empresas. O momento é de reciclar. Não estou pensando lá na frente.
Andrés lamentou ainda que a política seja colocada no futebol. O dirigente afirmou que a Seleção estava no caminho certo, em ascensão, quando a cúpula da CBF decidiu pela demissão de Mano Menezes. Ele lamentou ainda a ausência de um treinador às vésperas de um evento importante organizado pela Fifa. No próximo dia 1, a entidade máxima do futebol vai realizar o sorteio da Copa das Confederações, em São Paulo.
- Não tem nada de errado ou sujo que possa abalar o futebol brasileiro mais do que está abalado com a mudança de treinador às vésperas do sorteio da Copa das Confederações, com todo mundo da Fifa aí. Vamos para lá sem treinador.
Saída de Mano Menezes
Na ocasião do anúncio da saída de Mano, Andrés foi o responsável por falar com a imprensa. Na oportunidade, ele afirmou que foi contra a demissão do treinador, mas teve de aceitar a decisão.
- Fui voto vencido. Os critérios são do presidente, ele entende que no início da temporada quer outros métodos. Está na posição de presidente, sendo corajoso e ousado. Temos que respeitar – disse o ex-presidente do Corinthians.
Marin: 'Técnico dificilmente será estrangeiro'
A informação de Andrés acerca do acordo com Felipão bate com a entrevista do presidente da CBF, José Maria Marin, nesta segunda-feira, no Soccerex. Em meio aos pedidos por Pep Guardiola, o mandatário considerou difícil trazer um estrangeiro.
- Temos bons profissionais no Brasil e dificilmente teremos um estrangeiro. Vamos esperar o término do Brasileiro. O nome será divulgado no início de janeiro em coletiva na sede da CBF – afirmou Marin, que depois deu uma dica do perfil necessário para o comando da Seleção.
- O novo técnico tem que ter o perfil vencedor para que possa chegar ao tão sonhado título em casa.
Além de Felipão, os outros cotados para o cargo são Muricy Ramalho, do Santos, e Tite, do Corinthians. Scolari, porém, é o favorito. A favor dele pesa o fato de ter sido campeão mundial com a Seleção na Copa do Mundo de 2002.

Galo tenta Juninho Pernambucano e Tardelli junto a Ronaldinho em 2013

Atlético-MG tem cinco milhões de euros para contratar os dois jogadores

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte
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O técnico Cuca já havia adiantado que o Atlético-MG trará um jogador para dividir a responsabilidade com Ronaldinho Gaúcho em 2013. E o clube deverá contratar dois nomes de peso, para que R49 não se sinta sozinho na condição de ídolo: o atacante Diego Tardelli e o meia Juninho Pernambucano.

A vinda de Diego Tardelli esbarra na questão financeira, já que os dirigentes do Al Gharafa, clube do Catar onde está o ex-atleticano, só aceitam vendê-lo - para suprir os 4 milhões de euros pagos ao Anzhi, da Rússia, onde o jogador teve uma passagem discreta.
Juninho Pernambucano e Diego Tardelli na mira do Galo (Foto: Arte / Globoesporte.com)Juninho Pernambucano e Diego Tardelli na mira do Galo para 2013 (Foto: Arte / Globoesporte.com)
O Atlético-MG disponibiliza cerca de 5 milhões de euros. Porém, o presidente atleticano, Alexandre Kalil, espera trazer o antigo ídolo alvinegro sem gastar boa parte da quantia.
Já o acerto com Juninho Pernambucano está bem encaminhado. O desejo do presidente Alexandre Kalil e do técnico Cuca era de contar com ele desde o início do ano. Na vinda de Ronaldinho Gaúcho para o Atlético-MG, no meio da temporada, Kalil foi ao Rio negociar com Juninho. No entanto, viu a possibilidade de contar com R49 e não perdeu a oportunidade.
Há cerca de um mês, o Atlético-MG procurou o camisa 8, que viu com bons olhos a transferência para Minas Gerais. O jogador de 37 anos ainda vai se reunir com a diretoria do Vasco para definir o futuro. E como a proposta financeira do Atlético-MG é bem superior ao que Juninho vinha recebendo no clube carioca (R$ 50 mil por jogo, em média R$ 250 mil mensais), as chances dele trocar de alvinegro são grandes.

O empresário do jogador, José Fuentes, receoso com a crise financeira pela qual atravessa a diretoria cruz-maltina, não quis comentar sobre o possível acordo com o Galo, mas deu data para revelar onde seu cliente jogará em 2013.

- Combinamos de não falar sobre isso. Não queremos insuflar a torcida daí e vamos falar a respeito somente depois do dia 3.

Pressa, poucos sorrisos e drible em fãs: o novo adeus de Schumi à F-1

Em seu último final de semana na categoria, alemão se mostra pouco solícito, corre pelo paddock e só relaxa após passar trono ao sucessor Vettel

Por Alexander Grünwald, Felipe Siqueira, Fred Sabino e João Gabriel Rodrigues São Paulo
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Difícil saber o que Michael Schumacher pensava enquanto estava ali, parado. O GP do Brasil havia terminado há minutos, e Sebastian Vettel abria os braços para celebrar seu terceiro título na Fórmula 1. Ao lado, ainda de capacete, o heptacampeão apenas esperava. Abraçou o compatriota, 18 anos mais novo, deu o parabéns pelo título e saiu apressado. Acenou para alguns engenheiros da RBR que o cumprimentaram no meio do caminho, desviou de fiscais que pediam uma foto e seguiu para o box da Mercedes.
Saiu de lá e foi ao banheiro. Cruzou o paddock mais uma vez apressado, ignorou novos pedidos no caminho e voltou ao box daquela que seria sua última equipe na Fórmula 1. A pressa foi o que ditou o ritmo de Michael Schumacher em São Paulo. Até chegar o domingo, levava no rosto a expressão de quem queria adiar sua cena final em um espetáculo do qual foi protagonista por quase 20 anos. Os pés, no entanto, não obedeciam. Schumacher corria de um lado para o outro, num contraste com o que a Mercedes o permitiu fazer durante a temporada.
Schumacher GP Brasil (Foto: Getty Images)Schumacher se despediu da Fórmula 1 no Brasil (Foto: Getty Images)
Em seus últimos dias como piloto de Fórmula 1, Schumacher foi um homem de poucos sorrisos. Parava apenas quando cruzava com algum conhecido dos tempos de Ferrari, por exemplo. Tivessem feito uma contagem, deve ter ignorado 100, 200 chamados de fãs em Interlagos. Mesmo no estreito paddock do autódromo paulista, o heptacampeão mundial desviava com desenvoltura de quem aparecesse no caminho. “O homem não está para muitos amigos”, reclamou um segurança, com câmera à mão, também esnobado pelo ídolo.
Schumacher GP do Brasil (Foto: Piervi Fonseca/GP Brasil de F1)Schumi andou sempre correndo pelo paddock
(Foto: Piervi Fonseca/GP Brasil de F1)
Schumacher parecia incomodado pela razão de seu protagonismo. Todos queriam guardar alguma lembrança daquele que seria o último final de semana de uma carreira de vitórias, mas de uma temporada de poucas celebrações. Ao contrário de sua primeira despedida, o alemão não brigava por título, nem ao menos por um lugar no pódio. O heptacampeão mundial trazia no passo apressado o reconhecimento de que não era o melhor dos finais.
- Esta saída da Fórmula 1 vai ser, provavelmente, menos emocional do que foi para mim em 2006, quando ainda estávamos lutando pelo campeonato e tudo foi muito mais intenso. Desta vez, serei capaz de dar mais atenção à minha despedida e espero saboreá-la, também - afirmou, na quinta-feira antes do GP.

Ainda assim, Schumacher atraiu legiões na passagem por São Paulo. Em sua última coletiva de imprensa, logo após o treino classificatório de sábado, encarou uma sala lotada de jornalistas afoitos para ouvir a despedida de um mito. Admitiu sua frustração com o fraco desempenho no ano e não pareceu se empolgar muito com o futuro.
- Não tenho planos concretos. Posso continuar trabalhando na Fórmula 1, mas agora vou ter mais tempo para dedicar à família. Quando tudo terminar, vamos ter ideias, buscar opções, veremos juntos o que fazer.
Schumacher champanhe GP Brasil (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)Piloto bebeu champanhe e ficou 11 minutos em coquetel (João Gabriel/ Globoesporte.com)
Na cidade, fugiu também dos tradicionais eventos de patrocinadores. Foi a poucos, a maioria de acesso restrito. Abriu uma exceção para um coquetel em um dos shoppings mais sofisticados de São Paulo. Lá, ficaria meia hora e assinaria exemplares da revista italiana “L’Uomo Vogue”, da qual foi capa neste mês. Chegou 15 minutos atrasado e se assustou com a quantidade de gente que o esperava. Posou para algumas fotos com convidados vips, tomou meia taça de champanhe e foi embora, carregado por sua assessora, exatamente onze minutos depois de chegar. Sem nem pegar numa caneta ou em um exemplar da publicação.
Schumacher GP do Brasil (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)Schumacher encontrou amigos da Ferrari
(João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)
No domingo, como nos outros dias, chegou cedo ao autódromo, estacionando a Mercedes de passeio em frente à entrada do paddock. Atravessou a roleta e, mais uma vez apressado, nem se importou com o batalhão de fotógrafos e jornalistas que tentavam arrancar alguma imagem ou declaração. No box, recebeu uma homenagem da equipe pela aposentadoria e abriu, talvez, o maior de seus sorrisos do final de semana no paddock. Depois, esperou.
Concentrado no grid, nem viu que Rubens Barrichello, ex-companheiro de Ferrari e que comentava a corrida para a TV Globo, o cercava para uma entrevista antes da prova. E fez, na medida do possível, uma boa corrida. Saiu do 13º lugar e pulou para sétimo, após facilitar a ultrapassagem de Vettel, que terminou em sexto e conquistou o título.
Já no fim, com os funcionários das equipes empacotando tudo o que viam pela frente, Schumacher recebia uma nova homenagem. Todos da Mercedes vestiam uma camisa com os feitos do alemão e um agradecimento. Schumi, dessa vez, bebeu toda a taça de champanhe que tinha em mãos. Aceitou, um a um, os inúmeros pedidos de fotos no box. E, novamente, abriu o sorriso com o carinho. Ali, Schumacher tentava retardar o que já era certo.
- Não foi perfeito, mas estou satisfeito.
O heptacampeão enfim relaxou. À noite, foi para uma boate na região dos Jardins. Dançou, bebeu e gargalhou. Com a mesma pressa que circulou pelo paddock no fim de semana, Schumacher não perdeu tempo para começar a aproveitar a vida de um piloto aposentado. O alemão se despediu da Fórmula 1 com sete títulos: 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Aos 43 anos, deixa as pistas com 307 GPs, 91 vitórias, 155 pódios e 68 poles na carreira. Números definitivos. Ou, quem sabe, até a próxima volta.
vettel rbr schumacher mercedes gp do brasil (Foto: Agência Reuters)Schumacher relaxou apenas ao acabar o GP (Foto: Agência Reuters)

Maracanã chega a 80%, e Valcke confia no cronograma: 'Não há opção'

Secretário-geral da Fifa se encontra com autoridades em visita e não vê competições sem o estádio do Rio de Janeiro

Por Felippe Costa Rio de Janeiro
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Jerome Valcke maracanã soccerex (Foto: Nelson Veiga/Globoesporte.com)Valcke: 'Não imagino competição no Brasil sem o
Maracanã' (Foto: Nelson Veiga/Globoesporte.com)
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke,  iniciou na tarde desta segunda-feira mais uma série de visitas aos estádios da Copa do Mundo de 2014. Acompanhado por Ronaldo, que é membro do Conselho Administrativo do Comitê Organizador Local (COL), e Márcia Lins, secretária de Esportes e Lazer do Rio, ele caminhou pela reforma do Maracanã, que será palco da final do Mundial e da Copa das Confederações em 2013, e se mostrou confiante.
Valcke disse que não vê uma competição organizada no Brasil sem a participação do Maracanã. Quanto ao andamento da obra, ele confia no que está sendo passado, pois "não tem outra opção". Segundo os responsáveis, a obra está 80% concluída.
- É um estádio muito especial. Estar aqui, me dá uma sensação particular. Em cerca de 20 meses estaremos aqui para a decisão do mundial. Tive reuniões com Eduardo Paes (prefeito) e com Sergio Cabral (governador). Eles me falaram das obras da cidade. Ricardo Trade (diretor executivo do COL) também me confirmou que tudo estará pronto. Não imagino uma competição no Brasil sem o Maracanã. Temos dos estádios que serão entregues em abril (Recife e Salvador), mas nossa equipe técnica disse que está tudo bem. Existe um compromisso do governo brasileiro. E temos que confiar. Não temos opção.
Mais cedo, Jérôme Valcke participou da abertura da Soccerex, em Copacabana. Ao falar da organização do mundial, ele disse que a Fifa acabou aprendendo a conviver com o "jeitinho brasileiro". Mesmo assim, reconheceu atrasos em alguns estádios e colocou em dúvida o amistoso do Brasil no Maracanã diante da Inglaterra, em junho.
Obras maracanã (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)Imagem desta segunda no Maracanã: estádio chega a 80% de conclusão (Foto: Celso Pupo/Agência Estado)
Nesta tarde, Regis Fichtner, secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, confirmou que a Confederação Brasileira de Futebol deseja a partida, mas a data dependerá mesmo da Fifa.
- O estádio tem 80% pronto. Existe uma vontade da CBF para que exista esse amistoso diante da Inglaterra. Isso já foi passado para o Governo do Rio de Janeiro e vamos ver com a Fifa se haverá possibilidade, já que o estádio já estará aos cuidados da entidade.
Um grupo de manifestantes aproveitou a presença do dirigente para protestar. Além de índios, pais, alunos e professores da Escola Municipal Friedenreich, que deve ser demolida, de acordo com o edital do Maracanã, também estavam presentes na mobilização, assim como atletas profissionais e amadores do Parque Aquático Julio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros.
- O Estado do Rio comprou o prédio. Cabe ao governo Federal encontrar essa solução para a retirada dos índios do local - disse Regis Fichtner.
ronaldo aldo rebelo inspeção maracanã (Foto: Nelson Veiga/Globoesporte.com)Valcke posa com Ronaldo, Aldo, autoridades e operários da obra  (Foto: Nelson Veiga/Globoesporte.com)

Diretor do COL diz que Brasília tenta receber jogos de RJ e SP após 2014

Ricardo Trade revela projeto para uso do Estádio Nacional até em final da Copa do Brasil: 'Não vamos ter elefantes brancos', garante

Por Alexandre Alliatti, Cintia Barlem, Marcelo Baltar e Márcio Iannacca Rio de Janeiro
Comente agora
Sem um campeonato local forte, Brasília poderá recorrer aos Estaduais de Rio de Janeiro e São Paulo para ter partidas no novo Estádio Nacional Mané Garrincha, que será sede de jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Segundo o diretor de operaçãoes do Comitê Organizador Local (COL), há projetos para levar duelos importantes para a capital após o Mundial no Brasil.
- Mostramos caminhos para que estádios como Natal, Cuiabá e Manaus tenham opções de fazer crescer seu futebol, ter grandes shows, levar equipes de fora do estádio. Todas as arenas não serão apenas estádios de futebol, mas arenas multiuso. Brasília, por exemplo, tem um estudo para receber, além de grandes shows, jogos do Campeonato Carioca, do Campeonato Paulista, final da Copa do Brasil. Esse projeto é muito bacana, já que muitos torcedores de Brasília torcem para times de outros Estados. Por isso, o governador fez questão de manter a capacidade de 70 mil pessoas na arena. Não vamos ter elefantes brancos no Brasil – afirmou Trade durante a Soccerex nesta segunda, no Rio.
Maquete virtual do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (Foto: Reprodução)Simulação de como ficará o Estádio Nacional: capacidade para 70 mil pessoas (Foto: Reprodução)
Em sua apresentação na feira de negócios do esporte, o diretor do COL explicou qual o legado desejado para os torcedores depois da Copa: uma nova experiência nos estádios brasileiros.
- Quem não quer levar a família a um estádio com segurança, organizado, cadeiras numeradas, pessoas auxiliando na chegada, centro médico, acesso organizado, banheiros que serão limpos a cada oito minutos? É essa a experiência que queremos dar ao torcedor. E por que não sonhar com tudo isso depois da Copa? É possível, estamos nos preparando para isso – disse.
Trade também garantiu que a imprensa de todo o mundo terá plenas condições de trabalho nos estádios brasileiros durante a Copa do Mundo de 2014
- Os torcedores serão muito bem tratados, assim como toda a imprensa. Vamos receber jornalistas de todo o mundo e temos que passar uma boa impressão do nosso mundo. Eles vão precisar de internet voando. E vamos fornecer isso.
Segundo o diretor, já é possível notar o legado da Copa no Brasil, já que vários profissionais estão se capacitando em todo o país. Investimentos em aeroportos, tecnologia da comunicação, mobilidade urbana e transportes são outros exemplos citados pelo homem forte do COL. No momento, mais de 24 mil pessoas trabalham diretamente nas obras das 12 arenas de 2014.
- Isso tudo é legado. Ele é real e é uma constante preocupação nossa. Não tenho procuração para falar pela Fifa, mas convivo com eles. E posso garantir: a Fifa também quer deixar um legado. Ninguém é maluco de chegar num país, mandar fazer isso e aquilo e não deixar nada.

Insatisfeito com a reserva, Cáceres revela ter proposta de time do exterior

Segundo o paraguaio, interessado não é um clube de seu país. Ele lamenta a condição de suplente no Fla: 'É ruim vir para um clube e não poder jogar'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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caceres flamengo (Foto: Cezar Loureiro/Globo)Cáceres tem 27 anos de idade
(Foto: Cezar Loureiro/Globo)
O volante Víctor Cáceres foi contratado pelo Flamengo no meio do ano e era considerado um reforço de peso para a disputa do Campeonato Brasileiro. O paraguaio, porém, acabou não conseguindo se firmar na equipe titular. Entre idas e vindas a serviço da seleção de seu país, Cáceres fez apenas nove jogos no Fla. Ultimamente, ele tem ficado no banco de reservas por opção do técnico Dorival Júnior. A situação incomoda o volante.
- É ruim vir para um clube e não poder jogar. Mas vou fazer esforço para conseguir voltar a jogar - declarou o paraguaio, em entrevista à Rádio Globo.
Cáceres tem compromisso com o Flamengo até julho de 2014. Apesar de demonstrar interesse em buscar seu espaço no Rubro-Negro, o jogador revela que há quem esteja interessado em seus serviços, caso o Fla não queira aproveitá-lo.
- Vou ver, vou falar com meu empresário e ver o que vou fazer. Tenho uma proposta, mas como tenho contrato aqui, não posso fazer nada ainda. É proposta de outro clube da América, mas não é do Paraguai - finalizou o jogador.
Antes de se transferir para o Flamengo, Cáceres defendia o Libertad, do Paraguai.

Lyoto Machida será professor em filme com Spider e Steven Seagal

Brasileiro conta que teve falas em inglês no longa 'Tapped', que filmou na última semana, e diz ter superado perda de chance pelo título para Sonnen

Por SporTV.com Los Angeles
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Ed Soares, Anderson Silva e Lyoto Machida no UFC 154 (Foto: Reprodução/Twitter)Anderson Silva (centro) e Lyoto (dir.) contracenam
em novo filme (Foto: Reprodução/Twitter)
Confirmado para o UFC 157 contra Dan Henderson, o lutador brasileiro Lyoto Machida está começando os treinos para a luta em Los Angeles, a cerca de 64km de distância de Anaheim, onde acontece o evento. Antes disso, porém, o carateca paraense participou das filmagens de "Tapped", novo filme de ação em que contracena com seu amigo e companheiro de equipe Anderson Silva e com o ator e mestre de artes marciais Steven Seagal. Nesta segunda-feira, Lyoto revelou um pouco mais sobre seu papel no longa.
- Eu sou o cara que ensina - disse Lyoto, se enrolando um pouco com o inglês, em entrevista ao podcast americano "The MMA Hour". O ex-campeão dos pesos-meio-pesados do UFC vem aprendendo a língua e a exercitou no filme.
- Sim, tive muitas (falas), até em inglês - brincou o atleta.
A atuação de Lyoto como professor só deve ser vista na telona no ano que vem. Também somente em 2013, o lutador estará de volta ao octógono, em 23 de fevereiro, contra Dan Henderson. O brasileiro ainda não sabe se o duelo será o evento principal do UFC 157, mas considera que o vencedor tem de ser apontado como o desafiante número 1 ao cinturão de Jon Jones nos pesos-meio-pesados.
- Ninguém falou nada, mas acho que seria o correto.
Lyoto Machida treinando (Foto: Reprodução / Twitter)Lyoto Machida conta com ajuda de Glover Teixeira (esq.) para luta com Henderson (Foto: Reprodução / Twitter)
Lyoto Machida também disse já ter superado a indicação de Chael Sonnen como próximo adversário de Jones, e garantiu estar focado na luta contra Henderson. O lutador brasileiro já prepara um camp de treinos com wrestlers na academia Black House, em Los Angeles.
- Vou fazer meu camp aqui na Califórnia, trarei todos meus irmãos, meus pais, e minha familia para cá. Eu me sinto em casa aqui. Já trouxe (alguns wrestlers), o meu técnico Kenny Johnson está me treinando, e meus sparrings, como o Glover (Teixeira), que derruba bem, e outros aqui que vão me ajudar - contou.

Tri, Vettel desabafa e alfineta Ferrari: 'Tentaram tudo, dentro e fora da linha'

Após garantir o título com o sexto lugar no GP do Brasil, alemão da RBR critica artimanhas do time italiano ao longo do ano: 'Fui criado para ser honesto'

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
vettel rbr comemora título - Agência AP (Foto: Agência AP)Vettel superou artimanhas da Ferrari para lever o
terceiro título mundial (Foto: AP)
Foi um título suado de Sebastian Vettel. Um duelo longo e duro com Fernando Alonso, da Ferrari, coroado no GP do Brasil deste domingo. Com a taça em mãos, o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1 desabafou. Foram meses recebendo pressão psicológica do espanhol, que dizia que não lutava contra Vettel, mas contra o projetista do carro da RBR e que menosprezava o talento do alemão e afirmava que a briga seria impossível se fosse contra Lewis Hamilton. E não foi só isso. Teve que concorrer com uma Ferrari que fez o possível e o impossível para fazer Alonso ser campeão. Além dos jogos de equipe dentro da pista, com Felipe Massa cedendo posição para o espanhol, o time de Maranello foi além. No GP dos EUA, uma artimanha de desportividade discutível: rompeu o lacre do câmbio do carro do brasileiro para forçar uma punição de cinco posições no grid de largada e beneficiar Alonso, que ganhou uma colocação e ainda passou a largar do lado limpo da pista.
Mesmo sem mencionar o nome de Ferrari nem de Alonso, Vettel foi direto em seu recado:
- É sempre importante estar feliz com o que você vê refletido e ser honesto consigo. De que adianta tentar enganar ou fingir ser outra coisa? Espero que não me entendam errado. Mas algumas pessoas tentaram de tudo, dentro e fora da linha, para nos vencer, e a quantidade de coisas que tivemos que lidar durante o ano não deixou nossa vida mais fácil. Mas a chave de tudo foi continuar sendo nós mesmos. Não sou santo. Cometo erros como qualquer outro. Mas fui criado para ser honesto e admitir se fiz algo errado. E acho que essa é a razão por termos tido sucesso no fim – desabafou.
Vettel assegurou o tri com o sexto lugar no GP do Brasil. O alemão terminou o ano com 281 pontos, três a mais que Alonso, que chegou em segundo em Interlagos. A vitória da movimentada e imprevisível corrida ficou com Jenson Button, da McLaren.