domingo, 13 de maio de 2012

'Estamos repetindo o que Pelé e outros fizeram', diz artilheiro Neymar

Como um 'solista', atacante chama a responsabilidade, desequilibra e quebra tabu: desde 96 o Peixe não tinha o goleador do Paulistão

Por Marcelo Hazan São Paulo
Desde 1996, quando Giovanni fez 24 gols, o Santos não tinha um artilheiro isolado no Campeonato Paulista. Mas isso é passado, e como diz o ditado, "quem vive de passado é museu". O goleador do presente é santista e atende pelo nome de Neymar.
Com 20 gols (108 pelo Alvinegro no total), dois deles marcados neste domingo, na vitória por 4 a 2 sobre o Guarani, o craque conquistou pela primeira vez a artilharia do estadual. Este é o terceiro prêmio de goleador na carreira do atacante, já líder no quesito na Copa do Brasil (2010) e no Sul-Americano Sub-20 (no ano passado), com a Seleção Brasileira.
Para coroar o brilhante campeonato do camisa 11, o decisivo jogo do tricampeonato santista teve a sua marca. Mais uma vez. Principal destaque do Peixe, como de costume, Neymar foi quase solista na desafinada orquestra alvinegra na final.
- Não imaginava que essas coisas poderiam acontecer na minha vida. Estar repetindo o que o Pelé e tantos outros craques fizeram... A gente está chegando perto do que eles fizeram. Esse time vai fazer história! - disse, emocionado.
Sem o maestro Ganso e todos os demais integrantes em dia inspirado, coube a ele chamar para si a responsabilidade de tocar a música do tri no Morumbi.
Neymar, final Santos x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar vibra com o primeiro dos dois gols sobre o Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Um minuto e oito segundos separaram o primeiro apito de Paulo César de Oliveira até o gol do Santos. Parece pouco, mas é mais do que suficiente para Neymar. Em seis toques na bola, ele abriu espaço, enfiou belo passe para Elano e viu Alan Kardec abrir o placar.
O empate do Bugre nem incomodou o craque. Ele parecia saber que no roteiro do espetáculo da final também era necessário raça para conseguir o título. Justamente em jogada fora das suas características, nasceu o segundo gol. Após dividida com Danilo Sacramento, ele achou Juan. Na sequência do lance, o lateral-esquerdo sofreu pênalti, convertido pelo craque (prova de que o treino do fundamento na véspera surtiu efeito).
Não imaginava que um dia essas coisas poderiam acontecer na minha vida. Estar repetindo o que Pelé e outros craques fizeram... este time vai fazer história!"
Neymar
Na comemoração, um coração para dona Nadine, em homenagem ao Dia das Mães, o já famoso "toiss" em direção aos amigos e uma nova dancinha para delírio das "Neymarzetes" no estádio.
À vontade, Neymar também mostrou que o lado garçom está cada vez mais afiado. Ao longo da final, foram diversos passes que deixaram os companheiros em boas condições para ampliar o marcador ou continuar boas jogadas, mas todas elas desperdiçadas. Alan Kardec e Juan foram os mais acionados por ele.
Mas nem só de belos dribles e arrancadas empolgantes viveu o atacante na final. Como toda boa decisão, que reserva dose de drama, o Bugre se mostrava guerreiro e sempre igualava o marcador. Neymar recebeu faltas, mas também bateu. A ponto de receber amarelo por dura entrada em Bruno Peres.
O melhor do solista, porém, ainda estava por vir. Justamente no segundo tempo, para deixar a sua marca mais evidente quando os santistas se lembrarem do tricampeonato no futuro. Na volta para a etapa final, todos os jogadores e até o árbitro esperaram que ele ajeitasse a proteção no punho. Sinal de que a maior estrela era realmente importante para a orquestra funcionar.
Com a bola rolando, ele novamente "solou" pelo Peixe. Entre mais dribles e belas arrancadas, veio seu segundo gol. Enquanto Alan Kardec se contorcia de dor no chão, Neymar preferiu ir em frente, pois queria mais. Aplicou três dribles nos adversários na entrada da área e acionou Juan, na esquerda. O lateral retribuiu o passe para o camisa 11, que só deslocou Emerson, sem chances.
Ainda houve tempo para comemorar o quarto gol, de Alan Kardec, antes de soltar o grito de tricampeão. O histórico título do Santos tem a marca do solista. Será para sempre lembrado como o tri de Neymar.
Neymar com a taça de campeão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Durval e Neymar, com a taça de campeão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Bi carioca, Thiago Neves comemora o retorno ao Flu: 'Fiz a escolha certa'

Meia acerta todos os passes na final, conquista a competição pelo segundo ano seguido e diz que precisará estar '150%' para enfrentar Boca Juniors

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
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Mudaram as cores da camisa, mas a faixa de campeão carioca está pela segunda vez no peito. Depois de conquistar o estadual pelo Flamengo em 2011, Thiago Neves protagonizou uma novela entre o Rubro-Negro e o Fluminense no início da atual temporada. Acabou por acertar seu retorno ao Tricolor. Após a conquista deste domingo com a vitória sobre o Botafogo por 1 a 0 (assista aos melhores momentos no vídeo acima), ele disse que escolheu a melhor opção. E mostrou que pensa grande para o futuro.
- Estou acertando minhas decisões, fiz a escolha certa ao voltar. Para mim, é especial, pois ainda não tinha conquistado um Carioca pelo Fluminense. Quem sabe agora não vêm a Libertadores, o Brasileiro... – disse o jogador, com um largo sorriso de campeão estampado no rosto.
Thiago Neves aproveitou para dedicar o título a todas as mães do Brasil. O jogador disse que a comemoração vai durar só até esta segunda-feira, já que na quinta o Tricolor enfrentará o Boca Juniors, pelas quartas de final da Libertadores, na Bombonera.
- Fizemos tudo para sermos campeões e conseguimos o resultado já na primeira partida. Agora, vamos comemorar e depois descansar para pensar na Libertadores. Tenho que estar 150% para enfrentar o Boca - completou o meia, que sofreu com dores no joelho direito nas últimas semanas.
Thiago Neves teve números expressivos e acertou os 24 passes que fez na final deste domingo, além de ter levantado sete bolas na área - das 11 do time. O apoiador cometeu duas faltas e sofreu uma, ajudando na marcação com duas roubadas de bola.
Fluminense Campeão Carioca, Fluminense x Botafogo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Thiago Neves segura a taça do Carioca durante a volta olímpica (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)

Damião repete Baltazar no Gauchão e vira goleador duas vezes seguidas

Após 31 anos, centroavante colorado iguala o feito do "Artilheiro de Deus", ídolo do Grêmio

Por Diego Guichard e Tomas Hammes Porto Alegre
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Após 31 anos, o Gauchão volta a ter o mesmo artilheiro em duas edições seguidas. Leandro Damião, o camisa 9 colorado, repete o feito de Baltazar, ídolo gremista, e termina o estadual como o principal goleador do campeonato de forma consecutiva.
Os números, é verdade, não se aproximam. Em 1980, quando terminou pela primeira vez no topo da artilharia, Baltazar balançou as redes em 28 oportunidades. Damião, em 2011, marcou 17 gols. Um ano depois, o “Artilheiro de Deus”, como o centroavante tricolor era conhecido, fez 20. O goleador do Inter fez 11 no Gauchão deste ano. O último, neste domingo, na vitória por 2 a 1 sobre o Caxias, na vitória que rendeu o 41º título estadual.
- Fiquei duas noites sem dormir após a eliminação para o Fluminense na Libertadores. O gol é para a minha família toda - dedicou o centroavante.
Mas, afinal, qual o motivo para demorar tanto para um goleador repetir o feito? Para Damião, o nível do estadual é muito elevado:
- É difícil jogar o Gauchão. Se o jogador for destaque no Gauchão, atua em qualquer outro campeonato.
Após ter o recorde igualado, Baltazar, que atualmente mora em Goiás, concorda com Damião. E vai além. Segundo ele, as equipes hoje priorizam os sistemas defensivos e dificultam a busca pelos gols:
- Há um equilíbrio maior. O Gauchão está mais difícil e tem muita retranca.
Damião, por sua vez, se sente orgulhoso de terminar novamente como o principal artilheiro:
- Para um centroavante, a artilharia é tudo.
baltazar, campeão pelo grêmio (Foto: Divulgação/Site Oficial)Baltazar enalteceu o momento de Damião (Foto:
Divulgação/Site Oficial)
Baltazar comentou sobre o seu feito. Humilde, dividiu os méritos com Tarciso e Eder, com quem teve um excelente entrosamento, quando anotou os 28 gols.

No ano seguinte, relatou que teve mais dificuldades por conta da marcação dos adversários. Nada que o impedisse de marcar 20 gols. O número, apesar de expressivo, foi alvo de brincadeiras do próprio Baltazar:

- Na outra temporada, tivemos um pouco mais de dificuldades, foram só 20 gols (risos). Mas também foi um ótimo número. Foi uma ótima passagem. É bom ser artilheiro em um campeonato tão difícil.
Baltazar demonstrou curiosidade para saber os números de Damião e enalteceu o momento do colorado, sem demonstrar qualquer tipo de vaidade por ver seu feito ser alcançado:

- Isso não mexe comigo não. Os recordes são para serem batidos. O Damião é uma grande realidade, tanto que vem sendo convocado para a Seleção.

Alexandre Kalil comemora título e
provoca: 'Minas tem novo dono'

Presidente atleticano chama o rival Cruzeiro de "inquilino" no estádio Independencia e defende a equipe das críticas: 'O time não é um lixo'

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
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Já conhecido pelas declarações polêmicas e carregadas de ironia, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, aproveitou a conquista do título de campeão mineiro, após a vitória de 3 a 0 sobre o América-MG, para prever um novo tempo para o time. Como de costume, ele alfinetou o maior rival, o Cruzeiro. (Veja os gols do jogo).
- O Atlético está trabalhando muito e vamos continuar trabalhando. É o que disse: Minas Gerais tem novo dono. Voltamos, somos o time que tem casa. Mas vamos aceitar o inquilino - disse ele, estocando o rival por conta de acordos na administração do estádio Independência.
O Cruzeiro, que saiu do estadual ainda nas semifinais, está com negociação praticamente fechada para jogar no Independência. O Galo, antes da reinauguração do estádio, fechou uma parceria comercial com o consórcio que administra a arena, que faz com que o clube alvinegro tenha participação nas receitas em todos os eventos realizados no local. Se o Cruzeiro mandar seus jogos lá, o Galo vai lucrar.
Kalil defendeu o time das críticas da torcida. Lembrou que o Galo foi campeão invicto, mas reconheceu que precisa de novos jogadores para o Campeonato Brasileiro.
- Precisamos de reforços, mas o time não é um lixo. Conquistamos o titulo de forma invicta. Jogamos três vezes contra o America, duas vezes contra o Cruzeiro. Não é brincadeira.
Kalil chamou a torcida para a festa da comemoração do título.
- Essa torcida o Galo é imbatível. A festa está pronta, na sede de Lourdes, com trio elétrico.

Campeões estaduais fazem a festa no domingão por todo o Brasil

Mais 13 times levantam as taças neste fim de semana e se juntam a outros quatro que já comemoraram antes. Veja quem já está festejando em 2012

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Mais 13 times soltaram o grito de campeão estadual pelo Brasil neste fim de semana e se juntaram aos outros quatro que já fizeram a festa antecipadamente - Luverdense (mato-grossense), Aracruz (capixaba), América-RN (potiguar) e Águia Negra (sul-mato-grossense). Neste domingo, Santos (paulista), Fluminense (carioca), Internacional (gaúcho), Atlético-MG (mineiro), Coritiba (paranaense), Santa Cruz (pernambucano), Bahia (baiano), Ceará (cearense), Goiás (goiano), Campinense (paraibano), Avaí (catarinense), Cametá (paraense) foram campeões em seus estados. Mas a festa começou já no sábado, quando o CRB segurou um empate sem gols com o ASA e conquistou o seu 26º título alagoano - dez anos depois de sua última conquista estadual. A hegemonia local ainda é do CSA, que conta com 37 conquistas.
Durval e Neymar Santos campeão paulista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Durval e Neymar seguram a taça de campeão
paulista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Da alegria e da ousadia do Santos, capitaneado pelo menino Neymar, saiu a conquista paulista mais expressiva do clube da era pós-Pelé: um tricampeonato que não acontecia desde o de 1967, 68 e 69, quando o Peixe ainda contava com o Rei do Futebol. É o 20º estadual do time da Vila Belmiro, que já havia vencido por 3 a 0 no Morumbi, e mesmo assim derrotou o Guarani por 4 a 2 no mesmo estádio. É o primeiro título do ano do centenário. O jogo começou intenso e teve quatro gols nos primeiros 16 minutos, quando ficou empatado por 2 a 2. Na etapa final, o Santos fez a vantagem. Neymar e Alan Kardec marcaram dois cada, e Fabinho Souza e Bruno Mendes descontaram para o Bugre, que terminou o Paulistão com uma boa campanha e agora se prepara para disputar a Série B e tentar o retorno à elite do Brasileiro.
Em um domingo chuvoso no Rio, o Fluminense nem precisou usar a vantagem de poder até perder por dois gols de diferença após ter vencido o Botafogo por 4 a 1. Voltou a vencer, desta vez por 1 a 0, com gol de Rafael Moura e levantou a taça pela 31ª vez na história e iniciando uma semana que pode ser ainda mais festiva, já que na quinta-feira vai voltar a enfrentar o Boca Juniors na Bombonera, pelas quartas de final da Libertadores.
O Atlético-MG não quis saber do centenário do América-MG e derrotou o Coelho por 3 a 0, no estádio Independência, conquistando de maneira invicta o seu o 41º título estadual mineiro. A vantagem sobre o arquirrival Cruzeiro voltou a aumentar para cinco - a Raposa foi campeã 36 vezes. Serginho abriru o placar, e Bernard marcou duas vezes.
Internacional, Taça de Campeão (Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)A festa do Internacional, campeão gaúcho
(Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)
No Rio Grande do Sul, o Internacional tomou dois sustos: o primeiro, ao ver o Caxias abrir o placar na etapa inicial; depois, ao assistir a Nei perder um pênalti no início do segundo tempo. Mas D'Alessandro entrou no intervalo e comandou a virada colorada por 2 a 1, com gols de Sandro Silva e Leandro Damião. Uma conquista que ameniza a eliminação do meio de semana na Libertadores, mas aumenta a vantagem de título estaduais sobre o rival Grêmio (41 a 36).
No Paraense, a emoção ficou por conta dos minutos finais para dar um título inédito ao Cametá Sport Club, que fez a imensa torcida do Remo chorar no Mangueirão ao empatar por 2 a 2 aos 44 minutos do segundo tempo. Precisando vencer por dois gols de diferença, o time da capital conseguiu abrir 2 a 0 na etapa final. Mas aos 40, o time que é conhecido como "Mapará" - espécie de peixe da região - empatou e ainda igualou o placar a um minuto de esgotar o tempo regulamentar. O Cametá ainda fica com a vaga para a Série D deste ano, deixando o Remo fora das competições pelo resto do ano.
A festa pelo Nordeste
Bahia, Taça de Campeão (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)Bahia com a taça de campeão baiano
(Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)
O Bahia está bem distante de ter ganho um título inédito, mas a conquista diante do arquirrival Vitória depois de um empate tenso por 3 a 3, no Pituaçu, foi comemorada da mesma forma: há dez anos o Tricolor baiano não levava o Estadual, encerrando o seu mais longo jejum de sua história. De quebra, chegou ao seu 44º troféu baiano, aumentando a distância sobre o Leão (36).
O Ceará fez a festa, mas só fora de campo. Depois de empatar por 1 a 1 com o Fortaleza, no Presidente Vargas, o Vozão levou o seu 41º título cearense e ao mesmo impediu o Tricolor de igualar o número de conquistas estaduais. Por ter feito melhor campanha na primeira fase, o Alvinegro, que havia empatado sem gols no primeiro jogo, jogou por empate em pontos e saldo de gols. Após o apito final, jogadores comemoraram com a torcida, mas logo desceram para os vestiários, sem levar a taça, nem fazer volta olímpica. Um dia antes do jogo, a diretoria alvinegra enviou carta-protesto à Federação, acusando a entidade de favorecer o Fortaleza em suas decisões administrativas.
Jogando dentro da Ilha do Retiro, o Santa Cruz deu uma de penetra e estragou a festa do aniversariante do dia. O time coral derrotou o Sport por 3 a 2 e comemorou o bicampeonato pernambucano, feito que não realizava desde o de 1986 e 87. O detalhe é que antes da derrota para o Tricolor, o Leão não havia perdido nenhum clássico no estadual.
Na Paraíba, a festa foi do Campinense, que fez a festa em casa e goleou o Sousa por 4 a 0, na quarta partida seguida que os dois times se enfrentaram (duas pela final da segunda fase e duas pelas finais). Foi o 18º título estadual da Raposa, que se distancia do rival Treze (15) e tenta chegar perto do Botafogo-PB (25), que não vence desde 2003.
Emoção nos pênaltis
Jogadores do Coritiba levantam a taça de campeão paranaense (Foto: Gabriel Hamilko/Globoesporte.com)Tcheco comanda a festa de campeão do Coxa
(Foto: Gabriel Hamilko/Globoesporte.com)
A decisão no Paranaense foi a mais disputada. Depois de um empate por 2 a 2 na semana passada, na Vila Capanema, e de um 0 a 0 neste domingo, no Couto Preira, os dois times, que venceram um turno cada, tiveram que disputar a taça nas cobranças de penalidados. Guerrón foi o vilão da famosa "loteria dos pênaltis" e bateu fraco para a defesa do goleiro Vanderlei. O Coxa acertou todas e venceu por 5 a 4, garantindo a 36ª conquista contra 22 do rival rubro-negro. Mas os dois times ainda brigam para se reencontrar na Copa do Brasil: se vencerem seus adversários pelo caminho, ambos podem fazer uma inédita final paranaense por uma vaga na Libertadores.
O maior campeão de Goiás voltou a comemorar neste domingo. O Verdão desta vez desbancou o Atlético-GO, que nos últimos anos tomou o lugar do estado dentro da elite do futebol brasileiro. Com o empate por 1 a 1 (primeiro jogo foi 2 a 2), o time esmeraldino comemorou o seu 23º título. O Vila Nova tem 15, contra 14 do Goiânia e 12 do Dragão.
Em Santa Catarina a festa não foi do time que venceu os dois turnos. Apesar de o Figueirense ter conseguido a façanha, o regulamento exigia semifinais e finais. O Avaí, um dos três times classificados pelo índice técnico, venceu os dois jogos da decisão e foi o campeão de 2012.  Após vencer na Ressacada por 3 a 0, voltou a ganhar no Orlando Scarpelli por 2 a 1, neste domingo, e chegou ao 16º título estadual, voltando a ultrapassar o rival em número de conquistas - o Figueira segue com 15.
Mais campeões vêm aí
A próxima semana promete mais campeões estaduais. O Tocantinense pode acabar nesta terça: se o Gurupi, vencedor do turno, confirmar o segundo, leva o título antecipadamente. O Tocantinópolis, que perdeu o primeiro jogo por 3 a 2, faz o jogo de volta em casa e precisa vencer o returno para forçar mais dois jogos.
Nesta segunda, dois jogos decidem os finalistas do segundo turno do Maranhense: Sampaio Corrêa x Viana e São José-MA e Cordino. Os classificados decidem quem enfrenta o Maranhão, campeão do turno.
No próximo sábado, Ceilândia e Luziânia se enfrentam mais uma vez para decidir o campeão do Distrito Federal. No jogo de ida, fora de casa, o Ceilândia venceu por 1 a 0. Domingo que vem, sai o campeão sergipano: Itabaiana e Confiança começam a decisão nesta quarta.
No Amazonense, o Fast derrotou o Iranduba por 2 a 0, no sábado, no primeiro jogo da decisão do segundo turno. Eles voltam a se enfrentar na quarta, e quem se classificar pega o Nacional-AM na decisão.

Coritiba muda 'Eu Quero Tchu' para 'Dança do Chororô' e ironiza Furacão

Jogadores não perdem a chance de criticar as reclamações do Atlético-PR em relação à arbitragem das finais

Por Gabriel Hamilko Curitiba
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Após a suada conquista do tricampeonato, nos pênaltis, os atletas do Coritiba acabaram extravasando a semana de polêmicas antes do Atletiba da final, com uma ironia sobre o Atlético-PR.
Regido pelo capitão Tcheco, eles fizeram a "Dança do Chororô" em alusão às reclamações e a suposta tentativa de intimidar o árbitro, que foram promovidas pela diretoria do clube Rubro-Negro. No pódio e na frente das arquibancadas da torcida coxa-branca, a maioria dos atletas apresentou a "Dança do Chororô".
A música foi foi uma adaptação do hit sertanejo que faz sucesso nas paradas nacionais, "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha", da dupla João Lucas e Marcelo. Eles mudaram a coreografia popularizada por Neymar e montaram uma própria, simulando o choro dos rivais (veja no vídeo ao lado).
Tcheco explicou a origem da dança e aproveitou para desabafar contra a diretoria do Atlético-PR, que por várias vezes criticou a organização do Campeonato Paranaense, além de colocar sob suspeita a arbitragem. Além disso, aproveitou para dar uma leve cutucada em seu desafeto, o presidente rubro-negro, Mário Celso Petraglia.
- Foi a dança do chororô. Acho que eles precisam valorizar um pouquinho o trabalho, assim como eles também trabalham. Não dá para desvalorizar o trabalho nunca - disse durante a comemoração do título.
Jogadores do Coritiba fazem a "dança do chororô" (Foto: reprodução RPCTV)Jogadores do Coritiba fazem a "Dança do Chororô" para o Atlético-PR (Foto: reprodução RPCTV)

Santa Cruz estraga aniversário do Sport e comemora bicampeonato

Tricolor vence o Rubro-Negro por 3 a 2 na Ilha do Retiro no dia em que o rival completou 107 anos de existência

Por Franco Benites Recife
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Imagine preparar uma bonita festa, abrir o salão, receber os convidados e ver um penetra estragar tudo. Isso foi o que ocorreu ao Sport neste domingo na Ilha do Retiro. Aniversariante do dia, precisando apenas de um empate para se sagrar campeão pernambucano, o Rubro-Negro perdeu do Santa Cruz por 3 a 2 e viu a torcida coral, em menor número no estádio, sair comemorando o bicampeonato - feito que não conquistava há 25 anos. O detalhe é que antes da derrota para o Tricolor, o Leão não havia perdido nenhum clássico no estadual.
Os dois primeiros gols saíram com um minuto de diferença. Aos 12, o atacante Branquinho abriu o placar para o Santa Cruz em um lance no qual os donos da casa reclamaram impedimento. Aos 13, foi a vez do lateral Moacir empatar.

Ainda na etapa inicial, Dênis Marques desempatou e assumiu a artilharia do Pernambucano. Aos 29 minutos do segundo tempo, quis o destino que Luciano Henrique, ex-jogador do Sport, marcasse o terceiro. Aos 36 minutos, Edcarlos diminiu para o Leão e encheu os torcedores rubro-negros de esperança, mas os 107 anos do clube ficarão mesmo marcados pela perda do título. No fim da partida, o canto de parabéns ecoou, de forma irônica, pela Ilha do Retiro.
Antes da partida começar, o técnico Zé Teodoro, do Santa Cruz, chegou a divulgar uma escalação fictícia na tentativa de driblar o técnico Mazola Júnior, do Sport. Outro fator que chamou a atenção foi um bandeirão erguido pela torcida rubro-negra para lembrar o Dia das Mães: "Mãe do juiz, você também merece um feliz Dia das Mães". A partida teve arbitragem de Sandro Meira Ricci, que este ano passou a fazer parte da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), e um público de 31.998 espectadores.
Com o fim do Pernambucano, Sport e Santa Cruz voltam suas atenções para a Série A e Série C, respectivamente. O Leão estreará na elite do futebol nacional contra o Flamengo, no próximo sábado, às 18h30, na Ilha do Retiro. O primeiro jogo do Tricolor na Terceira Divisão será contra o Guarany de Sobral, no dia 27, no Arruda, às 16h.
Sport x Santa Cruz - Moacir (Foto: Aldo Carneiro)Moacir foi autor do gol do Sport na final do Pernambucano (Foto: Aldo Carneiro)
Começo de jogo com gols lá e cá

A final começou com dez minutos de atraso. O técnico Zé Teodoro surpreendeu, deixou o meio-campo Luciano Henrique no banco, transferiu o volante Memo para a lateral direita e escalou Branquinho no ataque para dar uma formação mais ofensiva ao Tricolor. Mas o primeiro lance de perigo foi do rubro-negro. Com menos de um minuto, Jhemy recebeu um belo passe de Jael e, na hora do arremate, chutou por cima da meta do goleiro Tiago Cardoso.
Sport x Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro)Jogadores do Santa Cruz tiveram o que comemorar
na Ilha do Retiro (Foto: Aldo Carneiro)
O Santa Cruz mostrou que não iria se intimidar na Ilha do Retiro e respondeu no minuto seguinte. Chicão recebeu a bola de Branquinho e chutou para a defesa de Magrão, que mandou a bola para escanteio. Depois desse lance, as equipes se alternaram no ataque, exigindo atenção da defesa adversária num verdadeiro lá e cá. Aos nove minutos, os donos da casa tiveram outra chance clara para abrir o placar. Marcelinho Paraíba cobrou escanteio e o zagueiro Edcarlos, com o gol escancarado, errou o cabeceio.

O primeiro gol saiu dos pés de Branquinho, que, apesar de estar com a camisa 2, estava no ataque. Aos 12, o jogador recebeu um lançamento de Flávio Caça-Rato e meteu a bola por debaixo das pernas do goleiro Magrão. Antes que a torcida do Santa Cruz tivesse tempo de terminar de comemorar a abertura do placar, o camisa 2 do Sport, Moacir, decretou o empate aos 13 contando com a colaboração do goleiro Tiago Cardoso. O camisa 1 do Tricolor "bateu roupa" e voltou a colocar os donos da casa em vantagem na briga pelo título.
Sport x Santa Cruz - Bruno Aguiar x Dênis Marques (Foto: Aldo Carneiro)Dênis Marques assumiu artilharia do Pernambucano (Foto: Aldo Carneiro)
Dênis Marques marca primeiro gol em clássicos

Depois do empate, o Sport começou a viver um melhor momento em campo e passou a chegar ao ataque com mais liberdade. Aos 19, Jheimy arriscou de longe e quase virou o placar para o Rubro-Negro. Aos 21, foi a vez do volante Rivaldo chutar de fora da área. A bola desviou no volante tricolor Anderson Pedra e quase encobriu o goleiro Tiago Cardoso, que conseguiu salvar o Santa Cruz do gol de desempate.
Torcida do Sport faz 'homenagem' para as mães dos árbitros (Foto: Elton de Castro / GloboEsporte.com)Com bom humor, torcida do Sport faz homenagem
ao Dia das Mães (Foto: Elton de Castro)
Dos 25 aos 35, o ritmo do jogo diminuiu com o Sport ligeiramente mais ofensivo. O Leão poderia até ter virado o jogo se não fosse a intervenção de Tiago Cardoso. Aos 33, o goleiro foi buscar no canto uma bola chutada em Marcelinho Paraíba em cobrança de falta. As tentativas de gol do Santa Cruz ocorreram com Dênis Marques e Renatinho, mas sem muito perigo para o goleiro Magrão.

Aos 38, o zagueiro Bruno Aguiar pediu para ser substituído, o técnico Mazola Júnior colocou Montoya e manteve o esquema com três zagueiros. A mudança, no entanto, foi nociva para o Sport. Aos 39, Dênis Marques ficou livre na intermediária e chutou no canto esquerdo de Magrão para recolocar o Santa Cruz à frente do placar. Esse foi o primeiro gol do atacantes em clássicos no Pernambucano. Antes que Sandro Meira Ricci terminasse o primeiro tempo, o Leão ainda tentou o empate com Marcelinho Paraíba em bolas paradas sem sucesso.

Sport carimba a trave

O Sport voltou do intervalo com mudanças tática e de jogadores. Mazola Júnior sacou o atacante Jheimy e colocou Marquinhos Gabriel, que foi para a ala esquerda. Dessa forma, o Leão passou a jogar com Jael e Marcelinho Paraíba no setor ofensivo. E foi Marcelinho o responsável pelo primeiro chute a gol dos donos da casa. Aos dois minutos, cobrou falta com perigo e quase surpreendeu o goleiro Tiago Cardoso.

Aos cinco minutos, o perigo saiu dos pés do lateral Moacir. De fora da área, ele arriscou e carimbou a trave. Um minuto depois foi a vez de Marquinhos Gabriel quase acertar o ângulo do goleiro Tiago Cardoso. A resposta do Santa Cruz só veio aos oito minutos com Flávio Caça-Rato, que recebeu a bola pela esquerda, dominou e errou o chute.

Para tentar frear o ímpeto do Sport, Zé Teodoro tirou Natan e colocou o meio-campo Luciano Henrique aos oito minutos. Aos 15, foi a vez de o treinador reforçar o sistema de marcação ao sacar o atacante Branquinho e promover a entrada do volante Sandro Manoel. Por sua vez, o Leão seguiu com uma postura ofensiva na tentativa de encontrar o gol de empate.
Sport x Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro)Santa Cruz passou sufoco no final do jogo, mas saiu de campo com o título de bicampeão
(Foto: Aldo Carneiro)
Gols botam fogo no jogo

Com as mudanças, o Santa Cruz abdicou do ataque e passou a atuar de forma mais fechada. Mazola Júnior sentiu que o Sport poderia crescer e sacou o zagueiro Montoya para a entrada do atacante Ruan. O Tricolor gastou a última substituição com a saída do volante Anderson Pedra para a entrada do zagueiro Leandro Souza.

Mesmo com três atacantes em campo, o Sport não conseguiu furar a defesa do Santa Cruz e ainda sofreu o terceiro gol, aos 29. Luciano Henrique, campeão da Copa do Brasil em 2008 pelo Rubro-Negro, ampliou a vantagem do Tricolor. Quando a torcida do Leão já se preparava para deixar o estádio, Edcarlos diminiu e encheu de esperanças a Ilha do Retiro. O jogo ainda teve a expulsão de Mazola Júnior e do atacante tricolor Carlinhos Bala, que estava no banco.

Se o clima estava quente à beira do gramado, não foi diferente em campo. Animado com o segundo gol, o Sport se lançou ao ataque e deu trabalho ao goleiro Tiago Cardoso, que se redimiu da falha no primeiro gol rubro-negro com belas defesas. Renatinho ainda teve a chance de ampliar para o Santa Cruz aos 47, mas errou o chute. O Leão seguiu com sua blitz até o apito final, mas sem sucesso. Festa tricolor na Ilha!

Em jogo com seis gols, Bahia quebra jejum e volta a conquistar o Baiano

Tricolor empatou em 3 a 3 com o Vitória, em Pituaçu, e se tornou campeão baiano. O Bahia não conquistava um título desde 2002

Por Raphael Carneiro Salvador
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O azul, vermelho e branco volta a reinar na Bahia. O campeão está de volta. Após o mais longo jejum de sua história, o Bahia voltou a soltar o grito de campeão. E do jeito que o torcedor tricolor sempre viu, mas nunca se acostumou. Em um jogo com seis gols, onde o Bahia ficou atrás do placar por duas vezes, o Esquadrão encerrou o jejum de dez anos sem conquistar um título e aumentou a hegemonia sobre o rival para 18 conquistas. São 44 títulos tricolores e 26 rubro-negros.
Um título com sabor de presente de grego. Neste domingo, o Vitória completa 113 anos de existência. E com um toque de coincidência. A última vez que o Bahia levantou uma taça foi no dia 12 de maio de 2002, no Campeonato do Nordeste. Há exatos dez anos, em um dia das mães e na véspera do aniversario do rival. O adversário também foi o Vitória.
Uma conquista que serviu para coroar o melhor Campeonato Baiano do Bahia nos últimos anos. Após o começo oscilante com Joel Santana, o Tricolor embalou com a chegada de Paulo Roberto Falcão. Tanto é que depois de 18 anos depois a equipe foi para a decisão com a vantagem. Melhor campanha da primeira fase, fez nove pontos a mais que o maior rival e termina a competição com o melhor ataque do Baiano.
Com o fim do Baiano, Bahia e Vitória se preparam para o Brasileiro. Mas antes da estreia nas Séries A e B, respectivamente, as equipes têm os primeiros duelos pelas quartas de final da Copa do Brasil. Na quarta-feira o Rubro-Negro enfrenta o Coritiba. No dia seguinte será o dia de o Tricolor jogar contra o Grêmio. Os dois jogos serão em Salvador.
Virada e gosto de clássico
O primeiro tempo começou com a taça nas mãos do Bahia. Com o 0 a 0 no primeiro jogo, o Tricolor dependia apenas de um novo empate para ser campeão. Por isso, o Vitória tratou de tomar a iniciativa em campo. Com o meio formado com três volantes, o time de Paulo Roberto Falcão teve dificuldade na saída de bola e foi surpreendido pelo rival.
Neto Baiano, Bahia x Vitória (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)Rafael Donato tentou, mas não conseguiu parar Neto Baiano (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)
A formação ofensiva de Ricardo Silva e a aposta nos cruzamentos de Romário, pela lateral direita, surtiram efeito imediado. Logo aos quatro minutos, o lateral levantou a bola na área e Neto Baiano nem precisou de muito esforço para abrir o placar. Vigésimo sexto gol dele no Campeonato Baiano e a taça a caminho da Toca do Leão.
A parte rubro-negra de Pituaçu ainda fazia festa quando Gabriel levantou a bola na área. Ela passou por todo mundo e encontro Fahel livre para dominar e chutar forte no canto direito do goleiro Douglas. Empate em campo e tranquilidade para o Bahia.
Além de ter sofrido o gol de empate, o Vitória levou outro baque logo em seguida. Principal arma ofensiva da equipe, Romário se machucou em uma disputa com Lulinha e deixou o gramado. Como Léo havia sido vetado para a partida, Ricardo Silva teve que improvisar o zagueiro Gabriel Paulista na posição.
Aí o domínio passou a ser tricolor. Em apenas três minutos, Lulinha teve duas oportunidades de virar o placar. Na primeira, completou de letra um cruzamento de Fahel e viu Douglas fazer uma defesa espetacular. Na segunda, avançou sozinho em direção ao goleiro, mas se atrapalhou e mandou a bola para fora.
Quando o jogo se caminhava para o empate no primeiro tempo, falha geral na zaga do Vitória. Gabriel cobrou uma falta da intermediária, Douglas falhou na saída e a bola entrou sem tocar em ninguém. Gol que aflorou os ânimos dentro de campo. Os jogadores do Vitória cercaram o árbitro para reclamar de falta no lance.
A reclamação gerou intenso bate-boca entre os jogadores nos minutos finais do primeiro tempo. Na saída para o intervalo, Neto Baiano e Uelliton se desentenderam com Danny Morais, mas a turma do deixa disso conseguiu evitar que o espetáculo de dentro de campo fosse manchado pela briga fora dele.
Emoção e título tricolor
Na volta para o segundo tempo, Ricardo Silva tirou Marquinhos de campo e colocou Dinei para formar dupla de ataque com Neto Baiano. Mas quem assustou mesmo foi o Bahia. Em boa jogada de Madson pela direita, Souza ficou com a sobra e bateu colocado. A bola, caprichosamente, encontrou a trave de Douglas.
O susto inicial fez com que o Vitória partisse para cima em busca do gol de empate. O que não demorou para acontecer. Em cobrança de escanteio, Diones fez falta dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Neto Baiano fez o 27º dele no Baiano, se igualou a Cláudio Adão e recolocou o Vitória na partida.
Logo depois do gol de empate do Vitória, Douglas se redimiu da falha no segundo gol tricolor. Titi cabeceou com perigo e o goleiro rubro-negro salvou em cima da linha. No contra-ataque, Dinei aproveitou cruzamento de Neto Baiano e virou o placar mais uma vez. Festa da parte vermelha e preta de Pituaçu.
Bahia, Taça de Campeão (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)O capitão Titi levantou a taça com o formato do Elevador Lacerda (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)
Com o Vitória novamente na frente do placar e a taça a caminho da Toca do Leão, o Bahia teve que voltar a atacar com mais força. E chegou ao empate em um lance bem comum do tricolor. Gabriel levantou a bola na área, Douglas não segurou a cabeçada e Diones mandou para o fundo das redes.
Com o gol, o Bahia voltou a controlar a partida, foi em busca do quarto gol e o clima voltou a esquentar. Pela segunda vez consecutiva, o técnico Falcão abusou das reclamações, foi expulso e teve que acompanhar os últimos minutos da entrada do vestiário.
De lá ele viu Souza desperdiçar duas boas chances de colocar o Bahia na frente do placar mais uma vez. Viu também Marcelo Lomba salvar o Tricolor por duas vezes em apenas um minuto. Lamentou quando Uelliton chutou a bola na barriga de Vander, os dois se desentenderam e foram expulsos. Respirou aliviado quando Pedro Ken recebeu um cruzamento sozinho dentro da área e mandou longe do gol de Marcelo Lomba. Ficou irritado quando Souza foi expulso por ter dado um tapa no rosto de Gabriel e comemorou como nunca quando o árbitro Wilson Seneme apitou o fim da partida. Após longos e angustiantes dez ano, o torcedor do Bahia pôde soltar o grito engasgado de campeão. E a Bahia voltou a ser tricolor.

Brasil supera espera de seis meses, vence Peru e se garante em Londres

Seleção não toma conhecimento das rivais e é campeã do Pré-Olímpico

Por João Gabriel Rodrigues Direto de São Carlos, SP
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Quando a queda veio, no Japão, o medo chegou na sequência. Campeãs olímpicas, não passava pela cabeça das brasileiras ficar fora dos Jogos de Londres. A segunda chance viria seis meses depois, em casa. E nem foi tão difícil assim. Em um Pré-Olímpico Sul-Americano enfraquecido tecnicamente, o Brasil sobrou. Nem mesmo o Peru, apontado como único rival que poderia dar trabalho, ousou atrapalhar. Em uma final tranquila em São Carlos, a equipe de José Roberto Guimarães venceu por 3 sets a 0 (25/12, 25/16 e 25/9), ficou com o título e garantiu seu lugar nas Olimpíadas.
Com o resultado, o Brasil aumentou seu número de atletas confirmados em Londres: passou de 199 para 211. O Peru ainda terá uma última chance de ir aos Jogos. Como o Quênia desistiu de participar do Pré-Olímpico Mundial por falta de condições financeiras, as peruanas herdaram a vaga e brigará ao lado de potências como Rússia, Sérvia e Cuba, em Tóquio, a partir do dia 19 de maio.
Vôlei brasil peru (Foto: Celio Messias / VIpcomm)Seleção comemora ponto contra as peruanas (Foto: Celio Messias / VIpcomm)
A comemoração, mais uma vez, foi ao som de sertanejo. Ainda em quadra, todas as jogadoras festejaram a vaga dançando "Tchu, Tcha, Tcha".
Antes de o Brasil entrar em quadra, a Venezuela teve trabalho para vencer a disputa por terceiro lugar. Depois de sair atrás no placar, conseguiu a virada em 3 sets a 2, parciais 18/25, 25/20, 20/25, 26/24 e 15/13.
- Eu fiquei muito feliz. Nós sabíamos que não seria fácil. Mas ganhar essa vaga dentro de casa é importante - disse Fernanda Garay, principal pontuadora da partida, com 15 pontos.
O próximo compromisso do Brasil é no Grand Prix. A seleção, que está no grupo D, estreia contra a Itália, no dia 8 de junho, em Lotz, na Polônia.
O jogo
Após erro de recepção das peruanas, Adenízia só precisou empurrar para o chão para marcar o primeiro ponto da partida. As rivais mostravam qualidade pelas pontas e chegaram a ficar em vantagem (3/2). À beira da quadra, Zé Roberto reclamava das constantes falhas de defesa de sua equipe. Thaísa resolveu no braço e, em duas pancadas, fez 6/4 para a seleção. Só que o Peru, ao contrário dos rivais anteriores, era um time mais ousado. Em um bloqueio de Diana Soto, voltou a ter a vantagem: 9/8.
Mas, no ritmo de Fernanda Garay e Sheilla, o Brasil cresceu. E logo a seleção abriu sete pontos de vantagem no placar (17/10). A partir daí, ficou fácil. As peruanas se perderam e passaram a errar quase tudo o que tentavam. Como no último ponto, quando Daniela Uribe mandou seu ataque para fora: 25/12 para as brasileiras, em 22 minutos.
Vôlei fernanda garay brasil peru (Foto: Celio Messias / VIpcomm)Fernanda Garay comemora ponto: uma das
melhores em quadra (Celio Messias / VIpcomm)
No bloqueio de Adenízia e Jaqueline, o Brasil abriu o segundo set em vantagem. Com o mesmo ritmo do fim da parcial anterior, logo fez 7/0 com extrema facilidade. O bloqueio, que cometeu falhas no primeiro set, passou a funcionar. Assim como os ataques pelas pontas. Em 15 minutos, o Brasil já estava onze pontos à frente.
As peruanas tentaram a reação. E, ao marcarem quatro pontos em sequência, as visitantes animaram sua pequena torcida no ginásio, que cantava "Sí, se puede". Só que nada disso foi suficiente para desconcentrar as brasileiras. Mesmo com o melhor momento das rivais, as donas da casa fecharam o segundo set em 25/16, em saque para fora de Daniela Uribe.
Foi depois de um erro da mesma Daniela Uribe que o Brasil largou na frente na última parcial. Mas as peruanas mantiveram o ritmo da pequena reação do set anterior e chegaram a ficar à frente no placar: 6/5. As donas da casa se recuperaram e foram para o primeiro tempo técnico em vantagem (8/6).
As peruanas se esforçavam, mas as brasileiras não permitiam o erro. Já aos gritos de "É campeão!", o Brasil abriu 24/9. Uma das melhores jogadoras em quadra, Fernanda Garay mandou uma pancada no bloqueio rival e torceu. Quando a bola caiu do lado de fora da quadra, a comemoração: a vaga em Londres, enfim, estava garantida.

CR7 marca um, Real vence e alcança pontuação centenária na Espanha

Merengues quebram recorde do Barça na temporada 2009/2010. Málaga se garante na Champions. Gijón, Racing e Villarreal de Nilmar são rebaixados

Por GLOBOESPORTE.COM Madri
Após garantir o título do Campeonato Espanhol com duas rodadas de antecedência, o Real Madrid traçou mais um objetivo na competição: atingir 100 pontos na tabela final de classificação. E neste domingo, no Santiago Bernabéu, em jogo válido pela última rodada, os comandados de José Mourinho golearam o Mallorca por 4 a 1, conquistaram a meta traçada pela comissão técnica e se tornaram a primeira equipe a atingir tal feito em competições nacionais na Europa com 20 clubes. Os gols foram marcados por Cristiano Ronaldo, Benzema e Özil (2). Castro descontou para os visitantes.
Com o empate do Barcelona por 2 a 2 com o Bétis, no último sábado, o Real Madrid encerrou o campeonato com nove pontos de vantagem para o rival. Por outro lado, na briga pela artilharia da competição, o astro culé Lionel Messi levou a melhor sobre Cristiano Ronaldo. O argentino marcou 50 gols contra 46 do português.
cristiano ronaldo real madrid comemora título espanhol santiago bernabéu (Foto: Agência Reuters)Cristiano Ronaldo ergue o troféu de campeão espanhol (Foto: Agência Reuters)
Mesmo sem ter ficado com a artilharia, Cristiano Ronaldo quebrou mais um recorde na Espanha. Com o tento sobre o Mallorca, CR7 alcançou o feito de ter marcado gols em todas as equipes que participaram da Série A na temporada 2011/2012.
E foi justamente CR7 quem abriu o marcador para o Real Madrid. Aos 19, Marcelo cruzou da esquerda e o português subiu mais do que os defensores para abrir o marcador. Quatro minutos depois, Benzema recebeu ótimo passe de Higuaín e fez 2 a 0. Com o resultado, a festa tomou conta das arquibancadas do Santiago Bernabéu.
cristiano ronaldo real madrid corredor mallorca torcida (Foto: Agência Reuters)Torcida do Real faz belo mosaico antes da entrada
do time no gramado (Foto: Agência Reuters)
A presença do público no estádio também foi um capítulo à parte na despedida do Real da competição. Além do belo mosaico durante a entrada dos jogadores merengues em campo, os torcedores atenderam aos pedidos de comparecer ao estádio com a camisa branca, o uniforme número um do time da capital.
Na volta para o segundo tempo, o Real não diminuiu o ritmo e logo aos quatro, Özil fez o terceiro. Três minutos depois, Castro diminuiu para o Mallorca. Nada que deixasse os merengues preocupados. Não demorou para o time de Mourinho balançar a rede mais uma vez. Aos 13, o alemão fez o seu segundo tento e decretou a goleada: 4 a 1.
A partir daí, o Real Madrid passou a desperdiçar várias oportunidades de ampliar a goleada. Özil, CR7, Benzema... Todos perderam chances de aumentar ainda mais o placar a favor dos merengues. Nada que atrapalhasse a festa no Santiago Bernabéu. No fim do duelo, os jogadores merengues finalmente tiveram a oportunidade de erguer o troféu de campeão espanhol.
casillas real madrid ergue a taça de campeão espanhol (Foto: Agência Reuters)Casillas ergue o troféu de campeão espanhol no Santiago Bernabéu (Foto: Agência Reuters)
jogadores real madrid comemora título espanhol santiago bernabéu (Foto: Agência Reuters)Balão com o número de títulos espanhóis do Real Madrid celebra conquista após partida deste domingo, contra o Mallorca, no Santiago Bernabéu (Foto: Agência Reuters)
"Novo milionário" na Champions: Málaga vence e garante vaga
Demichelis malaga gol sporting gijon (Foto: Agência Reuters)Demichelis comemora o gol marcado por Rondon
no duelo deste domingo (Foto: Agência Reuters)
O Málaga teve êxito em sua segunda temporada com o investimento pesado do xeque Abdullah Al Thani. Se no ano passado o time teve um desempenho apenas razoável, agora o panorama foi outro. A equipe venceu o Gijón, garantiu a quarta colocação na competição e ficou com uma vaga na fase de classificação da Liga dos Campeões.
Neste domingo, o Málaga bateu os rivais por 1 a 0, com um gol de Rondon. O brasileiro Julio Baptista, que não participou da partida, faz parte do elenco da equipe.
No fim da partida, o Málaga ainda teve um jogador expulso. Isco, uma das principais revelações do futebol espanhol, levou o segundo cartão amarelo e deixou o fim da partida dramático. Após o apito final, festa da torcida no Estádio La Rosaleda.
Além de Málaga, Barcelona e Real Madrid, o Valencia do brasileiro Jonas também se garantiu na competição continental. A equipe jogou no último sábado e perdeu para a Real Sociedad por 2 a 0, em partida disputada no Estádio de Anoeta.
O Levante e o Atlético de Madri garantiram vaga na Liga Europa. A equipe da capital é a atual campeã da competição. Na última quarta-feira, o time bateu o Athletic Bilbao por 3 a 0, com gols de Falcao Garcia (2) e Diego, e garantiu a conquista do torneio.
Rebaixados: Gijón, Racing e Villarreal caem para a Série B
Antes mesmo da última rodada, o Racing Santander já estava rebaixado, com 28 pontos. Os outros times que caíram para a Segundona selaram os destinos neste domingo. O Gijón perdeu para o Málaga por 1 a 0, e o Villarreal para o Atlético de Madri, também por 1 a 0.
O Villarreal conta com os brasileiros Marcos Senna e Nilmar e com o italiano Giussepe Rossi. Com a queda para a Série B, os três dificilmente seguirão no clube na próxima temporada.
marco ruben villarreal desolado rebaixamento (Foto: Agência AFP)Consolado por um jogador do Atlético de Madri, Ruben chora a queda do Villarreal (Foto: Agência AFP)

Entre amor e ódio, jogadores esperam apoio da torcida contra Corinthians

Após vaias no primeiro jogo das oitavas, contra o Lanús, Thiago Feltri e Renato Silva acreditam no apoio dos vascaínos na quarta-feira: 'Eles vão vir em peso'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
thiago feltri vasco coletiva (Foto: Gabriel Fricke / Globoesporte.com)Thiago Feltri espera apoio total da torcida na quarta
(Foto: Gabriel Fricke / Globoesporte.com)
"A linha tênue entre amor e ódio". A expressão define bem o sentimento da torcida vascaína em relação ao atual grupo e ao treinador Cristóvão Borges. No primeiro jogo contra o Lanús, pelas oitavas, em São Januário, apenas 9 mil pagantes compareceram e muitas vaias foram ouvidas. No treinamento do time neste sábado visando ao duelo diante do Corinthians, um indicativo de que o estádio estará cheio: muitas famílias, crianças, gritos de apoio, autógrafos distribuídos e pedidos para tirar fotos.

Para Thiago Feltri, o time terá total apoio para sair com um resultado positivo e garantir mais tranquilidade para a partida de volta, em São Paulo.

- A gente espera que venham e apoiem o tempo todo. Precisamos da torcida para que possamos nos motivar para sair com a vitória. É importantíssimo eles nos ajudarem para termos um bom resultado e ficarmos mais tranquilos no outro jogo - comentou o lateral.

Renato Silva afirmou que a relação entre time, torcida e treinador é positiva. Para ele, os vascaínos deverão lotar São Januário para empurrar a equipe diante do Timão.

- Acho que não há, nem vai haver nenhum problema com a torcida. Eles vão vir para cá em peso para nos apoiar sempre - concluiu.

O jogo de ida das quartas de final da Libertadores contra o time paulista acontece na quarta, às 22h (de Brasília).

Com William em quadra, Vasco vence a etapa de Macaé da Liga Nacional

Na 2ª etapa, Time da Colina superou o favorito América, de Felipe Adão, por 2 sets a 1. No feminino, clube carioca perdeu para o Corinthians na final

Por SporTV.com Macaé, RJ
Presente nas decisões masculina e feminina, o Vasco da Gama saiu da Praia dos Cavaleiros, em Macaé, com um título e um vice-campeonato. Na disputa da 2ª etapa da Liga Nacional de Futevôlei, o clube cruzmaltino, representado, pelo ex-jogador William/Guigui/Papel e Natalia/Bianca, foi campeão sobre o América, de Felipe Adão, no masculino e segundo colocado no feminino, após derrota para o Corinthians.
O Vasco teve que suar muito para bater o atual campeão da LNF, Felipe Adão, e seus parceiros. O Cruzmaltino fez um jogo acirrado contra o favorito América. Após uma vitória para cada lado nos dois primeiros sets (18-16 para o Vasco e 18-15 para o Mequinha), o Time da Colina conseguiu se impor no último set. Abrindo cinco pontos de vantagem no meio da disputa, a parceria de William, Guigui e Papel derrotou Felipe Adão/Pará/Tapioca por 15 a 9 e conquistou a competição.
Nas semifinais, o América passou pelo Flamengo, de Aldair, por 2 a 0 (18-13, 18-11). O Vasco eliminou o Fluminense por 2 a 1 (16-18, 18-14 e 15-8).
 Vasco é vice no feminino
Natalia e Bianca, do Vasco, chegaram à decisão contra Lana e Patricinha, do Corinthians, com o favoritismo para conquistar o título em Macaé. Porém, depois de terem vencido todos os jogos da primeira fase, as cariocas não conseguiram continuar com o mesmo desempenho na final. Mal posicionadas em quadra, as jogadoras ficaram atrás do placar durante a maior parte do partida. A dupla tentou reagir nos momentos finais, mas em um erro da ex-tenista, o Vasco perdeu por 18 a 16 e ficou com o segundo lugar. Foi o primeiro título das representantes do clube paulista na Liga Nacional.

Chamado de 'idiota' por Schumacher, Bruno rebate: 'Nunca vai se culpar'

Brasileiro é atingido por Mercedes de Schumi no GP da Espanha. Considerado culpado por comissários, alemão perde posições no grid do GP de Mônaco

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
Em um fim de semana de opostos para os pilotos da Williams, Pastor Maldonado comemorou a pole inédita e a primeira vitória na carreira, enquanto Bruno Senna largou apenas de 17º e abandonou após ser atingido pela Mercedes de Michael Schumacher nas primeiras voltas do GP da Espanha, quinta etapa da temporada 2012 da Fórmula 1. Os dois trocaram acusações pela responsabilidade do acidente ocorrido na curva 1. Ainda no cockipit, Schumi esbravejou no rádio: “Idiota”. O brasileiro retrucou em entrevista nos boxes:
- Óbvio que ele vai me culpar pelo acidente, ele nunca vai se culpar pelo acidente. Mas eu acho que ele julgou mal a minha distância de freada. Ele estava com pneu novo, eu estava com pneu velho. E no lugar onde ele me acertou no carro, obviamente ele freou muito mais tarde e tentou cruzar para tentar passar por dentro. Mas eu tenho que frear, porque é meu ponto de freada - disse à TV Globo.
Os comissários da prova consideraram Schumacher culpado e o piloto da Mercedes foi penalizado com a perda de cinco posições no grid do GP de Mônaco, próxima etapa do  mundial.
Ao abrir a 13ª volta, Senna posicionou a Williams levemente para a direita na reta principal do Circuito da Catalunha e retornou para frear e fazer a tomada da curva. O alemão tentou cruzar para jogar por dentro e atingiu em cheio o carro de Bruno, acabando na brita. Com o pneu traseiro esquerdo furado e o aerofólio danificado, Bruno tentou voltar aos boxes, mas também abandonou metros depois. Para Schumacher, a mudança de traçado do piloto da Williams foi a razão da batida.
- Você pode ver pelo vídeo que ele move para a direita para defender a posição por dentro, mas na hora da freada ele volta para a esquerda bem na minha frente. Tentei evitar indo por dentro novamente, mas era tarde. Aconteceu por causa da freada. Muito frustrante. Estou irritado com isso - declarou.
bruno senna williams schumacher mercedes gp da Espanha batida (Foto: Agência Reuters)Bruno e Schumacher abandonaram após baterem na Espanha (Foto: Reuters)
O alemão aproveitou para relembrar um incidente com Bruno no GP do Brasil de 2011 e ainda citou o toque que o brasileiro levou de Romain Grosjean uma volta antes na prova deste domingo.
- Já tivemos uma manobra estranha dele no ano passado no Brasil e na volta anterior ele se encontrou com Grosjean, não sei exatamente o que aconteceu lá. Espero que os comissários vejam que as imagens são boas o suficiente para esclarecer a situação – bradou.
Bruno se defendeu e rebateu as acusações, jogando a culpa para o alemão. O brasileiro ressaltou que estava com os pneus mais desgastados que Schumi e disse acreditar que o piloto da Mercedes não se atentou ao fato e deixou para frear muito tarde. Sobre a leve mudança de linha, Bruno minimizou:
- Eu achei que ele ia justamente pular por dentro. Como eu estava fazendo uma estratégia diferente, eu não estava querendo atrapalhar, sempre tentando tirar um pouco de tempo do carro, mas não queria me jogar na frente. Eu tentei me mexer um pouquinho para garantir que ele não ia me bater, mas não adiantou e ele me bateu do mesmo jeito – concluiu.
A Fórmula 1 volta à pista de 24 a 27 de maio, para o GP de Mônaco, sexta prova do Mundial 2012. A tradicional etapa nas ruas do principado terá transmissão ao vivo do treino classificatório e da corrida pela TV Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM. Os treinos livres serão transmitidos pelo SporTV.

Festa de Maldonado é interrompida por explosão na garagem da Williams

Explosão em tanque de combustível provoca incêndio e correria na garagem da equipe vencedora do GP da Espanha. Mecânico é levado para hospital

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
As comemorações pela vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha deste domingo, a primeira da Williams desde 2004, foram interrompidas precocemente em razão de uma explosão seguida de incêndio na garagem da escuderia no Circuito da Catalunha.
O fogo começou quando o tanque do carro de Bruno Senna era esvaziado, procedimento padrão após GPs. O mecânico que realizava a operação sofreu queimaduras, intoxicação por fumaça e teve o braço quebrado. Ele foi levado ao centro médico do autódromo e depois transferido de helicóptero para o hospital Valle de Hebron, em Barcelona. A equipe informou que quatro funcionários precisaram receber atendimento médico e um deles foi liberado. A Force India e a Caterham também confirmaram que tiveram mecânicos atendidos por causa do incêndio. De acordo com a agência EFE, 16 pessoas ficaram feridas, sendo uma, o mecânico da Williams, em estado grave, com 30% do corpo queimado.
No momento do acidente, membros da Williams estavam reunidos na garagem da equipe comemorando o resultado na prova e o fundador e chefe da equipe, Sir Frank Williams se preparava para fazer um discurso. Houve tumulto e o dirigente foi removido rapidamente em sua cadeira de rodas. Os prejuízos ainda não foram contabilizados. As causas do incêndio estão sendo investigadas.
incêndio box equipe williams (Foto: Agência Reuters)Explosão e incêndio na garagem da Williams (Foto: Reuters)
O incêndio ocorreu 1h30 após a corrida e foi controlado em poucos minutos pelos bombeiros, que levaram quatro caminhões para o circuito. Entretanto, uma densa fumaça tomou conta do local. O pitlane foi evacuado pelos fiscais de pista e os funcionários da imprensa foram movidos para a outra ponta do paddock.
Após marcar sua primeira pole no sábado, herdada com a punição de Lewis Hamilton, o venezuelano Maldonado segurou a pressão do piloto da casa, o espanhol Fernando Alonso e conquistou sua primeira vitória na carreira. Aos 27 anos, Maldonado levou seu país pela primeira vez ao alto do pódio e conduziu a tradicional Williams de volta aos dias de glória, justamente no fim de semana em que a equipe celebrou os 70 anos de seu fundador, Sir Frank Williams. A última vitória da escuderia de Grove tinha sido há quase oito anos, por coincidência com outro sul-americano, o colombiano Juan Pablo Montoya, no GP do Brasil, em outubro de 2004.

Classificação: Mundial de Pilotos

Vettel conquista primeira vitória da temporada e assume a ponta da tabela

Por GLOBOESPORTE.COM Sakhir, Bahrein
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Classificação do Mundial de Pilotos após 4 de 20 corridas:
Posição Piloto País Equipe Pontos Vitórias
1 Sebastian Vettel ALE RBR-Renault 53 1
2 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes 49 0
3 Mark Webber AUS RBR-Renault 48 0
4 Jenson Button ING McLaren-Mercedes 43 1
5 Fernando Alonso ESP Ferrari 43 1
6 Nico Rosberg ALE Mercedes 35 1
7 Kimi Raikkonen FIN Lotus-Renault 34 0
8 Romain Grosjean FRA Lotus-Renault 23 0
9 Sergio Perez MEX Sauber-Ferrari 22 0
10 Paul di Resta ESC Force India-Mercedes 15 0
11 Bruno Senna BRA Williams 14 0
12 Kamui Kobayashi JAP Sauber-Ferrari 9 0
13 Jean-Eric Vergne FRA STR-Ferrari 4 0
14 Pastor Maldonado VEN Williams-Renault 4 0
15 Daniel Ricciardo AUS STR-Ferrari 2 0
16 Nico Hulkenberg ALE Force India-Mercedes 2 0
17 Felipe Massa BRA Ferrari 2 0
18 Michael Schumacher ALE Mercedes 2 0
19 Timo Glock ALE Marussia-Cosworth 0 0
20 Charles Pic FRA Marussia-Cosworth 0 0
21 Vitaly Petrov RUS Caterham-Renault 0 0
22 Heikki Kovalainen FIN Caterham-Renault 0 0
23 Pedro de la Rosa ESP HRT-Cosworth 0 0
24 Narain Karthikeyan IND HRT-Cosworth 0 0