quarta-feira, 31 de outubro de 2012

De volta, Tenorio se recusa a entregar os pontos no Campeonato Brasileiro

Equatoriano, que se recuperou de lesão muscular, afirma que Vasco ainda tem chances de voltar ao G-4 e assegura que equipe não perdeu a alegria

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
20 comentários
nilton carlos tenório vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Tenorio (ao fundo) se juntou ao grupo na terça após
32 dias (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Desde que Carlos Tenorio sofreu a última lesão muscular que o afastou dos gramados por pouco mais de um mês, o Vasco disputou seis partidas, vencendo uma e perdendo cinco em sequência. Talvez por isso, nos dias que antecedem seu retorno, o equatoriano mostra uma motivação pouco vista no clube. Para ele, o jogo contra o Sport, neste domingo, em São Januário, pode ser um importante passo para que a equipe retorne ao G-4 do Campeonato Brasileiro.
- O campeonato só acaba no dia 2 de dezembro. Tenho a certeza de que o grupo está bem e que vai continuar brigando. Ninguém falou que as chances do Vasco acabaram. Primeiro vamos pensar no nosso time e depois pensar em outros resultados que podem nos ajudar - disse o camisa 11, xodó da torcida na temporada.
O Demolidor ainda garantiu que o ambiente no Vasco é positivo, apesar dos maus resultados recentes no campo. Segundo ele, no mesmo discurso da maioria do elenco, os problemas externos, como atraso de salários, não vêm interferindo no desempenho da equipe.
- Sei que as coisas estão mal, é complicado. Mas o Vasco não mudou sua alegria. Se existe algum problema, ninguém leva para o campo.
Vasco 6 últimas rodadas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Tenorio tem boas recordações do Sport. Foi sobre a equipe pernambucana que Tenorio marcou seu primeiro gol após cinco meses se recuperando de uma grave lesão no pé direito, que o levou à mesa de cirurgia, ainda durante o Carioca. O confronto, válido pelo primeiro turno do Brasileiro, terminou com vitória vascaína por 2 a 0 na Ilha do Retiro. Assim como naquela ocasião, o equatoriano deve começar no banco de reservas neste domingo, mas se diz disposto a ajudar da maneira que o técnico Marcelo Oliveira julgar necessária.

- É uma boa coincidência, mas não sei se vou jogar. Minha satisfação é estar com o grupo, mas se o treinador quiser contar comigo, estou pronto.

Dinamite procura novo homem forte do futebol, e diretor prefere silêncio

Envolvido no planejamento, Daniel Freitas afirma não ter sido comunicado pelo presidente vascaíno, que busca nome com experiência para 2013

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
25 comentários
Daniel Freitas no 'Arena SporTV' (Foto: Wagner Bordin/SporTV.com)Diretor Daniel Freitas teria outra função no Vasco
em 2013 (Foto: Wagner Bordin / SporTV.com)
Além das naturais chegadas e saídas de jogadores, o fim de temporada do Vasco terá mudanças no comando do futebol. Além da espera por Ercolino Jorge de Luca para assumir a vice-presidência, o que deve acontecer até a virada do ano, Roberto Dinamite pretende contratar um novo executivo, cargo vago desde a saída de Rodrigo Caetano, em dezembro de 2011. No entanto, sua intenção é que Daniel Freitas, atual diretor de futebol, permaneça no clube auxiliando o departamento em outra função.
- Posso dizer que o Daniel vai continuar no Vasco. Mas as reformulações, as coisas que têm que ser feitas, serão feitas pela direção. Queremos um clube preparado com um grande profissional dentro da área administrativa do futebol. É isso que vou fazer. Se é, A, B ou C, é a direção do clube quem decide. Já temos um norte daquilo que queremos, mas não vem ao caso falar. Tenho que trabalhar em silêncio. É com um jogador: se disser que quero um, todo mundo vai querer - afirmou o presidente em entrevista coletiva na última terça-feira, na qual tratou de diversos assuntos.
No cargo desde janeiro, promovido da posição de supervisor, Daniel Freitas preferiu não comentar o assunto. No entanto, deixou claro que não foi comunicado por Roberto Dinamite das prováveis mudanças. Ele vem participando das primeiras reuniões para tratar do planejamento.
- Conversamos depois da coletiva e ele não tocou nesse assunto. Também falamos antes da entrevista e o presidente não disse nada. Prefiro não comentar - disse Daniel Freitas.
Antes de escolher a opção caseira, o Vasco ficou perto de anunciar Newton Drummond, ex-Internacional, como seu diretor executivo, mas as negociações, tocadas pelo ex-vice de futebol, Joisé Hamilton Mandarino, não se concretizaram. Ocimar Bolicenho, hoje na Ponte Preta, chegou a viajar ao Rio de Janeiro para falar com Dinamite, que desistiu da contratação.
Já Felipe Ximenes, do Coritiba, é um nome que agrada e vem sendo constantemente comentado em São Januário. Ele não deve permanecer no time alviverde e já foi contatato por emissários cruz-maltinos para saber de seu interesse em trocar de ares para 2013. Paulo Pelaipe, do Grêmio, também tem sido especulado na Colina. A tendência é apostar mesmo em um profissional com vivência na área, até para evitar críticas da torcida.

Com dores no púbis, Carlos Alberto repete ausência em treino do Vasco

Jogador não vai ao CFZ para permanecer em tratamento em São Januário e ainda não foi confirmado para enfrentar o Sport, neste domingo, no Rio

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Carlos Alberto no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Carlos Alberto não treina há dois dias e já é dúvida
para domingo (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
O Vasco realizou na manhã desta quarta-feira um treinamento sob forte calor no campo do CFZ. A ausência ficou por conta de Carlos Alberto, que ficou em São Januário realizando tratamento. O meia sente dores na região pubiana e também não esteve em campo na última terça, quando o elenco se reapresentou após dois dias de folga.
No entanto, o departamento médico ainda não confirmou se Carlos Alberto, que vinha atuando como atacante e poderia voltar ao banco de reservas, é dúvida para o jogo contra o Sport, no próximo domingo, em São Januário, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. A tendência é que ele trabalhe no clube à tarde e seja avaliado diariamente até voltar ao trabalho no campo.
Alecsandro e Carlos Tenorio realizaram mais um treinamento com o grupo, confirmando a recuperação de lesões musculares na coxa. O primeiro deve ser titular contra o Sport, e o equatoriano pode ficar como opção, já que não tem condições de jogar po 90 minutos.

Alecsandro jogou pela última vez na derrota por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, e ficou fora por três rodadas. Já Tenorio foi desfalque por seis partidas. A última vez em que entrou em campo foi na vitória por 3 a 1 sobre o Figueirense, dia 29 de setembro.

Com média de 33%, Bruno Mendes é melhor finalizador do Brasileirão 2012

Giancarlo, da Ponte Preta, Kieza, do Náutico, Fred e Samuel, do Flu, são outros quatro jogadores da lista com mais conclusões convertidos em gol

Por SporTV.com Rio de Janeiro
O atacante do Botafogo Bruno Mendes é o jogador com o melhor aproveitamento de finalizações no Campeonato Brasileiro de 2012. Com 15 chutes a gol na competição - o garoto jogou apenas cinco partidas -, a revelação do time carioca marcou cinco vezes e tem um rendimento de 33%.
Entre os cinco atletas com mais chutes convertidos em gol aparecem, além do alvinegro, Giancarlo da Ponte Preta, com 31%, o artilheiro do Fluminense Fred, com 27%, Kieza do Náutico, também com 27%, mas com menos gols e finalizações, e Samuel, reserva do Tricolor carioca, com 26%.
tabela é gol (Foto: Reprodução SporTV)







O "É Gol!!!" pesquisou os melhores finalizadores de cada um dos 20 clubes que participam da edição de 2012 do Brasileirão. No Fluminense, Bahia, Coritiba, Náutico, Palmeiras, Portuguesa, Santos e Sport, o jogador com melhor média coincide com o artilheiro da equipe. O pior aproveitamento é o de Hernán Barcos, atacante do Verdão, com 11 gols em 71 chutes. Ao todo, o campeonato já tem 806 gol marcados em 33 rodadas.
Tabela é gol II (Foto: Reprodução SporTV)

Sem receber salários, Diego Souza tenta liberação imediata do Al Ittihad

Meia aciona escritório de advocacia para buscar a rescisão unilateral na Fifa. Ele pretende defender um clube paulista na próxima temporada

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
286 comentários
Diego Souza Al Ittihad Guangzhou (Foto: Reprodução / Site Oficial)Diego Souza (D) quer sair imediatamente do Al
Ittihad, da Arábia (Foto: Reprodução / Site Oficial)
Três meses depois de sua chegada ao Al Ittihad, da Arábia Saudita, o meia Diego Souza entrou em contato no fim da última semana com o escritório de advocacia de Marcos Motta, especialista em direito esportivo, para tentar a rescisão unilateral de seu compromisso com os sauditas. O jogador ainda não recebeu salários no novo clube e pretende voltar imediatamente ao Brasil. O primeiro passo foi notificar os árabes para um possível acordo. Se não acontecer, a Fifa será acionada. Segundo pessoas próximas ao camisa 10, ele já negocia e deve acertar com uma equipe paulista para a próxima temporada.
Irritado com a falta de pagamento, Diego pediu para ficar fora da segunda partida da semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, nesta quarta-feira, entre Al Ittihad e Al Ahli. Prioridade do clube na temporada, a competição oferece uma vaga ao campeão no Mundial de Clubes, que será disputado em dezembro. O clube, no entanto, acabou eliminado.
- Eu não posso falar sobre esse assunto agora. Realmente é uma situação delicada. Estou blindado e, por isso, não posso me pronunciar - afirmou o jogador ao GLOBOESPORTE.COM.
O Al Ittihad pagou apenas o acordo de luvas quando Diego foi contratado. Depois disso, o jogador não recebeu um centavo sequer e sua paciência se esgotou com os sauditas, que tampouco pagaram o que devem ao Vasco e à Traffic pela negociação. O clube carioca teria direito a receber, com a cotação, cerca de R$ 5 milhões da negociação (33,3%), que totalizou aproximadamente R$ 14,4 milhões, mas o departamento jurídico cobra na Fifa ainda uma multa de 20% do total por causa do atraso no pagamento. No dia 8 de novembro expira o prazo para que o time local se posicione à entidade.
O jogador não gostou do discurso da diretoria vascaína de que ele só deixou o clube em julho porque quis e, por isso, já revelou a amigos que não há hipótese de voltar a São Januário. Na última terça-feira, o presidente Roberto Dinamite tornou a tocar no assunto e afirmou que o clube tem um limite para tentar evitar a saída de um jogador que pensa em se transferir.
Como rescindiu seu contrato, nada mais o liga ao Vasco. Mesmo que os advogados cruz-maltinos consigam o ganho de causa na Fifa, o que só deve acontecer em 2013, a disputa pelo dinheiro é só com o Al Ittihad, e Diego poderia jogar normalmente por outro clube.

Zinho pede suspensão do Brasileirão com polêmica de Inter x Palmeiras

Para diretor de futebol do Fla, competição não deveria seguir enquanto caso não fosse julgado; ele lembra erro contra o time no jogo com Cruzeiro

Por Janir Júnior Belo Horizonte
728 comentários
No momento atual do Campeonato Brasileiro, o campo e bola muitas vezes têm ficado em segundo plano. Entram em campo decisões dos tribunais e também da CBF. Diretor de futebol do Flamengo, Zinho acredita que a competição deveria ser paralisada até que se tenha uma definição sobre a polêmica envolvendo o confronto entre Palmeiras e Internacional, e o gol de mão de Barcos, confirmado, e depois anulado pelo árbitro (assista o vídeo).
- O problema do Palmeiras entrando na Justiça, foi gol de mão, o juiz não deu. Cara, tem que parar o campeonato. Está bom, não somou os pontos. Mas e agora? Vai julgar isso quando? Vai decidir quando? Vários clubes estão interessados no resultado. Como vai ser isso? Para as rodadas, julga, vê o que vai dar, depois continua. Não estou dizendo que o Palmeiras está errado, está no direito dele. Mas o Inter também, o gol foi de mão. Mas vai esperar julgar até quando? – questionou Zinho.
Para as rodadas, julga, vê o que vai dar, depois continua. Não estou dizendo que o Palmeiras está errado, está no direito dele. Mas o Inter também, o gol foi de mão. Vai esperar julgar até quando?"
Zinho
O diretor de futebol do Flamengo destacou que todos os times que se sintam prejudicados têm o mesmo direito e citou um erro da arbitragem contra o Flamengo no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, no Engenhão, quando Liedson teve um gol legal anulado quase no fim da partida.
- Então, o Flamengo também vai entrar. O nosso gol contra o Cruzeiro foi legal, legal. Dizem: “Ah, mas foi um erro do bandeirinha”. Quem garante que não falaram no ouvido dele? Todos os clubes que se sentirem prejudicados no campeonato podem entrar com uma ação, e o campeonato vai parar. Está ficando chato isso no futebol. Estão tendo muitas brechas - destacou o diretor.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva pediu à CBF que não compute ainda os pontos do Inter na vitória sobre o Palmeiras por 2 a 1, no último sábado, já que existe a alegação de que houve interferência externa na anulação do gol de Barcos. O julgamento da partida ainda não tem data conhecida, mas a previsão de Flavio Zveiter, presidente do STJD, é que uma sessão extraordinária analise o caso no dia 8 ou 14 de novembro.
O Flamengo ocupa a 14ª colocação na tabela do Brasileiro, com 40 pontos, oito a mais do que o Palmeiras, que está em 18º lugar. Entre eles, estão Portuguesa (também com 40), Bahia (37) e Sport (33).

Neymar tem participação em 46,1% dos gols da era Mano e iguala R9

Convocado para amistoso contra a Colômbia, atacante tem sido efetivo na equipe principal. Assim como o Fenômeno, ele marcou 16 gols em 25 jogos

Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro
25 comentários
Carrossel_NEYMAR_EVOLUINDO_SELECAO - 2 (Foto: arte esporte)Neymar em vários momentos com a camisa da seleção brasileira (Foto: Arte Esporte)
"Neymar não repete na seleção brasileira as mesmas atuações do Santos". Desde que o atacante do Peixe estreou com a amarelinha, a frase é entoada pelos críticos quando não acontece uma pedalada, caneta ou jogada de efeito. Mas os números não mostram bem isso. Dos 25 jogos que disputou na equipe principal, o camisa 11 marcou 16 gols e deu oito assistências, tendo participado de 46,1% dos lances de bola na rede da equipe nacional. Números altos para um garoto de apenas 20 anos.
 Mas não é apenas a participação de Neymar nos gols da era Mano Menezes que chama a atenção. Ao balançar a rede nos amistosos contra o Iraque, em Malmo (veja o golaço no vídeo ao lado), na Suécia, e diante do Japão, na Polônia, o atacante atingiu uma outra marca: igualou em seus primeiros 25 jogos na seleção brasileira o feito de Ronaldo Fenômeno, que com os mesmos 20 anos chegou a números semelhantes aos da atual estrela do time nacional.
Neymar fica atrás apenas de quatro outros artilheiros do time canarinho que, com os mesmos 25 jogos do atacante do Santos, conseguiram balançar mais vezes a rede dos adversários. Apenas Pelé (29 gols), Leônidas (27), Zico (22) e Ademir Menezes (21) têm números melhores do que o camisa 11 do time canarinho, convocado por Mano Menezes para o amistoso contra a Colômbia, no dia 14 de novembro, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Com números olímpicos, percentual sobe ainda mais
Neymar brasil Atsuto Uchida japão (Foto: Agência Reuters)Neymar marcou duas vezes na vitória por 4 a 0
sobre os japoneses (Foto: Agência Reuters)
Na atual edição do Campeonato Brasileiro, Neymar também tem participação impressionante nos gols do Santos. Além de ter marcado nove vezes, ele ainda deu cinco assistências nos 13 compromissos que participou da equipe da Vila Belmiro, cotribuindo com 63,6% das bolas na rede do Peixe. Mas os 46,1% da Seleção sobem de maneira contundente se computadas as partidas que o camisa 11 disputou pela equipe olímpica.
Em 2012, Neymar esteve em sete compromissos da equipe sub-23. Foram quatro gols e cinco assistências. Por conta de tais números, a participação do atacante no percentual de bolas na rede da equipe nacional sobe para pouco mais de 55%. Números parecidos com os dos principais artilheiros do Campeonato Brasileiro. Luís Fabiano e Fred, por exemplo, com 57,14% e 52,63%, respectivamente. Sinal de que o camisa 11 está no caminho certo.
- Estamos criando a nossa identidade. Está sendo muito importante esse momento e fico feliz com o que estou fazendo. Espero que daqui para frente possamos melhorar ainda mais - disse Neymar, logo após os gols marcados na vitória por 4 a 0 sobre o Japão, na Breslávia, na Polônia.

Dois minutinhos com... Bolt: caras, bocas, nostalgia e medo de crocodilo

Em bate-papo, homem mais veloz do mundo conta que gostaria de 'se ver' em Denzel Washington no cinema e elege Halle Berry a mais bonita do mundo

Por Danielle Rocha e Gabriele Lomba Rio de Janeiro
Comente agora
As pernas compridas abreviaram a distância entre a vida de poucas posses e a de conforto. Aos 15 anos, acelerou o passo. Foi deixando adversários, antigos recordes e o anonimato para trás. Não demorou para virar o homem mais rápido do mundo, dono de carrões importados, de roupas bem cortadas e de uma casa bacana em Kingston, capital da Jamaica. Ganhou amigos na realeza e outros tantos sem títulos de nobreza, que se curvam ao seu talento e carisma. E mesmo com o mundo aos seus pés, o bicampeão olímpico dos 100m e 200m rasos não se deixa deslumbrar. Em uma rápida conversa com o GLOBOESPORTE.COM, mostrou que conserva antigos hábitos. Dos tempos em que ainda era apenas o menino que corria mais rápido do que os outros no vilarejo de Sherwood Content, em Trelawny. Veja, no vídeo acima, os DOIS MINUTINHOS COM... Usain Bolt.

Naquela época, a mãe ainda passava horas a fio costurando, o pai trabalhava na produção de café e ele brincava com os colegas, ainda sonhando ser um jogador de futebol ou de críquete. Não fazia ideia do que o destino tinha em mente. Bolt pode ter saído de Sherwood Content, mas Sherwood Content não saiu dele. As árvores e o jardim que lembravam sua infância foram plantados na nova residência. No ano passado, resolveu abrir uma fundação em sua terra natal para auxiliar alunos de diferentes escolas. Se fisicamente a agenda apertada de treinos, competições e compromissos não permite que apareça por lá com a frequência desejada, em pensamento é onde Bolt, aos 26 anos, parece sempre estar.

- Se pudesse voltar no tempo para o melhor período da minha vida? Dos 6 aos 15 anos. Foi um período bom - sorri.
usain bolt mosaico (Foto: Reprodução)
Bom como o dia em que pôde usar o primeiro dinheiro que ganhou para dar um pouco mais de conforto para Jennifer, a matriarca da família. A máquina de lavar foi o presente escolhido por ele. A relação com a mãe é forte. É em direção a ela que corre sempre após uma conquista. Foi ela que pediu ao pé do ouvido que entrasse na pista dos Jogos de Pequim e quebrasse o recorde mundial de Michael Johnson nos 200m. É ela quem consegue arrancar lágrimas dele.

- Acho que a última vez que chorei foi quando senti falta da minha mãe.

Só a saudade parece ser capaz de tirar o sorriso do rosto de Bolt. Mesmo em dias ruins ou de muito cansaço, como na breve visita ao Rio na semana passada, o riso se fez presente. Na brincadeira, ao avistar a piscina em um dia de muito calor, no momento de admitir o medo de feras e a feiura dos pés, na hora de falar sobre a pior derrota fora das pistas: no videogame.
- Medos? De morrer, de crocodilos, de leões. Tenho medo de qualquer animal perigoso.

Tudo pontuado por gestos e muitas caras, bocas e expressões sérias que precedem a piada. Foi com esse jeito brincalhão e descontraído, sem meias palavras, que arrebatou fãs mundo afora. Até hoje jura que nunca precisou correr de nenhum mais ousado. Mas garante que nem sempre é bom ser Usain Bolt. Principalmente quando vai a alguma festa. E é ali que sente falta de ser mais um na multidão.
Medos? De morrer, de crocodilos, de leões. Tenho medo de qualquer animal perigoso"
Bolt
Bolt não consegue passar despercebido onde quer que vá. Nos Jogos de Londres, para manter a concentração, evitou ficar andando muito pela Vila. Atletas do mundo todo queriam uma foto ao lado da lenda. O assédio era grande e ele posava pacientemente para os flashes. O rei da velocidade gosta das lentes. Espera um dia poder ver sua história eternizada num filme. Se pudesse escolher um ator para o papel seria Denzel Washington.

Até lá, Bolt quer escrever mais uma página importante para ser contada na telona. Sonha ser o primeiro a conquistar o tricampeonato olímpico nas provas que disputa. O Engenhão poderá ser o palco da façanha em 2016. Depois de lá, o jamaicano poderá dar realizar outros dois sonhos: jogar num time de futebol profissional e aprender a tocar um instrumento musical.

Sandy: Slater adia evento beneficente e se assusta ao surfar na Flórida

Supertempestade obrigou o hendecacampeão mundial de surfe a adiar o festival que arrecada fundos para ajudar na prevenção ao câncer de pele

Por GLOBOESPORTE.COM Cocoa Beach, EUA
77 comentários
A chegada do furacão Sandy fez Kelly Slater adiar em um dia um evento beneficente que organiza todos os anos em Cocoa Beach, sua cidade natal. O hendecacampeão mundial, porém, aproveitou para tentar surfar as ondas grandes que se formaram na Flórida. E se assustou com a força do mar em Boynton Beach. Veja o vídeo.
A supertempestade provocou inundações, blecautes e pelo menos 43 mortes na costa leste americana.
- Muito assustado com o que vi ontem na Flórida - escreveu o americano Kelly Slater, em seu perfil em uma rede social.
Kelly Slater surfa em Boynton Beach antes do furacão (Foto: Reprodução / Instagram)Slater surfa em Boynton Beach (Foto: Reprodução / Instagram)
No dia seguinte, Cocoa Beach amanheceu com sol e ondas pequenas. O americano CJ Hobgood, campeão mundial de surfe em 2001, venceu o Slater Brothers Invitational, evento que arrecada fundos para ajudar no combate ao câncer de pele.

CBF coloca asterisco na tabela, mas não retira pontos do Internacional

Após determinação do STJD, entidade confirma que contagem dos pontos do clube gaúcho está sub judice, mas não altera classificação do Brasileirão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
21 comentários
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou, na terça-feira, que a CBF não contabilizasse a partida entre Internacional e Palmeiras por causa da anulação polêmica do gol do atacante Barcos. Nesta quarta-feira, já é possível ver a tabela do Brasileirão alterada no site da entidade máxima do futebol brasileiro - o nome do Inter aparece com um asterisco ao lado, embora continue com os pontos da vitória sobre os paulistas contabilizados.
O asterisco leva à seguinte frase, ao fim da tabela: "A contagem do Internacional/RS inclui três pontos correspondentes ao jogo Internacional/RS x Palmeiras/SP, o qual encontra-se sub judice, conforme decisão do STJD, encaminhada à CBF através do FAX No. 1053/2012, de 30/10/12".
A assessoria de comunicação da CBF afirmou que os pontos não foram retirados do Inter na tabela por orientação do departamento jurídico da entidade, já que a partida se encontra sub judice e o asterisco seria suficiente para deixar claro que os pontos do jogo não podem ser considerados.
O GLOBOESPORTE.COM havia retirado de sua tabela de classificação os pontos referentes ao jogo quando da determinação do STJD. Agora, o Inter aparece novamente com 51 pontos, na quinta colocação.
Tabela Campeonato Brasileiro CBF (Foto: Reprodução)Site da CBF exibe tabela atualizada, com asterisco ao lado do nome do Inter (Foto: Reprodução)

Cigano enaltece sua preparação no Corinthians: 'Lá me sinto mais forte'

Brasileiro encara a revanche diante de Cain Velásquez em dezembro

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
55 comentários
Campeão dos pesos-pesados do UFC, Junior Cigano assinou contrato com o Corinthians em agosto e já tem utilizado as instalações do CT de MMA do clube, no Parque São Jorge. Se preparando para a revanche diante de Cain Velásquez, em dezembro, ele optou por iniciar seu período de treinamento em São Paulo e exaltou o apoio que vem recebendo no Timão.
- Está no meu contrato, mas também é opção minha (treinar no Corinthians). É um clube de tradição e vários esportes acontecem lá. Temos tudo que precisamos no CT. O apoio é o que faz o atleta ficar mais motivado. E a boa preparação é o segredo do resultado. Lá me sinto mais forte. Não só fisicamente, mas mais concentrado também - disse Cigano, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
junior cigano coletiva mma ufc (Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)Junior Cigano em sua coletiva de imprensa (Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)
Apesar de todo o ânimo com o seu período no CT corintiano, Junior Cigano deixou claro que a parte final de seu camping de treinamento será mesmo em Salvador, onde fica sua base na academia Champion.
- A parte final vou fazer na Bahia. O ar da Bahia me faz bem (risos) - completou.
Além das duas academias, Cigano também tem viajado para os Estados Unidos, onde tem de participar das divulgações de sua luta. Sobre essa vida nômade, o peso-pesado ouviu uma piada do peso-pena José Aldo, que também participou da coletiva.
- É parte do nome dele. Tem de estar mudando de lugar toda hora - brincou Aldo.
Cigano despista sobre possível contrato com patrocinadora
Questionado sobre a possibilidade de, assim como Anderson Silva, assinar um contrato de patrocínio com a Nike, Junior Cigano preferiu despistar.
- Poder fazer parte da Nike seria um privilégio, mas por enquanto, não tem nada ainda. Meu contrato com a Nike é pelo Corinthians, não tem nada fechado. Tenho amigos lá que torcem por mim. Se um dia acontecer, tomara que aconteça logo - disse, com um sorriso no canto da boca.
O duelo entre Cigano e Cain Velásquez será dia 29 de dezembro, no UFC 155, em Las Vegas. O brasileiro defendeu seu cinturão pela última vez em maio passado, quando nocauteou Frank Mir no UFC 146. Na mesma noite, Velásquez levou a melhor sobre Antônio Pezão.
Cigano e Velásquez se enfrentaram em novembro do ano passado. Na ocasião, o lutador brasileiro derrotou o então campeão com um nocaute relâmpago com apenas um minuto de luta. Ambos lutaram lesionados na ocasião, mas o atual campeão garante que isso não afetou o resultado, e espera que o americano venha motivado em busca da revanche.
- Espero encontrar o melhor Cain Velásquez. Problema, a gente sempre tem, a preparação no MMA é muito difícil e a gente sempre chega machucado. Mas isso não importa. Não foi um erro dele, foi um acerto meu. Ele vai querer me botar para baixo, como fez com o Pezão, mas vou estar preparado para ele. A luta é momento, nunca sabemos o que vai acontecer. Aquela foi rápida, mas se ele bobear, esta vai ser mais rápida ainda.

Otimista, dirigente do Palmeiras revela frase de árbitro: 'Veja aí'

Segundo Piraci Oliveira, juiz pediu a quarto árbitro que checasse com alguém se houve gol de mão. Ele diz ter vídeo com o momento do pedido

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
977 comentários
Depois de o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedir à CBF que não compute ainda os pontos do Internacional na vitória sobre o Palmeiras por 2 a 1, no último sábado, agora o time paulista diz ter mais uma evidência de que houve interferência externa na anulação do gol de Barcos. O diretor jurídico do Alviverde, Piraci Oliveira, conta que o clube possui um vídeo mostrando o árbitro Francisco Carlos Nascimento pedindo, através de seu ponto eletrônico, ajuda ao quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima. A tese do diretor palmeirense é que o juiz queria saber se havia sido gol de mão ou não. No entanto, a frase proferida por Nascimento não deixa claro qual era exatamente o objetivo dele na ocasião.
- Vimos ontem um vídeo no qual o juiz diz para o quarto árbitro, através do comunicador, após o lance: 'Veja aí'. Ele coloca a mão no microfone e diz esta frase - ressaltou o dirigente do Palmeiras, em entrevista à rádio "Estadão/ESPN".
Além do vídeo, o clube paulista reuniu outras evidências para apresentar ao STJD no dia do julgamento (ainda não marcado) do pedido de anulação da partida. O Palmeiras defende que o árbitro só soube que o gol de Barcos foi com a mão porque recebeu a informação do quarto árbitro. Este soube do ocorrido pelo delegado da partida, que consultou uma repórter à beira do campo. O Alviverde ainda não sabe se pedirá o depoimento da jornalista, mas não descarta a possibilidade. Piraci admite estar bem mais confiante sobre um resultado favorável ao Palmeiras.
- O Palmeiras luta por um princípio. A arbitragem é muito ruim, e o clube já foi prejudicado por erros de fato, o que acontece, mas esse é um erro de direito. A minha convicção sempre foi de que houve interferência externa. Mas depois de colher as provas e com toda essa massa de informação nova estou muito mais otimista do que antes. Sei que não é nada fácil, mas estou otimista - acrescentou o diretor jurídico do Verdão.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vasco nega problemas na estrutura, mas reconhece dificuldades

Supervisor afirma não ter conhecimento de falta de isotônico e fala sobre problemas em chuveiros e tratamento de gelo no CFZ

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
5 comentários
treino Vasco CT CFZ  (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Treino do Vasco no CFZ
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Em crise financeira, o Vasco oferece cada vez menos recursos para o dia a dia de trabalho. Assim, cabe aos funcionários buscar maneiras de driblar as dificuldades para dar condições de trabalho aos jogadores. Com poucos recursos, o departamento de futebol enfrenta dificuldades, mas funcionários negaram que haja problemas que afetem diretamente a rotina.
Responsável pela logística do dia a dia de treinos do Vasco, o supervisor Bruno Coev afirmou nunca ter tomado conhecimento de que tenha havido racionamento de bebida isotônica, como revelaram pessoas que convivem diariamente no clube. No entanto, ele reconheceu que em uma ocasião houve problema no funcionamento dos chuveiros elétricos dos vestiários do CFZ.
- Todos os chuveiros funcionam. Mas quando todos são ligados ao mesmo tempo pode haver algum problema elétrico no aquecimento. Em uma ocasião, num dos vestiários o aquecimento da água funcionou em apenas dois chuveiros. Mas sempre deixamos um funcionário do clube de plantão para fazer os reparos. De qualquer maneira, ninguém nunca me relatou qualquer problema - disse.
Bruno Coev também negou que tenha havido falta de gelo para o tratamento de jogadores no CFZ. Mas admitiu que numa ocasião alguns atletas não se mostraram satisfeitos com as condições oferecidas no local de treinamento.
- A produção de gelo no CFZ não é suficiente, mas sempre levamos uma boa quantidade. O ocorreu nessa situação foi que a maioria dos jogadores não gostou da tina usada para o tratamento. Segundo eles, não tinha a profundidade necessária para fazer a imersão. Estamos trabalhando para adequar os equipamentos às nossas necessidades. Isso não significa falta de zelo ou cuidado do clube - explicou o supervisor.

Duque e Macaé tentam dar fim a jejum dos pequenos do Rio

Estado não tem dois clubes de menor investimento na Série B desde 2000. Dupla está nas quartas de final, o mata-mata decisivo da Terceirona

Por Carolina Burgos e Mariana Kneipp Macaé e Rio de Janeiro
107 comentários
Em 2000, o Brasil completou 500 anos, a ciência fez o primeiro rascunho da sequência completa do genoma humano, e o mundo comemorou a sobrevivência ao "bug do milênio". Na memória, essas lembranças parecem distantes. Mais ainda para os clubes do Rio de Janeiro. Foi a última vez que o estado teve dois times de pequeno porte na Série B do Campeonato Brasileiro. Doze anos depois, Duque de Caxias e Macaé estão nas quartas de final da Série C, a uma fase de recolocar o futebol fluminense na Segundona.
montagem Duque de Caxias e Macaé times Série B (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Duque de Caxias e Macaé: as esperanças do Rio na Série C (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Na última vez em que o Rio teve dois times pequenos na divisão de acesso do Brasileiro, o Macaé tinha apenas 11 anos, e o Duque de Caxias ainda nem existia - foi criado em 2005. América, Americano e Bangu foram os representantes. O Botafogo disputou o campeonato em 2003, e o Vasco, em 2009 - mesmo ano em que o Duque disputou a Série B pela primeira vez, mantendo-se lá por três temporadas. Em 2012, porém, nenhum clube fluminense teve chance de tentar uma vaga na elite. A última vez em que dois times de fora da capital disputaram a Segundona foi em 1998, quando Americano e Volta Redonda fizeram companhia ao Fluminense.
Em doze anos, novos escudos surgiram, subiram e desceram entre as divisões, mas pouca coisa mudou em relação à dificuldade de manter vivo o sonho de um clube sem grande investimento. No Duque de Caxias, a falta de um CT obriga o elenco a se adaptar a três campos diferentes para treinar. No Macaé, o baixo público nos jogos e a perda de patrocinadores levou a diretoria a negociar valores com os jogadores, alguns chegando a receber apenas um salário mínimo. Neste cenário, a vaga na Série B se torna mais do que uma meta: é uma necessidade.
- A classificação seria a nossa autoafirmação. Podemos mostrar que estamos em uma competição de alto nível, em condição de dar visibilidade a investidores, patrocinadores. É a solidificação do Duque, para mostrar que somos um time intermediário, não pequeno. Com sustentabilidade, podemos atingir parâmetros e chegar bem perto da elite. Sabemos que a caminhada é longa, mas estamos nos preparando para isso - afirmou o supervisor de futebol do clube de Caxias, Luiz Oliveira.
Todos os nossos treinos são de competição, até o aquecimento é competitivo. Você vive para competir, tem que ganhar"
Vinicius Eutrópio, técnico do Duque
Se no fim de 2011 o Duque caiu da Série B para a C, o Macaé por pouco não parou na Quarta Divisão - escapou graças ao saldo de gols, após uma salvadora vitória por 6 a 4 sobre o Marília. Nesta temporada, o Leão oscilou no primeiro turno, mas conseguiu a classificação para as quartas de final com dois jogos de antecipação. Na última rodada, contra o Santo André, entrou em campo com sete desfalques e venceu por 3 a 1, garantindo a vantagem do empate no mata-mata.
- Começamos bem, foram duas vitórias. Depois, o desempenho não foi ruim, mas a equipe foi se ajeitando, fez algumas trocas e, com as vitórias, foi crescendo. Para nós, a fórmula desse campeonato, diferente da do ano passado, foi fundamental. Em 2011 não permitia recuperação. Neste ano, a maioria das equipes que se classificaram veio de momentos não tão bons no início - disse o técnico Toninho Andrade, citando a mudança no regulamento, que fez a primeira fase ser disputada com dois grupos de dez times (classificando-se quatro), e não mais quatro chaves de cinco equipes (classificando-se duas).
Macaé rejuvenesce o elenco em cinco anos
Zambi, Atacante Macaé (Foto: Tiago Ferreira / Macaé)Zambi, artilheiro do time, tem 25 anos
(Foto: Tiago Ferreira / Macaé)
Para a disputa do campeonato, ajustes foram necessários no Macaé. Houve uma reformulação de 50% do elenco, com a contratação de 12 jogadores, que resolveram outro problema. A média de idade era de 30 anos.
- O primeiro de tudo foi acreditar nesses acréscimos e no rejuvenescimento da equipe. Agora a média é de 24, 25 anos. Além disso, no ano passado, fizemos a Série C com dois atacantes apenas. Neste ano foi mais equilibrado em relação ao número de jogadores por posição, e isso facilita para o treinador - disse o técnico.
A ascensão de juniores também ajudou o lado financeiro. Com a perda de três patrocinadores - restando apenas dois -, a arrecadação não passa de R$ 200 mil, o que levou a diretoria do Macaé a renegociar valores com os jogadores. Quem veio das categorias de base, mas já joga como profissional, ganha o equivalente a um salário mínimo. A média de salário do elenco é de R$ 4.300.
Campanha do Macaé na Série C:
9 vitórias
5 empates
4 derrotas
 
- Tivemos que adequar dentro da nossa realidade. Foi sacrifício. O clube se espremeu e os jogadores também, com a possibilidade de contrato melhor no futuro, já pensando em possíveis bons resultados na competição. O que prevaleceu foi o empenho, e eles foram guerreiros - disse o supervisor de futebol, Guilherme Costa.
Apesar do esforço financeiro, a torcida do Macaé ainda não é muito presente. O maior público na primeira fase foi 344 pagantes, contra o Madureira. Mas os que vão à arquibancada usam a criatividade e até já criaram um apelido, Barçaé, que tira um sorriso de Toninho Andrade.
- O nosso time joga pelo conjunto. Talvez seja essa a semelhança. Pela parte técnica, não. A nossa equipe é mais voltada para a marcação - garantiu.
Técnico do Duque admite 'lavagem cerebral' para a vitória
Em sua terceira passagem pelo Macaé, Toninho já conhece cada canto do estádio Moacyrzão. É uma situação diferente da do técnico do Duque, Vinicius Eutrópio. Há apenas dois meses no clube, ele ainda tenta se adaptar à rotina de treinos em gramados emprestados.
Duque de Caxias (Foto: Divulgação)Eutrópio conversa com o grupo antes do início do treino (Foto: Divulgação)
- Nossa estrutura é muito humilde, temos uma rotina itinerante. Um dia o Fluminense cede o campo (Xerém), no outro vamos para a Reduc, no outro no Marrentão. É sempre assim: leva o café da manhã para lá, põe o material no ônibus. Mas esse grupo é muito bom. Apesar de tudo, ninguém perde um treino. Eles até se comunicam por celular para garantir que todos estejam lá - lembrou.
Campanha do Duque na Série C:
9 vitórias
2 empates
7 derrotas
Foi com Eutrópio que o Duque ressurgiu na Série C. Nas seis rodadas com Amilton Oliveira no comando, o aproveitamento foi de 16%, com uma vitória e cinco derrotas. O auxiliar Mario Júnior assumiu interinamente e garantiu o segundo triunfo no campeonato. Na oitava partida, Eutrópio já estava no banco. Desde então, foram sete vitórias, dois empates e duas derrotas, 69% de aproveitamento. O técnico justifica a evolução:
- O grupo é muito bom e comprou a nossa ideia. Quando cheguei, falei que não iríamos lutar contra o rebaixamento, mas sim pela classificação. Mudamos o foco. Também deixamos o trabalho físico mais na academia, para dar força. O restante foi todo voltado para o campo, modelo de jogo. A assimilação deles foi muito rápida, e tivemos resultados muito bons, como André Gomes, que, aos 36 anos, disputou todos os jogos até o fim - acrescentou.
Duque de Caxias (Foto: Divulgação)Eutrópio trabalha a competitividade dos
jogadores (Foto: Divulgação)
Eutrópio, porém, reconhece que o principal esforço foi com o lado psicológico dos jogadores.
- Trabalho muito a questão positiva. A conquista virou um mantra. Todos os nossos treinos são de competição, até o aquecimento é competitivo. Você vive para competir, tem que ganhar. Inserimos isso no dia a dia com alguns processos em sala de vídeo, mais o lado social, em casa. Jogador tem que estar feliz. Fiz uma lavagem cerebral mesmo - riu o técnico.
E o objetivo não para na classificação para a Série B, se depender do supervisor Luiz Oliveira:
- É como subir uma escada. O importante no próximo ano não é só voltar à Série B, é manter-se e dar o próximo passo rumo à A - concluiu.
O desafio começa nesta quinta-feira. O Duque de Caxias enfrentará o Icasa, às 21h, no Romeirão, pelo primeiro jogo das quartas de final. O segundo e decisivo será no dia 8. Já o Macaé decide a classificação em casa, no dia 10. Antes, nesta sexta-feira, inicia o duelo com o Paysandu, às 19h, na Arena Verde. Oeste x Fortaleza e Chapecoense x Luverdense completam as quartas de final.

Dinamite recebe cobrança e marca reunião com torcida organizada

Integrantes de facção pedem mudanças no Vasco em 2013, e São Januário tem segurança reforçada durante treino

Por André Casado e Gustavo Rostein Rio de Janeiro
35 comentários
Após uma hora e meia de entrevista coletiva, Roberto Dinamite deixava São Januário quando foi abordado por um grupo de torcedores. Integrantes de uma torcida organizada que está proibida de frequentar os estádios em dias de jogos por seis meses, eles fizeram reclamações e pediram uma reunião com o presidente do Vasco.
Roberto Dinamite com torcida organizada do Vasco em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Integrantes de torcida organizada conversam com Roberto Dinamite em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
A conversa foi rápida e ocorreu em clima pacífico, sem qualquer tensão. Por fim, Dinamite marcou inicialmente o encontro para esta quarta-feira, em São Januário. Os torcedores deixaram claro que o principal objetivo é apoiar o Vasco, mas pediram mudanças no futebol em 2013.
- Deixa comigo - respondeu o presidente ao deixar o clube rumo ao arbitral da Federação de Futebol do Rio de Janeiro que discutiu o próximo Campeonato Carioca.
São Januário teve segurança reforçada nesta terça-feira. Duas viaturas policiais foram posicionadas à frente do portão que dá acesso ao departamento de futebol. Além disso, cinco policiais permaneceram no gramado durante todo o treinamento da equipe.
Policiamento, treino Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Policiais fazem segurança dentro do gramado durante treino do Vasco nesta terça-feira (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Sem perspectivas, Renato Silva só pensa em acertar equipe para 2013

Zagueiro lamenta 'cabeça baixa' que ajudou na queda de rendimento do grupo na reta final e já projeta próxima temporada com raros reforços

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
5 comentários
renato silva vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Renato Silva espera fim digno e de vitórias por
2013 (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
O fim de ano sombrio e melancólico do Vasco esteve refletido na expressão e nas palavras de Renato Silva, nesta terça-feira. Apesar de não deixar de exibir sua veia de brincalhão em momentos isolados da entrevista coletiva, o zagueiro foi mais um a admitir que não há mais esperanças de buscar a vaga na Libertadores de 2013, diante das cinco derrotas diretas, da queda para a sétima posição na tabela e da distância de oito pontos para São Paulo, que abre o G-4.
Segundo o camisa 33, que voltou a ser titular com a lesão que afastará Dedé do restante da temporada, a única preocupação agora é terminar o Brasileirão de forma digna e arrumar a equipe para um início de 2013 mais tranquilo e sem as cobranças de hoje.
- São cinco jogos para recuperar a autoestima, a equipe que vinha jogando antes perdeu o jeito. Não deu mais certo, caíram todos os setores, ficou complicado. Como equipe, nos perdemos muito mesmo. Estamos mal psicologicamente, baixamos a cabeça e temos de nos recuperar. Se não der a Libertadores, é bom entrar no ano seguinte sabendo que vencemos as últimas partidas, sem precisar responder mais sobre isso, sem ter a torcida desconfiada - disse.
Com diversos jogadores sob contrato longo, o Vasco deve manter a base do grupo, apesar da insatisfação de muitos com o problema dos salários atrasados. E, como fez questão de lembrar Renato Silva, dificilmente contratará reforços de alto nível em face da crise financeira. O presidente Roberto Dinamite tentou minimizar destacando que faltaria um mês de débito e que, em sua época de atleta, também jamais recebeu em dia de quem comandava.
- A respeito do salário, vai bater dois meses no dia 5 (em geral, os clubes utilizam o dia 20 como referência). Vai dar três de atraso no direito de imagem também. Mas não tem nada a ver com a queda de rendimento. Entramos numa maré ruim e aí todos os problemas afetaram, mas foi pena ter sido no momento de definição da competição. Dificilmente vão chegar outros jogadores, porque quem está aqui eles já não conseguem manter - lamentou o zagueiro.
No sábado, o Cruz-maltino enfrenta o Sport, em São Januário, pela 34ª rodada.

Recuperados, Tenorio e Alecsandro participam de treinamento com bola

Atacantes deixam fase de preparação física e se preparam em longa atividade para voltar ao time, neste sábado, contra o Sport, no Rio

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
9 comentários
Carlos Tenório no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Carlos Tenorio se prepara para a volta após mais
de um mês (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Para tentar mudar o panorama altamente negativo no Campeonato Brasileiro, o Vasco já tem dois reforços confirmados para encarar o Sport, neste sábado, em São Januário: Tenorio e Alecsandro fizeram o primeiro treino com bola na tarde desta terça-feira e comprovaram estarem recuperados das lesões na coxa que o tiraram de ação, respectivamente, de seis e três rodadas. A dupla já vinha realizando trabalhos físicos mais intensos desde a última sexta e foi liberada pelo departamento médico.
A etapa é a última no processo. Agora depende do técnico Marcelo Oliveira definir as mudanças no setor ofensivo. Desde a derrota para o Botafogo - a terceira da série de cinco diretas -, Eder Luis e Carlos Alberto formam o ataque. Nos jogos em questão, a equipe marcou somente três gols. Alecsandro, no entanto, vivia péssima fase quando se machucou: um gol em 18 partidas. Já o equatoriano havia se firmado como xodó da torcida, com quatro gols em 11 aparições e muita determinação em campo.
Na longa atividade, que durou mais de duas horas, além da novidade, houve movimentação tática com quatro balizas para todo o elenco - dividido em dois times, sem ordem de escalação -, que teve dois dias de folga depois de perder por 1 a 0 para o Corinthians, sábado passado. A exceção foi Carlos Alberto, que ficou na academia e, a princípio, não preocupa.
Por conta da entrevista coletiva concedida pelo presidente Roberto Dinamite, antes de a bola rolar, havia cerca de 100 pessoas no estádio observando o treino, algo incomum para dias úteis. Torcedores foram protestar, até marcaram uma reunião com o mandatário e viram o policiamento ser reforçado na Colina, com oficiais até mesmo dentro no gramado.

Dinamite minimiza a crise financeira: 'Também nunca recebi salário em dia'

Em coletiva, presidente lembra sua época de jogador e afirma que grupo atual já conseguiu bons resultados mesmo com vencimentos atrasados

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
253 comentários
Após um mês e meio de crise política e financeira cada vez mais deflagrada no Vasco, o presidente Roberto Dinamite se pronunciou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na sala multimídia de São Januário. Por cerca de uma hora e meia, esclareceu questões que foram da venda de jogadores titulares - Fagner, Romulo e Diego Souza no meio da temporada - ao novo CT dos profissionais, que iniciará as obras no início de 2013. Além disso, o mandatário confirmou que acumulará a vice-presidência de futebol até o fim deste ano, esperando a recuperação da saúde de Ercolino Jorge de Lucca, que só pode assumir em doisa meses. E indicou que Daniel Freitas não permanecerá como diretor executivo.
Não houve informações concretas a respeito do futuro cruz-maltino. Dinamite se defendeu, exibiu documentos relativos a diversos assuntos e pediu compreensão à imprensa - criticada em determinados momentos pela veiculação de notícias negativas e, segundo ele, inverídicas - e aos torcedores vascaínos, ressaltando as dificuldades enfrentadas por penhoras e bloqueios de dinheiro por causa de dívidas antigas e também contraídas na gestão atual. Aliás, trabalhar este item junto ao departamento jurídico foi a única saída considerada em suas palavras para evitar que o clube entre num buraco ainda maior.
Roberto Dinamite na coletiva do Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Roberto Dinamite se explica na coletiva, em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
O time dirigido por Marcelo Oliveira perdeu as últimas cinco partidas no Campeonato Brasileiro, está praticamente fora da disputa por uma vaga na Libertadores e estendeu a crise para o campo. O presidente disse, no entanto, que a questão de salários atrasados é até normal desde a sua época de atleta no Vasco, embora admita que não esteja correta.
- Com esse mesmo grupo, o salário já esteve mais atrasado e tudo deu certo. É isso que precisamos mentalizar e inverter, porque temos 15 pontos para jogar ainda. Vamos buscar as vitórias, teve equipes que ficaram nessa situação e se recuperaram. Vivi como atleta por 20 anos aqui e nunca recebi meu salário em dia. Está errado? Claro, temos que cumprir nossas obrigações. Mas hoje é um atraso de um mês, que muitos clubes também têm. Quem milita no futebol sabe bem disso - argumentou Dinamite.
Eu falei para o Diego (Souza), para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma"
Roberto Dinamite, sobre venda do meia
O presidente ainda afastou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo, debochando das especulações, e também negou uma suposta aproximação com o ex-mandatário Eurico Miranda, com quem costurou um acordo para que o balanço de 2011 tivesse mais 60 dias para ser revisto e apresentado novamente ao conselho deliberativo. Ele se recordou do episódio de 2006 em que foi expulso da tribuna do estádio por ordem de seu opositor e disse que não gostaria de reviver a situação.
- Nada disso existe, vou estar sempre aqui junto com quem realmente gosta do Vasco e o respeita. Vamos proporcionar dias melhores ao torcedor e voltar a ter conquistas.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva:
Relação recente com a imprensa- Quero esclarecer alguns pontos na relação do clube com a imprensa. Sempre pautei que, na vida, tudo é uma troca. Quando se tem o respeito, vai bem. E é nesse sentido que quero colocar algumas coisas para que a gente não continue a cair na mesmice e falar de alguém sem saber, acusar alguém. Vou exigir por parte de todos o mínimo de respeito, como ao longo da minha carreira sempre fiz. É por isso que estou aqui. Vamos acabar com o disse me disse. O regime é presidencialista, mas todos os profissionais têm autonomia. Aqueles que saíram tiveram suas discordâncias e escolhas. Ninguém é obrigado a ficar.
Vendas de Fagner, Romulo e Diego Souza
- O Diego veio para o Vasco em uma situação em que adquirimos 33% do jogador, e tínhamos o direito de exercer mais 20% dentro do contrato. Pagamos € 1,2 milhão (cerca de R$ 3,2 milhões) para isso. Recebemos, então, uma proposta no período proximo à janela (de transferências), conversei com o jogador e pessoas envolvidas na negociação, falando da importância que ele tinha para o Vasco. Mas havia a realização dele como pessoa, porque era muito dinheiro na oferta. Num primeiro momento, não fizemos a operação, mas depois o jogador optou por sair do Vasco. Eu falei para o Diego, para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma. O exemplo é o Dedé. Só está no Vasco até hoje porque quer estar no Vasco. E a situação (de Diego Souza) quanto ao não pagamento (de parcelas que somam quase R$ 5 milhões) é essa: houve um encaminhamento à Fifa, que já foi notificada e temos até o dia 8 de novembro para ter uma palavra final com relação ao Diego (Dinamite, então, ergue um documento enviado pela entidade máxima do futebol). Já o Fagner veio por intermédio de seu empresário, Carlos Leite. Os 20% que o Vasco tinha foram quase dados. Ele teve contusões, mas se firmou como um jogador importante dentro do Vasco. E optou por se transferir porque financeiramente seria bom. Tentamos convencer a permanecer, mas não foi possível. O contrato estava perto do fim, não foi uma escolha da diretoria. Já o Romulo teve uma proposta muito boa para o Vasco (R$ 10 milhões) e para ele. Detínhamos 50%: 25% eram do Porto-PE e 25% dos dois agentes que tinham participação sobre o jogador. Foram (os recursos arrecadados) investidos nos pagamentos e compromissos diários que o Vasco tem. No aspecto técnico, foi ruim, sim, e no financeiro, no caso do Diego, não somou nada porque está aí até agora.
roberto dinamite vasco (Foto: Divulgação/Flick Vasco da Gama)Roberto negou aproximação com Eurico Miranda
(Foto: Divulgação/Flick Vasco da Gama)
Debandada de dirigentes
- Todos os profissionais que trabalharam nessa instituição tiveram autonomia para ajudar o Vasco, mas quiseram sair, e vamos dar continuidade. O desafio é muito grande, mas o Vasco é maior do que tudo isso.
Futuro financeiro do Vasco
- Um Vasco mais saudável, que possa estar cumprindo com as obrigações. Mas não é de agora esse problema, é lá de trás. Estamos vendo com o jurídico para diminuir os problemas tributários. Entrar nesse mérito é complicado, porque a conta é sempre do outro (antiga gestão, de Eurico Miranda), mas é o Vasco. Não posso pensar no amanhã sem ver o ontem. É justificativa? É também. Queria ter outras empresas, mas a Eletrobras é importante e está feliz da vida por ser parceira do Vasco, deu uma visibilidade geral a eles.
Mudanças na base e CT do profissional
- Sobre a base, eu tinha amigos em quem apostamos, desenvolveram bem o trabalho, mas não chegou ao que queríamos em um determinado momento. Não poderia trocar uma pessoa só, e agora temos novos profissionais, uma equipe inteira em todas as categorias. Temos um CT reformado e, tão logo pudermos equilibrar as finanças, vamos dar apoio a esse trabalho com mais força. A formação da base ajuda a captar recursos e fazer o jogador com custo muito menor e resultados positivos. Nós estamos utilizando esse espaço (em Itaguaí) há dois anos e as coisas vão estar melhorando. Com relação ao CT do profissional, existe um documento com a Prefeitura, e o Vasco já tem esse espaço na Barra da Tijuca, onde vai ser construído o CT a partir do início de 2013. Alguém falou (na imprensa) que o Vasco cederia o espaço da sede do Calabouço. Isso não é verdade, não foi conversado nada sobre isso. Enquanto não temos isso pronto, temos um compromisso com o CT (do CFZ) que vamos estar utilizando durante este período.
Lamenta saída do diretor Rodrigo Caetano?
- Tentamos a permanência, sim, mas vou inverter o caso. O Rodrigo é o que ele é porque o Vasco o ajudou muito também. Deu a condição de trabalho para que se desenvolvesse como profissional. Acertou, errou e foi um parceiro importante neste processo. Teve propostas de outros clubes antes, mas houve entendimento e permaneceu dentro do Vasco. Num segundo momento, aconteceu uma nova conversa em que se especulou, falou, se oficializou o interesse do Fluminense e de outro clube. Tanto que, antes da saída dele, conversamos por cinco horas na minha sala traçando planos do Vasco para o ano seguinte. E aí, como há relação com A, B ou C da imprensa, alguém falou que ele estava indo embora. E eu perguntei a ele, que disse que não. Mas meia hora depois achou que estava cansado e esgotado em razão da forma como ele trabalha e que não tinha condição de seguir no Vasco no ano seguinte. Era uma proposta melhor para ele (Fluminense), mas no segundo momento não foi a parte financeira. Diante da resposta dele, nem fizemos nova proposta.
O Vasco mais do que nunca está muito aberto e democrático. Era bom ser jogador, mas ser presidente é um orgulho. Não admito que alguém, hoje, fale para mim que é mais vascaíno do que eu e que respeita mais o Vasco do que eu. Duvido que haja alguém mais honesto com meu clube do que eu. Se tiver, eu vou embora"
Roberto Dinamite
Reforma de São Januário para 2016
- O desejo do Vasco é fazer aqui uma arena. Estamos trabalhando o projeto para fazer de São Januário um anel com uma empresa do ramo. Inicialmente, Nelson (Rocha, ex-vice de finanças) e Fred Lopes (ex-vice de patrimônio) tiveram autonomia nesse processo. Houve reuniões também com prefeito e governador. Para fazer uma arena, passa por obras no entorno de São Januário. É um projeto para o Vasco ser sede do rúgbi, que passa pelo (Carlos Arthur) Nuzman (presidente do COB) e para termos mais conforto para atender o torcedor. Amanhã (data para confirmação da viabilidade do clube para arcar com o projeto) vamos entregar o documento para que isso possa começar a ser realizado.
Contato com Eurico Miranda
Não existe nada que me coloque ao lado do ex-presidente. Quem está falando isso é mentiroso. Não existe a mínima possibilidade de se estreitar qualquer relação instituicional nesse momento ou em qualquer momento. Sou uma pessoa simples, mas meus valores precisam ser respeitados. Separo bem o instituicional, que tem que falar por ele ser presidente do Conselho de Beneméritos e outra é pessoal. O que passei com meu filho, (expulsos da tribuna em 2006) não quero passar mais. Não criem duvidas em relação a isso.
Considerações finais
Estou feliz de falar o que sinto, o que eu penso. O Vasco mais do que nunca está muito aberto e democrático. Era bom ser jogador, mas ser presidente é um orgulho. Não admito que alguém, hoje, fale para mim que é mais vascaíno do que eu e que respeita mais o Vasco do que eu. Duvido que haja alguém mais honesto com meu clube do que eu. Se tiver, eu vou embora. Estou cumprindo uma etapa dentro do Vasco e quero cumpri-la bem.

Após três vitórias, Cub Swanson
pede luta contra o Zumbi Coreano

Americano faz pedido para casador de lutas do UFC e recebe resposta
pelo Twitter: 'Cub, tenho várias pastas cheias de oponentes para você'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
6 comentários
Depois de derrotar em sequência George Roop, Ross Pearson e Charles "Do Bronx", todos por nocaute ou nocaute técnico, Cub Swanson quer alçar um voo mais alto. O lutador americano foi ao Twitter na noite desta segunda-feira e pediu ao UFC e ao "matchmaker" (casador de lutas) da divisão peso-pena, Sean Shelby, para enfrentar o sul-coreano Chan Sung Jung, mais conhecido como "Zumbi Coreano" e que também vem de três triunfos consecutivos.
UFC Cub Swanson x Chan Sung Jung MMA (Foto: Getty Images)Cub Swanson x Chan Sung Jung: depende de Sean Shelby (Foto: Getty Images)
- Essa luta tem que acontecer! Cub Swanson x Zumbi Coreano - escreveu ele na rede social, recebendo uma resposta de Shelby instantes depois:
- Cub, tenho várias pastas cheias de oponentes para você.
Se for feita a vontade de Swanson e esse duelo se concretizar, serão grandes as chances de valer uma chance de disputar o cinturão dos penas, uma vez que ambos estão muito bem posicionados na categoria. O próximo adversário do campeão José Aldo será Frankie Edgar, sem data definida.

Irmã de Rodrigo Damm está cotada para integrar o plantel do Invicta FC

Carina Damm, que já lutou no Strikeforce, vai atuar em novembro no evento nacional Warriors FC, para só depois participar da franquia norte-americana

Por Richard Pinheiro Vila Velha, ES
Comente agora
O MMA capixaba continua em franca ascensão, com novos lutadores surgindo a cada dia, mas uma representante da "velha guarda" continua mostrando seu valor dentro dos octógonos. Trata-se da peso-mosca Carina Damm, que é irmã do lutador do UFC Rodrigo Damm e que recebeu uma proposta para integrar o evento norte-americano Invicta Fighting Championships (Invicta FC). A lutadora capixaba de 33 anos faz parte da American Top Team (EUA), mas também divide sua rotina de treinamentos entre a academia do irmão, a Damm Fight, em Vila Velha, no Espírito Santo ou na equipe Sapo Fight Team (SFT) de Belém-PA, com o marido Luís "Sapo" Santos, que também é lutador.
Rodrigo Damm, Carina Damm e Luis Sapo mma (Foto: Reprodução/Facebook)Carina Damm entre o marido Luis "Sapo" Santos e o irmão, Rodrigo Damm (Foto: Reprodução/Facebook)
Em entrevista concedida ao blog "MMA Capixaba", Carina Damm revelou que primeiro irá participar de um evento no Brasil em novembro, o Warriors FC, antes de retornar aos Estados Unidos para fazer parte do plantel de lutadoras da franquia norte-americana a partir de janeiro de 2013.
- Vou atuar no dia 14 de novembro no evento Warriors FC contra a Kalindra Faria. Acredito que será uma luta muito dura, pois a Kalindra é uma forte atleta e vem ganhando muita experiência em seus combates. Para mim, cada luta é um grande desafio, a gente nunca sabe realmente o que pode acontecer. Entro sempre para vencer e espero que seja assim novamente. E depois desse combate, já tenho proposta para lutar em janeiro no Invicta FC, nos Estados Unidos.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias sobre o mundo do MMA
Focada em sua participação no Warriors FC, que acontece em Taubaté, município do interior de São Paulo, Carina Damm contou alguns detalhes de sua preparação para a revanche concedida à adversária, que foi derrotada pela "Barbie Girl" por nocaute técnico, no segundo round, em luta que rolou no evento X-Combat Ultra, que aconteceu no Espírito Santo, em setembro de 2009.
- Essa reta final é a hora que eu começo a dieta para baixar o peso, porém como faltam ainda 15 dias para a luta, continuo mantendo a mesma rotina de treinamento intenso. Eu treino forte duas vezes por dia, com intervalo de descanso à tarde. Faço além de jiu-jitsu, o boxe, o muay thai, o wrestling e o condicionamento físico durante a semana. Procuro me alimentar bem e também faço uso de suplementos.
Com um cartel de 17 vitórias e sete derrotas no MMA, a melhor fase de Carina Damm aconteceu entre fevereiro de 2007 e fevereiro de 2010, quando a capixaba conseguiu uma sequência de 10 vitórias sobre lutadoras brasileiras e norte-americanas. Grande parte do sucesso no mundo das lutas, Carina credita ao irmão, Rodrigo Damm, que irá atuar no UFC 154, em Montreal, no Canadá, em 17 de novembro. Aprendizado e admiração não faltam à lutadora que também é conhecida no MMA como "Beauty but, The Beast", algo como "Linda, mas uma fera".
- Rodrigo é meu irmão querido, ver ele no UFC me faz sentir com o dever cumprido com relação à vida dele, ele sempre será um grande orgulho para mim.
A última vitória da Carina Damm no MMA aconteceu no evento Iron Man Championship 10, sobre a lutadora Sheila Amazônia, em Salinópolis-PA, em julho de 2011. Pelo Strikeforce, Carina lutou diante da japonesa Hitomi Akano, em agosto de 2010, nos EUA, quando foi finalizada com um triângulo, no segundo round. Em seu último combate, Carina foi derrotada pela norte-americana Munah Holland, por nocaute, no segundo round, no evento Matrix Fights 6, nos EUA, em julho deste ano.

'Eu chorei', revela Cigano sobre lesão dez dias antes de encarar Velásquez

Lutador brasileiro confessa que temeu ficar fora da disputa de cinturão,
mas que o tratamento bem feito o deixou apto a lutar

Por SporTV.com Rio de Janeiro
66 comentários
Não é segredo para ninguém que Junior Cigano lutou contra Cain Velásquez com o joelho esquerdo machucado. Ele rompeu o menisco dez dias antes do evento e mesmo assim reuniu forças para não desistir do duelo. Lutou, venceu o americano em apenas 1m04s e se tornou o campeão peso-pesado do UFC. Mas os momentos que antecederam o combate não foram fáceis. Afinal, Cigano venceu sete lutas seguidas para ganhar aquela oportunidade e não estava nem um pouco disposto a deixá-la escapar.
- Quando eu machuquei meu joelho dez dias antes da luta, eu estava muito preocupado. Não tenho vergonha de dizer, mas eu chorei. Foram dois dias andando com muletas, isso foi muito difícil para mim. Mas, então, comecei a fazer a recuperação física, e meu joelho melhorou - revelou Cigano ao site "MMA Fighting".
Junior dos Santos Cigano acerta soco em Cain no UFC (Foto: Getty Images)Junior Cigano acerta soco em Cain Velásquez no UFC (Foto: Getty Images)
O brasileiro também não reclamou de ter de enfrentar Cain Velásquez de novo tendo defendido o cinturão apenas uma vez. De acordo com Junior Cigano, o americano realmente é o atual número 2 do mundo. Como Daniel Cormier ainda tem uma luta por fazer no Strikeforce e Alistair Overeem está suspenso por doping, Velásquez é o adversário natural.
- Considerando que sou o peso-pesado número 1 do mundo, Cain com certeza é o segundo neste momento. Eu quero lutar com os melhores lutadores do mundo, e Cain Velásquez com certeza vai me dar o seu melhor. Gosto de nocautear as pessoas, eu gostaria de repetir a dose. Ele é muito bom em pé, mas, se aceitar trocar em pé comigo, vai ser nocauteado de novo.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Junior Cigano venceu Cain Velásquez no dia 12 de novembro do ano passado. Depois, enfrentou Frank Mir em maio de 2012 e manteve o cinturão com mais um nocaute. O segundo duelo entre o brasileiro e o americano será no dia 29 de dezembro, no UFC 155, em Las Vegas (EUA).
UFC 155
29 de dezembro de 2012, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL*
Junior Cigano x Cain Velásquez
Forrest Griffin x Phil Davis
Chris Weidman x Tim Boetsch
Gray Maynard x Joe Lauzon
Erik Koch x Ricardo Lamas
Yushin Okami x Alan Belcher
CARD PRELIMINAR*
Chris Leben x Karlos Vemola
Brad Pickett x Eddie Wineland
Philip De Fries x Matt Mitrione
Erik Perez x Byron Bloodworth**
Michael Johnson x Myles Jury**
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente