quarta-feira, 18 de abril de 2012

Botafogo se agarra no regulamento, empata com Guarani e vai às oitavas

Sem Loco Abreu, barrado, time carioca arrisca pouco a gol, só pressiona no fim, mas sai com resultado que o classifica. Vitória será o próximo rival

Por André Casado Rio de Janeiro
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A campanha, até aqui, está muito longe de ser a dos sonhos do torcedor. Mas com o terceiro empate em quatro jogos na Copa do Brasil, desta vez 0 a 0 com o Guarani, na noite desta quarta-feira, no Engenhão, o Botafogo está nas oitavas de final da competição. A vantagem adquirida em Campinas garantiu ao time carioca que entrasse em campo com o regulamento debaixo do braço. E depois de 90 minutos mornos, o adversário é o Vitória.
O início alvinegro prometia. Com muita vontade, o time de Oswaldo de Oliveira dominou as ações nos primeiros cinco minutos e demonstrava que não admitia deixar a história da competição pregar nova peça no clube. A tendência de forçar o lado esquerda, pelas características mais defensivas de Lucas Zen, ficou clara bem cedo, e Márcio Azevedo foi um dos mais acionados.
O pecado do Botafogo, no entanto, viria a se tornar a tônica da primeira etapa. A posse de bola se refletiu em muitos cruzamentos - perigosos, é verdade -, mas raras conclusões. Curiosamente, o fundamento principal de Loco Abreu, que assistia nervoso do banco de reservas, em experiência rara nos últimos anos de sua carreira. Já o Bugre, quando chegava, dava trabalho a Jefferson.
A prova disso foram as estatísticas repassadas no intervalo. Em seis oportunidades, os paulistas acertaram o gol; os cariocas, apenas duas vezes. Com Fumagalli e Danilo Sacramento armando, e Fabinho imprimindo velocidade pelas pontas, o Guarani mostrava a organização ofensiva que lhe deu nada menos do que a quarta posição na fase classificatória do Paulistão.
Foi de um lance casual, porém, que saiu a chance mais importante - e esquisita - da equipe de Vadão, aos 36. O lateral Oziel, ex-Botafogo, errou o cruzamento e carimbou o travessão. A torcida do Botafogo dava sinais de impaciência, mas não escondia sua vontade de empurrar. A cada desarme ou virada de jogo precisa, aplausos eram ouvidos no Engenhão.
Até que, aos 44 minutos, Herrera, até então apenas esforçado, fez jus à seu antigo apelido e desperdiçou o gol que daria a tranquilidade: após bola da direita, Fellype Gabriel cabeceou na trave e, na sobra, o argentino, com quase cinco segundos para se ajeitar, escolheu o canto esquerdo e errou, mesmo estando entre a linha da pequena área e a marca do pênalti. Bizarro.
Com o apito final, um princípio de vaias foi rapidamente abafado por gritos de incentivo. Mas o segundo tempo não foi nada do que a galera esperava. Com menos impeto, o Glorioso recuou e pagou para ver. O Guarani se assanhou, mas seguiu insistindo em suas bolas cruzadas, sem sucesso. Os contra-golpes alvinegros também não encaixavam, e a partida ficou morna.
Com a necessidade de vitória por larga vantagem, Vadão tratou de mexer, e sacou Fumagalli para a entrada do atacante Ronaldo. Nada que surtisse efeito. Aos poucos, o time mandante melhorou, mas mantinha sua dificuldade em concluir. Elkeson, o mais acionado na etapa, reclamou de pênalti de Domingos.
Oswaldo também fez substituições, mas para segurar o resultado, que não agradava o público, mas lhe dava a vaga. Entraram Maicosuel, pedido dos torcedores, Brinner e Gabriel. E nada de Loco Abreu. Sem forças, o Bugre se entregou e por pouco não saiu derrotado.

Após susto inicial, Cruzeiro goleia
a Chapecoense e está nas oitavas

Time mineiro sai atrás no placar, mas com show de WP9 consegue a virada

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
O Cruzeiro levou um susto, saiu perdendo, mas colocou os nervos no lugar e cumpriu seu objetivo. O time venceu a Chapecoense por 4 a 1, de virada, e agora enfrenta o Atlético-PR pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Os gols do Cruzeiro foram marcados por Thiago Carvalho, Wellington Paulista, com dois golaços e Anselmo Ramon, contra um de Fabiano. A Chapecoense vendeu caro a derrota, apesar do placar elástico, tanto que saiu na frente. O time verde mostrou muita raça e disposição, o que exigiu muito empenho do Cruzeiro na partida.
O público de 4.078, que proporcionou renda de R$ 66.091,50, viu um show de Wellington Pauslita, que fez dois golaços.
Os times agora voltam as atenções para as semifinais dos campeonatos estaduais. O Cruzeiro enfrenta o América-MG, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pelo Mineiro, e a Chapecoense vai a Florianópolis pegar o Avaí, na Ressacada. Os dois jogos serão às 18h30m (de Brasília) deste domingo.
Disputa acirrada
O Cruzeiro tentou chamar a responsabilidade para si desde o começo da partida pelo fato de jogar em casa. A Raposa partiu para cima da Chapecoense nos minutos iniciais, mas o time catarinense, bem postado no campo de defesa, teve atitude muito parecida com a apresentada em Chapecó, semana passada, e dificultou demais as coisas para o Cruzeiro.
Para complicar ainda mais, a Chapecoense aproveitava os erros de passes do time mineiro e chegava com muito perigo ao gol de Fábio nos contragolpes. O meio-campo do Cruzeiro, com apenas três jogadores, era presa fácil para os catarinenses, que chegavam a ter até seis jogadores no setor, em alguns momentos.
Quando o time da casa conseguiu colocar a bola no chão e se tornar ligeiramente superior em campo, com Wellington Paulista jogando mais recuado, a Chapecoense abriu o placar. Aos 32 minutos, o zagueiro Fabiano aproveitou bate-rebate dentro da área, e bateu cruzado, sem chances de defesa para Fábio.
O gol deixou o Cruzeiro perdido em campo e os erros de passes se tornaram ainda mais frequentes. A principal arma de ataque cruzeirense era a bola alçada na área, mas a alta defesa da Chapecoense aliviava todas.
Wellington Paulista Cruzeiro x Chapecoense (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Wellington Paulista brilhou na partida com dois belos gols (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Mesmo sem se encontrar em campo, o Cruzeiro conseguiu o empate, jogando no embalo da torcida, que continuou apoiando o time. Ironicamente, o gol azul saiu num lance de bola alçada na área catarinense. Marcos cruzou, o goleiro Rodolpho falhou ao tentar socar a bola, que bateu no peito de Thiago Carvalho e entrou.
Após o empate, o Cruzeiro partiu com mais força para o ataque e por muito pouco não conseguiu a virada ainda no primeiro, já que Marcos e Victorino perderam boas chances. A igualdade por 1 a 1 deixou todo o drama para o segundo tempo da partida.
Virada e classificação do Cruzeiro
O segundo tempo começou com o Cruzeiro em cima da Chapecoense, buscando o gol da vitória, já que o empate por 1 a 1 levava a decisão para a disputa de pênaltis. O que se viu nos minutos iniciais foi um jogo de defesa contra ataque, já que o time catarinense sequer passava da linha divisória do gramado.
A vida do Cruzeiro, porém, não era nada fácil. Mesmo com domínio territorial e ampla posse de bola, o time não conseguia levar perigo efetivo ao gol de Rodolpho. Vendo isto, Vágner Mancini mandou a campo Roger e Éber, tirando Wallyson e Marcos. A Chapecoense também mexeu. Itamar Schulle tirou Willian e colocou Esquerdinha.
De tanto pressionar, o Cruzeiro conseguiu a virada. Aos 21 minutos, Wellington Paulista chutou de canhota, de fora da área, e a bola entrou no canto direito de Rodolpho. Golaço do WP9!
Atrás no placar, a Chapecoense teve que fazer o que não tinha feito até então no segundo tempo: atacar. E isto facilitou a vida do Cruzeiro, que teve mais espaços no campo de ataque.
Com isso, a Raposa deslanchou na partida, construindo uma goleada. Anselmo Ramon fez o terceiro, aos 29 minutos. O atacante passou por três zagueiros e deu um biquinho a la Romário para marcar. Quatro minutos depois foi a vez de WP9 imitar um craque famoso. A la Messi, Wellington fez o quarto gol, ao dar um toque de cobertura sobre Rodolpho. Lindo gol!
Com a classificação garantida, o Cruzeiro segurou o jogo e administrou a vitória. A Chapecoense, seguiu jogando, sem usar violência, é bom que se diga. Os mineiros seguem na Copa do Brasil e já miram o Atlético-PR na próxima fase.

Em noite de gala, Corinthians goleia o Táchira e espera rival das oitavas

Timão garante liderança do Grupo 6 com vitória por 6 a 0, a maior do ano. Jogos de quinta-feira vão decidir quem o Alvinegro pega na próxima fase

Por Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico São Paulo
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Com direito a "olé" da torcida, o Corinthians fechou com uma grande atuação a primeira fase da Taça Libertadores, nesta quarta-feira, no Pacaembu. É bem verdade que o eliminado Deportivo Táchira-VEN ofereceu pouca resistência, mas o Timão mostrou muita disposição para construir sua maior vitória na temporada e desta edição do torneio, 6 a 0, garantindo o primeiro lugar do Grupo 6. Se a liderança geral ficou com o Fluminense, o clube paulista avança como um dos sérios candidatos ao título.

A equipe dirigida por Tite espera agora os quatro jogos de quinta-feira para conhecer seu adversário nas oitavas de final. Com 14 pontos, o Corinthians só poderá perder o segundo lugar entre os 16 do “mata-mata” se o Nacional de Medellín vencer o Universidad de Chile por dois gols de diferença, em Santiago. O clube colombiano tem 11 pontos. No saldo, a vantagem é paulista: 11 a nove.
Caso termine na segunda colocação, o Corinthians enfrentará o 15º classificado, neste momento o Emelec-EQU. A queda para terceiro colocaria o Timão em um duelo diante do 14º, atualmente o Bolívar-BOL. Há também possibilidades de confrontos contra The Strongest-BOL, Universidad de Chile e até Internacional.
danilo corinthians x deportivo tachira (Foto: Gustavo Tilio / GLOBOESPORTE.COM)Danilo ajeita no peito diante de marcador do Táchira (Foto: Gustavo Tilio / GLOBOESPORTE.COM)
Enquanto o próximo rival não aparece, o Timão celebra o grande momento da temporada. Com o triunfo diante dos venezuelanos, são oito vitórias consecutivas entre Libertadores e Paulistão, onde terminou em primeiro a fase de classificação. De quebra, o Alvinegro fez nesta quarta sua maior vitória no ano (tinha feito 3 a 0 no Oeste) e da Libertadores, igualando o placar de Lanús e Olímpia-PAR. É também a maior vantagem do clube na história do torneio, empatando com os 8 a 2 contra o Cerro Porteño, em 1999.

O clube inicia agora o período de decisões. No domingo, enfrenta a Ponte Preta, às 16h, no Pacaembu, em jogo único pelas quartas de final.
Timão encurrala os venezuelanos
A imensa superioridade técnica deu ao Corinthians o controle de todo o primeiro tempo. O Timão jogou fácil e em nenhum momento correu riscos, principalmente por se posicionar quase todo no campo do adversário, como tanto gosta Tite. Com muita disposição e uma marcação ofensiva, a equipe não teve problemas para abrir vantagem em um confronto dado como vitória certa diante de um rival já eliminado.
No embalo da torcida, o Corinthians impôs uma blitz nos primeiros minutos em busca de um gol rapidamente. Edenílson foi liberado para abusar da velocidade pela lateral direita, com Jorge Henrique. A aproximação de Paulinho e a garra de Emerson abriram espaços na retranca venezuelana. O Táchira, acuado na defesa, se limitou aos chutões, todos cortados pela zaga alvinegra, a menos vazada do torneio, com apenas dois gols sofridos.
Jorge Henrique gol Corinthians (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Jorge Henrique comemora seu gol contra o Táchira (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
A explosão da Fiel era questão de tempo. E veio com alguém que se ambientou a decidir nos jogos no Pacaembu. Depois de marcar contra Nacional e Cruz Azul, Danilo apareceu na área, aos 17 minutos, e desviou de cabeça a falta batida por Sheik. Aos 26, teve mais. Após bela tabela com Liedson, Paulinho surgiu na frente do goleiro Rivais para apenas empurrar para as redes: 2 a 0 Timão.
Poderia ter sido mais. Liedson quase fez um golaço chutando de longe por cobertura. A bola raspou o travessão. O conforto alvinegro aumentou ainda mais quando Rouga fez falta violenta em Danilo e foi expulso. Com um a mais, chegou o momento de cadenciar o jogo. Jorge Henrique, de cabeça, por pouco não fez o terceiro antes do intervalo.
O Corinthians voltou para o segundo tempo com uma preocupação. O zagueiro Chicão ficou nos vestiários depois de sentir uma lesão na coxa esquerda. Como Tite não tem zagueiros à disposição na reserva (Paulo André e Wallace foram operados), o treinador teve de mexer em três posições. Weldinho entrou na lateral direita, Edenílson passou para o meio de campo e Ralf foi recuado para a zaga.
Apesar das mudanças, o Timão continuou muito superior ao Táchira. Com o resultado garantido, Danilo foi preservado para a entrada de Douglas na armação das jogadas. O terceiro gol não demorou a sair. Aos 17, Jorge Henrique recebeu a bola na entrada da área pela direita e chutou rasteiro. A bola tocou na trave e entrou. Pouco depois, aos 24, Emerson pegou de primeira pela esquerda e anotou o quarto.
Faltava o gol de Liedson. Questionado desde o início do ano pelo rendimento bem abaixo do esperado, o Levezinho também fez o dele, aos 26. Sheik invadiu a área e foi derrubado: pênalti. A Fiel clamou pelo camisa 9 na cobrança e foi atendida. Ele bateu mal, o goleiro defendeu, mas o centroavante pegou o rebote e ampliou.
Mesmo com a enorme vantagem, o Corinthians continuou chegando fácil ao ataque. Liedson, aos 37, foi derrubado na área pelo goleiro Rivas. A torcida voltou a pedir o Levezinho, mas, desta vez, a cobrança coube a Douglas. Timão 6 a 0, classificado, líder e um dos favoritos ao título. Será desta vez?
Liedson gol Corinthians (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Liedson marcou em rebote de pênalti cobrado por ele mesmo (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)

Vasco cria camisas em homenagem a Juninho e Felipe

Novas peças trazem desenhos dos ídolos e podem ser encontradas nas lojas do clube por R$ 49,90

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Ídolos do passado e também do presente, Juninho Pernambucano e Felipe foram homenageados pelo departamento de marketing do Vasco. Os dois craques ganharam camisas personalizadas, que podem ser compradas nas lojas oficiais Gigante da Colina e na internet por R$ 49,90 cada.
Juninho Pernambucano e Felipe homenageados em camisas (Foto: Acessoria Club de Regatas Vasco da Gama)Juninho Pernambucano e Felipe são homenageados com camisas personalizadas (Foto: Assessoria do Club de Regatas Vasco da Gama)
A camiseta de Juninho traz o apelido Reizinho acompanhado de um desenho do meia dominando uma bola com categoria. Na Felipe, o chamado Maestro dá um drible desconcertante em um adversário.
Esta não é a primeira vez que os dois são homenageados. O Vasco já havia criado uma linha de roupas para Juninho na ocasião de sua volta ao clube e uma camisa retrô para Felipe, lembrando a campanha da Libertadores de 1998.

Embalado por funk, Alecsandro soma cambalhota à careta rumo à artilharia

Com música em sua homenagem, atacante inova em comemoração e sonha fechar Campeonato Carioca com título e posto de goleador

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Na grande área, Alecsandro já mostrou ser um virtuoso, marcando gols com as duas pernas, de cabeça e de pênalti. Mas no último domingo, passou a apresentar um novo elemento em suas comemorações. Além da tradicional careta – com a qual lembra o pai, o ex-atacante Lela –, o camisa 9 do Vasco adotou a cambalhota. Foi assim que celebrou o primeiro gol marcado na vitória por 3 a 1 sobre o Nova Iguaçu, no último domingo (assista ao vídeo). A brincadeira combina com a letra de um funk recentemente composto em sua homenagem.
O autor da música é MC Charles, o mesmo que popularizou o apelido Trem-Bala da Colina na torcida do Vasco. Ao homenagear Alecsandro, ele decidiu rimar o termo “artilheiro do Carioca” com “cambalhota” (confira a letra e música no fim da reportagem). E pediu ajuda ao atacante para promover seu novo hit.
- Na comemoração do título da Copa do Brasil, o Alecsandro pediu que eu fizesse um funk para ele. Liguei avisando que estava pronto, mas pedi que ele desse uma cambalhota quando marcasse um gol. Fiquei muito feliz quando o vi comemorando daquele jeito, e acho que a música vai pegar. Afinal, dar cambalhota é uma das primeiras coisas que as crianças fazem - disse Charles.
Alecsandro comemorando gol (Foto: MarceloSadio / vasco.com.br)Alecsandro dá cambalhota após marcar gol sobre o Nova Iguaçu (Foto: MarceloSadio / vasco.com.br)
Alecsandro confessa que relutou em aceitar a “proposta” do MC, mas garantiu ter gostado da homenagem. Para ele, estrear a nova comemoração no último domingo não poderia ter sido mais adequado, já que com os dois gols marcados sobre o Nova Iguaçu retomou a artilharia do Campeonato Carioca. Ele soma 12 gols, assim como Somália, do Boavista.
- Acho que a última vez que tinha dado uma cambalhota foi numa aula de judô quando tinha 7 anos. Na domingo, tive um pouco de medo de me machucar, mas depois da segunda foi mais fácil. O Charles havia feito a música há algum tempo, mas agora que voltei a ser o artilheiro do Carioca, pôde lançar - afirmou o atacante.
MC Charles funk Alecsandro Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / globoesporte.com)Autor do funk, MC Charles faz careta de Alecsandro
(Foto: Gustavo Rotstein / globoesporte.com)
A careta de Alecsandro já tornou-se popular na torcida do Vasco, principalmente entre as crianças. Mas, com bom-humor, o centroavante pede para que apenas essa comemoração seja reproduzida pelos torcedores infantis.
- Se essa moda da cambalhota pega, vai ter muita mãe me processando. Acho melhor as crianças aprenderem somente a música - brincou.
Alecsandro espera terminar a competição fazendo jus ao funk de MC Charles. Embora deixe claro que a prioridade é a conquista do título, o atacante ressalta o desejo de terminar o Campeonato Carioca como o principal goleador. Ele soma 14 gols em 20 jogos oficiais em 2012, superando a marca da temporada passada, quando anotou 13 gols em 39 partidas disputadas pelo Vasco.
- Se for campeão e artilheiro, vou ficar muito feliz. Para um atacante, não há marca melhor do que ser o goleador de uma competição. Lógico que, para mim, o mais importante para mim é ajudar o Vasco a chegar a uma final e a conquistar o título. Mas agora que cheguei e que falta pouco, quero ser o artilheiro, sim.
Clique aqui e confira o funk de Alecsandro:

Alec... Gol! Gol!
Alec... Gol! Gol!
Ele é sinistro e o goleiro ele esnoba
Ele é sinistro e o goleiro ele esnoba
Ele faz careta, dá cambalhota
Ele faz careta, dá cambalhota
Eu falo de Alecsandro, artilheiro do Carioca

MP revela que Vasco omitiu a existência do CT de Itaguaí

Investigação sobre o trato dos clubes aos jovens das categorias de base é estendida a Flamengo, Fluminense e Botafogo

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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investigações nos clubes com a juiza Ivone  (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)Juíza e promotores concedem coletiva
(Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)
A juíza da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Ivone Ferreira Caetano, concedeu na tarde desta quarta-feira uma entrevista coletiva junto a cinco promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ. O tema foi o trato dado pelos grandes clubes cariocas aos garotos que integram suas divisões de base.
Na entrevista, o MP-RJ revelou que acompanha o trabalho na base do Vasco há quase um ano. O clube foi o primeiro a ser investigado por conta de uma denúncia que chegou à promotoria. Tudo caminhava para que, após alguns ajustes em São Januário, o Vasco assinasse um termo de adequação de conduta (tac) e, a partir daí, serviria inclusive de exemplo para os demais grandes. Entretanto, com a morte do jovem Wendel, de 14 anos, durante uma peneira no CT de Itaguaí, o MP se deu conta de que o Vasco nem sequer havia informado sobre a existência deste local de treinamentos.
Nesta quarta, o CT de Itaguaí foi interditado. O Vasco até pode utilizar o local, desde que não seja para nada relacionado às categorias de base. O ônibus utilizado para transportar os garotos está em mau estado de conservação e também foi proibido de rodar. Há, ainda, que se fazer ajustes nas instalações de São Januário. O clube corre o risco de ter de pagar multas de R$ 30 mil por dia que descumprir o solicitado. Há exigências com prazo para cinco dias.
- No início, as crianças não tinham água sequer para beber. Depois que fomos lá, ainda na primeira vez, eles colocaram copos de água mineral, mas ficavam muito distantes e são limitados, não podem beber o quanto quiserem. Temos relatos que alguns bebiam água no chuveiro. A alimentação é racionada. O refeitório que foi interditado é insalubre e as condições dos alimentos, muito ruins. O novo alojamento, que é muito melhor que o primeiro, já apresenta graves problemas também. Faltam armários, banheiros, e têm mais adolescentes em cada quarto do que deveria - explicou a promotora Clisanger Gonçalves, que acompanhou desde o início o caso do Vasco.
A escola Vasco da Gama, que funciona dentro de São Januário, também está na mira da Justiça.
- O que a gente percebeu é que existe um grau de evasão muito grande. Quando a gente foi a Itaguaí, percebemos que as crianças chegavam por volta de 13h a São Januário. Como elas poderiam chegar, tomar banho, almoçar e ir par ao colégio? Não dá tempo. Muitos deles faziam sinal para a gente mostrando que não iam aguentar ir para a escola. Tem que ser visto se a escola serve aos garotos ou ao Vasco - completou Clisanger.
A investigação começa a se estender também a Flamengo, Fluminense e Botafogo. No Rubro-Negro, de cara foram detectados problemas no Ninho do Urubu. Há jovens que guardam suas roupas em malas no CT.
- A preocupação do MP é dar condições mínimas para crianças sobreviverem. Olham como investimento e não como crianças. A preocupação é garantir que tenham acesso a informação. Quem mora fora do estado, que os clubes banquem ao menos quatro viagens para visitar os pais e que paguem ligações telefônicas. A preocupação é que os clubes entendam que eles devem formar cidadãos e não apenas visar ao lucro - finalizou a promotora Ana Cristina Macedo.

Quatro vascaínos pegam punições pesadas, mas jogam o clássico

Vasco vai recorrer da decisão, e presidente do TJD-RJ já avisou que, neste caso, concederá com certeza efeito suspensivo

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Jogadores e dirigentes do Vasco envolvidos na confusão após o clássico contra o Flamengo (derrota por 2 a 1, pela Taça Rio) foram julgados nesta quarta-feira pela Quinta Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ). Apesar de punições pesadas para Rodolfo, Eduardo Costa, Fagner e Fellipe Bastos (Diego Souza foi absolvido), todos terão condições de atuar na semifinal da Taça Rio, domingo, contra o próprio Flamengo. O auditor presidente do TJD já avisou que, caso o Vasco recorra (o que vai acontecer nesta quinta no início da tarde), o efeito suspensivo será concedido e os atletas terão condição de atuar até que haja um novo julgamento.
- O Vasco vai entrar com o recurso amanhã (quinta-feira), mas a lei obriga que o clube tenha o efeito suspensivo, já que a pena dos atletas ultrapassou duas partidas - explicou a advogada de defesa do Vasco, Luciana Lopes, filha de Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
Info_PunicaoVasco (Foto: infoesporte)
Todas as punições são válidas apenas para jogos do Campeonato Carioca. Ainda não há previsão sobre quando o recurso do Vasco será julgado pelo Pleno do TJD-RJ. Por isso ainda não é possível dizer se o grupo estará completo caso a equipe chegue à final da Taça Rio e à decisão do estadual.
Em sessão que durou quase duas horas dentro de uma pequena sala lotada de jornalistas, o TJD analisou todos os incidentes citados na súmula pelo árbitro Wagner dos Santos Rosa relativas ao jogo do dia 7 de abril.

Em sua tese de defesa, Luciana Lopes contestou a precisão de Wagner dos Santos Rosa ao relatar os supostos xingamentos e ameaças de agressão sofridas por jogadores após a partida. Diante do árbitro, a advogada pediu que ele reproduzisse, na ordem, as ofensas citadas em seu relatório do clássico.
- Não sou gravador - respondeu o juiz da partida.
Presentes ao tribunal, Diego Souza, Fagner, Fellipe Bastos, Eduardo Costa e Rodolfo apenas assistiram à sessão e não foram convocados para falar. Segundo o Vasco, o depoimento dos atletas não seria relevante, já que apenas negariam as acusações. Assim, alguns deles não esconderam o sono e o cansaço durante o julgamento, como resultado do treinamento realizado na manhã desta quarta-feira.
Diego Souza, que apresentava uma aparência cansada, não escondeu a surpresa ao ouvir a advogada Luciana Lopes ironizar o relato do árbitro sobre o fato de o camisa 10 ter supostamente chutado uma bola em sua direção.
- Se o Diego, que é atacante, errou o alvo a 20 metros de distância, o Vasco precisa rescindir seu contrato. Ele é muito ruim!
A procuradoria do TJD-RJ decidu, de pronto, amenizar as denúncias de tentativa de agressão, passando à conduta antidesportiva. Mas isso não impediu que os jogadores sofressem penas pesadas, acatadas por uninamidade após discurso do relator Wagner Dantas. Eduardo Costa e Rodolfo levaram oito jogos de punição e multa de R$ 15 mil cada. Fellipe Bastos e Fagner pegaram seis jogos e multa de R$ 5 mil cada, e Diego Souza foi absolvido.
Além disso, o presidente Roberto Dinamite foi apenas advertido, e o diretor de futebol Daniel Freitas pegou 30 dias de suspensão, mais multa de R$ 10 mil. O Vasco ainda foi punido com perda de mando de campo por quatro partidas e multa de R$ 32,4 mil. Tudo por conta do comportamento de sua torcida, que atirou cadeiras na direção do gramado do Engenhão. Mas como as multas individuais são cobradas ao clube, o montante total é de R$ 92,4 mil.
- Achamos as penas pesadas. Além disso, entendemos que o valor da multa é exorbitante. Por isso, vamos recorrer de todas as decisões do tribunal - disse a advogada.
Entenda o caso

Após o último clássico contra o Flamengo, os jogadores do Vasco contestaram a atuação do árbitro Wagner dos Santos Rosa, reclamando de um pênalti e de algumas faltas não marcadas durante a partida. Na súmula, o juiz relatou supostos xingamentos e tentativas de agressão por parte de atletas cruz-maltinos. Além disso, o presidente Roberto Dinamite queixou-se do juiz e disse que o Vasco "foi roubado". Baseada na súmula, a procuradoria do TJD-RJ incialmente denunciou os cinco vascaínos da seguinte maneira, tendo como base o Código Brasileiro de Justiça Desportiva:

Rodolfo e Eduardo Costa: Praticar agressão física (suspensão de no mínimo 180 dias) e ofensas (quatro a seis jogos de suspensão, mais multa).

Fagner e Fellipe Bastos: Praticar agressão física e invasão do gramado (um a três jogos de suspensão).

Diego Souza: Praticar agressão física.

Roberto Dinamite e o diretor de futebol Daniel Freitas também foram indiciados pelas declarações dadas após a partida. Os dois responderam por ofensas. O Vasco também foi denunciado por deixar de tomar providências para prevenir a desordem.

Desde o momento em que a súmula foi publicada no site oficial da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), houve grande controvérsia em relação à atitude de Wagner dos Santos Rosa. O próprio presidente da Ferj garantiu que os jogadores citados não foram expulsos, embora o advogado do árbitro tenha dito o contrário. Por isso, o Vasco decidiu não escalar Eduardo Costa, Fellipe Bastos e Rodolfo na partida contra o Nova Iguaçu, no último domingo, temendo perda de pontos no futuro. Fagner e Diego Souza cumpriram suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo.

Em meio a isso, houve polêmica também em relação a uma alteração na lista de jogadores do Vasco anexada à súmula do clássico. As letras “V” (que significariam cartão vermelho) anotadas ao lado dos jogadores do Vasco citados na descrição do árbitro foram apagadas com tinta corretiva. Em comunicado oficial, a Ferj informou que a anotação tratou-se de um rascunho de um funcionário que teria interpretado erradamente a expulsão dos jogadores, mas que foi apagada depois de a entidade confirmar que os atletas não receberam o cartão vermelho.

Feliz na Williams, Bruno quer manter ritmo: 'Não estou garantido em 2013'

Após começar bem a temporada 2012, brasileiro diz que está evoluindo com equipe, mas admite que ainda não tem lugar assegurado no ano que vem

Por GLOBOESPORTE.COM Grove, Inglaterra
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Bruno Senna em Xangai (Foto: Getty Images)Bruno Senna em Xangai (Foto: Getty Images)
Bruno Senna começou bem a temporada. Com o sexto lugar na Malásia, o brasileiro marcou oito pontos, mais do que a Williams em todo o ano de 2011. Na China, no último domingo, Senna voltou à zona de pontuação com a sétima posição e agora figura na nona colocação no Mundial de Pilotos, cinco à frente do companheiro Pastor Maldonado, que possui quatro pontos. Com contrato até o fim de 2012, o piloto de 28 anos sabe que o início é promissor, mas está ciente de que precisa mostrar serviço durante toda a temporada para manter a vaga na equipe no ano que vem.
- Essas foram apenas as primeiras corridas da temporada, mas marquei pontos em duas das três. É a melhor coisa que posso fazer, continuar pressionando e marcando pontos. Estou na luta por um lugar no próximo ano. Não estou garantido na próxima temporada, então, é importante continuar dando o meu melhor – disse em entrevista à revista inglesa “Autosport”.
Após estrear em 2010 a bordo da fraca HRT e disputar a metade final da temporada 2011 pela Renault-Lotus, Bruno ingressou na Williams no lugar do compatriota Rubens Barrichello. O sobrinho do tricampeão Ayrton Senna acredita que a experiência vivida na escuderia britânica tem contribuído bastante para seu desenvolvimento profissional.
- A pressão na Williams é diferente. Eu sei que preciso correr bem, sei que preciso estar por cima, mas esses caras me dão uma grande chance de desenvolver, de aprender, eles me ensinam tudo que podem. Nós estamos crescendo juntos. Estou fazendo de tudo para desenvolver o carro – afirmou.
Bruno Senna conseguiu bela recuperação na Malásia (Foto: AFP)Bruno Senna pilota a Williams na pista molhada do GP da Malásia: sexto na corrida (Foto: AFP)
De olho no GP do Bahrein, no próximo fim de semana, o piloto espera manter a boa fase. Segundo Bruno, o circuito de Sakhir apresenta características que exigem um acerto de carro diferente das demais pistas do calendário.
- Bahrein é uma pista desafiadora, com uma grande quantidade de longas retas seguidas de áreas de freadas fortes. Portanto, o carro precisa ser ajustado de maneira diferente a diversos outros circuitos. Carros com um efeito grande de asa móvel terão vantagem. Então, será interessante ver como as equipes irão se apresentar. Nós tivemos um bom desempenho nas três primeiras corridas da temporada e espero que consigamos continuar nesta corrida – analisou.
Horários GP do Bahrein (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)

'Torpedo Humano' conta: 'Falcão
me deu a bola e disse: solta a perna'

Fixo Rodrigo ganha apelido durante as Eliminatórias por conta do forte chute e chega ao auge da carreira com gol que ajudou na classificação ao Mundial

Por Flávio Dilascio Gramado, RS
Aos 27 anos, o fixo Rodrigo acaba de viver o momento mais importante da carreira. Autor de um dos gols da vitória sobre a Argentina por 3 a 0  (assista aos três gols da partida no vídeo ao lado), que deu ao Brasil a vaga no Mundial, o jogador do Carlos Barbosa vem sendo chamado de "Torpedo Humano" por conta da potência do seu chute. Humilde, o paulista de Campinas revela que ganhou um combustível a mais para fazer o segundo gol do Brasil nesta terça-feira.

- Recebi a bola do Falcão e ele me disse: solta a perna! Foi um gol extremamente importante, que ajudou o Brasil a chegar a vitória - disse ele, que chegou à marca de 17 gols com a camisa da seleção.

Sobre o lance, Rodrigo afirma que chutou com consciência no meio da barreira. Segundo o jogador, ele percebera uma má colocão dos jogadores argentinos segundos antes de partir para a bola.
Rodrigo, eliminatórias do mundial de futsal (Foto: Zorosa Filho / CBFS)Rodrigo voltou a balançar a rede pela Seleção (Foto: Zorosa Filho / CBFS)
- Vi que havia um buraco entre os dois jogadores e mirei ali. Coloquei força na bola e fui feliz - comentou.

Morando há seis anos em Carlos Barbosa (RS), o atleta admite que já se sente um pouco gaúcho, ficando extremamente à vontade quando joga no estado.

- Muitos até acham que sou gaúcho mesmo. O Rio Grande do Sul me acolheu tão bem que chego a me sentir como se fosse daqui - destacou.

Classificado para o Mundial com duas rodadas de antecedência, o Brasil descansa nesta quinta-feira e só volta a atuar na sexta, contra o Chile. A semifinal das Eliminatórias acontece no sábado e a grande final no domingo.

*O repórter viaja a convite da Confederação Brasileira de Futsal

'Torpedo Humano' conta: 'Falcão
me deu a bola e disse: solta a perna'

Fixo Rodrigo ganha apelido durante as Eliminatórias por conta do forte chute e chega ao auge da carreira com gol que ajudou na classificação ao Mundial

Por Flávio Dilascio Gramado, RS
Aos 27 anos, o fixo Rodrigo acaba de viver o momento mais importante da carreira. Autor de um dos gols da vitória sobre a Argentina por 3 a 0  (assista aos três gols da partida no vídeo ao lado), que deu ao Brasil a vaga no Mundial, o jogador do Carlos Barbosa vem sendo chamado de "Torpedo Humano" por conta da potência do seu chute. Humilde, o paulista de Campinas revela que ganhou um combustível a mais para fazer o segundo gol do Brasil nesta terça-feira.

- Recebi a bola do Falcão e ele me disse: solta a perna! Foi um gol extremamente importante, que ajudou o Brasil a chegar a vitória - disse ele, que chegou à marca de 17 gols com a camisa da seleção.

Sobre o lance, Rodrigo afirma que chutou com consciência no meio da barreira. Segundo o jogador, ele percebera uma má colocão dos jogadores argentinos segundos antes de partir para a bola.
Rodrigo, eliminatórias do mundial de futsal (Foto: Zorosa Filho / CBFS)Rodrigo voltou a balançar a rede pela Seleção (Foto: Zorosa Filho / CBFS)
- Vi que havia um buraco entre os dois jogadores e mirei ali. Coloquei força na bola e fui feliz - comentou.

Morando há seis anos em Carlos Barbosa (RS), o atleta admite que já se sente um pouco gaúcho, ficando extremamente à vontade quando joga no estado.

- Muitos até acham que sou gaúcho mesmo. O Rio Grande do Sul me acolheu tão bem que chego a me sentir como se fosse daqui - destacou.

Classificado para o Mundial com duas rodadas de antecedência, o Brasil descansa nesta quinta-feira e só volta a atuar na sexta, contra o Chile. A semifinal das Eliminatórias acontece no sábado e a grande final no domingo.

*O repórter viaja a convite da Confederação Brasileira de Futsal

Falta de estrutura deve tirar Spider
x Sonnen e a final do TUF do Rio

Conferência da ONU em junho impede que Ultimate encontre vagas em hotéis. Jogo da Libertadores atrapalharia montagem de estrutura no Engenhão

Por SporTV.com Rio de Janeiro
UFC 144 dana white (Foto: Agência Getty Images)Dana White vem ao Brasil na próxima semana para
falar de Spider x Sonnen (Foto: Getty Images)
A luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen e também as finais do TUF Brasil podem mais uma vez mudar de local. Depois de passarem de São Paulo para o Rio de Janeiro, o UFC 147 corre o sério risco de não ser mais disputado na capital fluminense. E mais: o evento tem grandes chances de ser desmembrado, com Spider x Sonnen sendo realizado nos Estados Unidos e em outra data.
O motivo? A falta de estrutura do Rio de Janeiro em suportar dois grandes eventos ao mesmo tempo. Entre os dias 20 e 22 de junho, a cidade sediará a Rio +20, conferência de desenvolvimento da ONU, que vai receber cerca de 100 chefes de estados e suas comitivas. Com isso, o UFC está com dificuldades de encontrar hotéis para abrigar lutadores, funcionários e a imprensa internacional.
Além do problema com a rede hoteleira, até mesmo a Libertadores deve ser um dificultador. Se o Fluminense chegar à semifinal, poderá jogar no Engenhão no dia 20 de junho. Seriam apenas três dias para montar toda a estrutura do UFC no estádio, e o risco deixou os dirigentes do Ultimate preocupados.
O UFC, então, recebeu a sugestão para transferir o evento para o dia 30, em um fim de semana que não há lutas marcadas, mas Dana White vetou alegando que isso atrapalharia o planejamento da organização.
A tendência é que o duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen seja transferido para os Estados Unidos. As lutas do TUF, entretanto, continuariam no Brasil. Belo Horizonte e Brasília passam a ser as principais cidades candidatas. O CEO do UFC, Lorenzo Fertitta, inclusive fez uma visita à capital federal no ano passado.
Chael Sonnen e Anderson Silva no UFC 117 (Foto: Divulgação UFC)Chael Sonnen e Anderson Silva se enfrentaram em Oakland em 2010. E deu Spider (Foto: Divulgação UFC)
Sonnen confirma que estará no Rio na terça-feira
Diante da possibilidade de o Rio de Janeiro perder a luta entre Anderson Silva e Chaell Sonnen, ao menos uma visita ao Brasil o polêmico americano fará. O desafiante dos médios do UFC confirmou ao SPORTV.COM que estará na Cidade Maravilhosa na próxima semana para uma conferência de imprensa. Ele também garantiu que não foi informado sobre uma possível mudança de local do combate para os Estados Unidos.
- A única coisa que eu sei sobre isso é que estarei no Rio de Janeiro na terça-feira. De resto, não me falaram mais nada - disse Sonnen, por telefone.
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Ed Soares, um dos empresários de Anderson Silva, também não foi informado sobre uma possível transferência. Em entrevista por telefone, ele disse que o combate foi assinado para ser realizado na capital carioca. Entretanto, ele sabe que o UFC terá problemas com a rede hoteleira na época do evento por causa do Rio +20.
- Não tem nada confirmado para a gente. Só sabemos o que todo mundo sabe. O contrato está assinado para lutar no Rio dia 23 junho. Sabemos do problema de logística no Rio nessa semana e que o Dana White está tentando resolver toda essa situação. Agora, ninguém falou nada sobre uma decisão por Las Vegas.

Barueri anuncia Ronaldo Angelim
e técnico, ex-auxiliar de Parreira

Zagueiro, ex-Flamengo, e Vinícius Eutrópio chegam para reforçar o clube na disputa do Campeonato Brasileiro da Série B

Por GLOBOESPORTE.COM Barueri, SP
Barueri apresentou o novo treinador Vinícius Eutrópio e o Zagueiro Ronaldo Angelin (Foto: José Gonzalez / Globoesporte.com)Barueri apresenta Ronaldo Angelim e Vinícius
Eutrópio para a Série B (Foto: Divulgação)
A diretoria do Grêmio Barueri anunciou dois reforços nesta quarta-feira: o técnico Vinícius Eutrópio, que comandará a equipe no Campeonato Brasileiro da Série B, e o zagueiro Ronaldo Angelim, ex-Flamengo, que se consagrou ao marcar o gol do título brasileiro rubro-negro em 2009 e que estava negociando há algum tempo com o clube.
O novo treinador teve sua principal passagem na carreira na seleção da África do Sul, onde foi auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira durante a Copa do Mundo de 2010. Ele já havia comandado o clube da Grande São Paulo, mas quando a sede estava em Presidente Prudente (SP). Além disso, passou também por Ituano, Fluminense e Estoril, de Portugal.
O presidente Domingos Brito se mostrou empolgado com os novos reforços do clube e assegurou que trará mais nomes até o início da segunda divisão nacional.
– Trouxemos o Vinícius por todo conhecimento dele com a equipe e a estrutura do Grêmio Barueri. E também pelo lado profissional dele, treinador rodado, que conhece o futebol nacional e internacional. Estamos aqui apresentando o Ronaldo Angelim, nome de peso, e ainda anunciaremos mais quatro outros para o Campeonato Brasileiro da Série B – afirmou o mandatário.
Ídolo no Flamengo, Angelim, de 35 anos, relembrou os triunfos na Série B pelo Fortaleza, outro clube onde fez história, e disse estar motivado para assumir o novo desafio.
– Primeiro quero dizer que é um prazer assinar e estar aqui no Grêmio Barueri. Eu já joguei algumas vezes a Série B, pelo Fortaleza. Inclusive, subimos na época em que somente duas equipes subiam. Recebi este convite para jogar pelo Barueri e estou motivado. Espero ajudar o grupo a fazer um grande trabalho nesta Série B.
Carma de Ponte e Atlético-GO, pênaltis levam Macaca às oitavas
Após vitória por 2 a 1 no tempo normal, Ponte faz 4 a 3 nas cobranças de penalidade e avança para enfrentar o São Paulo
 
 
A CRÔNICA
por Heitor Esmeriz
Carma de Ponte Preta e Atlético-GO em 2012 até agora, os pênaltis decidiram o futuro dos times na Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli. E a Macaca, entre um susto e outro, levou a melhor. Após vencer no tempo normal por 2 a 1, a Ponte fez 4 a 3 nas cobranças de penalidade máxima e avançou para encarar o São Paulo nas oitavas de final.
Durante os noventa minutos, Uendel e Renato Cajá marcaram para a Ponte, enquanto Marcão fez para o Dragão. Os três gols saíram no segundo tempo. A vaga só saiu para a Macaca na primeira série alternada, depois que Marcão acertou a trave, e Willian Magrão garantiu a classificação alvinegra.
Até esta quarta, o Atlético-GO havia desperdiçado as três batidas de pênaltis a que teve direito no ano, enquanto a Macaca tinha errado quatro de seis. O baixo rendimento foi refletido na hora da definição. Das 12 cobranças no total, cinco não entraram, o que dá um aproveitamento de 41,6%.
O resultado encerra uma série de quatro derrotas da Ponte e também põe fim à sequência de cinco vitórias do Dragão. Agora, os times voltam as atenções para os respectivos estaduais. Domingo, a Macaca pega o Corinthians, no Pacaembu, pelas quartas de final do Paulistão. No mesmo dia, o Dragão visita o Crac-GO, em Catalão, pelo jogo de ida das semifinais do Goiano.
roger ponte preta x atletico-go (Foto: Denny Cesare/Futura Press)Roger disputa lance: atacante foi um dos que fizeram de pênalti (Foto: Denny Cesare/Futura Press)
Pressão da Ponte no início, inteligência do Atlético-GO depois
Pela necessidade do resultado, era esperada a pressão da Ponte no início. E foi só a bola rolar para a Macaca criar as primeiras oportunidades. Em 30 segundos, o time já havia perdido duas boas chances, em lances originados por Renato Cajá.
Primeiro, ele lançou do campo de defesa e deixou Roger na cara de Márcio. O atacante tentou driblar o goleiro, que saiu nos pés do camisa 9 de Campinas e ficou com a bola. No rebote, Cajá encontrou Enrico na entrada da área, mas o meia mandou para fora.
Se Renato caprichou nos toques, os demais jogadores da Macaca abusaram dos erros, e a expectativa de bombardeio parou por aí. O Atlético-GO também chegou com perigo. Bruno Fuso trabalhou em cobrança de falta de Bida e depois em finalização colocada de Marcão.
O Dragão atuava com inteligência, esperando a Ponte tomar a iniciativa, mas a Macaca tinha dificuldade para criar. Dois motivos atrapalhavam as jogadas dos campineiros: a forte marcação do adversário, que congestionava o meio, e o nervosismo do time.
A partir da metade da etapa inicial, o ritmo da Ponte parou em campo: não conseguia ameaçar o gol de Márcio e dava espaços para o Dragão valorizar a posse de bola. Melhor em campo, o Atlético quase marcou após rebote de Bruno em cruzamento, mas Gilson furou.
Apesar da queda de rendimento, a Ponte teve as últimas oportunidades do primeiro tempo, com Caio, que, livre na área, cabeceou torto e culpou o refletor pelo lance, e depois com Enrico. Guilherme recebeu de Cajá na linha de fundo e cruzou. Da entrada da pequena área, Enrico pegou de direita, mas a bola subiu.
Gols e disputa de pênaltis
Para o segundo tempo, Gilson Kleina voltou com Rodrigo Pimpão no lugar de Enrico, na tentativa de diminuir a solidão de Roger na frente, mas o cenário pouco mudou no início. A Ponte continuava nervosa, enquanto o Atlético-GO seguia fechado atrás, à espera de um contra-ataque.
Os erros de passe da Macaca, porém, não estavam restritos ao ataque. Ferron se atrapalhou na defesa e entregou a bola nos pés de Ernandes, que invadiu a área, mas foi travado na hora da finalização por Willian Magrão. O Atlético assustou também aos 13 minutos, quando Pituca subiu com estilo e cabeceou no chão após escanteio. Bruno ainda desviou antes de a bola bater na trave.
Percebendo a superioridade do Atlético-GO, Gilson Kleina tentou dar novo gás ao meio da Macaca, promovendo a entrada de Cicinho na vaga de Gerson. E foi com a aposta do treinador que começou a jogada do primeiro gol da Ponte.
Após cruzamento de Cicinho, Roger ajeitou para Uendel, que tabelou com Caio e bateu sem deixar cair, fazendo um golaço aos 17 minutos. Na comemoração, o lateral fez questão de agradecer e abraçar Caio, autor de passe primoroso.
Em desvantagem e precisando do empate para evitar a eliminação, Adilson Batista colocou o Dragão no ataque: Juninho e Elias entraram nos lugares de Rafael Cruz e Paulinho, respectivamente. Em sua primeira participação, Elias arriscou de longe e levou perigo a Bruno.
Jogadores da Ponte Preta comemoram gol contra o Atlético-GO (Foto: Reprodução EPTV)Roger comemora gol de Cajá contra o Dragão no
Majestoso (Foto: Reprodução EPTV)
Mas as mudanças deixaram o Dragão vulnerável. E a Ponte soube aproveitar. Aos 25, Roger brigou pelo lance na lateral, Caio lançou Rodrigo Pimpão na área. Na cara de Márcio, o atacante teve tranquilidade para encontrar Renato Cajá livre. Sem goleiro, o meia mandou para as redes e ampliou a vantagem alvinegra.
A alegria da Ponte durou pouco. Três minutos depois, Dodó cruzou da direita, Marcão apareceu na segunda trave para empurrar de joelho para o gol, descontando para o Dragão. O placar de 2 a 1 levava a decisão para os pênaltis. O temor de arriscar e ser surpreendido moveu as duas equipes nos minutos finais. Com o marcador inalterado, a definição da vaga foi para as penalidades máximas.
Nas cobranças, realizadas no gol do portão principal do Majestoso, Renato Cajá e João Paulo Silva desperdiçaram para a Ponte, enquanto Guilherme, Uendel, Roger e Willian Magrão marcaram. Do lado do Atlético-GO, Márcio, Elias e Ernandes fizeram, mas Bida, Fernando Bob e Marcão, já na série alternada, erraram. Trauma superado pela Ponte. Trauma mantido para o Dragão.

Guardiola diz que Chelsea é favorito e pede que Barcelona arrisque mais

Treinador catalão admite vantagem do clube londrino na semifinal e prefere não chamar derrota no Stamford Bridge de injusta: 'Isso é futebol'

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
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Desacostumado a ter que explicar derrotas do Barcelona, Pep Guardiola demonstrou tranquilidade após o revés diante do Chelsea, nesta quarta-feira. O treinador do Barça afirmou que os Blues passaram a ser os favoritos no duelo, mas deixou claro que tem confiança em conseguir a vaga para a final da Liga dos Campeões.
- O favorito é o Chelsea, pois tem a vantagem agora. Mas tentaremos que não seja assim. Jogaremos 90 minutos em casa e tentaremos fazer o melhor possível para ganhar a eliminatória. Teremos que arriscar um pouco mais, mas já disse aos jogadores que se tivemos chances aqui, também as teremos no Camp Nou. Sabemos que para marcar teremos que gerar muitas chances. O Chelsea tem essa virtude de criar perigo que nós não temos - afirmou o comandante catalão.
Com a derrota no Stamford Bridge, o Barcelona pode dar adeus às duas principais competições da temporada em apenas uma semana. No próximo sábado, uma derrota para o Real Madrid deixa o rival com uma mão no título espanhol. Na terça, o time pode ser eliminado da Liga dos Campeões. Mas nada disso assusta Guardiola.
- No esporte só caem os que ganham. Não sei o que acontecerá no sábado e na terça, mas minha sensação é que já ganhamos neste ano, com situações tão adversas. Isto já foi um êxito, mas sei que só contará se levantarmos algum troféu.
drogba gol chelsea x barcelona (Foto: Getty Images)Drogba chuta para marcar o gol do jogo (Foto: Getty Images)
Pep também comentou o fato de o Barça ter comandado as ações ofensivas da partida e ter criado boas chances de gol, chegando a chutar uma bola no travessão e outra na tave. O treinador do atual campeão da Champions revelou que já esperava um Chelsea bastante defensivo, mesmo atuando em Londres.
- Esperava um jogo assim, com um time que cria muitos problemas com bola parada e espera seu momento. Sabia que não nos custaria criar chances de gol e as criamos. Tivemos continuidade no jogo, Cech foi muito bem e agora temos que pensar que na partida de terça é preciso seguir criando chances e materializá-las. Teremos que ter muita paciência e encontrar a inspiração.
Apesar do estilo mais ofensivo, Guardiola preferiu não chamar a derrota do Barça de injusta e evitou criticar a formação "retranqueira" armada por Di Matteo.
Messi - Chelsea X Barcelona (Foto: Ag. AFP)Messi não brilhou dessa vez (Foto: AFP)
- Não sou eu quem decide como têm que jogar. Somos nós que temos que saber como jogar, mas não podemos esquecer que eles chegaram seis vezes às semifinais da Champions nos últimos nove anos. O resultado não é justo nem injusto. Isso é futebol. Não se ganha pela posse de bola. Se fosse assim, sempre ganharíamos. O que se tem que fazer é fazer gols.
Iniesta espera novo "ferrolho"
Uma das principais vítimas da forte marcação do Chelsea nesta quarta, Iniesta afirmou que espera um estilo de jogo parecido do time londrino no jogo de volta. No entanto, acredita em um desfecho positivo para o Barça.
- Será um jogo parecido, com eles atrás esperando. Defendem muito bem em sua área, mas com o Camp Nou a nosso favor teremos um ponto a mais. Teremos que ser mais agressivos - disse à "TV3".
Flu sofre, vence o Arsenal e garante melhor campanha da fase de grupos
Tricolor ganha com gol as 47, termina em primeiro lugar do Grupo 4, com 15 pontos, e agora vai decidir todas as partidas do mata-mata no Engenhão
 
 
A CRÔNICA
por Edgard Maciel de Sá
O primeiro objetivo do Fluminense na Libertadores foi cumprido. Mas não faltaram emoções. O Tricolor sofreu, perdeu pênalti atleta de linha no gol e jogou apenas o suficiente para vencer o Arsenal de Sarandí-ARG, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, no Estádio Júlio Grondona, em Buenos Aires. De quebra, o clube das Laranjeiras terminou com a melhor campanha da fase de grupos da competição sul-americana: cinco vitórias, apenas uma derrota e 15 pontos em 18 possíveis. O desempenho garantiu o direito de decidir sempre em casa nas próximas fases do torneio. O adversário do Fluminense nas oitavas será Emelec-EQU, Internacional ou Cruz Azul-MEX. A chance é grande de que a partida de ida, fora do Rio de Janeiro, seja realizada já na próxima quarta-feira. Carlinhos e Rafael Moura, este último já aos 47 minutos do segundo tempo, marcaram os gols diante do Arsenal. Aguirre descontou.
O resultado melhorou ainda mais o retrospecto recente do Fluminense em terras argentinas. Nas últimas quatro partidas, três vitórias e um empate. A última derrota foi curiosamente para o próprio Arsenal, na fase de grupos de 2008. As baixas da partida ficaram por conta do atacante Wellington Nem e do zagueiro Leandro Euzébio. O primeiro saiu após sentir uma contratura na coxa direita. Já o camisa 4 sofreu uma pancada na costela. Ambos serão reavaliados na próxima quinta-feira.
Agora, o Fluminense espera pela definição das datas das oitavas de final da Libertadores. O Tricolor tem chance de jogar a primeira partida do mata-mata já no meio da próxima semana, no dia 25 de abril. A principio, no entanto, o clube das Laranjeiras só volta a campo no próximo dia 6 de maio para disputar a primeira partida da decisão do Campeonato Carioca.
Superioridade, lesões e vitória parcial
Com o time da casa já eliminado, o caldeirão do Estádio Júlio Grondona não pulsava quando a bola rolou. De tão vazio, dava até para ouvir da arquibancada os gritos dos jogadores no gramado. Em pequeno número, a torcida do Arsenal mantinha a tradição argentina de cantar a todo momento, mas quem vibrava era a torcida tricolor. Os pouco mais de 200 brasileiros viram o Fluminense dominar com tranquilidade as ações no primeiro tempo mesmo sem ter uma grande exibição. Com menos de 20 minutos, a equipe do técnico Abel Braga já tinha criado três chances. Desinteressado e poupando quase todos os seus titulares, o time de Sarandí dava espaços. Tanto que o goleiro Diego Cavalieri só trabalhou pela primeira vez na metade da etapa inicial, após bom chute de Caffa.
carlinhos deco thiago neves  arsenal x fluminense (Foto: Ricardo Ayres/Photocamera)Carlinhos comemora o primeiro gol do Fluminense na partida (Foto: Ricardo Ayres/Photocamera)
Quando o gol parecia questão de tempo, o Fluminense sofreu uma baixa considerável. Um dos principais destaques da equipe em 2012 até agora, o atacante Wellington Nem arrancou em velocidade pela esquerda, passou por um zagueiro e, quando ia chutar, sentiu uma contratura muscular na parte posterior da coxa direita. Do problema, no entanto, nasceu o gol tricolor. Substituto de Nem, Rafael Sobis fez boa jogada aos 34 minutos e deixou Carlinhos na cara do gol. De pé direito, o lateral-esquerdo tocou na saída de Campestrini para abrir o placar em Sarandí.
Com o Arsenal acuado em sua própria casa e quase sem incomodar Cavalieri, o Tricolor se animou com o gol e quase chegou ao segundo logo em seguida após boa jogada de Bruno pela direita. Antes, porém, novo problema médico: após sofrer pancada na costela, o zagueiro Leandro Euzébio, que completava 100 jogos pelo Fluminense, deu lugar a Gum.
Pênalti defendido por jogador de linha e gol salvador aos 47
Percebendo a inoperância do adversário e a falicidade para chegar ao gol argentino, o Fluminense voltou para segundo disposto a sacramentar a vitória logo. E só não ampliou porque Thiago Neves não estava em uma noite inspirada. Logo que a bola rolou o camisa 7 recebeu lançamento de Rafael Sobis e, livre na cara do gol, chutou em cima de Campestrini. À beira do campo, Abel Braga esbravejou com palavrões. Cinco minutos depois, o roteiro foi o mesmo. Só mudou o autor do passe: Rafael Moura. Thiago recebeu na área, demorou a chutar, driblou um zagueiro e caiu pedindo pênalti.
A displicência tricolor fez o Arsenal acordar. Mais calmo e trocando passes, o time argentino passou a atacar com mais frequência e quase empatou aos 19. Após falta de Gum na entrada da área, González cobrou com categoria e obrigou Cavalieri a se esticar para evitar o gol. Parecendo satisfeito com o resultado, o Fluminense recuou e atraiu o Arsenal para o seu campo.  Em um dos raros ataques, Rafael Sobis pediu outro pênalti não marcado aos 33. Logo depois, o castigo. Diego Cavalieri saiu mal em uma cobrança de  falta e a bola sobrou para Aguirre empatar. Àquela altura, o Boca Juniors-ARG vencia o Zamora-VEN por 2 a 0 e tirava do Tricolor a primeira posição do Grupo 4.
A chance da vitória veio logo em seguida. Thiago Neves entrou na área, driblou Campestrini e foi derrubado. Pênalti e cartão vermelho para o goleiro do Arsenal. Como a equipe argentina já tinha feito as três substituições, o meia Torres foi para o gol. O próprio Thiago Neves cobrou mal e viu o goleiro improvisado, que viria a sair de campo ovacionado pela torcida local, voar no canto direito para fazer a defesa.
Quando o tropeço já parecia real, veio o gol salvador. Lanzini recebeu de Deco pela direita, avançou e cruzou na cabeça de Rafael Moura. Gol, vibração e festa tricolor em Sarandí. Fluminense líder geral da fase de grupos da Libertadores, sim. Mas com um dose extra de sofrimento também.