domingo, 21 de outubro de 2012

Luan desbanca Neymar e garante vitória da Ponte sobre o Santos
Craque santista sofre com a marcação adversária e tem atuação apagada. Já atacante da Macaca inferniza defesa do Peixe e garante o triunfo
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Luan
    O atacante esbanjou rapidez e infernizou a zaga santista com dribles e correria. Fez um gol e ainda acertou o travessão num belo voleio.
  • a decepção
    Neymar
    O craque do Santos esteve muito abaixo do seu normal. Nada do que ele tentou deu certo. Foi implacavelmente marcado pelos jogadores da Ponte.
  • ESTATÍSTICA
    Massacre
    A Ponte sufocou o Santos o tempo todo. No total, finalizou 14 vezes a gol. O Peixe concluiu apenas uma jogada: uma cabeçada de André, que passou perto.
A CRÔNICA
por Marcelo Hazan
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O Santos correu atrás de um efeito suspensivo e conseguiu escalar Neymar contra a Ponte Preta, neste domingo, no Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 32ª rodada do Brasileirão - ele havia sido suspenso por expulsão contra o Grêmio. Não adiantou. Quem foi ao estádio para ver o astro santista e da Seleção, acabou assistindo a uma grande atuação de Luan, que infernizou a zaga santista e marcou o gol que garantiu o triunfo da Macaca, por 1 a 0.
A vitória, aliás, poderia ter sido por mais gols. A Ponte criou para isso. Martelou o Santos o tempo todo e só não ampliou porque Rafael fez boas defesas. Foi o único santsta que conseguiu se destacar no Majestoso.
A Ponte vai a 40 pontos e termina a rodada na 13ª posição. Já o Santos, com 42, é o 11º. Os dois times estão praticamente livres de risco de queda e apenas cumprem tabela.
O Peixe volta a campo na próxima quinta-feira, quando recebe o Náutico, na Vila Belmiro. Já a Macaca, no mesmo dia, encara o Cruzeiro, em Campinas. Ambos os jogos começam às 22h (horário de Brasília).
Blitz da Macaca
O placar de finalizações do primeiro tempo não deixa dúvidas: a Ponte foi muito superior ao Santos: foram dez conclusões da Macaca, contra nenhuma do Peixe. Um massacre. Logo aos 13 minutos, o gol. A bola veio cruzada da esquerda. Cicinho entrou livre para jogar a bola às redes. Só que ele se atrapalhou na hora H e o que era para ser um chute a gol virou passe. Luan, que vinha a seu lado, completou o serviço e colocou o time campineiro à frente.

O Santos não via a cor da bola e Neymar não conseguia completar um drible. Não houve marcação individual sobre o craque santista. Ele era muito bem vigiado pelo jogador do setor em que estivesse: uma esperta estratégia do técnico Guto Ferreira, da Ponte, que temia abrir muitos espaços em sua equipe se deixasse alguém colado no camisa 11 do Peixe.

Com o principal jogador adversário sob controle, Macaca tinha tranquilidade para empurrar os santistas para trás e criar chances. O Santos só não foi para o intervalo amargando uma derrota maior porque Rafael esteve atento. O goleiro santista salvou uma cabeçada firme de Kléber, aos 28, e um chute forte de Roger, aos 38.
Só deu Ponte

O segundo tempo foi mais amarrado. O Santos passou a ter um pouco mais a bola, sem, no entanto, chegar ao gol da Ponte. Parece surreal, mas a equipe que tem o melhor atacante do Brasil seguia zerada nas finalizações. A Macaca, por outro lado, já não chegava tanto, mas continuava mais perigosa: aos 15, Nikão apareceu livre na área, mas foi travado por Rafael.

Vendo seu time inoperante, sem dar um susto sequer no adversário, o técnico do Peixe, Muricy Ramalho, esbravejava à beira do campo. O meia Felipe Anderson era seu principal alvo. O jogador, que deveria ser o articulador de jogadas do time, corria demais com a bola e errava na hora do passe.

A Ponte, que não tinha nada com isso, continuava melhor. Tranquilos, marcando muito bem e saindo com consciência ao ataque, os jogadores do time campineiro cercavam o adversário. Aos 22, Luan recebeu da direita e acertou belo voleio. A bola explodiu no travessão. Seria um golaço, um prêmio ao melhor em campo. Faltou pouco.
O Santos só conseguiu levar perigo aos 28 minutos da etapa final numa jogada construída por Bernardo e André, que saíram do banco. O meia cobrou falta na cabeça do atacante, que mandou a bola a centímetros da trave direita. Foi a única finalização da equipe santista em toda a partida.
No fim, o 1 a 0 ficou barato para o Peixe. A Macaca fez por merecer um placar maior.
Diante de 449 pagantes, Sport bate o Atlético-GO e ganha sobrevida
Em jogo fraco, Dragão registra mais uma vez o menor público do campeonato, Leão vence por 1 a 0, e mantém esperanças de escapar da degola
 
DESTAQUES DO JOGO
  • a decepção
    Público
    A torcida do Atlético-GO quebrou, pela terceira vez, o recorde negativo de público no Brasileirão. Somente 449 torcedores foram ao Serra, e a maioria era pernambucana.
  • estatística
    Passes errados
    O jogo no Serra Dourada duro de se ver. Um dado que ilustra a situação é o número de passes errados. Foram 78 ao todo, 44 do Atlético-GO, e 34 do Sport.
  • lance capital
    21 do 1º tempo
    O atacante Patric teve a chance de abrir o placar para o Dragão quando os goianos dominavam a partida, mas desperdiçou o pênalti, e abriu caminho para a vitória do Leão.
A CRÔNICA
por Daniel Mundim
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Atlético-GO e Sport entraram em campo em um jogo que pareceu mais uma prévia do que pode ocorrer em 2013. Ameaçados pelo rebaixamento - ao Dragão, a Série B é quase uma realidade -, as duas equipes fizeram uma partida digna de segunda divisão. A começar pelo público, de apenas 449 pagantes, o pior do Brasileirão. Poucas chances de gol, balões, e pouca técnica. Para salvar a apatia total, Hugo marcou um gol para o Leão, garantindo a vitória por 1 a 0, que mantém os pernambucanos vivos na luta para escapar do descenso.
Com o resultado, o Sport chega aos 33 pontos, retorna ao 17º posto na tabela de classificação, e na próxima rodada já pode se igualar em pontos com o Bahia, que tem 36 pontos. Entretanto, o Tricolor baiano tem ampla vantagem no saldo de gols (-5 contra -19). O Dragão segue sua caminhada a passos largos para a Segundona. Com 23 pontos, e na lanterna há 12 rodadas, o time goiano se foca agora na Copa Sul-Americana, a última chance para salvar o ano.
Os goianos voltam a campo na próxima quarta-feira, no segundo jogo das oitavas de final do torneio continental, para enfrentar o Universidad Católica, no Serra Dourada. Pelo Brasileirão, o Atlético-GO tem como próximo adversário o Botafogo, no sábado, dia 27, no Engenhão. Após conquistar pela primeira vez uma sequência de duas vitórias seguidas, o Sport recebe, na próxima rodada, o São Paulo, na Ilha do Retiro, também no dia 27.
Pênalti perdido. E só
Os dez minutos iniciais sem uma finalização sequer eram um indicativo de como seria o jogo no Serra Dourada. Atlético-GO e Sport fizeram um primeiro tempo marcado por contusões e que só não foi nulo devido a um pênalti perdido. O eco dos gritos dos jogadores, técnicos e dos poucos torcedores no Serra Dourada eram mais atrativos que o futebol mostrado pelas duas equipes. O Dragão tentou ter a iniciativa ao manter mais a posse de bola e insistir nas bolas aéreas, mas sem sucesso.
gol  do Sport x Atlético-GO (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)Hugo marcou o gol salvador do Sport no Serra Dourada (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
O Leão não conseguia manter a bola em seus pés e, no começo do jogo, se limitou a marcar bem. Para piorar a situação dos pernambucanos, o técnico Sérgio Guedes foi obrigado a queimar duas substituições com menos de 20 minutos de bola rolando. O primeiro a se machucar foi o zagueiro Diego Ivo, que cedeu vaga a Moacir. Pouco tempo depois o volante Renan Teixeira deixaria a partida, também machucado, para que Bruno Aguiar entrasse. Para completar o festival de contusões, Carlos, do Atlético-GO, também deixou o jogo, mas aos 33 minutos.
No entanto, o primeiro tempo não foi apenas de jogadores saindo do jogo machucados. Teve futebol também. Apostando nas jogadas pelos lados do campo, principalmente pelo lado esquerdo com Ernandes e Mahatma, o Dragão protagonizou o principal lance da primeira etapa. Aos 19 minutos, Diogo Campos lançou Mahatma pela esquerda. O lateral entrou na área e foi derrubado por Gilsinho, e Péricles Bassols não hesitou e marcou o pênalti. Patric foi para a cobrança, e fez uma ótima contribuição para que o jogo seguisse como um show de horrores. O atacante baixou a cabeça e chutou forte no canto, fácil para Saulo cair e fazer a defesa, sem soltar a bola.
A defesa do jovem goleiro deu confiança para o Sport, que tentou sair mais para o jogo. Entretanto, o Leão sofria com a falta de criatividade e apostava apenas nos chutes de longa distância nos pés de Reinaldo e nas chegadas de Cicinho pela direita, que não tinham sucesso. O Dragão ainda esboçou alguns lances de lucidez com arremates de Diogo Campos e Patric, mas nada que assustasse Saulo e contribuísse para abrilhantar o primeiro tempo, que terminou com mais de 40 passes errados.
Ernandes do Atlético-GO e Gilsinho do Sport (Foto: Carlos Costa / Ag. Estado)Ernandes, pelo Atlético-GO, e Gilsinho, pelo Sport,
foram dois dos poucos que se destacaram no jogo
(Foto: Carlos Costa / Ag. Estado)
Hugo salva o Leão
Todo o marasmo da primeira etapa levou apenas três minutos para ir embora na segunda etapa. Na verdade, apenas um minuto, quando Gilsinho recebeu livre na área, fez o gol, mas teve seu gol anulado por estar impedido. Mas a frustração com o lance durou apenas dois minutos. O próprio Gilsinho reapareceu, driblou três marcadores, e abriu com Felipe Azevedo na direita. O atacante cruzou na medida para Hugo testar para as redes e marcar seu sexto gol no campeonato, alcançando a artilharia do Sport na competição.
O gol poderia mudar totalmente o panorama da partida, mas o duelo seguiu com uma bela demonstração de baixo nível técnico. Artur Neto tentou dar mais poder ao seu meio-campo ao lançar Danilinho na vaga de Luciano, mas o Dragão continuou apenas com a bola aérea em seu repertório.
O jogo era de lançamentos longos e pouca criatividade. O Sport ainda tinha dificuldades para manter a bola nos pés e só ameaçava nos contragolpes ou jogadas individuais. Em uma delas, Felipe Azevedo chegou pela direita, enfiou para Gilsinho, que seguiu a jogada com Hugo, mas o meia finalizou mal e não marcou seu segundo gol no jogo.O grande dado da partida seguia sendo o de passes errados, que com 20 minutos de segundo tempo já superava os 60.
Diante da falta de reação dos donos da casa, o Sport apenas se posicionava para administrar o resultado e apenas se armava para sair em velocidade, principalmente com Cicinho pela direita. O Atlético-GO teve o domínio da posse de bola, mas tinha pouca força em seu ataque. Muito vaiado pela torcida, Patric saiu de campo aos 34 minutos, mas a entrada de Alexandre Oliveira não melhorou o setor.
Desorganizado, os goianos chegaram ao gol de Saulo apenas com uma falta perigosa de Danilinho, mas ficou longe do empate, para alegria dos pernambucanos, que se sentiram em casa no Serra Dourada.
 
Em jogão, Galo bate Flu com show de R49 e dá emoção ao Brasileiro
Bernard e Jô também brilham na vitória por 3 a 2 que diminui diferença para o Flu em seis pontos. Galo agora enfrenta o Flamengo na quarta dia 31
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Ronaldinho

    Mais uma vez, o camisa 49 voltou a dar exibição de gala. Deu passe para dois gols e ainda mostrou seu vasto repertório, com direito a drible elástico em Diguinho.
  • mapa da mina
    Bruno

    O lateral-direito tricolor  foi completamente dominado pelo esquema ofensivo do Atlético. As melhores jogadas foram pelo seu lado. Merecia cobertura melhor.
  • estatística
    Galo domina

    O primeiro tempo mostrou 17 chutes a gol do Galo contra apenas um do Flu. Ao término da partida, a superioridade em números terminou 27 a 4.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Era o jogo mais esperado deste Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG de Cuca, vice-líder, sob a batuta em campo de Ronaldinho Gaúcho, tentava em casa,  no estádio Independência, diminuir a vantagem de nove pontos do líder, o Fluminense de Abel Braga e do artilheiro Fred, o time da moda da competição. E foi uma "final" daquelas, com todos os ingredientes de jogão. Polêmica de arbitragem, após o gol de falta anulado de Ronaldinho Gaúcho. Inesperada vantagem no placar para o Flu, totalmente dominado mas contando com o oportunismo de Wellington Nem. Virada do Galo com atuação brilhante do trio Ronaldinho-Bernard-Jô, este último autor dos dois gols. Brilho, especialmente, do goleiro Diego Cavalieri e de Fred, que empatou a partida no seu centésimo gol com a camisa tricolor. E, mais uma vez, a presença de um craque para decidir. R49, decisivo em dois dos três gols, centrou na medida para o zagueiro Leonardo Silva dar a vitória por 3 a 2 aos 47 minutos do segundo tempo.
A vitória emocionante diante de 20.096 pagantes - que proporcionaram renda de R$ 736. 265 - foi fundamental para o Galo, agora com 63 pontos, se manter na luta pelo seu segundo título brasileiro.  Neste domingo, não há torcedor do Atlético que não esteja comemorando como se fosse um título, apesar dos seis pontos de desvantagem para o líder. Mas o triunfo é daqueles que dão mais moral para as rodadas seguintes. O time volta a campo na quarta-feira dia 31, quando enfrentará, também no estádio Independência, outro grande rival, o Flamengo. A sequência do Galo será, após o duelo com a equipe rubro-negra, Coritiba (F), Vasco (F), Atlético-GO (C), Botafogo (F) e o clássico contra o maior rival, o Cruzeiro, no último confronto da competição, no Independência. Os jogadores não esconderam a emoção após o duelo com o Flu.
- Fica até difícil encontrar palavras. Não merecíamos sair daqui com outro resultado. Jogamos muito bem, impusemos o ritmo. Poderíamos até ter vencido por mais gols. Deus me iluminou. Vi que tinha uma oportunidade. Fui para a área, com o ótimo passe do Ronaldinho, e tive sorte de fazer o gol - afirmou o zagueiro Leonardo Silva, herói da partida e, curiosamente, um dos protagonistas da polêmica no lance do gol de falta anulado de Ronaldinho. Foi o zagueiro que, segundo o árbitro Jaílson Macedo Freitas, empurrou a barreira tricolor na cobrança.
Ao time tricolor, que se manteve-se com 69 pontos, resta recuperar o bom futebol e manter a vantagem. Na próxima rodada, a 33ª, o líder do campeonato receberá o Coritiba, quinta-feira, no Engenhão. Nas rodadas seguintes, terá pela frente o São Paulo (F), o Palmeiras (F), o Cruzeiro (C), o Sport (F) e o Vasco, no Engenhão, na última rodada. Sobre a derrota, o técnico Abel reconheceu a superioridade da equipe mineira e não poupou críticas à sua equipe.
- Falei com meus jogadores no intervalo que estávamos jogando um futebol de quem ocupa o meio da tabela e não de quem é o líder. Isso é o que não pode se repetir. Eles poderiam ter matado o jogo. Igualamos na etapa final, fizemos dois gols, mas no último lance apareceu a genialidade - disse, referindo-se ao passe de Ronaldinho.
Jô e Ronaldinho gol Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)Bernard (de costas), Jô (de frente) e Ronaldinho: trio se destaca na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense, no estádio Independência (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Domínio do Galo
Réver era dúvida. Mas estava em campo. Bernard também era problema. Mas estava em campo. O Galo entrou quase completo. O Flu tinha Diguinho no lugar de Jean, suspenso. E a partida começou numa velocidade digna do que vêm apresentando os times no campeonato. Os dois correndo com dentes trincados. Com forte marcação na defesa e rapidez do meio-campo para o ataque, o Galo, que precisava muito mais da vitória, tratou de tomar a iniciativa na "rinha" do Independência.
Acabou superior em toda a primeira etapa. A forte marcação sobre Deco e Thiago Neves surtiu efeito. Com os dois meias bem marcados, foram raros os momentos em que Fred e Wellington Nem dominaram em condições de puxar o contra-ataque. Ainda por cima, o Galo aproveitava o meio-campo bem posicionado para fazer a bola chegar mais rápido ao ataque.
A senha do técnico Cuca era explorar o lado esquerdo, que tinha na dupla Ronaldinho-Bernard velocidade e inspiração. Nos 10 primeiros minutos, foram duas boas chances. O torcedor atleticano ficou no quase.  Primeiro, Leandro Donizete partiu de trás e tabelou com Ronaldinho. Recebeu na medida, matou no peito e bateu pelo alto, rente ao travessão. Depois, Bernard arrancou e centrou para Jô emendar. Foi a primeira boa defesa de Diego Cavalieri, que deu um tapinha para escanteio.

jogo movimentado

5 GOLS média 2.5
31 FINALIZAÇOES média 23.9
  CAM FLU TOTAL MÉDIA*
GOLS 3 2 5 2.5
FINALIZAÇÕES 27 4 31 23.9
DEFESA DIFÍCIL 0 4 4 3.2
*média parcial do campeonato até 21/10/2012
Na tentativa de conter o ímpeto atleticano. o Flu tratou logo de botar mais a bola no chão. E tinha jogador de sobra pra isso. Mas Thiago Neves era bem contido do lado direito. Deco, sempre que recebia, tinha ora Pierre ora Leandro Donizete e até Guilherme em sua cola. A tentativa de avançar com Carlinhos pela esquerda tinha bloqueio eficiente de Marcos Rocha. Ou seja: o contra-ataque tricolor não funcionava.
Gol anulado
Com 15 minutos, Guilherme desperdiçava para fora a terceira oportunidade do Galo. Mas nada, absolutamente nada, irritou mais o torcedor atleticano do que o lance mais discutido da partida, que promete ser assunto de mesa de bar durante toda a semana. Aos 20 minutos, Ronaldinho Gaúcho, que já voava na partida, ajeitou a bola para cobrar falta pelo lado esquerdo do ataque. No minuto seguinte, a cobrança foi impecável, à direita de Diego Cavalieri, sem defesa. Mas nada valeu: o árbitro Jailson Macedo Freitas anulou o lance. Para ele, o zagueiro Leonardo Silva empurrou a barreira tricolor.
A partir daí, os gritos de "Vergonha!" tomaram conta do Independência - antes da partida, um protesto dos torcedores atleticanos contra as últimas arbitragens já fora contido pela PM. Reclamações à parte, a bola continuou rolando, e o Galo manteve a superioridade.
Gum e Digão tinham, como há muito não se via, excessivo trabalho na defesa. Com o lateral Bruno completamente dominado pelo lado direito, Bernard e Ronaldinho tramavam bem as jogadas. Jõ fazia bem o papel de pivô. Em outro bom lance, Bernard recebeu pela esquerda e bateu rasteiro. Cavalieri salvou em outra grande defesa. No rebote, Jô cabeceou, mas Gum mergulhou para tirar a bola da área.
Cavalieri e trave
Àquela altura, Diguinho tentava conter Ronaldinho, mas em vão. O craque atleticano exibia o seu melhor repertório: deu elástico, depois drible, e deixou o marcador no chão. O Flu tentava responder. Na única jogada perigosa no primeiro tempo, Wellington Nem chegou a tirar da jogada o goleiro Victor, mas perdeu o ângulo e desperdiçou o lance.
O Galo insistia. Mas a estrela do goleiro Diego Cavalieri seguia a brilhar. Primeiro, fez outra grande defesa em tiro de Marcos Rocha, pela direita. Depois, recebeu a boa e velha ajuda da trave. Ora no chute de Bernard que ainda defendeu, ora no de Jô, resvalado em Gum. Isso aos 44 e 45 minutos. O único tiro a gol da equipe tricolor foi uma falta para fora de Thiago Neves, já nos acréscimos, sem perigo. A sorte acompanhava o grande goleiro e o time tricolor, que saiu no lucro com o 0 a 0 dos primeiros 45 minutos.
Rever e Fred Atlético-MG x Fluminense (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)Réver e Fred: duelo emocionante no Engenhão (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)
Gols e emoção
O segundo tempo do até então empate sem gols que tinha nas finalizações o incrível placar de 17 chutes do Galo contra apenas um dos tricolores lembrava, no décimo minuto, a boa e velha lição do futebol. A de que para vencer não bastava ser o melhor, e sim aproveitar bem a chance Foi o que fez o Fluminense. Na segunda bola para o gol atleticano, não perdoou. O contra-ataque tricolor, enfim, funcionou.  Bruno iniciou a jogada pela direita. Mas o grande garçom foi Fred. Rolou na medida para o sempre veloz Wellington Nem, que bateu de canhota: 1 a 0 Fluminense.
O gol foi uma ducha para o Galo e sua torcida. Mas o time não desistiu. Nem depois de outra bola na trave, de Leandro Donizete, de fora da área. Já com Neto Berola, bem mais veloz, no lugar de Guilherme, buscou e conseguiu o empate. E foi numa arrancada de Ronaldinho. Pelo meio, ele tocou para Jô desferir o chute inapelável, sem defesa para Cavalieri, aos 23 minutos: o estádio Independência até tremeu.
Abel Braga sabia que precisava mexer. Tirou Thiago Neves e Deco, apagados, e botou Rafael Sóbis e Vágner. Mas nem isso adiantou. O dia parecia do trio Ronaldinho-Bernard-Jô. E foi exatamente nessa ordem que nasceu e morreu na rede tricolor o gol da virada atleticana. Sempre pelo lado esquerdo de ataque. R49 tocou para Bernard, que arrancou e centrou na medida para Jõ, de cabeça, escorar sem defesa para Cavalieri, aos 36 minutos
A vibração do Galo durou pouco. Quatro minutos depois, Carlinhos conseguiu sua primeira boa jogada pela esquerda. o centro foi parar nos pés de quem não perde. Fred mandou para as redes pela centésima vez com a camisa tricolor. E parecia deixar o Flu mais perto do tetra.
Mas o Galo tinha Ronaldinho em estado de graça. Aos 47, ele centrou na área como se fosse com a mão. Na medida para a cabeçada certeira de Leonardo Silva, que antes já tentara o gol em uma arrancada. O torcedor do Galo parecia não acreditar. Saiu do Independência cheio de esperança. Mas o Flu continua com boa vantagem. O Brasilleirão promete muito mais emoção nas seis rodadas finais.
Felipe pega pênalti, González faz de cabeça e Fla vence o São Paulo: 1 a 0
Time rubro-negro ganha uma posição no Brasileiro e respira aliviado. Luis Fabiano perde a sua terceira penalidade na competição
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Felipe
    O goleiro do Fla fez difíceis defesas durante o jogo, sendo a melhor delas no pênalti cobrado por Luis Fabiano. Quase bobeia no fim, mas deu sorte.
  • a decepção
    Luis Fabiano
    O Fabuloso já havia perdido pênaltis contra Cruzeiro, na 7ª rodada, e Atlético-GO, na quarta-feira. E, neste domingo, desperdiçou mais um.
  • arbitragem
    parada técnica
    Com o início do horário de verão e o forte calor do Rio, o árbitro Leandro Vuaden fez uma parada técnica em cada tempo para ele e os atletas se hidratarem.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Depois de ver os times que estão na zona de rebaixamento se aproximarem, o Flamengo deu um grande alívio para a sua torcida neste domingo no Engenhão. Em jogo que Felipe defendeu um pênalti cobrado por Luis Fabiano e o zagueiro chileno González fez o seu primeiro gol com a camisa rubro-negra, o time carioca venceu o paulista, por 1 a 0, acabou com um jejum de cinco jogos sem vitória e ficou um pouco mais longe do Z-4 do Campeonato Brasileiro. Luis Fabiano desperdiçou a sua terceira penalidade máxima na competição e virou o jogador que mais falhou cobranças até agora.
O resultado deixou o Fla, que ganhou uma posição e está em 14º lugar, com 40 pontos,  e manteve o Tricolor na quarta colocação, com 55, cinco à frente do Vasco, que ainda joga no complemento da 32ª rodada, contra o Internacional, na quarta-feira, em São Januário. A renda no Engenhão somou R$ 239.665 para um público pagante de 16.465 torcedores (21.631 presentes).
Na próxima rodada, o São Paulo enfrentará o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife, no sábado. Antes, vai a campo pela Copa Sul-Americana, contra a LDU de Loja, nesta quarta, no Morumbi.
- A gente vinha numa sequência muito boa (quatro vitórias consecutivas), mas a gente sabia que uma hora isso ia acontecer (derrota). Perdemos para uma equipe que é muito forte aqui dentro. Tivemos algumas falhas e não matamos na hora que tivemos a oportunidade - disse o são-paulino Lucas.
O Flamengo, por sua vez, só volta a jogar no dia 31, quarta-feira da próxima semana, contra o Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte.
- O time jogou bem, encaixou todas as linhas, e a importância do triunfo é que fica mais tranquilo quanto à zona do rebaixamento. Foi meu primeiro gol, estou muito feliz, mas feliz também pelo time - declarou o zagueiro Marcos González.
O jogo
A necessidade da vitória das duas equipes fez o jogo ser bem aberto. Logo aos dois minutos, o Rubro-Negro criou a sua primeira chance: Renato chutou da meia-lua, e Rogerio Ceni defendeu bem. A resposta tricolor veio em contra-ataque, aos três, quando Felipe voou para segurar um cruzamento na área feito por Osvaldo. Em seguida, o goleiro do Fla teve de se esticar para espalmar um chute de Luis Fabiano, que recebeu livre uma recuada mal feita por Amaral na intermediária.
Gonzalez gol Flamengo (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)González comemora com seus companheiros o gol da vitória do Fla (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)
A equipe carioca apresentava falhas de marcação no meio de campo e no miolo de sua zaga, por onde Luis Fabiano recebeu vários lançamentos com certa liberdade. O time paulista tinha ótima movimentação ofensiva e chegava perigosamente à área adversária com frequência pelas duas pontas. No Flamengo, Vagner Love incomodava muito os zagueiros são-paulinos, mas pelos lados só o direito funcionava bem, quando Wellington Silva subia ao ataque.
Aos 15, Love fez boa jogada individual, bateu na entrada da área, mas a bola foi amortecida ao bater em Rafael Toloi e facilitou a defesa de Ceni. Dois minutos depois, o São Paulo reclamou pênalti de Airton em Luis Fabiano, não marcado pelo árbitro Leandro Vuaden, que, aos 23 deu a primeira parada técnica do Brasileiro.
Num dos vacilos de marcação da zaga rubro-negra, Lucas teve a melhor chance de abrir o marcador para o Tricolor, mas, diante de Felipe, tocou muito mal na bola, jogando fora, aos 25. Logo após Wellington Silva fazer boa jogada no ataque e chutar por cima do gol de Ceni, o lateral-direito rubro-negro tentou evitar que Denilson fizesse o gol e cometeu pênalti. Luis Fabiano bateu no canto esquerdo de Felipe, mas o goleiro do Fla fez a defesa, transformando o camisa 9 são-paulino no maior perdedor de pênaltis do Brasileirão: ele não marcou em nenhuma das três penalidades que cobrou na competição.
A defesa de Felipe levantou a torcida rubro-negra e o time ganhou força. Aos 35, Love penetrou bem na área pela esquerda e chutou forte, mas Ceni espalmou a escanteio. Após se recuperar do baque de ter despediçado o pênalti, o São Paulo voltou a envolver a perdida defesa do Fla, mas não chegava a concluir a gol. O que o time carioca conseguiu, em forte chute de fora da área de Wellington Silva, que obrigou o goleiro tricolor a fazer difícil defesa em seu canto esquerdo.
Adryan entra e dá passe para o gol de González
Os dois times voltaram para a etapa final com substituições forçadas por problemas físicos: no Fla, Dorival Júnior teve de tirar Airton e mandou Ibson a campo, e Ney Franco foi obrigado a retirar Luis Fabiano e pôr Douglas. O São Paulo retornou encurralando o Flamengo, que mal conseguia sair de sua defesa. O ataque são-paulino, porém, padecia do mesmo defeito da primeira etapa: rondava a área rubro-negra, mas pouco arrematava a gol. O primeiro bom chute veio só aos nove, de Lucas. Mas Felipe fez uma ponte bonita e caiu no gramado com a bola grudada ao corpo.
Vagner Love Flamengo Rhodolfo São Paulo (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)Rhodolfo tenta impedir que Vagner Love consiga ficar com a bola na área do São Paulo. Rafael Toloi (3) e Cortez esperam a conclusão da jogada (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)
O time da casa só apareceu bem no ataque aos 11, em chute de Love que Ceni defendeu meio sem jeito. Logo depois, Dorival pôs Adryan no lugar de Wellington Bruno, que havia feito um bom primeiro tempo, mas andava sumido na segunda etapa. Não necessariamente pela substituição, o fato é que o time carioca melhorou e passou a ter mais presença no setor ofensivo, o que fez Ney Franco a fazer outra alteração, trocando Jadson por William José. Logo em seguida, Dorival mexeu novamente no ataque rubro-negro, com Hernane entrando no lugar de Liedson, que não fazia boa partida.
Adryan já havia errado duas jogadas seguidas, irritando a torcida do Fla, quando, aos 26, bateu uma falta da esquerda na cabeça de González, que jogou a bola no canto direito de Ceni. O goleiro são-paulino ficou estático, vendo a comemoração rubro-negra: 1 a 0.
O time carioca continuou mais perigoso e por pouco não fez o segundo aos 30, em cabeçada de Love, que passou à direita de Ceni e foi para fora. A equipe paulista lutava pelo empate, mas pouco ameaçava. Provavelmente pensando nisso, Ney Franco fez outra modificação, com Cícero substituindo Wellington.
Mas era o Fla o time mais perigoso em campo. Aos 38, Love tabelou com Adryan e chutou forte, à direita de Ceni, assustando o goleiro tricolor. O São Paulo não mostrava força para reagir, e o Rubro-Negro, mesmo com suas conhecidas limitações, segurava o resultado sem muitos problemas. Até que Felipe largou a bola na área e quase Cícero conseguiu se aproveitar, aos 46. Mas o goleiro foi salvo pela chegada de Wellington Silva. O jogador do São Paulo ficou no chão, reclamando falta, mas Vuaden deu tiro de meta e logo depois terminou o jogo, para festa da torcida rubro-negra.
Portuguesa freia o Náutico e consegue empate nos Aflitos
Equipes fazem bom jogo no Recife, apesar do placar em branco
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Ananias

    O atacante da Portuguesa infernizou a defesa do Náutico, sempre levando muito perigo em suas investidas pelas laterais do campo adversário.
  • vacilão
    Alemão

    O zagueiro do Náutico cometeu duas falhas incríveis ao perder a bola para o adversário. Numa delas fez a falta, na outra viu Moisés perder grande chance.
  • Decepção
    Araújo

    O experiente atacante do Náutico voltou a ter uma fraca atuação e foi substituído por Rogério, no intervalo do jogo. A torcida já pede sua saída.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A Portuguesa resistiu ao caldeirão dos Aflitos e volta para São Paulo com um precioso ponto na bagagem ao empatar com o Náutico em 0 a 0. Apesar do resultado, as duas equipes fizeram um bom jogo, com boas chances para cada lado. Com empate, o Náutico segue na 12ª colocação, com 41 pontos, e a Portuguesa acabou perdendo uma posição com a vitória do Flamengo sobre o São Paulo. Está em 14º lugar, com 39.
O volante Martinez deixou o gramado lamentando o empate do Náutico, que vinha de quatro vitórias consecutivas em casa.
- Pecamos no último passe, que vinha sendo nosso diferencial. Agora precisamos buscar a vitória fora de casa, o que não estamos conseguindo - disse.
O experiente goleiro Dida saiu satisfeito com o resultado da Lusa.
- O ideal seria a vitória, mas lutamos bastante. Sabemos da dificuldade que é jogar nos Aflitos, por isso temos de valorizar esse ponto conquistado.
Na próxima rodada, o Náutico visita o Santos, de Neymar, na Vila Belmiro, quinta-feira, às 22h (de Brasília). A Portuguesa só volta a campo no sábado, às 18h30m, quando visita o Figueirense, no Orlando Scarpelli.
Equilíbrio no primeiro tempo

Náutico e Portuguesa fizeram um jogo de muita velocidade na etapa inicial, mas de raras oportunidades para os dois lados. Logo aos dois minutos, Ananias avançou e cruzou rasteiro para Rodriguinho, mas o substituto do artilheiro Bruno Mineiro não alcançou no carrinho. Apesar do susto inicial, os donos da casa assumiram as rédeas da partida e passaram a dominar o jogo, enquanto a Lusa se encolhia. Apesar de ter mais posse de bola, o Náutico encontrava muita dificuldade para chegar à meta de Dida. Aos 14, Kieza teve boa oportunidade dentro da área, mas mandou fraquinho, de bico, para a defesa segura do goleiro.
Araújo e Souza, em cobranças de falta, tentaram chegar ao gol. Sem perigo. A chance mais clara foi da Portuguesa, que passou a equilibrar as ações do jogo e quase chega ao gol aos 24. Quase porque Rhayner evitou o gol de Boquita. O futebol de Léo Silva e Moisés apareceu, e a Lusa melhorou em campo. O jogo ficou aberto, mas a última boa oportunidade antes do intervalo só aconteceu aos 41, quando Souza cruzou rasteiro, e Kieza e Araújo não conseguiram tocar na bola, que sobrou livre para a defesa de Dida.
Náutico x Portuguesa (Foto: Otávio de Souza / Futura Press)Náutico e Portuguesa ficaram no 0 a 0 nos Aflitos (Foto: Otávio de Souza / Futura Press)
Jogo melhora, mas o gol não sai

Para a segunda etapa, Geninho manteve a formação da Portuguesa, enquanto Alexandre Gallo sacou o apagado Araújo e colocou Rogério no time do Náutico. O técnico alvirrubro buscava dar mais velocidade à linha de frente alvirrubra. E conseguiu. O Timbu promoveu uma blitz no campo de defesa paulista, com João Paulo e Kieza assustando Dida, que apareceu muito bem também aos 12 para defender um chutaço do zagueiro Jean Rolt.
Cinco minutos depois, Ananias fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Rodriguinho, que escorou para fora. Aos 20, a Portuguesa perdeu uma chance espetacular. Esperto, Moisés esperto roubou a bola do zagueiro Alemão, invadiu livre a área e bateu cruzado, mas caprichosamente para fora.
Aos 25, Geninho tirou Rodriguinho e colocou Diego Viana em campo. O equilíbrio seguia ditando o jogo. Os dois times buscavam a vitória a todo instante, promovendo um bom espetáculo aos torcedores presentes nos Aflitos. Aos 35, Alexandre Gallo surpreendeu ao sacar o lateral-esquerdo João Paulo e lançar Kim no ataque.
Com a alteração, Rhayner passou a jogar na lateral. Aos 36, a Portuguesa chegou com Luis Ricardo, que tentou de longe e mandou para fora. Geninho gastou seus cartuchos do banco ao sacar Ferdinando e colocar Diego Augusto. Aos 45, Diego Viana teve a chance de garantir a vitória da Lusa, mas cabeceou para fora. A bola ainda chegou a triscar a trave de Felipe antes de sair.
 

Koff é eleito presidente do Grêmio

Vencedor teve 57,5% dos votos, Odone, 36,7%, e Bellini, 6,25%

Por Hector Werlang Porto Alegre
fábio koff presidente eleito do grêmio (Foto: Wesley Santos/PressDigital)Fábio Koff foi eleito para o biênio 2013-2014
(Foto: Wesley Santos/PressDigital)
A 'era Arena' do Grêmio já tem o seu presidente. Com 7.696 dos votos, ou 57,5%, Fábio Koff foi eleito para o biênio 2013-2014, os primeiros anos do novo estádio do clube gaúcho. Aos 81 anos, Koff volta ao cargo que ocupara em outras duas oportunidades. O atual mandatário Paulo Odone, que tentava a reeleição, ficou em segundo lugar, com 4951 votos, ou 36,7%. Homero Bellini Júnior teve 843 votos, ou 6,25%.

A eleição no Olímpico neste domingo totalizou 7.964 votantes presenciais (sendo 7.935 de votos válidos, 21 nulos e 8 brancos). Outros 5.583 exerceram sua preferência por correspondência (5.556 válidos, 24 nulos e 3 brancos). No total, 13547 votos, a maior eleição da história do clube, desde que os sócios passaram a participar, em 2004.
- Volto para uma empreitada, que me motiva profundamente - afirma Fábio Koff durante a coletiva no no Espaço Rudi Armin Petry, no Olímpico.
Sobre o seu modelo de gestão, já anunciou uma novidade. Haverá um executivo profissional e mais dois assessores, cargos políticos, ligados ao Conselho de Administração, composto por Adalberto Preis, Marcos Herrmann, Nestor Hein, Odorico Roman, Renato Moreira e Romildo Bolzan Júnior.
Terceiro mandato de Koff
Koff presidiu o Grêmio em duas oportunidades, entre 1982 e 1983 e, depois, de 1993 a 1996. Na primeira chance, venceu a Libertadores e o Mundial. Em sua segunda passagem, repetiu a Libertadores e ainda levou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
Em 1996, assumiu o Clube dos 13, instituição criada em 1987 para defender os interesses políticos e financeiros dos principais clubes do Brasil. Permaneceu 16 anos no cargo, até o enfraquecimento da entidade. Assim, aceitou o pedidos dos movimentos de oposição do clube para concorrer nesta eleição.
Apoio de ídolos do passado marcou campanha

Durante toda a campanha, deflagrada em 4 de setembro, Fábio Koff usou contra Odone, seu principal adversário no pleito, a falta de títulos na última década, prometendo o retorno das conquistas em sua gestão.

Para tanto, contou com o apoio de antigos ídolos de seus times campeões. Mazaropi, Hugo De Léon e Renato Gaúcho, da era de 1983, e Paulo Nunes, Jardel, Dinho e Adilson, da equipe de 1995, são alguns dos exemplos mais marcantes.

- Estou contigo, meu presidente - disse Renato, em evento em Porto Alegre na última quinta-feira que reuniu apoiadores de Koff.
Renato Gaúcho participa de evento de Fábio Koff (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)Renato Gaúcho participa de evento de Fábio Koff
(Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)
Embora bastante referendado pelo passado de conquistas, Fábio Koff tentou realizar uma campanha eleitoral baseada no futuro. Ao apresentar o plano de gestão para o biênio 2013-2014, ainda em setembro, o dirigente mostrou um planejamento elaborado nos dois últimos anos e que tem como pilares o exemplo do Barcelona, a governança corporativa entre os 14 movimentos políticos do clube, a profissionalização levada à risca e, claro, relação próxima com a torcida.

Aqui, aliás, uma novidade: seu grupo fez uma eleição entre os gremistas para saber qual o reforço pretendido. Este nome, garante, foi contatado e aguarda o resultado do pleito para definir seu futuro.

Mesmo com problemas, estreia de Barrichello é elogiada por campeões

Pilotos com títulos na Stock Car destacam rápida adaptação do recordista
de GPs na Fórmula 1, e acreditam num desempenho melhor em Brasília

Por Alexander Grünwald Direto de Curitiba
Rubens Barrichello Stock Car estreia (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)Barrichello é recebido com festa pelos fãs em sua
estreia na Stock (Foto: Miguel Costa Jr./ Divulgação)
Cercada de expectativa, a estreia de Rubens Barrichello na Stock Car não terminou da forma que o piloto sonhava. Após escapar com poucos danos da confusão que eliminou quatro carros logo na largada, o recordista de GPs na Fórmula 1 iniciou uma corrida de recuperação, que só foi interrompida por causa de um furo no pneu traseiro esquerdo. Mesmo com o 22º lugar na prova, Rubinho deixou uma boa impressão em todos no paddock, especialmente devido à 15ª posição no grid.
Campeão de 2008, Ricardo Mauricio destaca outro ponto: o bom desempenho de Rubinho em pista molhada, mesmo sem ter feito um treino sequer com um Stock Car nestas condições. O piloto da equipe Full Time andou sob chuva no terceiro treino livre, disputado na manhã de sábado, pouco antes do treino classificatório.
- Fiquei muito impressionado com a rapidez de adaptação dele com um carro de turismo. Todo mundo sabe que a visibilidade é pouca, também fazia tempo que ele não usava câmbio de alavanca, e mesmo assim andou forte. A forma como ele conseguiu ser veloz na chuva, mesmo sem ter treinado nessas condições, também impressiona. Afinando mais o carro, e com um pouco mais de quilometragem, vai estar ainda mais competitivo para as próximas etapas – disse Ricardinho, da RC Competições.
Rubens Barrichello Stock Car estreia (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)Um furo no pneu traseiro esquerdo atrapalhou a estreia de Rubinho (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)
Tetracampeão e dono dos melhores números da categoria na atualidade, entre poles e vitórias, Cacá Bueno ressalta o bom resultado de Barrichello no treino classificatório, e crê que a experiência do piloto de 40 anos em diversas categorias internacionais, incluindo 19 temporadas na Fórmula 1, fará diferença positivamente a médio prazo.
- Para quem vê de fora, um 15º lugar no grid em meio a 32 carros pode não parecer, mas é um excelente resultado para um estreante. Ele largou bem no meio do pelotão, superou o companheiro de equipe e também pilotos mais experientes nesse tipo de carro. Com toda a bagagem que tem, a tendência é ser cada vez mais competitivo – avaliou Cacá, que em Curitiba ampliou para 13 pontos sua vantagem na liderança do campeonato.
Com a mesma idade de Rubinho, porém muito mais experiente em carros da Stock, David Muffato protagonizou um duelo com o “novato” na segunda metade da corrida. Campeão da categoria em 2003, o paranaense curtiu a disputa por posição, que terminou com uma manobra por fora de Barrichello. Pouco depois, com um pneu furado, Rubinho seria obrigado a abandonar o “pega” que levantou a torcida nas arquibancadas. Mas após a corrida recebeu os cumprimentos de David, que lembrou de uma coincidência entre ambos.
- Foi uma honra disputar posição com o Rubinho. Até brinquei, dizendo: “como sabia que teu pneu ia furar, nem quis forçar muito”. Brincadeiras à parte, foi uma pena ele não terminar a corrida. Estreante sofre um pouco no começo, e ele levou umas pancadinhas, mas curtiu a categoria. Também estreei em Curitiba, e na época, em 2001, a minha briga era com campeões como Paulão Gomes, Chico Serra e Ingo Hoffmann. Logo na minha segunda etapa, dividi o pódio com dois deles. Se Rubinho também fizer isso, espero estar no pódio com ele em Brasília – brinca Muffato.
Rubens Barrichello Stock Car estreia (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)Rubens Barrichello já garantiu presença nas duas últimas etapas do ano (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)
Além da prova de Curitiba, Rubens Barrichello também disputará as duas etapas finais da temporada 2012. Ele compete em Brasília, no dia 11 de novembro, e na Corrida do Milhão, em São Paulo, no dia 9 de dezembro. As duas provas terão transmissão ao vivo e na íntegra pela TV Globo, dentro do Esporte Espetacular.

Secretário-geral da Fifa recebe alta após quatro dias internado no Rio

Hospitalizado por causa de um quadro de infecção renal, Jérôme Valcke elogia instalações médicas e diz que país está pronto para a Copa

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Jérôme Valcke no Mineirão (Foto: Pedro Triginelli / G1 MG)Valcke esteve no Brasil para realizar vistorias
(Foto: Pedro Triginelli / G1 MG)
Após quatro dias internado, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, recebeu alta do Hospital Samaritano, localizado em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo. Segundo o médico João Mansur Filho, responsável pelo atendimento, o francês respondeu muito bem ao tratamento antibiótico intravenoso ministrado e apresentou uma melhora tão boa em seu quadro clínico que foi liberado para retornar à Suíça.
- O resultado da minha avaliação pessoal sobre as instalações médicas aqui no Brasil é excelente. Estou certo de que, quando o momento da Copa das Confederações e da Copa do Mundo chegar, todos estarão em boas mãos. Neste momento, gostaria de agradecer em particular ao Dr. Mansur e à sua equipe no Hospital Samaritano pela excelente atenção e cuidados - disse Valcke.
O secretário-geral da Fifa estava internado desde a noite da última quarta-feira por conta de um quadro de infecção renal. Valcke, que já viajou para a Suíça, estava no Brasil desde terça-feira para inspecionar as obras do Mineirão e do Beira-Rio e para fazer uma reunião com o Comitê Organizador Local no Rio de Janeiro, da qual acabou não participando.
Durante o período de internação, Thierry Weil, o diretor de marketing da Fifa, chegou a revelar uma brincadeira feita por Valcke sobre o episódio. O secretário-geral afirmou que estava testando o sistema de saúde do Brasil.
Jérôme Valcke voltará ao Brasil no fim de novembro para fazer vistorias na Arena da Baixada, em Curitiba, no Maracanã, e na Arena Corinthians. No dia 1º de dezembro, o dirigente participará do sorteio da Copa das Confederações, que será realizado em São Paulo. A competição vai ser disputada entre os dias 15 e 30 de junho de 2013.