quarta-feira, 2 de maio de 2012

Apoiado na defesa, Timão supera tensão e empata com o Emelec
Com boa atuação do goleiro Cássio e com um a menos durante boa parte do segundo tempo, Corinthians inicia as oitavas de final da Libertadores
 
 
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari
Mata-mata de Libertadores é sempre tenso para o Corinthians. Foi assim mais uma vez na noite desta quarta-feira, contra o Emelec, em Guayaquil, no Equador, pelas oitavas de final. Mas o empate por 0 a 0, com um jogador a menos (Jorge Henrique foi expulso), foi lucro para a equipe comandada por Tite.
Em especial pela eficiência do setor defensivo, principalmente do goleiro Cássio, substituto de Julio Cesar, de volta ao banco de reservas após falhas no Paulistão. É verdade que o Timão não fez uma grande partida, mas ao menos conseguiu segurar a pressão dos equatorianos, que também não tiveram um bom futebol.
Corinthians e Emelec voltam a se enfrentar, na partida de volta das oitavas de final da Taça Libertadores da América, na próxima quarta-feira, às 21h50m, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Novo empate por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Empate com gols dá Emelec. Quem vencer fica com a vaga nas quartas.
Paulinho, Emelec x Corinthians (Foto: AP)Paulinho se protege da marcação do jogador do time equatoriano (Foto: AP)
Bola no alvo errado
Quando o destaque de uma partida é um bandeirinha, algo está errado com os 22 jogadores que disputam a bola dentro de campo. E foi assim no primeiro tempo do duelo entre Emelec x Corinthians. Fraca tecnicamente, a etapa inicial teve pouca emoção, muita reclamação e um lance curioso.
Aos 21 minutos, após dividida de Fábio Santos com Figueroa, na lateral esquerda, a bola acertou a região genital de um dos auxiliares. Na hora, ele levantou a bandeirinha, chamou o árbitro e pediu um tempo para se recuperar. Atletas de Corinthians e Emelec riram do problema.
Fora isso, o primeiro duelo das oitavas de final da Libertadores não deu emoção aos torcedores equatorianos e brasileiros. Pelo contrário, deu sono! Cauteloso, o Emelec se arriscou algumas vezes nas bolas aéreas, mas parou na boa marcação do Timão, que por sua vez tentou no contra-ataque e pouco levou perigo.
Willian tentou de cabeça, Emerson em chute da entrada da área, Jorge Henrique na correria... Mas nada assustou os equatorianos a ponto de tirar o fôlego da torcida.
Ao final do primeiro tempo, o clima esquentou um pouco por conta de algumas faltas mais duras. E na saída para o intervalo, Jorge Henrique, advertido com um cartão amarelo por revidar em um lance, esbravejou contra o árbitro.
- O juiz, além de ser fraco, é caseiro – resumiu o corintiano.

Emoção e tensão
A emoção que faltou no primeiro tempo marcou presença logo aos três minutos da etapa final, quando Giménez cruzou para a grande área. O zagueiro Achilier desviou de cabeça e obrigou Cássio a grande defesa. A resposta do Corinthians foi com boa jogada de Emerson, que avançou pela esquerda, fez fila e quase marcou.
Só que no lance seguinte, Jorge Henrique, que já tinha levado cartão amarelo no primeiro tempo, fez falta no meio de campo, levou o segundo e foi expulso. Rapidamente, o técnico Tite fez uma troca. Sacou o atacante Willian, que jogou na vaga do barrado Liedson, e mandou a campo o meia Alex.
Nervoso, o Corinthians levou mais dois cartões amarelos por pura bobeira. Danilo, por falta no meio, e Edenílson por reclamação. Do outro lado, o Emelec se empolgou com a vantagem no número de jogadores e se arriscou mais no ataque. Aos 17, por sinal, Valencia acertou o travessão em cobrança de falta.
Refém das bolas alçadas na área, o Emelec não conseguia aproveitar a vantagem que tinha. Principalmente porque o Corinthians se fechou bem no campo de defesa. O ponto alto da zaga corintiana, aliás, era Cássio, goleiro que ficou com a vaga de Julio Cesar, levado ao banco de reservas após falhas no Paulistão.
E foi assim até o fim... Embora não tenha feito uma boa partida, o Timão cumpriu sua meta de não levar gols. Não fez aquele que tanto queria, é verdade, mas pela circunstância do jogo, em especial depois da expulsão de Jorge Henrique, o 0 a 0 com o Emelec, no Equador, foi ótimo.

Em noite de golaço de Diego Souza, Vasco vence Lanús, mas torcida vaia

Camisa 10 marca depois de lindo lençol. Vasco chega a abrir 2 a 0, mas leva um gol e quase se complica mais. Torcedores pegam no pé de Cristóvão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Vasco começou com vitória a sua participação nas oitavas de final da Taça Libertadores. Jogando em São Januário, o Cruz-Maltino derrotou o Lanús pelo placar de 2 a 1. Alecsandro e Diego Souza, que marcou após dar um lençol num rival, fizeram os gols do Vasco, com Regueiro descontando para os argentinos na etapa final. Apesar do triunfo, a torcida vascaína ficou na bronca, principalmente com o técnico Cristóvão Borges. Ele passou a ser chamado de burro depois que trocou Felipe por Fellipe Bastos. No fim do jogo, as reclamações foram intensas.
Com o resultado, basta ao Vasco um empate no jogo de volta, na próxima quarta-feira, na Grande Buenos Aires, para ficar com a vaga nas quartas de final. O Lanús, por sua vez, vai estar classificado se vencer por mais de um gol de diferença ou pelo placar de 1 a 0 (gol fora de casa é critério de desempate). Novo 2 a 1, desta vez a favor do Lanús, leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outra vitória dos argentinos por um gol de diferença favorece o time brasileiro.
Formação ofensiva
O Vasco começou a partida com uma formação mais ofensiva dos que a que costuma usar. De volante com características de marcação, apenas Romulo. Daí para a frente, só habilidade: Juninho, Felipe, Diego Souza e Eder Luis, com Alecsandro como homem de referência na área.
O Lanús, por sua vez, adotou uma postura comum a quem joga fora de casa: fechadinho o time argentino esperou para sair na boa. Valeri, Regueiro e Pavone formaram o trio ofensivo, com o último sendo o único atacante de fato (os demais voltavam para marcar).
Diego Souza, Vasco x Lanús (Foto: EFE)Diego Souza comemora, em tom de desabafo, após marcar um golaço em São Januário (Foto: EFE)
Empurrado pela torcida, o Vasco tentou criar chances nos minutos oficiais. Juninho, primeiro numa bola levantada que saiu rente ao travessão, depois com um chute colocado, que quase entrou no ângulo, assustou.
O Lanús, porém, foi o dono da primeira chance cristalina de gol. Aos 24, Após bobeada da zaga vascaína, Valeri ficou cara a cara com Fernando Prass. O argentino bateu na saída do arqueiro cruz-maltino, que fez um milagre e salvou o Vasco.
O time da casa não demorou a se refazer do susto e abriu o placar logo depois, aos 25. Eder Luis cruzou da direita e Alecsandro, que estava na mesma linha do último zagueiro na hora do lançamento, completou de coxa, no meio da área. Festa na Colina.
A obra de arte
O Vasco seguiu com maior volume de jogo. Embora o Lanús vez por outra assustasse, como em chute de Camoranesi, à direita de Prass, eram os cruz-maltinos que tinham mais a bola (60% ao fim do primeiro tempo). A maior presença em campo foi recompensada com o segundo gol. Aos 41, Diego Souza recebeu na meia-lua, deu um lençol em Braghieri e emendou para a rede. Um golaço. A comemoração do camisa 10 vascaíno foi em tom de desabafo. Com alguns palavrões, ele parecia pedir reconhecimento da torcida. De quebra, botou a camisa cobrindo parte da cabeça e ganhou um cartão amarelo.
Na volta para o segundo tempo, os dois times não fizeram substituições. A única mudança ocorrera pouco antes do fim da etapa inicial, quando Romulo, com um problema muscular, deu lugar a Eduardo Costa no time do Vasco.
Juiz dá pênalti para o Lanús, mas volta atrás
Logo no início do segundo tempo, o time da casa levou um susto. Regueiro penetrou pelo lado direito da área e foi derrubado por Fagner. O árbitro uruguaio Roberto Silvera marcou pênalti, mas voltou atrás porque foi marcado impedimento do jogador do Lanús no lance, que foi muito duvidoso.
O Vasco então tratou de apertar o ritmo para tentar não oferecer novas oportunidades ao Lanús. Diego Souza, desta vez na base da trombada, por pouco não conseguiu marcar o terceiro gol, aos 5 minutos. Aos, 12, foi a vez de Juninho, batendo falta, quase marcar. A bola saiu a poucos centímetros do ângulo direito de Marchesín.
Lanús diminui, e Cristóvão vira vilão
O time argentino, porém, tratou de mostrar que não viajou a passeio ao Rio de Janeiro. Aos 17, Regueiro diminuiu a desvantagem. O camisa 10 recebeu um cruzamento de Valeri, no lado esquerdo da área (nas costas de Fagner), dominou e encheu o pé para fazer o primeiro do Lanús.
De imediato, o técnico Cristóvão Borges promoveu a primeira alteração no Vasco: Felipe deu lugar ao volante Fellipe Bastos. A torcida vascaína não poupou o treinador, chamando-o seguidamente de burro por quase dois minutos. No Lanús, ao mesmo tempo, Valeri deu lugar a Romero.
O jogo ficou franco, com as duas equipes buscando o gol. Após falha de Rodolfo, Romero ficou com a bola e serviu Regueiro na área. Por sorte, o jogador do Lanús concluiu muito mal. Logo em seguida, foi a vez de Eder Luis ter a chance de marcar para o Vasco. O chute desviou na zaga e foi no cantinho de Marchesín, que fez uma defesa espetacular.
Fim de jogo tenso
Cristóvão mexeu outra vez no Vasco, aos 25: Diego Souza saiu para a entrada de Carlos Alberto. Logo na sequência, o Lanús também fez alteração: o centroavante Pavone deixou o campo e o também atacante Gutiérrez tomou seu lugar.
O ritmo intenso que dava o tom da partida diminuiu um pouco. Regueiro teve nova chance para o Lanús, mas bateu por cima. Depois, Juninho, de falta, obrigou Marchesín a espalmar para o meio da área. A bola voltou na cabeça de Carlos Alberto, que testou por cima do gol.
O Vasco não jogou bem os minutos finais. Aos 41, Gutiérrez teve boa chance para empatar o jogo, mas bateu por cima do gol de Fernando Prass. Depois, aos 42, Velázquez bateu falta que o goleiro vascaíno rebateu de forma esquisita. Mas o time da Colina soube se segurar e garantiu a vitória pelo placar de 2 a 1. Após o apito final, o técnico Cristóvão voltou a ser alvo de pesadas críticas vindas da arquibancada.
No jogo da ressaca, Ponte Preta leva a melhor sobre o São Paulo
Equipe de Campinas mostra que está superando o trauma da eliminação do Paulista e agora joga por um empate no Morumbi. Tricolor balança
 
 
A CRÔNICA
por Gustavo Serbonchini
As eliminações no Campeonato Paulista parece que não foram superadas por Ponte Preta e São Paulo. No duelo desta quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, a Macaca levou a melhor, venceu por 1 a 0, mas não mostrou o futebol de antes. O Tricolor muito menos.
Por mais que o primeiro tempo tenha sido lá e cá, com muitas oportunidades dos dois lados, ninguém jogou bem. As chances criadas foram, em sua maioria, em consequência de erros dos times. Muito espaço e falhas na marcação. No segundo tempo, as coisas mudaram um pouco e a Ponte Preta tomou conta da partida. Até marcar o gol, com Roger, de cabeça, e ameaçar em contra-ataques. No fim, no jogo da ressaca, a equipe de Campinas mostrou ao menos um esboço de reação. O Tricolor agora tem um novo tropeço a remoer.
Os dois times voltam a se enfrentar para decidir o classificado para as quartas de final na quinta-feira que vem, às 21h50, no Morumbi. O Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. Se devolver o 1 a 0, levará a decisão para os pênaltis. O empate é da Macaca, que pode até perder por um gol de diferença, desde que marque. Esse é o tamanho do gol de Roger.
Mudanças, erros e nada de gols
Antes de começar o jogo, uma notícia que pegou todos de surpresa. O zagueiro Paulo Miranda foi afastado pela diretoria por conta das falhas que cometeu em jogos importantes. No lugar dele, o técnico Emerson Leão Leão colocou Edson Silva. Se houve surpresa na defesa, nos outros setores o treinador confirmou o que deixou no ar durante a semana: sacou o meia Jadson. Na vaga do camisa 10, o atacante Fernandinho foi escalado para jogar pela esquerda, avançado, ao lado de Luis Fabiano e Lucas. A ligação ficou por conta de Cícero.
Roger, Ponte Preta x São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Roger comemora o gol que dá vantagem à Ponte (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Outro nome que estava confirmado era o de Douglas. O lateral-direito ganhou a posição de Piris. Em campo pela primeira vez nesta temporada (atleta chegou do Goiás com problema no púbis, ficou em tratamento e só fez sua estreia nesta quarta-feira), o reforço teve muita dificuldade. Apoiador, ele deixou muitos espaços às suas costas e deixou a defesa desguarnecida. Na frente, também não chamou atenção.
Do outro lado uma Ponte Preta com algumas pequenas surpresas. Gilson Kleina escalou Cicinho como um lateral, mas, na verdade, ele jogou mais avançado, como vem fazendo há alguns jogos.
Com tudo isso e com a necessidade de esquecer as respectivas eliminações no Campeonato Paulista – Ponte caiu diante do Guarani e o São Paulo contra o Santos –, os times se mandaram para o ataque em busca dos gols. Cícero, com um minuto acertou a trave. A resposta veio pouco depois com Renato Cajá, no travessão. Além dessas, mais algumas oportunidades para cada lado.
Os lances de maior perigo foram ocasionados por erros das defesas. São Paulo deu muito espaço pelos lados e, quando a bola ia pelo meio, Rhodolfo e Edson Silva se complicaram. Do outro lado coisa semelhante. Cortez e Fernandinho deitaram e rolaram pela esquerda. Os cruzamentos, porém, não acertaram os cruzamentos.
Em dois lances, a torcida da Ponte Preta reclamou de pênalti. Renato Cajá foi ao chão dentro da área, mas o árbitro não marcou. Em outro lance, a bola bateu no braço de Douglas. Novamente nada foi assinalado.
Além dos espaços, os erros de passe também chamaram atenção. Os dois times se complicaram no toque de bola do meio de campo e deram para os adversários várias oportunidades. No fim, um primeiro tempo cheio de oportunidades para ambas as equipes, mas nada de gols.
Macaca na frente
Se o primeiro tempo foi lá e cá, o segundo teve a Ponte Preta com muito mais chances de marcar. Logo no início, a Macaca tomou conta do meio de campo e foi bem mais perigosa, aproventando a velocidade de Cicinho e o crescimento de Renato Cajá, que passou a jogar bem.
O São Paulo, por outro lado, deixava muitos espaços. Além disso, e não conseguia uma bola ligação entre o meio e o ataque. O trio de atacante, isolado à frente, não conseguia receber a bola em condições de criar algo. O lateral-esquerdo Cortez era o jogador mais lúcido da equipe e conseguiu dar algum trabalho à Macaca, mas sem assustar.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Cicinho achou espaço na direita para mandar para a área. Roger apareceu em um buraco deixado por Rhodolfo e marcou para a Macaca.
Depois de marcar o gol, a Ponte recuou e o Tricolor se mandou para o ataque. Leão colocou Maicon no lugar de Fernandinho para ganhar o meio. E conseguiu. Mas, mesmo assim, o time da capital paulista assustou pouquíssimo no segundo tempo e saiu e Campinas com o resultado adverso.

Vaga em aberto: Vitória e Botafogo empatam em Salvador

Leão sai na frente, mas Alvinegro empata e tem leve vantagem para o confronto do Rio. Na semana que vem, cariocas avançam com um 0 a 0

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
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O Botafogo tem uma leve vantagem na disputa com o Vitória por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o time de Oswaldo de Oliveira superou quase meio time de desfalques e conseguiu um empate com gols no estádio Barradão, em Salvador. Sob forte chuva no segundo tempo, as equipes ficaram no 1 a 1. O confronto foi visto por 12.399 torcedores (11.371 pagantes e renda de R$ 155.295,00).
Neto Baiano, artilheiro do Brasil na temporada, abriu o placar e chegou a 29 gols em 2012. Elkeson, cria do Leão, empatou ainda no primeiro tempo. Gol que aumenta a invencibilidade alvinegra no ano para 23 partidas e dá ao time o direito de empatar sem gols no confronto de volta, dentro de uma semana.

O Vitória terá de vencer por qualquer placar ou contar com um empate a partir de 2 a 2. Em caso de repetição do resultado da Bahia, a decisão da vaga será nos pênaltis. O classificado vai enfrentar Coritiba e Paysandu na fase seguinte. As equipes fazem o segundo jogo nesta quinta-feira, no Mangueirão. Os paranaenses venceram na ida por 4 a 1 e têm ótima vantagem.

Baianos e cariocas voltam a jogar na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão. No fim de semana, porém, os times disputam a primeira partida das decisões dos campeonatos estaduais. O Vitória recebe o Bahia, no Barradão, às 16h. No mesmo horário, no Engenhão, o Botafogo encara o Fluminense.  

Equilibrados


Bola levantada por Herrera, gol de Elkeson. Bola erguida por Tartá, gol de Neto Baiano. Praticamente iguais. Vitória e Botafogo começaram a disputa por um lugar nas quartas de final da Copa do Brasil intensos e equilibrados. Foi um primeiro tempo franco, de boas oportunidades criadas por rubro-negros e alvinegros. Ora baianos melhores, ora cariocas mais contundentes.
O Leão deu o primeiro passo. Com Tartá. E cedo. Aos sete minutos, o rápido atacante, ex-Fluminense, achou Neto Baiano dentro da área. O goleador bateu firme, mas Renan espalmou. O goleiro, aliás, foi um dos reservas que Oswaldo de Oliveira precisou escalar na partida. De uma só vez, o time perdeu Jefferson, Fellype Gabriel, Andrezinho e Loco Abreu, além de Renato e Jobson, que já estavam fora.

Foi um Botafogo mexido, mas disposto, bem organizado. O Alvinegro não deixou o adversário tomar conta da partida e teve dez minutos de superioridade. Lucas e Elkeson foram as principais peças ofensivas, e Herrera também ajudou. Um pouco mais discreto, Maicosuel teve uma chance de cabeça, aos 16, mas mandou para fora. O zagueiro Antônio Carlos fez o mesmo depois que Lucas o achou na área. Quando alguém em campo vacilou, o gol saiu, aos 26 minutos. Após falha do lateral-direito Léo, a bola sobrou para Herrera na área. Com calma e cabeça erguida, o argentino levantou para Elkeson empurrar de cabeça sem qualquer dificuldade. Revelado no Barradão, o jogador não comemorou. Braço direito erguido e mão esquerda no peito. Segundo ele, em sinal de respeito ao ex-clube.
O Vitória não se desestruturou. Continuou agressivo na linha de frente com o trio formado por Geovanni, Tartá e Neto Baiano. Tartá, aliás, começou o primeiro tempo na esquerda, mas se deu bem na direita. Aos 31, fez bonita jogada em cima de Maicosuel e cruzou de esquerda na cabeça de Neto Baiano. O goleador do Brasil ganhou de Antônio Carlos pelo alto e empatou em cabeçada forte: 1 a 1. Quarto gol dele na Copa do Brasil e 29 em 2012.
Sobra chuva, falta gol
O artilheiro do Brasil também erra. E feio. O Vitória voltou do intervalo mais forte e fez pressão sobre o Botafogo. Neto Baiano parece ter sentido a pressão. Aos sete minutos, ele esperou Antônio Carlos se enrolar com a bola na entrada da área, ganhou a jogada com facilidade e ficou na frente de Renan. O chute subiu demais. Um minuto depois, o camisa 9 recebeu de costas, fez o giro rápido e bateu firme de esquerda. A bola passou perto da trave do goleiro.

Sob chuva forte, o Vitória atacava muito mais. O Botafogo foi cauteloso e passou a chegar à área raramente. A primeira boa chance no segundo tempo só foi criada aos 22 minutos. Elkeson, um dos mais participativos da equipe, pegou um cruzamento do lado esquerdo da área de primeira e assustou Renan com um chute rente à trave.

Maicosuel continuava apagado, sem inspiração. Felipe Menezes tentou puxar contra-ataques sem sucesso, e Herrera praticamente não foi acionado. O Botafogo estava pior na partida, mas quem mudou o time foi Ricardo Silva, técnico interino do Vitória. Lançou Arthur Maia no lugar de Geovanni e Rildo na vaga de Tartá ao mesmo tempo. O empate com gols não era um bom negócio para o Leão, que se lançou ao ataque nos dez minutos finais.

Oswaldo também fez duas mudanças, parecia querer ganhar tempo. Elkeson deu lugar a Caio, e Felipe Menezes a Vitinho. As equipes ainda guardaram fôlego para algumas tentativas, mas não conseguiram concluir com competência. A decisão fica para o confronto do Rio de Janeiro. 

Ex-corintiano marca no fim, e Boca obtém vitória sobre Unión Española

Santiago 'El Tanque' Silva faz o gol que garante os 2 a 1, na Bombonera. Empate na volta classifica argentinos para encarar Flu ou Inter nas quartas

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Um gol do ex-corintiano Santiago "El Tanque" Silva aos 44 do segundo tempo garantiu ao Boca Juniors uma sofrida vitória sobre o Unión Española, nesta quarta-feira, na Bombonera. O time argentino triunfou pelo placar de 2 a 1. Riquelme havia aberto o marcador a favor dos xeneizes, enquanto Jaime anotou o gol da equipe chilena.
Com o resultado, o Boca Juniors se classifica às quartas de final da Taça Libertadores se ao menos empatar o jogo de volta, na próxima quarta-feira, em Santiago. O Unión Española fica com a vaga se vencer por dois ou mais gols ou se triunfar por 1 a 0 (gol fora de casa é critério para desempate). O placar de 2 a 1 a favor dos chilenos leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outra vitória do Unión Española por um gol de diferença favorece o Boca. O vencedor deste confronto vai encarar o sobrevivente do duelo brasileiro entre Fluminense e Internacional.
Riquelme, Boca Juniors (Foto: EFE)Riquelme comemora o primeiro gol do Boca Juniors na Bombonera (Foto: EFE)
O jogo começou na Bombonera com o Boca empolgado, buscando o ataque. O Unión Española, entretanto, não abdicou das jogadas ofensivas e deu trabalho com bolas levantadas no meio da zaga xeneíze. Os chilenos tiveram a primeira boa chance do jogo, quando Herrera subiu livre na área e cabeceou exatamente em cima do goleiro Orión.
Aos 24, entretanto, foi o Boca que abriu o placar. Ledesma fez uma inversão de jogo e achou Clemente Rodríguez livre na ponta esquerda. O lateral ajeitou para Riquelme, que vinha de trás. O craque bateu de forma esquisita na bola, e ela chegou até Cvitanich no meio da área. O jogador ajeitou com açúcar de volta para Riquelme, que bateu cruzado, de canhota, para fazer 1 a 0 Boca.
O jogo seguiu com o time da casa com mais volume, mas os visitantes continuaram dando trabalho. Jaime, em jogada idêntica à de Herrera, teve a chance de cabeça, mas a bola saiu raspando o poste direito de Orión.
Ainda antes do intervalo, o Boca teve a chance de ampliar com Erviti, mas o goleiro Lobos fez um milagre e salvou o Unión Española. A nota ruim para os donos da casa foi a lesão de Ledesma, até ali um dos melhores do time, pouco antes do fim do primeiro tempo. O meia levou uma entrada dura de Ampuero e teve de dar lugar a Rivero.
Na etapa final, o jogo caiu de ritmo e se arrastou sem grandes jogadas de perigo. Aos 27, em lance despretensioso, os visitantes empataram. Após chutão para a frente, Sosa tentou o corte de cabeça, mas acabou por fazer um passe perfeito para Jaime. O atacante argentino penetrou na área e bateu na saída de Orión: 1 a 1, festa do time chileno.
O gol fez o Boca acordar. O time foi para cima tentar a vitória. Erviti quase conseguiu, mas carimbou a trave. Aos 44, porém, veio o alívio. Mouche iniciou jogada pelo meio, levou a bola aparentemente com mão e disparou para o ataque. Depois de tabelar, o atacante cruzou na medida para Santiago "El Tanque" Silva, que nada havia feito no jogo. O ex-corintiano subiu livre na área e testou para baixo, no canto. Festa na Bombonera.
Nos acréscimos, o zagueiro Scotti, do Unión Española, foi expulso por causa de uma entrada criminosa em Riquelme.

Pela vaga e por história: Lanús tenta dar passo inédito na Libertadores

Clube argentino chega às oitavas de final da competição pela segunda vez em quatro participações. Vasco é o rival nesta quarta-feira

Por Richard Souza Rio de Janeiro
O Lanús sabe o tamanho que tem, mas está disposto a crescer e fazer história. Em sua quarta participação na Libertadores, o clube argentino conseguiu igualar a melhor campanha já realizada por ele. Assim como em 2008, ano em que estreou, a equipe "granate" (granada, em espanhol) chega às oitavas de final em 2012. Naquela temporada, acabou eliminada pelo mexicano Atlas.
Gabriel Schurrer, Lanús (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Gabriel Schurrer, à esquerda, durante o treino do Lanús na terça (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
O time voltou à competição em 2009 e 2010, mas sequer superou a primeira fase. Agora, tenta subir mais um degrau. Nesta quarta-feira, os argentinos enfrentam o Vasco, em São Januário, na abertura da disputa por uma das vagas nas quartas. O jogo será às 21h50m (de Brasília).
- Nós não somos um clube grande, somos pequenos. Temos crescido nos últimos anos. A expectativa dos torcedores e a nossa é muito grande. Esperamos avançar, sabemos que é difícil, temos de trabalhar muito – disse o técnico Gabriel Schurrer
Fundado em janeiro de 1915, o Club Atlético Lanús viveu recentemente os melhores momentos de sua história e conquistou seu primeiro título na Argentina ao vencer o Apertura 2007. Outras boas participações em Campeonatos Argentinos foram os vice-campeonatos nos anos de 1956, 1998 e 2006 na disputa do Clausura.
Em 2012, pela primeira vez o clube enfrentou um rival brasileiro na competição. O Lanús fez parte da Chave 2, a mesma do Flamengo. Na Argentina, empate por 1 a 1. No Rio, derrota por 3 a 0. Ainda assim, o grupo comandado por Schurrer ficou em primeiro lugar.
- Nosso grupo era muito difícil, com equipes duras, equilibradas. Flamengo, Emelec, Olimpia, equipes de mais tradição na Libertadores. Passaram as equipes menores. Nós e o Emelec. Conseguimos ser os primeiros, tivemos os méritos necessários para avançar. Agora, é diferente, outra partida. Não permite falhas.
 O treinador demonstrou conhecimento sobre algumas das principais características do Cruz-Maltino e analisou a ausência de Dedé, que está machucado.
- O Vasco tem dois extremos de qualidade. Eder (Luis) pela ponta, Alecsandro pelo centro. São jogadores de mobilidade, rápidos. Os laterais, Thiago Feltri e Fagner, são jogadores de velocidade, atacam constantemente. Vamos tratar de cortar o jogo do Vasco e aproveitar o nosso. Dedé é um jogador que qualquer técnico gostaria de ter, um central forte, de poder físico importante. É um jogador importante para o Vasco, poderemos aproveitar isso (ausência). Mas acredito que os jogadores que vão suprir a ausência dele vão ajudar também.
O Lanús tem um retrospecto curto de confrontos com equipes brasileiras, mas quase sempre em jogos decisivos. Além dos jogos contra o Flamengo nesta temporada, foi vice-campeão na decisão da Copa Conmebol de 97 contra o Atlético-MG e eliminou o Corinthians nas oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2006. Em 2007, foi superado pelo Vasco nas oitavas de final da Copa Sul-Americana..

Concentrado na Libertadores, Vasco inicia mata-mata contra o Lanús

Gigante da Colina encara o time argentino em São Januário buscando bom resultado no jogo de ida das oitavas de final

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Campeonato Carioca já faz parte do passado para o Vasco. Eliminado após a derrota para o Botafogo na final da Taça Rio, o time da Colina volta toda sua atenção para a competição mais importante do semestre: a Libertadores. Nesta quarta, a equipe faz sua estreia na fase mata-mata do torneio, contra o Lanús-ARG. O jogo de ida das oitavas de final será disputado em São Januário, a partir das 21h50m (horário de Brasília).
O clima em São Januário não é pesado, apesar da tristeza com a derrota para o Botafogo. Em entrevistas, tanto jogadores quanto o técnico Cristóvão Borges fizeram questão de enfatizar que a equipe já está desligada do Estadual e que espera compensar a eliminação com uma boa vitória sobre o time argentino para deixar bem encaminhada a classificação para as quartas de final.
Por sua vez, a equipe argentina vem ao Rio esperando conseguir um bom resultado para chegar no duelo de volta, em Buenos Aires, em boa situação para definir em casa. O Lanús chegou ao Rio nesta terça, debaixo de chuva. O time não fez o reconhecimento do gramado e treinou em um campo de grama sintética na Barra da Tijuca.
O uruguaio Roberto Silvera apitará a partida. Ele será auxiliado por Mauricio Espinosa e Carlos Pastorino. A Rede Globo transmite o duelo para RJ, Juiz de Fora (MG), ES, SC, DF, Petrolina (PE), PB, SE, MA, RN, AL, PI e Região Norte. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, com vídeos.

header as escalações 2
Vasco: o técnico Cristóvão Borges, mais uma vez, fez mistério sobre o time que vai entrar em campo, mas a tendência é que seja o mesmo que disputou as duas últimas partidas. A dúvida fica por conta do aproveitamento de Juninho, que ficou no banco na semifinal e na final da Taça Rio e, mais descansado, pode entrar no lugar de Felipe. A equipe vai a campo com: Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Romulo, Fellipe Bastos, Felipe (Juninho) e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro.
Lanús: a única dúvida é sobre as condições físicas de Camoranesi, que se recuperou recentemente de uma lesão na coxa direita. O time que entra em campo será formado por Marchesín, Araujo, Goltz, Braghieri e Balbi; Camoranesi (Gonzalez), Pizarro, Fritzler e Valeri; Pavone e Regueiro

quem esta fora (Foto: arte esporte)
Vasco: Cristóvão Borges não poderá contar com Dedé, que ainda se recupera de uma inflamação na fíbula da perna esquerda, e com Tenório, que rompeu o tendão do pé direito e ainda faz fisioterapia.
Lanús: o técnico Gabriel Schurrer tem todos os jogadores à disposição. A delegação chegou ao Rio com 20 atletas.

header fique de olho 2
Vasco: Romulo completa 100 jogos com a camisa cruz-maltina e promete se empenhar ao máximo para fazer com que o time deixe o campo com a vitória para poder comemorar a sua marca pessoal.

Lanús: o atacante uruguaio Mario Regueiro é o camisa 10 do Lanús e um dos principais jogadores da equipe granate. Ao lado do argentino Pavone, forma uma dupla que merece atenção.
header o que eles disseram
Cristóvão Borges, técnico do Vasco: "Apesar de jogar com um só atacante, eles chegam bem ao ataque. Conversei com o Matias (Abelairas), que conhece bem o time deles, e me disse que é isso mesmo. Temos que estar atentos para não sermos surpreendidos."
Camoranesi, volante do Lanús: "Na fase de eliminação, há muitos bons resultados. Você pode perder e ser um bom resultado. Pode ganhar, pode empatar. São 180 minutos. Não se define tudo nesta quarta-feira. O treinador vai decidir como vamos jogar, mas nossa equipe joga sempre igual, não importa o adversário. Joga para tentar fazer gols."
header números e curiosidades (Foto: arte esporte)
* Este é o terceiro confronto entre Vasco e Lanús. Pela Copa Sul-Americana de 2007, as duas equipes se enfrentaram pelas oitavas de final e o Vasco levou a melhor. Na Argentina, o Lanús venceu por 2 a 0, gols de Pelletieri e Sand, mas no Rio, o Vasco bateu o rival por 3 a 0, gols de Leandro Amaral (dois) e Wagner Diniz.
* Jogando em São Januário, o Vasco não deixa de marcar pelo menos um gol desde o empate com o São Paulo em 0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro do ano passado (30 de outubro). Em suas últimas 12 partidas em seu estádio, o Vasco marcou 35 vezes.
* Em sua história, o Vasco disputou 75 jogos diante de equipes argentinas, com 27 vitórias, 25 empates e 23 derrotas.

header último confronto v2
Na última vez que Vasco e Lanús se enfrentaram, o time da Colina levou a melhor. Pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2007, em São Januário, a equipe conseguiu exatamente o resultado que precisava para avançar sem necessidade de pênaltis, 3 a 0, uma vez que havia perdido o jogo de ida por 2 a 0. Sem dar chance para os argentinos, o Vasco obteve a classificação aos 45 minutos do segundo tempo, com gol de Leandro Amaral, que já havia marcado o primeiro. Wagner Diniz fez o segundo.

'Editor por um dia': Romulo sugere manchete para coroar centésimo jogo

Volante, que alcança marca centenária pelo Vasco diante do Lanús, espera que notícias de quinta-feira destaquem grande vitória com boa atuação dele

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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Com a derrota para o Botafogo na final da Taça Rio, o Vasco volta toda sua atenção agora para a Libertadores. Nesta quarta-feira, a equipe encara o Lanús-ARG no primeiro jogo das oitavas de final, em São Januário. Em meio ao clima de decisão que envolve a partida, um jogador viverá, na Colina, uma noite para ficar marcada, independentemente do resultado. Romulo completa 100 jogos com a camisa cruz-maltina contra a equipe argentina. O volante, que chegou em 2010 do Porto-PE como uma aposta, ainda se mostra surpreso pelo sucesso no Vasco.
- Fiquei três anos no Porto e vim para cá. Foi tudo muito rápido. Ainda bem que deu tudo certo. Tenho uma gratidão muito grande pelo Vasco. Foi o clube que apostou em mim, me acolheu e sempre me tratou bem. Completar essa marca é muito importante, ainda mais por ser um jogo decisivo - afirmou.
Romulo com a camisa do vasco (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)Romulo completará 100 jogos com a camisa do Vasco (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
O volante, claro, espera coroar a centésima partida com uma grande atuação e uma boa vitória. Leitor assíduo das páginas de esportes de sites e jornais, ele sugere até a manchete ideal para o pós-jogo:
Romulo do Vasco e a esposa Jessika (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)Romulo posa ao lado da esposa Jessika
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
- “Em seu centésimo jogo, Romulo ajuda Vasco a abrir boa vantagem na Libertadores”. Acho que iria ficar legal. É isso que eu espero do jogo, então, quem sabe, eu não possa ler isso no dia seguinte? - disse o jogador.
O volante, entretanto, é alertado que a manchete poderia ficar ainda melhor. Algo como “Romulo marca dois e ajuda o Vasco em seu centésimo jogo”. O jogador, entretanto, prefere não sonhar tanto.
- Gol é difícil de sair, não é? (risos). Não sou muito de marcar gols. Marco mais os adversários mesmo. Então melhor sonhar com a outra manchete - brincou.
Clique e veja vídeos do Vasco

Dedé é liberado pelos médicos, mas ainda é dúvida para próxima quarta

Com lesão normalizada, zagueiro dará início a trabalho de fortalecimento muscular para depois voltar a treinar com bola

Por Renata Domingues Rio de Janeiro
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Quatro semanas após a última partida pelo Vasco, Dedé está liberado pelo departamento médico do Vasco. De acordo com o médico Fernando Mattar, o resultado do exame realizado pelo zagueiro na noite dessa terça-feira apontou “normalidade” do edema ósseo na perna esquerda. Assim, o Mito começa a fazer trabalhos de fortalecimento muscular com a fisioterapia e a preparação física e, em dois ou três dias, poderá ser visto nos trabalhos em campo.
- Já vimos o resultado e deu normalidade do problema. Ele foi liberado hoje (quarta-feira) para começar os trabalhos evolutivos em período integral. Do ponto de vista médico, ele está liberado. Um jogador é diferente do outro e, em breve, daqui a uns dois dias, você pode ver ele treinando no campo - explicou o doutor.
Fernando Mattar, no entanto, fez questão de ressaltar que ainda não é possível prever se Dedé terá condições de retornar ao time do Vasco na próxima quarta-feira, dia 9, para o segundo jogo contra o Lanús, pelas oitavas de final da Libertadores. Segundo ele, a recuperação depende da maneira como cada jogador vai responder ao tratamento e aos treinamentos, mas deixou claro que o zagueiro pode surpreender e aparecer em campo mais rápido do que o esperado. Assim como a comissão técnica do Vasco, o médico está otimista.
- Dedé ficou um mês treinando só a parte aeróbica, por isso não tenho essa previsão. Se fosse um outro atleta, levaria mais tempo. Achamos que pela vitalidade dele, a recuperação seria mais rápida, e ele voltou no tempo previsto, que era de quatro semanas. Estamos bastante esperançosos - afirmou.
Dedé não disputa uma partida pelo Vasco desde o dia 3 de abril. Na ocasião, a equipe venceu o Alianza Lima por 2 a 1, no Peru, pela fase de grupos da Libertadores.

No mata-mata, Caldeirão é sinônimo de placar apertado para o Vasco

Grupo lembra que conseguiu bons resultados mesmo com vitórias magras em casa e espera mais um jogo difícil contra o Lanús, nesta quarta

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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vasco x emelec são januário (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)São Januário cheio em jogo da Libertadores
(Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)
Em diversas oportunidades o Vasco mostrou saber usar São Januário a seu favor e construir em casa uma vantagem em confrontos mata-mata. No entanto, ela não costuma ser muito representantiva. Na primeira partida contra o Lanús, nesta quarta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores, o grupo acredita que o panorama será o mesmo. Mas apesar da dificuldade a ser imposta pelo adversário, os vascaínos esperam novamente terminar os primeiros 90 minutos com o placar favorável no Caldeirão, como os torcedores costumam chamar o estádio.
Na campanha do título da Copa do Brasil, o Vasco disputou em duas oportunidades a primeira partida em São Januário, exatamente na semifinal e na final. Contra o Avaí, ficou no empate em 1 a 1. Diante do Coritiba, venceu por 1 a 0, mas fora de casa construiu resultados que o fizeram levar a melhor no confronto. Por isso, o goleiro Fernando Prass mostra segurança ao falar do duelo com o Lanús.
- Nosso primeiro pensamento é vencer em casa, seja por qual placar. Se pudermos vencer sem sofrer gol, melhor. E melhor ainda será vencer com placar dilatado. No ano passado, vencemos o Coritiba por 1 a 0 em São Januário, pela final da Copa do Brasil, e disseram que era um resultado curto. Mas acabou sendo o nosso melhor placar em casa em toda a competição - lembrou.
O técnico Cristóvão Borges ressaltou que a participação bem-sucedida do Vasco na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil no ano passado serviram como importante aprendizado para a disputa da segunda fase da Libertadores. E por conhecer as características da competição, tem a certeza de que a equipe deixará São Januário nesta quarta-feira sem uma situação de tranquilidade total.
- Tudo indica um placar apertado, por causa das características da competição e do jeito de jogar das equipes que a disputam. O importante no mata-mata é fazer valer o mando de campo. Normalmente as equipes vêm aqui defendendo muito para jogar nos contra-ataques, e a expectativa é de nesta quarta seja assim - observou.

Vasco pode se complicar com Felipe e Juninho juntos, diz comentarista

Carlos Eduardo Éboli alerta que time perde capacidade de marcação no meio de campo com os dois veteranos e Lanús pode se aproveitar

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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O Vasco entra em campo nesta quarta-feira, em São Januário, para enfrentar o Lanús, da Argentina, na primeira partida das oitavas de final da Taça Libertadores. O meia Juninho Pernambucano pode ser titular, mas, para o comentarista da rádio CBN Carlos Eduardo Éboli, a sua entrada ao lado de Felipe no meio de campo pode ser ruim para a equipe.
- Há o rumor de que Juninho será titular ao lado do Felipe. Não acho uma boa ideia. O Felipe Bastos dá um pouco mais de consistência na marcação. Pode encostar nos homens de frente. Os volantes vão ter que se desdobrar se Felipe e Juninho forem titulares - disse Éboli, no "Redação SporTV" desta quarta.
Como os gols marcados fora de casa é um dos critérios de desempate, o time de São Januário precisará tomar mais cuidados com a defesa, depois dos três gols sofridos na decisão da Taça Rio, domingo, diante do Botafogo.
- O Vasco está sofrendo demais sem o Dedé. A defesa está um "Deus nos acuda". O Rodolfo há muito tempo esqueceu o futebol. Foi muito mal no Grêmio e está sendo muito cobrado no Vasco. O Renato Silva também não tem a confiança da torcida - alerta Éboli.
Juninho Felipe Vasco x Bonsucesso (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)Juninho e Felipe juntos podem deixar meio mais fraco defensivamente (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)
O adversário do Vasco, o Lanús, foi o líder do Grupo 2 da Taça Libertadores, que contava com Flamengo, Emelec e Olimpia. Carlos Eduardo Éboli considera que a equipe argentina, apesar de ter ficado com a primeira posição, não assusta.
- O Lanús não é nenhum bicho papão. Não mostrou grande futebol até agora. Tomou um banho de bola do Flamengo na rodada final da fase de grupos. Já estava classificado para as oitavas

Segundo IFFHS, Barça segue na ponta e Vasco é o melhor brasileiro

Santos, Flu, Timão, Inter e Fla também aparecem entre os cem primeiros no ranking divulgado pela federação internacional de estatística

Por Agência de notícias e GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Barcelona é o melhor clube do mundo, segundo a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, que em sua relação de abril trouxe como novidade o Vasco da Gama na décima colocação. A IFFHS destaca que a equipe espanhola, ainda treinada por, Josep Guardiola, detém o recorde absoluto do ranking mundial após liderá-lo em 44 ocasiões desde 1991, quando a relação começou a ser feita.

Já o Vasco, recém-eliminado do Campeonato Carioca, pulou três posições na lista e entrou no grupo dos dez primeiros, passando inclusive o Santos, que caiu de sexto para 12º.

No que diz respeito ao cômputo mensal, a liderança de abril correspondente ao Chelsea (7º), que alcançou a final da Liga dos Campeões ao eliminar justamente o Barcelona.

Completam as cinco primeiras posições, respectivamente, Real Madrid (ESP), Universidad de Chile (CHI), Bayern de Munique (ALE) e Atlético de Madrid (ESP). Entre os brasileiros, além de Vasco e Santos, outras quatro equipes ocupam postos entre os cem melhores: Fluminense (40º), Corinthians (44º), Internacional (45º) e Flamengo (65º).

Confira os dez primeiros colocados e os melhores brasileiros:
Colocação Times Pontuação
Barcelona (ESP) 367,0
Real Madrid (ESP) 306,0
Univers. de Chile (CHI) 304,5
Bayern (ALE) 287,0
Atlético de Madri (ESP) 278,0
Vélez Sarsfield (ARG) 264,0
Chelsea (ING) 245,0
Athletic Bilbao (ESP) 244,0
Sporting (POR) 235,5
10º Vasco (BRA) 235,0
12º Santos (BRA) 217,0
40º Fluminense (BRA) 174,0
44º Corinthians (BRA) 166,0
45º Internacional (BRA) 165,0
65º Flamengo (BRA) 149,0
130º Botafogo (BRA) 108,0
135º Coritiba (BRA) 104,0
190º São Paulo (BRA) 90,0
212º Palmeiras (BRA) 86,0
221º Ceará (BRA) 84,0
235º Figueirense (BRA) 82,0
297º Grêmio (BRA) 72,0
318º Atlético-GO (BRA) 70,0
328º Atlético-MG (BRA) 68,0
369º Atlético-PR (BRA) 64,0
397º Bahia (BRA) 62,0

Lanús treina em grama sintética, e técnico conversa com Camoranesi

Gabriel Schurrer diz que só vai divulgar a escalação da equipe pouco antes do jogo contra o Vasco

Por Richard Souza Rio de Janeiro
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O último treino do Lanús antes de enfrentar o Vasco foi em grama sintética. A atividade estava marcada para o CT do CFZ, no Recreio dos Bandeirantes, mas por conta da chuva acabou remarcada para um campo de futebol de sete de uma academia na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. Os 20 jogadores da equipe granate trabalharam por uma hora e meia e fizeram um trabalho físico e técnico.
Técnio do Lanús, Gabriel Schurrer, conversa com volante Camoranesi (Foto: Richard Fausto de Souza / Globoesporte.com)Gabriel Schurrer conversa com volante Camoranesi (Foto: Richard Fausto de Souza / Globoesporte.com)
O treinador Gabriel Schurrer teve conversas ao pé do ouvido com alguns atletas na parte final. Um deles foi Camoranesi. O volante não joga desde o dia 16 de abril, sentia dores na coxa direita, mas se exercitou normalmente. Segundo Schurrer, é possível que ele seja titular contra o Cruz-Maltino. As equipes se enfrentam às 21h50m (de Brasília), no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, em São Januário.
- É possível que Camoranesi comece. Melhorou muito nos últimos dias, é um jogador de experiência para esse tipo de partida. Tem sido importante. Avaliaremos se está bem para saber se vamos colocá-lo na equipe.
O treinador prefere não divulgar a escalação, mas diz que a tendência é que seja algo bem parecido com a formação que enfrentou o Flamengo na última rodada do Grupo 2. Os argentinos perderam por 3 a 0, no Engenhão, mas já estavam classificados.
- Só vou divulgar a escalação depois de conversar com os jogadores. Estamos preparados para a partida. Nessa fase, todos os jogos vão ser duros, difíceis, e o Vasco é uma grande equipe. Não se pode errar.
Contra o Flamengo, o Lanús jogou sem Camoranesi. O argentino naturalizado italiano, campeão da Copa do Mundo de 2006 com a Itália, estava machucado. A escalação daquela partida: Marchesín, Araujo, Goltz, Braghieri e Balbi; Gonzalez, Pizarro, Fritzler e Valeri; Pavone e Regueiro.
O confronto de volta será na Argentina, dia 9 de maio.

Peixe vence queda de braço, e finais do Paulista serão no Morumbi

Contra a vontade do Guarani, estádio do São Paulo será o palco das duas partidas da decisão do estadual

Por Marcos Guerra São Paulo
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Gramado do Morumbi, estádio do São Paulo (Foto: Daniel Tapia - Divulgação)Morumbi será o palco das duas finais do Paulistão
(Foto: Daniel Tapia - Divulgação)
A final do Campeonato Paulista teve seu primeiro “embate” nesta quarta-feira, e o Santos levou a melhor sobre o Guarani. Antes de a bola rolar, os times mediram forças no campo político para decidir os palcos que abrigarão as duas partidas da decisão – nas finais, os mandos de campo não são dos clubes, e sim da Federação Paulista de Futebol (FPF). Como queria o presidente do Peixe, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, os dois confrontos da decisão serão em campo neutro, o Morumbi – os jogos estão agendados para os dois próximos domingos, ambos às 16h e com ingressos mais caros.
A queda de braço nos bastidores começou logo após a classificação dos dois times para a final, no último sábado. O mandatário bugrino, Marcelo Mingone, bateu o pé e disse fazer questão de não “tirar o jogo da torcida do Guarani”. Por outro lado, o presidente do Alvinegro Praiano sugeriu que as duas partidas fossem disputadas em campo neutro, em São Paulo.
O cartola santista argumentava que o Morumbi seria mais adequado porque pode abrigar um público maior - a capacidade é de 72 mil. Na Vila não cabem mais do que 16 mil torcedores, e o Brinco de Ouro suporta 29 mil.
A lógica é simples: mais público, mais renda. O santista ainda sugeriu que, no caso de disputa em campo neutro, o valor arrecadado com os ingressos seja dividido em 50% para cada um, independentemente do vencedor. A proposta foi aceita.
Há uma preocupação com o conforto do torcedor. Não foi uma imposição. Foram feitas colocações e chegamos à decisão juntos"
Marco Polo Del Nero, presidente da FPF
- Há uma preocupação com o conforto do torcedor. Não foi uma imposição. Foram feitas colocações e chegamos à decisão juntos - disse o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero.
O presidente do Guarani acatou a decisão.
- Queria deixar claro para o torcedor bugrino que lutei bastante para levar o jogo para o Brinco de Ouro. Fiquei triste de sair de lá, mas fui vencido. A Federação tem o direito de escolher, mas  vamos ao Morumbi fazer nosso trabalho - disse Mingone.
Já o mandatário santista chegou a mudar o discurso e afirmar que cogitou, sim, levar a decisão para a Vila Belmiro.
- Gostaria de comunicar que, da mesma maneira que o presidente do Guarani, gostaria que o jogo fosse na Vila Belmiro. O Muricy e o elenco também preferiam isso, mas as razões colocadas pela Federação sensibilizaram e abri mão - disse Luis Alvaro.
O presidente do Peixe ainda explicou por que o Morumbi foi o estádio da capital escolhido, e não o Pacaembu, local das decisões contra o Santo André, em 2010.
- Se era para ser em campo neutro, o Santos queria que fosse no Pacaembu, mas optamos pelo Morumbi porque o presidente do Guarani colocou um ponto e concordei, o Santos já joga com frequência no Pacaembu. Por isso, levaríamos certa vantagem - disse Luis Alvaro.

Thiago Neves torce o tornozelo, deixa o campo carregado e preocupa o Flu

Meia, que já se queixava de dores no joelho, vira dúvida para a final do Campeonato Carioca, domingo, contra o Botafogo. Ele será reavaliado

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
O meia Thiago Neves machucou o tornozelo esquerdo no treino desta quarta-feira, nas Laranjeiras, e virou motivo de preocupação para o departamento médico do Fluminense. Em um lance isolado do treinamento tático, Thiago torceu o tornozelo e caiu. Deseperado com a dor, chegou a dar socos no gramado, deixando os jogadores e o técnico Abel Braga apreensivos. A atividade foi paralisada para o atendimento médico ao meia, que deixou o campo carregado pelo massagista Pedrão e pelo preparador Flavio Vignoli.
O local inchou bastante, e o tratamento foi iniciado no próprio clube. Thiago será reavaliado na quinta-feira para saber a gravidade do problema e se terá condições de jogar a primeira partida da decisão do Carioca, domingo, contra o Botafogo. Se o camisa 7 for vetado, a tendência é que Abel opte por Lanzini ou Wagner.
Além deste novo problema no tornozelo, Thiago Neves também tem convivido com dores no joelho esquerdo, e uma cirurgia não está descartada.
Thiago Neves com dores no pé esquerdo e sai carregado  (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Thiago Neves sai carregado com dores no pé esquerdo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)

Neymar avisa a seus marcadores: quanto mais caçado, mais motivado

'Já me deram soco, tapa, xingaram de tudo. Mas é a pior coisa que o cara pode fazer. Para mim é melhor. Para ele, pior', diz atacante

Por Marcelo Hazan Santos, SP
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Que Neymar é o principal alvo dos marcadores adversários do Santos não é novidade para ninguém. Durante todos os jogos, o craque sofre com faltas, intimidação e xingamentos. A fórmula, porém, não tem se mostrado das mais eficientes, já que o camisa 11 tem seu melhor início de ano da história pelo Peixe, com 21 gols em 21 jogos.
O jogador alerta os zagueiros de todas as equipes: quanto mais tentarem intimidá-lo dentro de campo, maior será a motivação.
- É pior para alguém querer xingar e intimidar, porque o cara vai ficar p... e vai querer "deitar". Se eu fosse marcador, eu nunca falaria isso para o Ganso. Se não, ele vai querer me dar caneta e chapéu, como todo jogador de grande habilidade. Não faria isso. Já me deram soco, tapa, xingaram de tudo. Mas é a pior coisa que o cara pode fazer. Para mim, é melhor. Para ele, pior - avisou, em entrevista coletiva desta quarta-feira, no CT Rei Pelé.
E ai de quem ofender Nadine, mãe do atacante.
- É só não irritar. Se xingar a minha mãe, ferrou. Você deixa xingar a sua mãe? Fica bravo, né? Então, eu também (risos) - disse o atleta, enquanto respondia pergunta sobre como marcá-lo.
Neymar CT Rei Pelé (Foto: Bruno Gutierrez)Neymar manda recado aos marcadores: 'Só não xingue minha mãe' (Foto: Bruno Gutierrez/Tv Tribuna)
Na última partida do Peixe contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, por exemplo, Neymar teve embate com o lateral-direito paraguaio Piris, em quem aplicou uma sequência de dribles até sofrer falta. Depois, já no fim da partida, o craque ainda conseguiu cavar a expulsão de Cícero.
Com duelo programado contra Domingos, ex-zagueiro do Santos e atualmente no Guarani, neste domingo, pela partida de ida das finais do Campeonato Paulista, às 16h, no Morumbi, o adversário já tem uma "dica" a mais para tentar parar Neymar. A missão quase impossível pode se tornar mais fácil, se ele não deixar o craque irritado.

Real Madrid ignora pressão, vence Bilbao e leva título por antecipação

Gols de Higuaín, Özil e Cristiano Ronaldo em San Mamés garantem a 32ª conquista merengue com duas rodadas de antecedência

Por GLOBOESPORTE.COM Bilbao, Espanha
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O Athletic Bilbao prometia fazer de "La Catedral" um caldeirão nesta quarta-feira. A torcida, convicta de que seria um 12º jogador, até seguiu o script. Mas em campo é preciso muito mais do que vaias e canções empolgantes para superar uma equipe que foi derrotada apenas cinco vezes em toda a temporada. Esse é o Real Madrid, que ignorou a pressão em San Mamés, venceu por 3 a 0, em jogo adiado pela 20ª rodada, e conquistou, com duas rodadas de antecipação, o Campeonato Espanhol pela 32ª vez.
Mourinho, Comemoração, Atletico de Bilbao x Real Madrid (Foto: EFE)José Mourinho é jogado para cima na comemoração do título antecipado do Real Madrid (Foto: EFE)
Os gols que garantiram o título foram marcados por Higuain, Özil e Cristiano Ronaldo. O craque português ainda perdeu um pênalti quando o placar estava zerado, mas fechou o placar com uma cabeçada, além de dar o passe para o meia alemão fazer o segundo. O camisa 7 soma 44 tentos na competição e está a dois do argentino Lionel Messi, do Barcelona.
O clube catalão, por sinal, não pode mais alcançar o arquirrival mesmo depois de golear o Málaga, por 4 a 1, no Camp Nou, por somente restarem duas rodadas. A diferença entre ambos é de sete pontos (94 a 87) e, por mais que vença no confronto direto (fez 3 a 1 no Santiago Bernabéu e sofreu 2 a 1 no Camp Nou), dependia de um tropeço ainda nesta quarta para seguir vivo na luta pelo tetracampeonato.
Além de quebrar a hegemonia do time comandado por Josep Guardiola, José Mourinho conseguiu o seu primeiro Espanhol, alcançando desta forma o sétimo troféu de campeonato em quatro países diferentes, um fato inédito - ele coleciona dois títulos no Porto (2002/03 e 2003/04), no Chelsea (2004/05 e 2005/06) e no Internazionale de Milão (2008/09 e 2009/10). No Real, o treinador já havia conquistado a Copa do Rei na última temporada.
Meio caminho andado
Não chegou a ser uma blitz, mas o Real Madrid impôs um forte ritmo para abrir ótima vantagem ainda na primeira metade da etapa inicial. Aos 11, Sergio Ramos cabeceou a bola após escanteio e viu Javi Martínez cortar com as mãos. Pênalti que Cristiano Ronaldo perdeu até com certa displicência. Iraizoz fez a defesa no meio do gol.
Comemoração, Atletico de Bilbao x Real Madrid (Foto: Reuters)Pequena, mas feliz: torcida do Real faz a festa perto dos jogadores (Foto: Reuters)
A excelente oportunidade desperdiçada esteve longe de abalar os visitantes. Pouco depois, aos 15, o placar foi aberto com Higuaín. O argentino, surpresa na escalação, acertou um chutaço de fora da área em contra-ataque puxado por Cristiano Ronaldo e Özil. Era o trio que ditava o ritmo do Real. Aos 19, o coadjuvante Xabi Alonso descolou ótimo lançamento para Cristiano Ronaldo que, da direita, cruzou na medida para Özil completar: 2 a 0 e meio caminho andado.
Cabeçada de CR7 define título
Atletico de Bilbao x Real Madrid (Foto: AFP)Pepe conseguiu impedir que o artilheiro Fernando
Llorente não deixasse a sua marca (Foto: AFP)
O Bilbao não estava morto, longe disso. Não à toa o time de Marcelo Bielsa é finalista da Liga Europa - fará a decisão contra o Atlético de Madri, no próximo dia 9, em Bucareste. Mas não pôde medir forças com o semifinalista da Liga dos Campeões, que ainda não tinha o argentino Di María, suspenso - os brasileiros Marcelo e Kaká começaram novamente no banco de reservas.
Se Casillas pouco trabalhava - ainda contou com a ajuda da trave duas vezes -, Iraizoz era o responsável por evitar um placar dilatado. Aos quatro minutos do segundo tempo, no entanto, o goleiro do Bilbao contou com grande ajuda de sua defesa, que impediu a finalização merengue depois de Higuaín quase marcar. Na cobrança de escanteio, porém, Cristiano Ronaldo acertou uma cabeçada sem chances e ampliou.
A tarefa dos merengues ficou ainda mais fácil depois que Javi Martínez foi expulso, aos 27 minutos, ao receber o segundo cartão amarelo. Mourinho pôs Benzema, Granero e Marcelo. E o tempo passou voando, até mesmo quando Cristiano Ronaldo perdeu um gol sozinho, nos acréscimos. Pouco importava. O Real Madrid se sagrava ali campeão espanhol pela primeira vez desde 2007/2008.

Felipe Massa vê evolução, mas admite que Ferrari precisa dar grande salto

Quinto melhor do dia em Mugello - com tempo melhor que Alonso -, brasileiro testou escapamento antigo para comparar com peça utilizada por espanhol

Por GLOBOESPORTE.COM Mugello, Itália
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Felipe Massa encerrou sua participação nos testes da Fórmula 1 em Mugello com o quinto melhor tempo desta quarta-feira: 1m22s257, marca 0s187 melhor que a obtida pelo companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, dono da melhor volta do dia anterior, que volta ao cockpit vermelho nesta quinta. Os mais rápidos do dia foram Romain Grosjean, da Lotus, e Kamui Kobayashi, da Sauber, com o mesmo tempo, de 1m21s603. O brasileiro gostou do desempenho do carro, mas admitiu que a escuderia italiana precisará dar um grande salto de qualidade se quiser ter condições de competir com as rivais pelas primeiras colocações.
- Diminuir a diferença dos caras da frente e vencer corridas é um pouco otimista demais, mas esperamos conseguir. Para isso, é preciso evoluir muito mais que os outros. E eles estão trabalhando e evoluindo. Em três semanas, vimos carros evoluindo dois ou três décimos, então precisamos dar um grande passo à frente – analisou.
equipe ferrari teste mugello (Foto: Rafael Lopes / TV Globo)Ferrari utilizou o flow vis, tinta verde que indica fluxo do ar, no carro de Massa (Foto: Rafael Lopes / TV Globo)
Perguntado se na próxima corrida, na Espanha, no dia 13 de maio, a Ferrari tem condições de emplacar os dois carros entre os dez primeiros do grid, o piloto que ainda não avançou à superpole nos treinos classificatórios de 2012 se mostrou esperançoso.
- Está dentro de minhas expectativas, mas nós ainda não testamos todas as partes, então precisamos ver como será em Barcelona e quanto desenvolveremos o carro. Aí sim poderemos ser mais realistas, mas está dentro de minhas expectativas, definitivamente – disse.
O brasileiro contou detalhes do programa da Ferrari para os testes no circuito italiano. Nesta quarta, a equipe comparou o escapamento antigo do modelo F2012 com a nova peça experimentada por Alonso no dia anterior. A equipe utilizou o flow vis, tinta que indica o fluxo aerodinâmico no carro. Massa disse que o espanhol voltará a experimentar novas peças no carro no treino de quinta, mas a Ferrari só conseguirá implementar todas as novidades para o GP da Espanha.
- É sempre bom correr com as novas peças, mas no programa, Fernando experimentou o escapamento novo na terça e eu testei o antigo na quarta para fazermos a comparação. Quinta avaliaremos novas peças que chegam nesta noite. Não será tudo, mas teremos todas as peças prontas para Barcelona – completou.

Representantes do Juventus estão em Salvador para observar Elkeson

Meia é alvo de sondagem italiana, e clube pode receber oferta após análise

Por André Casado Rio de Janeiro
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Elkeson treino Botafogo (Foto: André Gustavo /globoesporte.com)Elkeson vem alternando altos e baixos em 2012
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Em mais uma possível investida para tirar Elkeson do Botafogo, agora é a vez do Juventus sondar a contratação do jogador. Dois representantes do clube italiano estão em Salvador e irão ao Barradão na noite desta quarta-feira para assistir ao jogo contra o Vitória - as duas equipes se enfrentam às 21h50m (de Brasília), no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Não há definição de oferta oficial por enquanto, apenas a intenção de apostar em um estilo como o do meia, de 22 anos, elogiado no futebol europeu por causa do desempenho até a metade do Brasileirão de 2011.
Nascido no Maranhão, o camisa 9 atuou por dez temporadas no Rubro-Negro baiano, e seus empresários estão baseados na cidade. Nesta manhã, um deles esteve no hotel para encontrar a diretoria alvinegra. Um dos intermediadores de uma possível negociação levou o nome do atleta para o exterior em 2011 e o Juventus foi um dos clubes que demonstraram interesse.
O Glorioso conta com outros sete jogadores para o setor, inclusive o novo reforço, Vitor Júnior, emprestado pelo Corinthians. A necessidade de fazer caixa pode pesar em caso de avanço das negociações. A diretoria pagou cerca de R$ 5 milhões pela contratação, há 11 meses, e espera ter retorno financeiro. Antes, times do Leste Europeu já haviam entrado em contato, mas não houve acerto.

Com pênaltis polêmicos e golaço, Messi supera recorde, e Barça goleia

Catalães fazem 4 a 1 no Málaga com três gols do argentino, que atingiu os
68 em toda a temporada e ultrapassou o alemão Gerd Müller em 1972/1973

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
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Dessa vez não houve travessão ou Petr Cech, do Chelsea, que pudesse parar Lionel Messi. É bem verdade que dois gols foram em pênaltis polêmicos, mas o craque argentino ainda anotou uma pintura para não deixar dúvidas. Com direito a novo recorde superado, o camisa 10 ajudou o Barcelona a golear o Málaga, por 4 a 1, nesta quarta-feira, no Camp Nou, em jogo válido pela 20ª rodada do Campeonato Espanhol. O resultado, porém, não foi o suficiente para evitar o título antecipado do rival Real Madrid, que derrotou o Athletic Bilbao por 3 a 0, em San Mamés.
O hat-trick levou Messi aos 68 gols em toda a temporada pela equipe do técnico Josep Guardiola, que comandou a segunda de suas cinco despedidas ao lado do auxiliar e futuro treinador Tito Vilanova. Desta forma, o atacante ultrapassou o alemão Gerd Müller, que havia marcado 67 vezes pelo Bayern de Munique na temporada 1972/1973. No Espanhol, ele tem 46 gols, três a mais que o português Cristiano Ronaldo, e ainda jogará mais três vezes: duas pela liga e outra pela final da Copa do Rei, contra o Athletic Bilbao.
Comemoração Messi - Barcelona X Malaga (Foto: Ag. AFP)Lionel Messi chegou aos 68 gols na temporada 2011/2012 e superou marca de Gerd Müller (Foto: Ag. AFP)
Além de Messi, o zagueiro Puyol também deixou o seu pelos mandantes, vice-líderes e que somam 87 pontos, sete a menos do que o Real Madrid. O atacante Rondón descontou para os visitantes, que permaneceram com 55 pontos, na quarta colocação.
Apesar de o confronto sugerir uma certa dificuldade, o Barça não encontrou muitos problemas para conhecer o seu 27º triunfo na competição. Aos 13, pouco depois de sofrer uma bola na trave em falta cobrada por Duda, o time da casa abriu o placar: Messi ligou Iniesta, que cruzou da direita para Puyol completar.
O Málaga chegou a empatar, com Rondón, de cabeça, aos 26, mas sofreu o segundo aos 35: Iniesta avançou com a bola e sofreu a falta - a dúvida é se ela aconteceu dentro ou fora da área. Messi se encarregou da cobrança e fez.
Novo pênalti marcado a favor do Barcelona causou dúvidas aos 14 da etapa final, quando Messi dividiu com Duda e caiu. O argentino não ligou para os protestos dos visitantes e anotou o segundo. O terceiro, porém, não deixou contestações: aos 19, ele foi lançado por Iniesta e, sozinho, se livrou do goleiro Kameni com um balão para se consagrar mais uma vez.