Gilbert Durinho pede luta em Barueri e avisa: "Pode me dar até um top 10"
Peso-leve brinca após ganhar bônus de Performance da Noite por finalizar Christos Giagos e diz que sua esposa é quem vai cuidar do dinheiro ganho
Durinho foi informado pelo Combate.com de que havia ganho o bônus de performance (Foto: Raphael Marinho)
- Vim pra chegar. Todo mundo sabe os problemas que tive pra bater peso
outras vezes. Tive que me reeducar. Minha esposa virou praticamente uma
nutricionista, foi tudo um trabalho em conjunto. Resolvi mudar não só
para lutar aqui, mas para ser campeão. Vim para mostrar meu trabalho,
meu jiu-jítsu, o quanto evoluí na trocação. Quero lutar de novo, em São
Paulo se puder. Estou sem lesão e quero lutar até chegar ao cinturão.
Não vou parar até chegar lá. Minha meta agora é ganhar lutas. O objetivo
principal é o cinturão. Acabei de chegar, mas vou trabalhar para isso
com todas as forças. Não é para o Dana White gostar não, é para ser
campeão. Darei meu máximo em cada detalhe para chegar lá. Tecnicamente
não acho que estou longe dos tops. Eles têm mais experiência do que eu,
mas técnica acho que não. Tenho um longo caminho ainda, sei disso, tenho
que pegar um cara mais duro, mas é isso o que quero. Me deem um cara
duro, pode ser um top 10 se quiserem. Mas escolher adversário? O Joe
Silva ganha uma grana pra isso, deixa ele escolher que eu luto -
afirmou.Logo depois da luta, Durinho declarou que estava na expectativa de ser premiado pela sua finalização e foi informado pela equipe do Combate.com de que havia sido um dos escolhidos, ao lado de Fábio Maldonado, José Aldo e Chad Mendes. Com a conta bancária mais cheia, ele "comemorou" o fato de nem colocar as mãos no cheque ao contar que sua esposa, Bruna, é quem vai cuidar do dinheiro.
- Agora é com a patroa, as finanças são com ela. Ainda bem que nem pego o cheque aqui, já entra direto na conta e a patroa é que manda (risos). Foi especial demais finalizar no Maracanãzinho. Estou muito feliz de lutar em casa, meus pais vieram assistir, uma galera de Niterói, do jiu-jítsu, e eu consegui finalizar. Estou amarradão e quero lutar de novo logo - brincou, em entrevista após a coletiva de imprensa do UFC 179.
Bruna, inclusive, foi peça fundamental durante a preparação de Durinho, que teve que seguir uma dieta rigorosa para bater 70kg, já que em outras oportunidades teve problemas com a balança, antes de chegar ao UFC. Quando o árbitro levantou seu braço para lhe declarar vencedor, foi nela que o atleta pensou e a quem dedicou o resultado positivo.
Gilbert Durinho finalizou Christos Giagos com uma bela chave de braço no UFC Rio 5 (Foto: André Durão)
- Passou na minha cabeça todo o sacrifício que tive. Tenho dois filhos,
um recém nascido, fez dois meses no dia 19. O Pedro faz um ano e nove
meses hoje. Foi uma correria esse camp, porque tive que fazer minha
dieta, a Bruna cozinhando, bebê chorando, correria, treino. Essa vitória
foi para a minha esposa. Vi o quanto ela se dedicou, se empenhou na
dieta, no treinamento, em me deixar tranquilo. Quando ganhei, só vi o
rosto dela, a emoção que ela deve estar de dever cumprido. Queria
abraçá-la, mas ela não estava. Foi emocionante, inesquecível - lembrou.O começo do combate contra Giagos não foi dos melhores para Durinho, que recebeu uma dura direita no rosto. Sua intenção era manter a luta em pé para mostrar sua evolução na trocação, mas ao ver que o caminho mais fácil era justamente o seu carro-chefe, não hesitou. Aplicou a queda e trabalhou até conseguir a finalização.
- Eu queria trocar bastante com ele, mas vi que ele estava só contragolpeando, jogando uns cruzados por cima, estilo Wanderlei Silva. Queria trabalhar mais meu kickboxing, mostrar minha evolução, mas quando vi as perninhas juntas, o quadrilzinho, vi que era o caminho mais fácil. Vou no mais fácil. Olhei ali, mirei, vi a presa e atirei. Botei pra baixo, vi que ele só queria levantar, mas eu estava forte. Fui ajustando a posição até chegar nas costas, que é uma posição que gosto muito de trabalhar. Ele se expôs, defendeu bem o pescoço. Faltando 20 segundos quis dar o bote no braço, mas pra ser "aquele bote. Quando vi que estava esticando, pensei: "Agora eu levo esse braço". Não senti tanta dificuldade em pé. Se eu entrasse, ele ia contragolpear, ia ter que estudar muito. Golpe duro todo mundo tem. Na Blackzilians é o que mais tenho. Gesias, Eddie Alvarez, Michael Johnson... Bater forte todo mundo bate, mas nocaute tem que ser no lugar certo. Ele deu um golpe forte, mas não foi nada demais. O Vitor é um cara que tento aproveitar o máximo estar do lado dele. É amigo meu, se preocupa muito comigo, temos essa preocupação e quero pegar a experiência toda dele, do Tyrone e curtir isso. Eles dão muitas dicas e é sempre bom estar perto deles pra sugar o máximo a experiência deles - concluiu.