terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Assis, sobre Ronaldinho: 'Existe toda a possibilidade de ele voltar ao Brasil'

Irmão e empresário do craque do Milan lembra que conversações diretas com interessados só podem começar no início do ano. Depois, exalta o Palmeiras

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
ronaldinho gaucho robinho milan gol auxerreRonaldinho comemora gol pelo Milan  (Foto: AFP)
O retorno de Ronaldinho Gaúcho ao futebol brasileiro pode, enfim, estar chegando. Irmão e empresário do craque do Milan, Roberto Assis disse, em entrevista à TV Bandeirantes, que existe "toda a possibilidade de ele voltar". Entretanto, Assis lembrou que as negociações diretas entre o jogador e algum clube brasileiro só podem começar em janeiro. Antes disso, é preciso que o Milan esteja ciente e dê aval para que as negociações prossigam.
- Para ser muito sincero, existe toda a possibilidade de ele voltar para o Brasil, desde que haja um acordo com o Milan. O contrato do Ronaldo é até 30 de junho de 2011. Sabemos que os prazos para este tipo de conversa são seis meses antes do fim do contrato e com todo o respeito que temos pelo Milan, antes disso não gostaríamos de tratar nada sem antes vir da parte deles. O caminho seria que os interessados procurassem o Milan e a partir daí a gente conversaria sem problema nenhum - disse Assis.
Palmeiras
Perguntado sobre uma suposta proposta oficial do Palmeiras ao Milan, Assis disse desconhecer, mas exaltou a grandeza do clube paulista.
- Não conversei com o pessoal do Milan, não posso confirmar se o clube recebeu uma proposta oficial pelo Ronaldo, devo viajar à Europa nos próximos dias. Mas fico muito satisfeito em saber que existe um interesse concreto da parte do Palmeiras. É um time de história bonita no futebol brasileiro. Fico muito satisfeito - declarou.
Um indício de que o fim do ciclo de Ronaldinho no Milan foi a negativa para uma proposta de renovação.
- O Milan, meses atrás, tinha oferecido uma renovação de contrato e pedimos um tempo para pensar se era exatamente isso que a gente queria. O Silvio Berlusconi (dono do clube) adora o Ronaldo, sempre foi um defensor do Ronaldo, sempre pediu a contratação do Ronaldo, é um cara que admira muito ele. Não gostaria de fazer nada que não fosse conversado antes com o Milan - repetiu.
O efeito Ronaldo Fenômeno
Em certo ponto da entrevista, Assis lembrou que a contratação de Ronaldo Fenômeno por parte do Corinthians mostrou ao futebol brasileiro que é possível repatriar seus grandes craques.
- A imagem que representa o Ronaldo Nazário, todo mundo torce pelo sucesso dele, e ele mudou sim a maneira de pensar dos clubes brasileiros. Fez pensar que é possível trazer grandes nomes. Depois disso já veio o Roberto Carlos, tempos atrás, o Adriano. O futebol brasileiro cresceu de maneira a pensar que existem ações de marketing que possibilitem isso (grandes contratações) - disse.
Seleção Brasileira
Por fim, Assis falou sobre a alegria de Ronaldinho Gaúcho por voltar a defender a Seleção Brasileira. O craque ficou fora da Copa do Mundo da África do Sul, mas voltou a ganhar chance na era Mano Menezes.
- Ele está muito motivado, maravilhoso receber esse tipo de atenção. A maneira que o Mano conduz as coisas na Seleção também deixou ele muito motivado, fazia tempo que não via o Ronaldo tão motivado assim. Acho que voltar ao brasil seria realmente uma oportunidade de estar perto, de receber o carinho da família, e isso é muito importante.

 

Técnico do Mazembe: 'Mostramos que é preciso levar a África a sério'

N'Diaye afirma que equipe mereceu eliminar o Internacional no Mundial

 

O técnico do Mazembe, o senegalês Lamine N'Diaye, mostrou-se eufórico após a vitória por 2 a 0 sobre o Internacional nesta terça-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. para o treinador, o futebol africano deu uma lição ao mundo.
- Temos uma cabeça, um cérebro, dois braços, somos como todos. Demonstramos ao mundo inteiro que é preciso levar a África a sério. Parabéns mais uma vez aos meus jogadores, demonstramos ao mundo do que a África é capaz - disse N'Diaye logo após a partida.
O clube da República Democrática do Congo será o primeiro de fora da Europa ou da América do Sul na final do torneio. Na estreia, a equipe venceu o Pachuca por 1 a 0. Em 2009, o Mazembe também jogou o Mundial, mas deixou Abu Dhabi com duas derrotas.
- Ganhamos o respeito de todo mundo. Estou feliz de ser o treinador desses jogadores, me sinto orgulhoso deles - completou o senegalês.
Para o técnico, o Mazembe "mereceu claramente" a vitória. Ele ainda destacou o valor de vencer desse modo, contra uma equipe que partia como favorita, que é a atual campeã da Libertadores e que conquistou o Mundial há quatro anos vencendo o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho.
- Jogávamos contra um ex-campeão do mundo. No início da partida estivemos regulares, mas o time mereceu claramente esta vitória - concluiu.
Lamine N'Diaye, técnico do Mazembe, durante coletivaLamine N'Diaye, técnico do Mazembe, durante a  entrevista coletiva depois da vitória sobre o Inter (Foto: EFE)



 

Ney Franco conversa com o grupo e revela dificuldades do Sul-Americano

Profissionais da comissão técnica da Seleção Brasileira principal estão na Granja Comary para trocar experiências com membros da equipe sub-20

Por Márcio Iannacca Teresópolis, Rio de Janeiro

Nos dois primeiros dias de treino da Seleção Brasileira sub-20 na Granja Comary, em Teresópolis, o técnico Ney Franco aproveitou para conhecer todos os seus comandados. Do grupo de 26 atletas convocados pelo treinador para a disputa do Sul-Americano, em janeiro, no Peru, o treinador só havia trabalhado com o goleiro Milton, no Botafogo, e com o meia Dudu, no Coritiba. Para estreitar a relação, o treinador deu uma palestre para o grupo para explicar quais serão as principais dificuldades da competição, que dá duas vagas para as Olimpíadas de 2012, em Londres.
Na  reunião, o treinador mostrou as principais dificuldades que o grupo vai viver no Peru. Na primeira fase, a Seleção disputará duas partidas em Tacna e outras duas em Monquegua.
- Nos dois primeiros jogos ficaremos em uma sede com um hotel bom e um campo de treinos razoável. Nos dois últimos, não conseguimos um bom hotel para nos hospedarmos. Vamos ficar em uma cidade a 100km - explicou Ney aos jogadores.
O treinador aproveitou para falar da importância dada pela CBF ao projeto das categorias de base. No bate-papo, Ney Franco aproveitou para frisar a importância de um bom desempenho na sub-20 para tentar seguir na Seleção para futuras convocações do time principal.
- Muitos dos que aqui estão têm tudo para disputar a Copa de 2014 pela Seleção principal. Muitos têm talento, mas o qu e por si só não basta. É preciso que todos se empenhem  ao máximo, aproveitem essa grande oportunidade que estão tendo de fazer p arte de uma Seleção que vai atrás de objetivos tão importantes - afirmou o treinador.
Para se ter uma ideia da seriedade do projeto implantado nas categorias de base, o preparador físico da Seleção principal, Carlinhos Neves, vai ficar na Granja Comary até a próxima quinta-feira. A partir daí, quem desembarcará em Teresópolis será o analista de desempenho Rafael Vieira e o assistente de Mano Menezes, Sidnei Lobo.
- Essa é a forma que o Mano Menezes gosta de trabalhar. Sempre que possível vamos fazer essa integração. A ideia é fazer um intercâmbio, uma troca de ideias, com os profissionais da área. Pensamos que podemos conversar, trocar informações, acho isso muito rico e importante - afirmou Carlinhos Neves.
Dos 26 convocados por Ney Franco, vinte e um atletas já estão na Granja Comary. O atacante Neymar, do Santos, e o zagueiro Juan e o meia Oscar, ambos do Internacional, se apresentam no dia 26. Philippe Coutinho, do Inter de Milão, só chegará a Teresópolis em 3 de janeiro de 2011. Já nesta quina-feira, a comissão técnica aguarda a chegada de João Pedro, do Palermo.




Gremistas saem às ruas de Porto Alegre para festejar derrota do Inter

Em frente ao estádio Olímpico, grupo de tricolores estoura foguetes e ironiza o rival

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre
Pouco mais de nove quilômetros separam os estádios Olímpico e Beira-Rio em Porto Alegre. E, nesta tarde de terça-feira, parecia até mesmo que ambos faziam parte de mundos absolutamente paralelos, tamanho o contraste entre as pessoas que por eles passavam.
Gremistas comemoram derrota do InterGremistas reunidos, comemorando a derrota colorada (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
Do Beira-Rio emigravam milhares de colorados, acabrunhados após a derrota do Inter para o Mazembe por 2 a 0. Ali, no ginásio Gigantinho, assistiram ao jogo reunidos em frente a um gigantesco telão. Com o resultado inimaginável, que alijou o time do bicampeonato mundial, voltaram para suas casas abatidos.
Gremistas comemoram derrota do Inter para o MazembeRecorte de jornal serve para ironizar o Inter
(Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
Bastava aproximar-se do Olímpico, entretanto, para ingressar em um cenário completamente diverso.
De longe eram observados os foguetes estourando no céu, e ouvidos os estrondos das explosões festivas.
No bar em frente ao Largo dos Campeões, acesso à casa tricolor, dezenas de gremistas comemoravam.
- Arerê Mazembê! - gritavam os gremistas, eufóricos.
De camisas do Grêmio, com bandeiras tricolores, torcedores usavam até instrumentos musicais. A banda dos torcedores estava ali para embalar os festejos.






 

Para Pepe e Coutinho, Taça Brasil já valia como Campeonato Brasileiro

Ex-ponta-esquerda santista lembra dos melhores jogos do Peixe no penta de 1961 a 1965 que a CBF deve unificar, além do Robertão de 1968

Por Adilson Barros e Márcio Mará Rio de Janeiro
O dono de uma das bombas de pé esquerdo mais temidas do Brasil e aquele considerado quase a alma gêmea de Pelé nos gramados tiveram a mesma reação. Pepe e Coutinho, bicampeões da Libertadores e mundiais pelo Santos e pela Seleção Brasileira, nem mostraram tanta euforia com a quase certa decisão da CBF de unificar os títulos das Taças Brasil e de Prata (essas últimas conhecidas também como Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão) com os do já conhecido Campeonato Brasileiro, criado desde 1971. Afinal, valiam mesmo para eles e os demais jogadores a opinião pessoal de cada um que deu o suor pelas conquistas.
O Santos ganhou a Taça Brasil em 1961-62-63-64-65. Depois, faturou o Roberto Gomes Pedrosa em 1968. Os seis títulos, somados aos de 2002 e 2004, tornarão o clube oficialmente octacampeão brasileiro ao lado do Palmeiras - os dois tiram a hegemonia de Flamengo e São Paulo, que têm seis títulos cada um. Além disso, Pelé entra no rol dos jogadores com mais Brasileiros conquistados (seis), superando Andrade e Zinho, que têm cinco conquistas.
- Nós, jogadores, já nos sentíamos campeões brasileiros. Vai ser bom é para o Santos, que terá isso oficializado. De qualquer forma. é bom ter esse reconhecimento. Afinal, a Taça Brasil e o Robertão eram Campeonatos Brasileiros. Tanto que esses títulos nos levaram ao bicampeonato da Libertadores e do Mundial de Clubes - afirmou José Macia, o Pepe.
Santos campeão Taça BrasilEm pé: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gilmar e Mauro. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Esse time formou a base do Santos pentacampeão da Taça Brasil entre 1961 e 1965. Depois, clube ainda ganhou o Robertão de 1968. Os seis títulos, unificados com Brasileiro, darão ao Peixe hegemonia (Foto: Divulgação)
Coutinho, que de tanto tabelar com Pelé na área era confundido muitas vezes com o Rei do Futebol, mostrou entrosamento perfeito com Pepe também fora dos gramados.
- Nós nunca tivemos dúvidas de que éramos campeões brasileiros. Independentemente do nome da competição, era Campeonato Brasileiro. Conquistamos o direito de disputar a Taça Libertadores ganhando esses títulos. Então, nada mais justo o reconhecimento. Acho que é um prêmio para toda aquela geração.
Nós já nos sentíamos campeões brasileiros. Vai ser bom é para o Santos"
Pepe
Pepe tem muita história para contar. Foram tantos jogos e tantos títulos que o eterno ídolo santista anotou tudo ali, num caderninho que pode ser considerado um tesouro do futebol brasileiro. Os melhores momentos do maior time de todos os tempos estão ali anotados. E, apesar de a Libertadores e o Mundial trazerem as melhores lembranças, a Taça Brasil tem seu espaço considerável. Principalmente pelos grandes duelos com outros timaços brasileiros, principalmente o Botafogo de Garrincha, Didi e Nilton Santos e o Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes e Raul.
- Os jogos contra o Botafogo eram sensacionais. Quando o Santos o enfrentava, o campo ficava com 12, 13 jogadores da Seleção Brasileira. Pô, o ataque deles era Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Atrás, tinha o Manga, um goleiraço, e o Nilton Santos... Todos craques. Mas nosso time era melhor, por isso ganhamos tudo. Eles tinham o Garrincha, que dava muita dor de cabeça, sem dúvida. Mas o Pelé era nosso.
Os números comprovam o raciocínio de Pepe. O confronto direto com o mais poderoso rival em decisões foi na edição da Taça Brasil de 1962, ano em que os clubes formaram a base da Seleção Brasileira bicampeã mundial no Chile.
Pepe e Coutinho na Vila BelmiroCoutinho e Pepe se encontram na Vila Belmiro pouco depois de saberem da possibilidade de a CBF reconhecer títulos da Taça Brasil e Robertão como Brasileiros (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)
Curioso é que as partidas só foram realizadas em  março e abril de 1963. Na primeira, no Pacaembu, o Santos venceu por 4 a 3. Quarentinha abriu o placar para o Botafogo. O Santos fez 3 a 1 com Pepe, Coutinho e Dorval. Amoroso diminuiu para o Alvinegro carioca. Pepe marcou o quarto do Peixe, mas Amarildo, a um minuto do fim, diminuiu para o Glorioso.
Depois, no Rio, o Botafogo venceu o Santos por 3 a 1. Édson, Quarentinha e Amarildo fizeram 3 a 0, e o Santos só diminuiu no fim, com gol contra de Rildo. Mas na terceira partida, também no Maracanã, o Santos sagrou-se campeão com uma goleada de 5 a 0, com gols de Pelé (2), Dorval, Coutinho e Pepe, que não esqueceu o seu.
Conquistamos o direito dir à Libertadores ganhando esses títulos."
Coutinho
- Nem sei o motivo, mas naquela jogada eu estava pelo lado direito, o que era raríssimo na época. Ponta-esquerda dificilmente saía do setor. Após a cobrança de um lateral, dominei na altura da intermediária. Vi o Manga distraído e resolvi bater. Não deu pra ele. Foi por baixo, mas com violência. O Manguinha era um grande goleiro e tinha pavor dos meus chutes. Reclamava que, em cobrança de falta, pedia barreira de quatro e botavam três. "Só o Nilton Santos me entendia", dizia... - afirmou Pepe, às gargalhadas.
No ano anterior, o Santos conquistara o primeiro título diante do Bahia, primeiro campeão da competição, em 1959. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 na Fonte Nova. Depois, passeio santista por 5 a 1, com três gols de Pelé e dois de Coutinho - Florisvaldo descontou para o Tricolor baiano, vítima também na decisão da Taça Brasil de 1963. Com os 6 a 0 no Pacaembu e os 2 a 0 na Fonte Nova, em novo show de Pelé & Cia, o time foi tricampeão.
Nos anos seguintes, Flamengo e Vasco não resistiram ao time dos sonhos. O Rubro-Negro perdeu o primeiro jogo por 4 a 1 e depois até ficou no empate por 0 a 0, no Maracanã. O pentacampeonato em cima do time cruzmaltino surgiu com goleada por 5 a 1 em São Paulo e vitória por 1 a 0 no Maracanã.
- Foi gol do Pelé, me lembro bem. Os times de Vasco e Flamengo na época não chegaram a ser marcantes. O Flamengo tinha o Evaristo, craque mas já em fim de carreira, e o Carlinhos, outro grande jogador. Meu marcador foi o bom Murilo, muito leal e raçudo. No Vasco, jogava um atacante que era santista, o Célio. Elle queria comer a bola contra a gente, porque não teve a chance de ser contratado, foi direto do Jabaquara para São Januário - afirmou Pepe.
Em 1966, fomos surpreendidos pelo Cruzeiro de Tostão, Natal e Dirccu Lopes"
Pepe
A supremacia santista acabou em 1966, quando certos garotos de Minas coloriram o Brasil de azul. Tostão, Dirceu Lopes, Natal e Piazza comandaram o Cruzeiro, que tinha como goleiro o então jovem Raul. O time não tomou conhecimento dos rivais medalhões do Peixe. Na primeira partida, no Mineirão, sapecou 5 a 0 no primeiro tempo. O placar terminou 6 a 2. Na segunda partida, em São Paulo, o Santos bem que fez 2 a 0 no primeiro tempo, com Pelé e Toninho. Mas Tostão, Dirceu Lopes e Natal viraram a partida para 3 a 2.
- Nosso time já estava mais velho. Eu não era mais titular. O Edu estava surgindo, era um excelente ponta, driblador. O Toninho Guerreiro, centroavante, jogou até deslocado na ponta direita. Mas o fato é que não conhecíamos direito a garotada do Cruzeiro. Na época, não tinha essa quantidade de informações que existem hoje dos adversários. Fomos surpreendidos - afirmou Pepe, que em 1968 viu o Santos conquistar o hexa, mas já com mescla de gerações - Edu e Clodoaldo tornaram-se tricampeões mundiais pela Seleção em 1970.

Eliminação deixa dúvidas sobre o futuro de Roth no Inter

Diretoria afirma que não fará avaliação por um jogo, mas decepção pode representar fim do ciclo dele no Beira-Rio

Por Alexandre Alliatti Direto de Abu Dhabi, Emirados Árabes
Celso Roth durante a partida do InternacionalCelso Roth tem futuro incerto após queda para o
Mazembe no Mundial (Foto: EFE)
O tamanho da queda colorada no Mundial de Clubes pode representar o fim do ciclo de Celso Roth no Beira-Rio. O treinador tem contrato encerrado em 31 de dezembro. A renovação estava bem encaminhada, já que combinava o interesse dele com o desejo do clube. Mas a eliminação já no primeiro jogo em Abu Dhabi tem peso de sobra para mudar tudo.
Um dirigente do Inter, já em Abu Dhabi, havia declarado que Roth só não ficaria “no caso de alguma tragédia”. Se não foi o caso desta quarta-feira, ficou perto disso. O clube, porém, ainda vai analisar os prós e contras de manter o treinador. Roth claramente melhorou o time colorado na reta final da Libertadores, quando substituiu Jorge Fossati. Porém, toda a preparação para o Mundial acabou sendo em vão.
Fernando Carvalho, vice-presidente de futebol do Inter, disse que o clube não levará em consideração o resultado do jogo para decidir se Roth seguirá ou não. Ele mantém o discurso de que a ideia é o treinador seguir no Beira-Rio.
- Não é pelo que aconteceu que o treinador terá mais ou menos consideração. A ideia é que ele permaneça. Não é um revés que mudará essa situação - afirmou o vice-presidente de futebol do Inter, Fernando Carvalho.
Algumas questões serão analisadas, e o desgaste que o treinador costuma ter com seus elencos é uma delas. Roth, de sua parte, deixa o assunto nas mãos da diretoria. A situação deverá ser resolvida logo depois do Mundial.
- A vida de treinador é intensa. Escolhas, escolhas... Quando dão certas, são ótimas. Tenho contrato até dia 31 de dezembro. O Inter viveu um precesso eleitoral e veremos o que vai acontecer com a nova direção. Obviamente que trabalhar no Inter é sempre muito interessante, mas a direção avaliará as coisas que estão acontecendo - comentou Roth na entrevista coletiva.