domingo, 13 de maio de 2012

Feliz com novo sobrenome, Marcos fala de cigarro e bebida: ‘Pode tudo’

Aposentado, ex-goleiro do Palmeiras defende a liberdade dos jogadores, critica política do clube e torce muito por queda do Timão na Libertadores

Por Alexandre Lozetti, Leandro Canônico e Sergio Gandolphi São Paulo
20 comentários
“Hoje estou bom para dar entrevista”. Recuperando-se de uma forte gripe, Marcos, ex-goleiro do Palmeiras, anunciou que tinha coisa boa para falar logo na sua chegada à clinica São Marcos Fisioterapia e Treinamento Personalizado, em um hotel na zona norte de São Paulo. Aposentado desde janeiro, o pentacampeão está curtindo a nova vida.
Mais do que isso. Em pouco mais de quatro meses, ele se sente recompensado por tudo que fez nos 20 anos de carreira ao ouvir nas ruas: “Olha lá o Marcos do Palmeiras”. O novo sobrenome de Marcos Roberto Silveira Reis, de 38 anos, é motivo de orgulho, de voz embargada, de lágrimas nos olhos.
– É a grande conquista da minha vida. Até morrer vou ser conhecido assim – declarou o ex-goleiro, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
Ao mesmo tempo em que capricha na emoção, Marcos sabe, como poucos, ser polêmico. Assim com fazia na época de jogador, não foge de nenhum assunto. Até mesmo aqueles mais delicados, como seu vício no cigarro (ele parou recentemente) e o consumo de bebidas alcoólicas por jogadores de futebol.
– Jogador pode fazer tudo, desde que não atrapalhe seu rendimento – declarou.
No bate-papo de uma hora e meia, entre um cafezinho e outro, Marcos também criticou fortemente a atual fase do Palmeiras, em especial o cenário político do clube alviverde. Falou sobre a torcida contra o Corinthians na Libertadores e deu conselhos a Neymar, considerado por ele “apenas” o melhor do Brasil.
Depois de pouco mais de quatro meses, como está a vida de aposentado?
Ainda não senti falta do futebol. Não me bateu nenhuma depressão, até curti mais do que eu deveria. O bom é que tenho viajado, ficado mais com minha mãe, em Oriente (interior de São Paulo). Participo mais das coisas em casa, mas também não fico muito para não dar problema (risos). Levo minha filha à escola. Estou bem na vagabundagem. O legal é que tenho tempo para conversar. Antes, eu ia ao banco com pressa, porque tinha treino, entrevistas... Com mais tempo, não preciso sair na correria. Sempre me disponho a conversar, até gosto. O pessoal comenta, fala que o Palmeiras está ruim. Mas digo que comigo estaria pior.
É duro as pessoas esperarem um grande jogo e você não ter condições. Talvez se tivesse um grande time..."
Marcos
E como está seu lado torcedor? Difícil acompanhar sem poder fazer nada?
Quando perdeu para o Guarani (nas quartas de final do Paulistão), eu estava lá em Campinas e fiquei bravo. Sabia que seria difícil, ainda mais por jogar fora, mas quando perde, você desanima. Só que no dia seguinte já estava com a cabeça em pé. Quando você está em campo é mais fácil, apesar que quando tentei ajudar muito até atrapalhei tentando ir para área fazer gol. Fora de campo fica com as mãos atadas. Mas procuro sempre incentivar e colocar o pessoal para cima. Em casa, sou mais tranquilo. Torço na hora que sai gol, mas não grito na janela. Tento disfarçar porque os caras (torcedores dos rivais) soltam rojão em cima da minha casa. Mas no ano passado, depois que o Vasco ganhou do Fluminense (no Brasileirão) e tirou o título do Corinthians por uma semana, eu coloquei uma bandeira na minha janela.
Você já pensou em voltar a jogar futebol?
Não. A minha exigência no Palmeiras é muito grande. Sempre o pessoal esperou muito de mim. Sou ídolo, campeão do mundo, então sempre se espera muito de um jogador assim. Consegui suportar essa carga nos últimos anos com muito sacrifício. É duro as pessoas esperarem um grande jogo e você não ter condições. Talvez se tivesse um time...
Ex- coleiro Marcos do Palmeira (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Marcos posa em frente a mural que estampa sua academia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Por que você resolveu parar?
Eu sempre sobrecarregava alguns jogadores e meu joelho esquerdo não deixava mais eu ter algumas atuações como antes. Chegou um momento que deu para mim. Se meu joelho deixasse eu jogar a 70%, eu continuaria, mas tiveram alguns jogos no ano passado que eu estava a 30%. Contra o Flamengo, por exemplo, eu precisei atravessar o campo antes de começar a partida e meu joelho travou.
Goleiro não dá para roubar. Atacante ainda consegue jogar um tempo a mais, enganar dois ou três anos. Mas goleiro, não"
Marcos
E como foi sua preparação psicológica para se aposentar?
O ano passado foi importante para eu preparar o psicológico. Goleiro não dá para roubar. Atacante ainda consegue jogar um tempo a mais, enganar dois ou três anos. Mas goleiro, não. Você joga contra caras novos, velozes e precisa treinar muito. Se atuar mal treinado, enxergam de longe. E outra: eu colocava a camisa e a barriga já começava a aparecer. Só não avisei no fim do ano que ia parar porque não me deixariam em paz nas minhas férias.
Você sentiu que os rivais não lhe respeitavam mais?
Os adversários respeitavam, sim. Era difícil chutarem de longe, mas eu estava sem mobilidade do lado esquerdo. Ele ficou totalmente comprometido. Meu joelho direito não tem problema nenhum, nem o punho, mas o esquerdo é complicado. Da maneira como o futebol está hoje, não dá para jogar.
Então dá para dizer que o respeito dos rivais lhe ajudou a atuar mais?
Até 2010, eu joguei em alto nível, mas no ano passado eu já estava mal. Em 2010, na trombada com o Farías (então no Cruzeiro), arrebentei meu joelho. Eu estava bem naquela partida, mas depois da trombada meu joelho nunca mais ficou bom. Em 2011, até fiz bons jogos. Mas não foi suficiente. Nos lugares quentes, eu tinha mais facilidade. Mas no frio, o sofrimento era dobrado.
Por mais que fosse esperada, a sua aposentadoria foi uma surpresa pela maneira como foi anunciada. Você tem noção da sua importância?
Depois que parei, notei o que significava. Foram várias homenagens de encher os olhos de lágrimas. Quando você para, perde a personalidade. Antes, eu era o goleiro do Palmeiras, respeitado, valorizado. Mas fiquei uns 20 dias perdido ao parar. Após 20 anos de profissão, faço o quê agora? É um momento ruim. Só tive mais facilidade em decidir por causa da dor no joelho. Se ele estivesse bom e o Palmeiras não quisesse renovar meu contrato, acho que eu teria ficado frustrado.
Ex- coleiro Marcos do Palmeira (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)"Após 20 anos de profissão, faço o quê agora?", diz Marcos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Do que você sente falta da vida de jogador e do que você não sente?
Sinto falta dos treinos, dos amigos, das risadas... Eu sou amigo de todos ali. Nós, goleiros, nos encontrávamos no final da tarde, na loja de carros de um amigo, e jogávamos truco. Agora, o que não sinto falta é de viagens e aeroportos. Não tinha mais privacidade, era o tempo todo levantando para tirar fotos. Cansativo.
Teve uma fase que os caras chutavam do meio-de-campo em mim. E eu defendia de peito. Quer me zoar? Eu faço também!"
Marcos
O que acontece com o Palmeiras, que de uma hora para outra sai do céu para o inferno?
A idolatria do torcedor só vem com títulos. Sem eles, o time joga bem, a torcida se empolga e depois, quando perde, a decepção é maior. Jogar bem todo mundo joga, em todos os clubes. O negócio é título, currículo. É isso que vale no final. O Palmeiras tem um bom time, e pode brigar de igual para igual com todos. A diferença é o tempo sem títulos, é isso que difere dos outros. O torcedor palmeirese quer zoar com os outros também.
Mas parece que a pressão não é só da torcida. Internamente também não é complicado atuar no clube?
O jogador quando vem para o Palmeiras já sabe da pressão. É muita gente falando, muita cobrança, mas precisa escutar o treinador, o resto entra por um ouvido e sai pelo outro. É preciso saber conviver com a pressão. As grandes partidas da minha vida eu fiz porque estavam me criticando. Eu via o Rogério Ceni e o Dida pegando pênaltis e queria defender mais. É isso que precisa. O lateral do São Paulo tem de querer ser melhor que os laterais dos outros times, tem que querer evoluir na carreira. Difícil é em todo lugar, mas o cara tem de ter personalidade, autocrítica, saber onde precisa melhorar. Teve uma fase que os caras chutavam do meio-de-campo em mim. E eu defendia de peito. Quer me zoar? Eu faço também. Você precisa fazer bem feito e cobrar quem não está fazendo.
Marcos Ademir da Guia Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Marcos se compara a Ademir da Guia: dois ídolos
eternos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Falta personalidade aos jogadores?
Não acho. Vejo que as escolhas que fiz são o diferencial para quem eu sou hoje. Nunca sair, jogar sempre no Palmeiras, ganhar títulos... Depois que aposenta, isso é legal. Eu sou o Marcos do Palmeiras. Vou ser conhecido assim até morrer. Igual ao Ademir da Guia. Isso fica, mesmo que não ganhe nada por isso. Fica o orgulho do torcedor. O jogador de hoje tem de buscar mais isso. Tem de se fechar mais, deixar essa parte da imprensa que pega no pé de lado, porque no Palmeiras as notícias saem mesmo, a situação trabalha e a oposição coloca matéria na mídia. Depois, é o oposto. Ninguém se junta para o Palmeiras ganhar. Os caras de dentro passam matéria para fora. Sabe o que eu fazia? Não lia, não assistia nada. Se eu sabia que estava mal e que iam me arrebentar na hora do esporte, não via. Se vai me deixar para baixo, não vejo. Sempre fiz assim.
O que precisa mudar para acabar com essa turbulência política?
Ter uma administração profissional, não vazar tanto as informações. Muita gente sabe das coisas que acontecem lá dentro. Ninguém pode saber das coisas que acontecem. Nem as pessoas boas nem as ruins. Essas mudanças não fariam o time campeão, mas ajudariam. Eu posso dizer, de coração, que isso atrapalha dentro de campo. Aí sai que o Assunção brigou com o Felipão, mas é mentira e você precisa dar explicação. Isso cansa. O jogador precisa se desgastar no jogo e não dando explicação.
A alegria do palmeirense é zoar o Corinthians por não ter Libertadores. Se eles ganharem este ano, não sei mais como vai ser"
Marcos
Você falou há pouco sobre ser o “Marcos do Palmeiras”. O que acha desse novo sobrenome?
Esse sobrenome que ganhei ao longo da minha carreira foi a minha maior conquista. A grande conquista da minha vida. O Palmeiras é grande, a torcida é apaixonada. Nessa função em que estou agora (embaixador do Verdão), eu tenho viajado, conversado com torcedores, recebido opiniões, boas ideias... As pessoas falam como se eu mandasse. É legal demais. Às vezes você passa por 20 clubes na carreira e não é lembrado por nenhum. Eu joguei em um clube só, passei por dificuldades, bons momentos e fiquei marcado na história. É uma satisfação muito grande.
O fato de o torcedor do Palmeiras ser o mais "zoado" pelos rivais atualmente em São Paulo lhe incomoda muito?
A nossa sorte é que o Palmeiras é o maior campeão do século passado. Costumo dizer que essa conversa sobre melhor do século só vamos poder ter mais para frente. Acho, na verdade, que nem vou ter essa conversa (risos). Temos sorte de o Palmeiras ter sido sempre muito vitorioso, porque hoje a alegria do palmeirense é zoar o Corinthians por não ter Libertadores. Se eles ganharem este ano, não sei mais como vai ser. O Palmeiras é um clube grande. Espero que voltemos a ter conquistas. O torcedor do Palmeiras não é fiel, porque fiel é do Corinthians, mas é apaixonado. Mas o time precisa dar retorno para que o torcedor volte a ostentar esse amor.
Concentração é sempre um tema polêmico. Você é contra, a favor, acha que dá para eliminar, como pensam alguns?
Com profissionalismo dos atletas, dá para eliminar. O grande problema é que se dez forem profissionais e um for para a balada, o time vai perder por causa dele. E você não pode cobrá-lo na imprensa. Eu não gosto de passar a semana na concentração. O Sócrates disse: "Quando você passa a semana concentrado, o objetivo no fim de semana é pegar a liberdade de volta". Você não se preocupa com o jogo, quer ver sua esposa e filha. O jogador fica sozinho no quarto: internet, celular... É por isso que aparece tanto cara pelado aí na câmera. Eu gostava de concentrar um dia antes, é fantástico. Mas ficar dez dias... Tá louco!
Depois de uma derrota eu fumava uns quatro, cinco cigarros para aliviar a raiva. Mas nunca fumei na frente dos outros, perto de crianças"
Marcos
Qual a sua opinião sobre o consumo de bebidas alcoólicas no futebol?
Jogador pode fazer tudo, desde que não atrapalhe seu rendimento. O jogo acaba à meia-noite, bate uma adrenalina, eu chegava ao hotel pilhado e iria sair às 7h do dia seguinte. Aí bebia duas cervejas. Mais fácil para dormir, relaxar. Não tenho de beber 80 latinhas. Se estou num show sertanejo, não vou beber uma? E ainda vou de táxi para não ser pego no bafômetro. O jogador é jovem como a população que vai à balada. Eu perdi minha juventude para vingar como jogador, mas o cara tem de conhecer seu corpo. Com consciência dá para fazer tudo.
E você ainda fuma?
Eu fumava. Parei. Não estava dando para jogar e fumar. O cigarro não é doping porque atrapalha o jogador, é um péssimo vício porque você fuma quando está feliz, triste, eufórico. Depois de uma derrota eu fumava uns quatro, cinco cigarros para aliviar a raiva. Mas nunca fumei na frente dos outros, perto de crianças. Era hábito de jovem. Houve uma época em que fumar era bonito, a indústria vendia isso. Fumavam na novela, no cinema, naquelas propagandas bonitas. Só agora é que há esse combate (ao fumo).
Você acha que há uma cobrança maior nesse sentido em cima do jogador?
O corpo é a empresa do jogador. O álcool é bonito para quem? Você vai à balada e são pessoas de todas as áreas bebendo, usando drogas. É coisa da sociedade, da juventude, e você acha que não atrapalha na profissão do cara? Atrapalha o jogador porque é uma profissão pública e o cara tem de correr no dia seguinte. As pessoas cobram mais de um jogador de futebol do que de um político que rouba milhões. É que o atleta às vezes não tem uma estrutura legal, sai do nada e vê um dinheiro grande entrando na conta. Acha que é dono do mundo. Até eu, aos 38 anos, ainda passo do limite.
Ex- coleiro Marcos do Palmeira (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Marcos, em sua academia: "O corpo é a empresa do jogador" (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
E o Neymar, o que você acha dele?
Neymar é um fora de série, mas vejo comparações... Para mim ele é o maior jogador brasileiro em atividade. E só. O Ronaldinho jogou fora e foi campeão, o Fenômeno foi o melhor do mundo, ganhou a Copa. O Neymar tem condições de ter uma carreira igual, vitoriosa se deixarem, porque muita gente fala no ouvido dele, mas comparam muito cedo. Currículo é importante. Ele não é melhor que o Messi. Para ser melhor, tem de jogar o mesmo campeonato. Se ele pegar um time ajustadinho, se cair no Barcelona, será mais fácil. Tem tudo para fazer igual.
Você acha que a fama meteórica pode atrapalhar?
Ele está descobrindo tudo de uma vez: fama, dinheiro, mulheres em cima, é o cara. Mas isso com o tempo enjoa, você perde privacidade, não pode fazer nada. Por isso saem do Brasil. Quando eu voltei da Copa, em todo lugar era homenagem, foto... Isso estressava. Eu era goleiro, precisava estar mais concentrado. O Neymar tem prazer em jogar futebol, mas acho que isso vai estressá-lo mais pra frente. Que adianta ter 100 milhões na conta e não ter tempo para aproveitar o dinheiro?
Depois que meu pai morreu, fiquei rebelde. Não ia mais ser empregado de treinador que vinha com conversinha de projeto longo, essas coisas. Eu devia satisfação ao torcedor e à diretoria que me pagava"
Marcos
É evidente que você gosta de contar histórias e faz as pessoas rirem com elas. Já pensou em fazer um show de stand up comedy?
Nunca pensei em fazer stand up, mas futebol é um aprendizado diário. É muito engraçado, e pior que é tudo verdade. A maioria estudou pouco, não tem etiqueta, aí você coloca aquele povo todo junto. É muita risada. Se pegar as histórias dá para fazer um bom stand up.
Por outro lado, você também sempre foi duro nos momentos de crise e deu entrevistas polêmicas nas saídas de campo...
Eu me matava todo ano para ganhar alguma coisa, chorava, e os caras vinham me cobrar. Depois que meu pai morreu (novembro de 2008), fiquei rebelde. Não ia mais ser empregado de treinador que vinha com conversinha de projeto longo, essas coisas. Eu devia satisfação ao torcedor e à diretoria que me pagava. O técnico colocava um monte de jogador de tal empresário e ia embora. Às vezes eu falava mais como torcedor, mas quando resolvia ajudar, mais atrapalhava, como ir para o ataque. Os últimos anos foram sofridos, ninguém sabe como eu sofri. Mas se quatro, cinco estão desanimados, não tem jeito.
Existe muito técnico enganador por aí?
Para mim é difícil falar porque joguei num time só. Profissionalmente não é bom jogar muito tempo num clube, para não se vincular emocionalmente. A parte profissional fica prejudicada. O Palmeiras era minha família, minha empresa. É meu. Queria alguém que gostasse assim e até o treinador implantar jeito de trabalho, o jogador aceitar, participar, leva tempo. Eu estava há muitos anos, não tinha esse tempo. Acabei falando besteira porque não tinha mais paciência, esperei muito tempo para ganhar. Principalmente no Brasileiro de 2009, que foi uma das maiores decepções da minha vida (o Palmeiras liderava com folga, mas caiu de rendimento no fim e ficou fora até da zona de Libertadores).

Nenhum comentário:

Postar um comentário