quarta-feira, 2 de maio de 2012

No jogo da ressaca, Ponte Preta leva a melhor sobre o São Paulo
Equipe de Campinas mostra que está superando o trauma da eliminação do Paulista e agora joga por um empate no Morumbi. Tricolor balança
 
 
A CRÔNICA
por Gustavo Serbonchini
As eliminações no Campeonato Paulista parece que não foram superadas por Ponte Preta e São Paulo. No duelo desta quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, a Macaca levou a melhor, venceu por 1 a 0, mas não mostrou o futebol de antes. O Tricolor muito menos.
Por mais que o primeiro tempo tenha sido lá e cá, com muitas oportunidades dos dois lados, ninguém jogou bem. As chances criadas foram, em sua maioria, em consequência de erros dos times. Muito espaço e falhas na marcação. No segundo tempo, as coisas mudaram um pouco e a Ponte Preta tomou conta da partida. Até marcar o gol, com Roger, de cabeça, e ameaçar em contra-ataques. No fim, no jogo da ressaca, a equipe de Campinas mostrou ao menos um esboço de reação. O Tricolor agora tem um novo tropeço a remoer.
Os dois times voltam a se enfrentar para decidir o classificado para as quartas de final na quinta-feira que vem, às 21h50, no Morumbi. O Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. Se devolver o 1 a 0, levará a decisão para os pênaltis. O empate é da Macaca, que pode até perder por um gol de diferença, desde que marque. Esse é o tamanho do gol de Roger.
Mudanças, erros e nada de gols
Antes de começar o jogo, uma notícia que pegou todos de surpresa. O zagueiro Paulo Miranda foi afastado pela diretoria por conta das falhas que cometeu em jogos importantes. No lugar dele, o técnico Emerson Leão Leão colocou Edson Silva. Se houve surpresa na defesa, nos outros setores o treinador confirmou o que deixou no ar durante a semana: sacou o meia Jadson. Na vaga do camisa 10, o atacante Fernandinho foi escalado para jogar pela esquerda, avançado, ao lado de Luis Fabiano e Lucas. A ligação ficou por conta de Cícero.
Roger, Ponte Preta x São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Roger comemora o gol que dá vantagem à Ponte (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Outro nome que estava confirmado era o de Douglas. O lateral-direito ganhou a posição de Piris. Em campo pela primeira vez nesta temporada (atleta chegou do Goiás com problema no púbis, ficou em tratamento e só fez sua estreia nesta quarta-feira), o reforço teve muita dificuldade. Apoiador, ele deixou muitos espaços às suas costas e deixou a defesa desguarnecida. Na frente, também não chamou atenção.
Do outro lado uma Ponte Preta com algumas pequenas surpresas. Gilson Kleina escalou Cicinho como um lateral, mas, na verdade, ele jogou mais avançado, como vem fazendo há alguns jogos.
Com tudo isso e com a necessidade de esquecer as respectivas eliminações no Campeonato Paulista – Ponte caiu diante do Guarani e o São Paulo contra o Santos –, os times se mandaram para o ataque em busca dos gols. Cícero, com um minuto acertou a trave. A resposta veio pouco depois com Renato Cajá, no travessão. Além dessas, mais algumas oportunidades para cada lado.
Os lances de maior perigo foram ocasionados por erros das defesas. São Paulo deu muito espaço pelos lados e, quando a bola ia pelo meio, Rhodolfo e Edson Silva se complicaram. Do outro lado coisa semelhante. Cortez e Fernandinho deitaram e rolaram pela esquerda. Os cruzamentos, porém, não acertaram os cruzamentos.
Em dois lances, a torcida da Ponte Preta reclamou de pênalti. Renato Cajá foi ao chão dentro da área, mas o árbitro não marcou. Em outro lance, a bola bateu no braço de Douglas. Novamente nada foi assinalado.
Além dos espaços, os erros de passe também chamaram atenção. Os dois times se complicaram no toque de bola do meio de campo e deram para os adversários várias oportunidades. No fim, um primeiro tempo cheio de oportunidades para ambas as equipes, mas nada de gols.
Macaca na frente
Se o primeiro tempo foi lá e cá, o segundo teve a Ponte Preta com muito mais chances de marcar. Logo no início, a Macaca tomou conta do meio de campo e foi bem mais perigosa, aproventando a velocidade de Cicinho e o crescimento de Renato Cajá, que passou a jogar bem.
O São Paulo, por outro lado, deixava muitos espaços. Além disso, e não conseguia uma bola ligação entre o meio e o ataque. O trio de atacante, isolado à frente, não conseguia receber a bola em condições de criar algo. O lateral-esquerdo Cortez era o jogador mais lúcido da equipe e conseguiu dar algum trabalho à Macaca, mas sem assustar.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Cicinho achou espaço na direita para mandar para a área. Roger apareceu em um buraco deixado por Rhodolfo e marcou para a Macaca.
Depois de marcar o gol, a Ponte recuou e o Tricolor se mandou para o ataque. Leão colocou Maicon no lugar de Fernandinho para ganhar o meio. E conseguiu. Mas, mesmo assim, o time da capital paulista assustou pouquíssimo no segundo tempo e saiu e Campinas com o resultado adverso.

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