quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Samba-enredo, Aldo fala de pressão pré-luta e afirma: 'melhor fase da vida'

Campeão do UFC é tema da escola Unidos da Alvorada, e desfila no próximo sábado, em Manaus

Por Manaus
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Há quase um ano José Aldo foi anunciado como samba-enredo da escola Unidos da Alvorada, e confirmou o desfile no carnaval de Manaus. Desde lá, duas defesas de cinturão entraram no currículo do campeão. Na última, contra Ricardo Lamas, o peso pena confessou que a responsabilidade da luta foi dobrada, para corresponder a homenagem da escola de samba. Agora, sem previsão de nova luta e de 'folga' em Manaus, o alvoradense se prepara para desfilar neste sábado.
José Aldo Alvorada (Foto: Antônio Lima/Semjel)José Aldo visitou a quadra da escola, nesta quarta-feira (Foto: Antônio Lima/Semjel)


- Há um mês atrás eu estava muito focado na minha defesa, eu tinha um peso muito grande. Não era só pela vitória - por manter o cinturão no Brasil -, mas também pelo fato dessa homenagem. Eu tinha que vencer, porque o povo ia tornar aquilo como força deles e iam se inspirar para fazer um belo carnaval.
A pressão é justificada pelo espírito competitivo. Aldo lembra que o convite para ser o tema do carnaval da escola do bairro em que nasceu já havia chegado em outras oportunidades. As recusas, no entanto, eram constantes.
- Eu não queria ser só homenageado. Claro que esse é um feito grande, sim, mas eu nasci pra ser campeão e sempre quero ser. Não importa onde o José Aldo está, ele sempre vai querer ser o melhor. Uns amigos meus já vinham falando, há algum tempo, que a escola queria me homenagear, mas eu sempre adiava. Não achava que era o momento certo. Agora sim, chegou uma hora boa. Estou vivendo a melhor fase da minha carreira e isso vai enaltecer muito a escola. É o nosso momento (tanto meu, quanto da escola) - apontou.
José Aldo Alvorada (Foto: Antonio Lima/Semjel)Lutador irá para a avenida no sábado (Foto: Antonio Lima/Semjel)


Desde o dia 1º de fevereiro, quando fez a defesa de cinturão, Aldo está descansando. Após desembarcar em Manaus na madrugada desta quarta-feira, no entanto, o ritmo acelerou. Com extensa agenda pela capital até o dia do desfile, o campeão afirma que está com o 'samba na ponta do pé' e aposta na vitória da escola.
- Eu, particularmente, sou um pé de valsa. Eu sambo pra caraca, mermão. Pode ter consciência disso: Eu vou dar um show lá. Vou sambar muito, vou ficar com calo no pé. O samba tá na ponta do pé e na ponta da língua também. A energia tá fluindo muito bem. Estão todos da comunidade na mesma energia, mesma conectividade. Todos estão se doando muito para conquistar a vitória. Espero que na quarta-feira possamos nos sagrar campeões.

GSP diz que obsessão o ajudou a ser campeão, mas causou infelicidade

Lutador canadense acha que, mesmo que voltar, comportamento compulsivo vai lhe deixar infeliz novamente, e reclama de novo de doping no MMA

Por Quebec City, Canadá
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Georges St-Pierre (Foto: Rodrigo Malinverni)Georges St-Pierre se disse obcecado por ser o
melhor lutador do mundo (Foto: Rodrigo Malinverni)
O ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC, Georges St-Pierre, voltou a comentar nesta quarta-feira as razões de seu "hiato" na carreira como lutador. O canadense está promovendo o lançamento do filme "Takedown: the DNA of GSP", documentário que retrata sua preparação para enfrentar Nick Diaz em março do ano passado e mostra um pouco dos bastidores de sua vida pessoal e treinamento. Segundo o atleta, foi sua obsessão que o tornou um campeão no MMA, e foi esse comportamento compulsivo que o levou a pedir para dar um tempo da competição.
- Como competidor e lutador, é uma coisa boa ter isso, porque você fica obcecado completamente em ser um artista marcial melhor. Tudo o que você faz é orientado por esse objetivo. Mas a mesma coisa pode ser ruim para uma pessoa normal, numa vida normal. Essa mesma obsessão que eu tinha pelo meu trabalho ia me levar à loucura. Por isso dei essa parada. Não chamo de aposentadoria, porque não sei se será, mas tinha que dar um tempo na competição. Estou lutando há tanto tempo, começou por causa da diversão, depois virou um negócio, que vem com expectativas, pressão, todos querem o que você tem. Fiquei obcecado, louco. Parei por causa da minha saúde - explicou St-Pierre, em entrevista ao canal de TV canadense "CBC".
GSP, que além do documentário vem filmando uma participação no novo filme do personagem de histórias em quadrinhos Capitão América, ainda negou que vá seguir carreira como ator e se mostrou aberto a um retorno ao esporte no futuro, mas acredita que a obsessão pode atrapalhar novamente.
- Vou ficar feliz em lutar de novo até a obsessão dominar e me deixar infeliz de novo - afirmou o lutador.
Georges St-Pierre também falou de novo sobre sua preocupação com o controle antidoping no esporte. O peso-meio-médio comparou o uso de esteróides a uma arma.
- Tornou-se um problema em todos os esportes e especialmente nas artes marciais mistas, porque sua vida está em jogo. Se você perde uma corrida ou um jogo no hóquei, você só perde um jogo, mas se você perde uma luta, você pode perder parte de seu cérebro, por causa do dano, do impacto, pode perder um braço... Seu bem-estar está em jogo. Se eu estiver te enfrentando e eu te der uma faca, e eu não tenho arma, você tem uma vantagem. É uma arma biológica - disse.

Curtinhas: um dos dois únicos lutadores a vencer Pettis se aposenta

Bart Palaszewski foi demitido do UFC no ano passado após terceira derrota seguida. Shogun grava para evento em Natal, e ordem do card é definida

Por Rio de Janeiro
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Um dos dois únicos lutadores que até hoje conseguiram derrotar Anthony Pettis, atual campeão peso-leve do Ultimate, Bart Palaszewski, aos 30 anos, anunciou nesta terça-feira que não lutará mais MMA. O polonês derrotou Pettis por pontos em dezembro de 2009, pelo WEC, mas não viveu boa fase entre 2010 e 2013, período em que perdeu quatro lutas e ganhou apenas uma.
Bart Palaszewski mma (Foto: Getty Images)Bart Palaszewski teve 36 vitórias e 17 derrotas na carreira (Foto: Getty Images)
Por conta de uma sequência de três derrotas, o Ultimate demitiu Bart Palaszewski em maio do ano passado. Desde então, ele não assinou com nenhuma outra organização e agora optou por deixar o esporte.
Em estúdio
Maurício Shogun participou nesta terça-feira de gravações oficiais do UFC para o próximo evento no Brasil, que será em Natal, no dia 23 de março. O curitibano vai participar da luta principal do evento, a revanche contra Dan Henderson.
Maurício Shogun mma (Foto: Reprodução / Instagram)Maurício Shogun em gravação para vídeos oficiais do UFC (Foto: Reprodução / Instagram)
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Ordem do card definido
Por falar no UFC: Shogun x Henderson, a organização atualizou em seu site oficial a ordem dos combates do evento. Tanto o card preliminar quanto o principal estão com seis combates. Francimar Bodão x Hans Stringer, pelos meio-pesados, é a luta que por enquanto está programada para abrir a noite. Confira como ficou:
UFC Fight Night no Combate: Shogun x Henderson 2
23 de março de 2014, em Natal
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Dan Henderson
Peso-médio: Cezar Mutante x CB Dollaway
Peso-leve: Léo Santos x Norman Parke
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Gian Villante
Peso-leve: Michel Trator x Mairbek Taisumov
Peso-pena: Rony Jason x Steven Siler
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Diego Brandão x Will Chope
Peso-médio: Ronny Markes x Thiago Marreta
Peso-mosca: Jussier Formiga x Scott Jorgensen
Peso-meio-médio: Thiago Bodão x Kenny Robertson
Peso-pena: Godofredo Pepey x Noad Lahat
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x Hans Stringer

Dana White posta foto de Anderson Silva chegando à academia: ‘Ele está ótimo’


qua, 26/02/14
por ultimmato |
Dana White postou uma foto de Anderson Silva carregando várias garrafas de isotônicos na porta de sua academia, em Los Angeles. Sorrindo na foto, o Spider usava uma bermuda que deixava exposta a perna esquerda, que sofreu a fratura na luta contra Chris Weidman. Pela foto, não é possível ver nenhuma cicatriz no local.
- Ele está ótimo. Vocês não imaginam os treinos que Anderson Silva já está fazendo. Se eu não tivesse visto, também não acreditaria!!! – escreveu o presidente do UFC.

A fim de enfrentar Jones Jr, Nick Diaz diz que luta em pé melhor que Spider

Roy Jones Jr. mostra interesse em lutas com os dois artistas marciais mistos

Por Las Vegas
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Sem lutar MMA desde março de 2013, quando desafiou Georges St-Pierre, o peso-meio-médio Nick Diaz quer enfrentar o próximo campeão da categoria - o cinturão vago por GSP será disputado por Johny Hendricks e Robbie Lawler no próximo dia 15 de março, no UFC 171. Outra opção, se o americano não voltar ao Ultimate é passar a lutar boxe. Diaz é considerado um dos melhores boxeadores do MMA e já teve propostas para atuar nos ringues antes de assinar com o UFC.
montagem Roy Jones Jr, Nick Diaz e Anderson Silva mma ufc (Foto: Editoria de Arte)Assim como Anderson Silva (dir.), Nick Diaz (centro) quer luta com Roy Jones Jr (esq.) (Foto: Editoria de Arte)
Porém, o polêmico californiano não quer simplesmente lutar boxe contra qualquer um. Nick Diaz está de olho em Roy Jones Jr, campeão mundial em quatro categorias diferentes de peso e "luta dos sonhos" de Anderson Silva. Se o Spider quer realizar seu desejo após se recuperar de uma fratura na perna, Diaz apresentou seu argumento para que Jones Jr. o escolha antes do brasileiro para um combate.
- Eu provocar o Roy Jones é desrespeitoso, mas se eles quiserem fazer isso, combinar os esportes numa luta de boxe, eu farei. Sinto que sou um lutador em pé melhor do que Anderson Silva, que também falou em enfrentar Jones. Se você quiser uma boa luta de boxe entre boxeador e (lutador de) MMA, é essa - afirmou Diaz ao jornal "Los Angeles Times".
A agente de marketing de Roy Jones Jr, Mercedes Ganon, disse ao jornal que o pugilista estaria interessado em enfrentar ambos os lutadores.
- Pode trazer, Diaz ou Silva - disse Jones Jr, segundo o jornal.

UFC tem média de um estreante para cada duas lutas realizadas em 2014

Nos 68 combates disputados neste ano, 34 atletas pisaram no octógono
pela primeira vez. Com evento de sábado, porcentagem vai aumentar

Por Rio de Janeiro
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O Ultimate vem mostrando cada vez mais por que é atualmente a principal organização de MMA do mundo. Se no passado 455 lutadores de 41 países diferentes participaram dos 33 eventos realizados pela organização, em 2014 a tendência é aumentar ainda mais. A temporada já contou com seis edições, e nada menos do que 34 atuaram pela primeira vez no UFC.
Como o total até o momento foi de 68 lutas realizadas, isso significa que em 2014 a média é de um estreante a cada duas lutas. Só no último evento, por exemplo, foram seis - um deles o brasileiro Pedro Munhoz, derrotado pelo compatriota Raphael Assunção no card preliminar do UFC 170, em Las Vegas (EUA).
Tarec Saffiedine  Lim Hyun Gyu cingapura ufc mma (Foto: Getty Images)Último campeão meio-médio do Strikeforce, Saffiedine (dir.) foi um dos estreantes do ano (Foto:Getty Images)
Mas a maior amostra desta "invasão" dos estreantes aconteceu mesmo no primeiro evento do ano, em Cingapura. O card foi composto por 75% de estreantes. Foram 15 lutadores debutando na principal organização de MMA do mundo em um total de 20 que participaram dos combates. Na luta principal, o último campeão meio-médio do Strikeforce, Tarec Saffiedine, fez o debute mais aguardado até o momento ao derrotar Hyun Gyu Lim.
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A média vai aumentar ainda mais a partir de sábado. No UFC: Kim x Hathaway, que será realizado em Macau, oito lutadores farão suas estreias. Como serão apenas nove duelos, eles representam 44,4% de todo o card.
Para o segundo semestre, o peso-palha feminino será criado, e a organização precisará de mais atletas. Resta saber se as contratações vão seguir a todo vapor, já que elenco de lutadores jestá inchado. O site oficial do UFC lista 482 atletas sob contrato distribuídos nas nove categorias. Levando em conta o número de duelos do ano passado - e mesmo considerando um número maior de edições -, muitos deles devem lutar apenas uma vez em 2014 ou sequer entrar no octógono.

Johnny Eduardo volta ao octógono após dois anos e enfrenta Wineland

Peso-galo brasileiro não luta pelo UFC desde maio de 2012 por causa de repetidas lesões. Adversário foi derrotado por Barão em setembro passado

Por Rio de Janeiro
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Johnny Eduardo, lutador do UFC (Foto: Divulgação/UFC)Johnny Eduardo na pesagem do UFC Rio 1, sua
estreia no Ultimate (Foto: Divulgação/UFC)
Johnny Eduardo tem nova data para voltar ao octógono do UFC. O peso-galo brasileiro, que não luta desde maio de 2012 devido a uma série de lesões, foi escalado para enfrentar o americano Eddie Wineland no evento da organização em Cincinnati, EUA, marcado para 10 de maio.
O site da revista "Graciemag" foi o primeiro a noticiar o combate. Em 10 de maio, Johnny estará a cinco dias de completar exatos dois anos de sua última apresentação, uma vitória por decisão unânime sobre Jeff Curran no dia 15 de maio de 2012, pelo UFC: Poirier x Jung. Desde então, o peso-galo teve dois combates marcados, contra Yves Jabouin e Lucas Mineiro, mas foi forçado a desistir de ambos ao sofrer lesões às vésperas dos confrontos. Aos 35 anos de idade, o carioca tem 26 vitórias e nove derrotas no seu cartel profissional de MMA.
Em Eddie Wineland, Johnny terá um adversário bem posicionado na divisão, atualmente na quarta colocação do ranking do UFC. Em setembro, o americano desafiou Renan Barão pelo cinturão interino e foi derrotado. Depois disso, se recuperou ao nocautear Yves Jabouin no último dia 25 de janeiro. Das 21 vitórias de Wineland na carreira, 11 foram por nocaute ou nocaute técnico. Ele tem também nove derrotas e um empate no seu cartel profissional.
Confira o card atualizado do evento do UFC de Cincinnati:
UFC Fight Night 40
10 de maio de 2014, em Cincinnati (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-médio: Ed Herman x Rafael Natal
Peso-pena: Nik Lentz x Manny Gamburyan
Peso-pesado: Soa Palelei x Ruan Potts
Peso-leve: Justin Salas x Ben Wall
Peso-meio-médio: Yan Cabral x Alexander Yakovlev
Peso-mosca: Kyoji Horiguchi x Darrell Montague
Peso-mosca: Chris Cariaso x Louis Smolka
Peso-galo: Eddie Wineland x Johnny Eduardo

Conheça os 32 participantes da terceira temporada do TUF Brasil

Reality show terá lutadores dos médios (até 84kg) e pesados (até 120kg). Vencedores das eliminatórias entram na casa e comporão times de Wand e Sonnen

Por São Paulo
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A versão brasileira do reality show "The Ultimate Fighter - Em busca de campeões" chega à terceira temporada com duas categorias de peso, promessa de boas lutas no octógono e muita polêmica entre os treinadores, os desafetos Wanderlei Silva e Chael Sonnen. O programa será exibido pela TV Globo aos domingos, a partir de 9 de março, e já começa com 16 lutas, de onde sairão os 16 atletas que entram na casa. Os vencedores serão divididos em dois times pelos técnicos e terão de conviver na mesma casa. Dois deles serão coroados campeões, um na categoria dos médios (até 84kg) e outro na categoria dos pesados (até 120kg), e ganharão contrato com o UFC.
A novidade desta temporada tem tom feminino. Ex-campeã mundial de vôlei de praia e atleta olímpica tanto na quadra quanto nas areias, Isabel estará do lado de Wanderlei, enquanto Hortência, ex-campeã mundial e medalhista de prata olímpica no basquete, vai auxiliar o americano Sonnen. As duas atuarão como treinadoras, aprendendo sobre MMA e contribuindo com bagagem e as experiências de atletas olímpicas nos seus respectivos esportes. O TUF também terá um concurso para eleger a musa do reality show entre muitas candidatas.
A seguir, conheça os 32 participantes do TUF Brasil 3, divididos por categoria de peso:
info tuf brasil 3 medios (Foto: Editoria de Arte)









info tuf brasil 3 pesados (Foto: Editoria de Arte)

Comissão Atlética de Nevada pode não licenciar Cris Cyborg para lutar

Entidade usa como argumento as afirmações de seu ex-empresário, Tito Ortiz, de que ela poderia morrer caso tivesse que bater o peso de 61kg

Por Las Vegas
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Cris Cyborg MMA Invicta (Foto: Reprodução/Ustream)CrisCyborg pode não receber a licença para lutar em Las
Vegas por suas declarações (Foto: Reprodução/Ustream)
As declarações dadas por Tito Ortiz e pela própria Cris Cyborg sobre os problemas de saúde que a lutadora poderia ter caso decidisse baixar para os pesos-galos começaram a pesar contra a própria atleta. Em entrevista ao site "ESPN.com", o atual chefe da Comissão Atlética de Nevada, Francisco Aguilar, disse que precisa analisar com muito cuidado um eventual pedido de licença da brasileira para atuar entre os pesos-galos no estado.
- As repetidas referências que a atleta fez sobre os perigos que uma eventual descida de categoria de peso representariam para a sua saúde são extremamente relevantes para que se decida licenciá-la ou não. Houve uma admissão dela própria de que atingir os 61kg poderia trazer riscos muito grandes à sua saúde. Se ela falou isso, certamente tinha razões fortes para fazê-lo. Se o UFC quiser fazer uma luta de Cris Cyborg entre os pesos-galos em Las Vegas, a comissão irá analisar novamente o seu pedido de licença e decidir se autoriza ou não que ela atue entre os pesos-galos. Essa é uma daquelas situações que temos que analisar com muito cuidado.
Há cerca de um ano, o então empresário de Cris Cyborg, Tito Ortiz, disse que sua lutadora poderia até morrer se tivesse que bater o limite de 61kg dos pesos-galos.
- Como empresário, quero tomar as melhores decisões para a minha cliente, tanto para o seu futuro quanto para a sua saúde. Não quero que ela morra por cortar peso demais. Já vimos isso acontecer no wrestling universitário. Não quero que isso aconteça no UFC com alguém que esteja trabalhando comigo.
A própria Cris Cyborg declarou que pretende lutar apenas três vezes, e não mais que isso, entre os pesos-galos.
- Quero falar com meu médico para lutar não mais que três vezes entre os galos: uma para conquistar o cinturão do Invicta, outra para vencer Ronda Rousey e a terceira para concedê-la a revanche imediata, para que não haja dúvidas quanto à minha primeira vitória. Não quero que digam que foi sorte.

Em rede social, Nate Diaz pede a Dana White para ser liberado do UFC

Ex-desafiante do peso-leve queria uma nova disputa de título, o que foi
negado pelo presidente da organização no início do ano

Por Rio de Janeiro
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Mais um lutador da equipe Cesar Gracie Jiu-Jitsu está em atrito com o Ultimate. Depois de Gilbert Melendez quase assinar com o Bellator, é a vez de Nate Diaz pedir para deixar a principal organização de MMA do mundo. E o mais curioso dessa história é que o ex-desafiante do peso-leve usou o Twitter para expressar todo o seu descontentamento com sua atual situação.
- Eu gostaria de pedir para ser liberado do UFC. É hora de eu seguir meu caminho - escreveu Nate na rede social, em mensagem endereçada ao presidente Dana White.
Nate Diaz UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Nate Diaz é lutador do UFC desde junho de 2007 (Foto: Evelyn Rodrigues)
No início de 2014, Dana White tornou público em sua conta no Twitter que Nate Diaz recusou enfrentar Khabib Nurmagomedov. Em resposta a um fã, Dana também reclamou que "ninguém quer enfrentar Khabib". Mike Kogan, empresário de Nate, explicou a situação em entrevista ao site "MMAjunkie". Ele disse que o "não" para a luta foi fruto da negociação com o Ultimate e também porque todos da equipe acreditavam que havia a chance de o próximo confronto ser pelo título, contra o campeão Anthony Pettis, que se recupera de uma cirurgia no joelho.
- Nós poderíamos olhar para uma luta pelo título, acho que é uma decisão de negócio inteligente sentar um pouco e aguardar. Pettis já disse que queria lutar contra Nate. Por que ele quer lutar com Nate? Ele sabe que é uma luta de dinheiro. Esse é o nome do jogo. Quem mais poderia trazer tanto dinheiro? (Ben) Henderson? Claro que não. Portanto, agora somos forçados a nos defender. Pensei que este tipo de conversa fosse mantida entre nós, em particular. Pedimos um novo contrato. Eles disseram: "Não antes de uma vitória. Isso não vai acontecer". Ok, legal, então vamos recusar essa luta (contra Nurmagomedov). É o nosso direito de fazer, de acordo com nosso contrato. Não sei como isso se transforma em "todo mundo tem medo de lutar com Khabib" - disse o empresário em janeiro.
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No entanto, Gilbert Melendez, companheiro de Nate Diaz na Cesar Gracie Jiu-Jitsu, ganhou a chance de disputar o cinturão ao renovar o contrato e de quebra ainda vai participar do TUF 20 como treinador ao lado de Anthony Pettis. Isso vai deixar com que o desafiante seguinte aguarde por muito tempo pela oportunidade, o que pode ter motivado Nate a querer deixar o UFC.
Fred empata no fim, entra no top 10 de artilheiros do Flu e salva o time
Meia que é primo de Leandro Euzébio faz de cabeça o gol da Cabofriense, mas tricolores pressionam no fim e marcam aos 47 minutos do 2º tempo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    finalizações
    Renato Gaúcho não pode reclamar de falta de criação. O Flu teve chances, mas Biro Biro e Fred, principalmente, pecaram na hora de acertar o gol.
  • nervosismo
    Ailton
    O lateral-esquerdo do Fluminense substituiu o lesionado Carlinhos, e parecia nervoso, errou lances simples e levou o cartão amarelo.
  • aposta
    em família
    Autor do gol da Cabofriense, Daniel Tijolo é primo de Leandro Euzébio, do Flu, e eles apostaram um almoço. Ninguém ganhou, tudo em casa.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com

Tudo caminhava para mais um dia ruim. A torcida do Fluminense, ainda com a marca da derrota por 3 a 0 para os reservas do Botafogo, ficou impaciente. Seria a segunda derrota seguida, mas Fred fez no Moacyrzão o gol de empate por 1 a 1 aos 47 minutos e evitou que a Cabofriense assumisse a vice-liderança do Campeonato Carioca. De quebra, o atacante, que havia perdido um lance feito, chegou a 114 gols com a camisa do Flu e entra no top 10 da artilharia do clube - é o décimo ao lado de Magno Alves.

- No lance do gol fiz bem o que a jogada pediu. O pior foram os gols perdidos. No primeiro, quase sem goleiro, também errei. Hoje a nossa equipe sofreu. Abrimos o meio para buscar o empate e, ao menos, conseguimos - disse Fred.
A maioria dos 1.580 pagantes que assistiram ao jogo, até tentou aplaudir o inseguro Ailton, gritaram timidamente o nome de Diguinho, mas com a iminente derrota depois do gol de Daniel Tijolo, passou a bradar "olé" ironicamente e a vaiar a equipe, ainda na vice-liderança, com 23 pontos.

O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Friburguense, 19h30m (de Brasília), no Maracanã. A Cabofriense, terceira colocada, joga quinta, no mesmo horário, no Raulinho de Oliveira.
Fred Fluminense x Cabofriense (Foto: Photocâmera)Isolado no ataque, Fred passou em branco no primeiro tempo (Foto: Photocâmera)


Faltou acertar o gol

Renato Gaúcho mudou a forma de jogar do Fluminense. Com a suspensão de Valencia, optou por mudar o esquema, migrando do 4-4-2 para o 4-3-3. Biro Biro formou o trio ofensivo com Rafael Sobis e Fred. O jovem atacante deu mais velocidade ao time, mas pecou na hora de finalizar em pelo menos três chances. Defensivamente, teve a atenção chamada por Renato quando demorou a recompor a marcação: "Está cansado?", perguntou o técnico.
A Cabofriense explorava o lado direito do ataque para chegar ao gol. Muito em função do nervosismo demonstrado por Ailton, lateral-esquerdo de 18 anos promovido ao time titular para substituir Carlinhos, que tem uma pubalgia. A torcida do Flu tentou incentivar, gritou o seu nome, mas, perdido, mostrava-se insegurança e chegou a levar um cartão amarelo ao matar um contra-ataque do adversário.
O erro e o acerto

A má atuação somada ao cartão, tornou previsível a saída de Ailton, que deu lugar a Chiquinho na volta do intervalo. Também ao retornar, Fred lembrou que estava um pouco isolado na área, pois Sobis e Biro Biro se posicionaram pelas pontas. Mas fez a ressalva sobre a importância jogadas laterais. Funcionaram os dois. Chiquinho deu nova dinâmica, acertou cruzamentos, um deles na medida para Gum mandar para fora. Deu certo também a jogada pela direita de Jean na cabeça de Fred, no limite da pequena área. Não deu certo a finalização. Livre, o camisa 9 errou o gol.
A pontaria que faltou a Fred, logo em seguida sobrou para Daniel Tijolo. Depois de assustar em alguns cruzamentos, o time da Região dos Lagos abriu o placar com finalização certeira do meio de campo: 1 a 0 Cabofriense. A iniciativa imediata de Alexandre Barroso foi tirar o meia Éberson e lançar o zagueiro Arthur Sanches para recuar.

Walter e Wagner entraram para aumentar o poder ofensivo. Fred voltou a quase marcar. Mas só aos 47 minutos, lançamento de Walter, usou o corpo e fez o seu 114º gol, agora um dos dez maiores artilheiros da história do Fluminense.
 
Ferreyra marca no fim, Bota empata com o Unión Española e segue líder
Argentino vai mal no primeiro tempo, mas se recupera, dá bons passes e faz o gol da igualdade no Chile (1 a 1), que mantém o time na ponta do Grupo 2
DESTAQUES DO JOGO
  • paredão
    Jefferson
    O goleiro teve boa partcipação quando Salom apareceu livre na área alvinegra. O camisa 1 fez uma bela defesa. No lance do gol, nada pôde fazer.
  • bom de bola
    Chávez
    O camisa 10 do Unión Española foi um bom condutor do meio-campo de sua equipe e mostrou categoria ao anotar um  belo gol na etapa final.
  • pilhado
    Edilson
    O lateral tem abusado da rispidez nos jogos de Libertadores. Chutou a cabeça de um rival e voltou a correr risco de expulsão. Levou amarelo.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
O Botafogo está totalmente adaptado à Libertadores. Mandou no jogo, teve as melhores chances e só não venceu devido a um lance de talento de Chávez, o camisa 10 adversário, que abriu o placar, já no segundo tempo. Volta de Santiago com um importante 1 a 1 e dando impressão de que passará de fase com tranquilidade. Ferreyra, que fez dois tempos distintos, marcou o gol alvinegro no estádio Santa Laura, em jogo da segunda rodada do Grupo 2 da Libertadores.
O resultado mantém o Glorioso na liderança de sua chave, agora com quatro pontos, dois a mais do que o Unión Española. San Lorenzo (zero) e Independiente del Valle (um) se enfrentam nesta quinta-feira, na Argentina, no complemento da rodada.
- O resultado poderia ter sido melhor para o Botafogo. Mas Libertadores é assim mesmo, e tenho certeza de que essa classificação vai ser disputada até a última rodada. Na Libertadores é importante pontuar fora de casa, mas é claro que nosso objetivo era ter vencido. Lamentamos ter tido a oportunidade de vencer e não ter conseguido aproveitar - disse o técnico Eduardo Hungaro após o apito final.
O próximo compromisso do Botafogo pela Libertadores é no dia 12 de março, contra o Independiente del Valle, no Equador. Antes disso, o Alvinegro volta a campo neste sábado, quando encara o Macaé, em Moça Bonita, pelo Campeonato Carioca.
Ferreyra e Matias Navarrete, Union Espanola x Botafogo (Foto: Reuters)Tanque Ferreyra disputa jogada com Matias Navarrete, do Unión Española (Foto: Reuters)
Ferreyra não vai bem no início
O Botafogo começou mandando no jogo. Com menos de 25 minutos, já tinha levado perigo três vezes. Jorge Wagner foi o mais incisivo dos botafoguenses e quase abriu o placar em duas bombas. Na segunda, o goleiro soltou na pequena área, e Tanque Ferreyra não aproveitou a sobra, batendo em cima de Diego Sánchez. O camisa 9 já havia vacilado pouco antes ao não colocar para dentro bola que quicou em sua frente também na pequena área.
Pelo lado do Unión Española, Salom, Jaime e Chávez equilibraram as ações da partida e foram os melhores do seu time. O primeiro, aliás, obrigou Jefferson a grande defesa após erro coletivo da retaguarda alvinegra.
Mereceu também destaque negativo o recorrente descontrole de Edílson. Desde a pré-Libertadores ele vem confundindo excesso de vontade com violência. Aos 16 minutos, depois de dar uma trombada em Jaime, levantou muito o pé e acertou o rival com um chute na cabeça, por trás. Correu risco de ser expulso, mas o árbitro optou pelo cartão amarelo.
Tanque se recupera e salva o Botafogo
Luis Pavez e Nicolas Lodeiro, Union Espanola x Botafogo (Foto: EFE)Lodeiro tenta levar o Botafogo ao ataque no estádio Santa Laura (Foto: EFE)
O Glorioso voltou bem do intervalo e, logo no início, protagonizou uma bela jogada. Depois de vários toques na bola, Lodeiro levantou na área, Ferreyra ajeitou de peito, e Gabriel chutou muito perto do travessão. Pouco depois, Lodeiro finalizou com perigo, aproveitando-se de outra boa trama iniciada pelo lado esquerdo.
O jogo perdeu em emoção e se encaminhava para o 0 a 0. Mas Chávez, o melhor em campo dos chilenos, impediu isso aos 29 minutos. Recebeu bola na área, ganhou com força e talento de Dória e Julio Cesar e finalizou com muita qualidade, num chute cruzado: 1 a 0.
O placar não espelhava o que era o jogo, e Ferreyra teve oportunidade de ouro ao receber dentro da área. Ele driblou Sánchez e optou por chute seco, mas o goleiro foi muito ágil e se recuperou com uma defesa providencial. Quatro minutos depois, porém, desencantou. Edílson pintou pela direita, cruzou com perfeição para a cabeçada certeira do camisa 9 botafoguense. Tudo igual. Justiça feita e liderança mantida.

W. Paulista salva no fim, e Inter vence Xavante em 2º jogo do novo Beira-Rio

Time de Abel Braga joga pouco, mas consegue marcar aos 38 minutos do 2º tempo
Confronto da 11ª rodada marca segundo evento-teste do estádio da Copa 2014

Por Porto Alegre
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A história do remodelado Beira-Rio está apenas começando, mas já passa a ser forjada pela marca dos centroavantes. No primeiro evento-teste, contra o Caxias, Rafael Moura havia marcado duas vezes e confirmado sua recuperação. Desta vez, no segundo jogo da casa gaúcha na Copa de 2014, foi Wellington Paulista a saborear o gosto da redenção. Sem anotar desde sua contratação, entrou aos 34 minutos do segundo tempo. Aos 38, aparou cruzamento de Fabrício: 1 a 0 sobre o Brasil de Pelotas, pela 11ª rodada do Gauchão, e classificação garantida às quartas de final com quatro partidas de antecipação - é o líder do Grupo A, com 28 pontos.
O Inter vinha de derrota, a única no ano, para o Veranópolis. Usou time reserva. Wellington Paulista saiu do revés na serra gaúcha como um dos vilões. Perdera chance clara na etapa final, preferindo o passe ao chute. Eram cinco partidas no Colorado. Nenhum gol. Escolheu um jogo bom para marcar, uma vez que o Brasil de Pelotas jogou bem, superior ao mandante em muitos momentos do confronto. Perdeu chances claras, teve seu técnico expulso e acabou castigado. Mesmo assim, ainda é a melhor campanha do Interior, vice-líder do Grupo A, com 19 pontos.
O Inter já retorna a campo na sexta-feira. Embora mandante, jogará no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, diante do Esportivo, em partida antecipada da 14ª rodada. O Brasil de Pelotas enfrenta o Juventude no Bento Freitas apenas na quinta-feira, após o carnaval.
D'alessandro, Internacional x Brasil de Pelotas (Foto: Itamar Aguiar/Agência Estado)D'Alessandro comandou apertada vitória do Inter no novo Beira-Rio (Foto: Itamar Aguiar/Agência Estado)
Chuva, atraso e retranca
Muito antes de a bola rolar, já era possível prever uma noite pouco honrosa à beleza do novo Beira-Rio. Primeiro, pela chuva forte, que em nenhum momento deixou de cair. Não atrapalhou muito os jogadores, é verdade, mas transformou o acesso dos 10 mil sócios contemplados no check in (além dos 250 fãs do Xavante) numa empreitada à base de muita lama. A satisfação em conhecer o estádio remodelado, uma vez que os associados não poderiam ser os mesmos do primeiro evento-teste, diante do Caxias, goleada de 4 a 0.

O Inter estreou os telões, em que D'Alessandro e Abel Braga foram os mais ovacionados. Tentou fazer uma entrada no gramado à la Copa do Mundo, como reza o famoso padrão Fifa. Mas não conseguiu. Cansou-se de esperar pelo Brasil de Pelotas e deixou a fila no túnel, entrando sozinho com as bandeiras do clube, do estado e do país. Era a primeira amostragem de que o Xavante não estava a fim de facilitar.

De dar sono
A estratégia do rival, que ingressou no campo como a melhor campanha do Interior, atrás apenas da dupla Gre-Nal, se tornou nítida desde o primeiro apito de Márcio Chagas da Silva. Os comandados de Rogério Zimmermann estavam dispostos a defender. E como se resguardaram. Formaram uma barreira quase intransponível. A ponto de as melhores chances do Inter serem sempre em chutes de fora da área, como aos 28 minutos, quando Aránguiz quase marcou, contando com desvio na zaga. A bola acabou saindo após raspar na trave.

Foi o volante, aliás, quem conseguiu pisar na área de Luiz Muller. Aos 31 minutos, após lançamento de D'Alessandro, o chileno atirou, encostou na bola, mas o insuficiente para desviar com força. Está certo que o Brasil também teve seus momentos, além, claro, do destaque a Leandro Leite, pela truculência no meio-campo. Como aos 21, em sobra de escanteio mal aproveitada na área por Alex Amado. Aos 38, Cleiton arriscou de muito longe e quase abriu o placar. Quase. Palavra-chave de um primeiro tempo morno.
- Eles ficam atrás da linha da bola, tem que ter paciência. Chegamos sem muita claridade, precisamos afinar o último passe. É sempre aquela história, fazer o primeiro para eles se abrirem  - receitou D'Alessandro.

De criticado a salvador
O primeiro minuto do segundo tempo até que foi promissor. O mesmo D'Ale cobrou escanteio para cabeceio perigoso de Rafael Moura. No entanto, parou por aí. Quem passou a dominar as ações foi o valente Brasil de Pelotas. Fracassou no capricho. Sozinho, o zagueiro Fernando Cardozo, ex-Inter como Luiz Muller, Edu Silva e Marcio Hahn, errou o golpe de cabeça. Aos 10 minutos, reclamação em suposto toque de mão de He-Man na área. Aos 12, Alex Amado aproveitou furada do instável Willians e só não marcou porque Dida salvou.
O Inter começou a equilibrar o jogo com as mudanças. Entraram Alan Patrick e Otávio nas vagas de Alex e Jorge Henrique. Mas foi o velho D'Ale de guerra que quase anotou, em cobrança de falta espalmada por Luiz Muller. A expulsão do técnico Rogério Zimmermann sepultou qualquer nova reação do Xavante, que passou a se contentar com o empate. Tática equivocada. Porque, mesmo sem jogar bem, o Inter acabaria impondo o castigo aos rivais. Justamente com o antes criticado Wellington Paulista, após passe preciso de Fabrício dentro da área. O centroavante só precisou desviar, aos 38, quatro minutos após ingressar no gramado. 1 a 0, redenção pessoal, classificação antecipada do time. O novo Beira-Rio começa a construir uma história de superação e sucesso.
Ganso desperta, e São Paulo vence o XV de Piracicaba de virada no Barão
Meio-campista entra no segundo tempo e tem participação decisiva na vitória por 3 a 1 sobre o Nhô Quim, nesta quarta-feira, pelo Paulistão
 
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
O banco de reservas fez bem a Paulo Henrique Ganso. Serviu como um despertador, um alarme na cabeça de um talentoso, mas irregular camisa 10. Em 35 minutos, fez tudo o que não havia feito até então na temporada. O São Paulo ainda não foi o time que Muricy Ramalho tanto sonha, sofreu contra um ameaçado XV de Piracicaba, mas teve um alento vindo dos pés do armador. Com uma assistência dele, Luis Fabiano marcou o gol da virada em um momento difícil do jogo. Pabón, de pênalti, completou o 3 a 1, de virada. Foi a primeira vez que o time do Morumbi venceu fora de casa neste Paulistão.
Ganso foi a campo aos 13 minutos do segundo tempo em substituição a Luis Ricardo, autor do primeiro gol. O XV era melhor àquela altura, sobretudo com a noite inspirada de Cafu, que enlouqueceu Alvaro Pereira e abriu o placar. Se a atuação ainda não foi de gala, Paulo Henrique pelo menos esteve mais participativo e até vibrante, como Muricy tanto cobra desde os tempos de Santos. O lance da penalidade também saiu dos pés do camisa 10, que acertou mais um de seus passes milimétricos para Luis Fabiano, que foi derrubado na área.
O resultado faz o São Paulo colar no Penapolense, líder do Grupo A do estadual. Ambos somam 18 pontos, mas o time do interior leva vantagem no número de vitórias (seis a cinco) e ainda jogará neste rodada. Depois de quebrar a série de quatro partidas sem vencer, o Tricolor volta a jogar apenas na próxima quarta-feira, contra o Grêmio Audax, às 22h, no Morumbi.
O tropeço em casa complica ainda mais a situação do XV na luta contra o rebaixamento. Nhô Quim segura a lanterna do Grupo B, com apenas 11 pontos, e pode ficar mais próximo do grupo dos quatro últimos que cairão à Série A2. Na quinta que vem, visita o Penapolense, às 19h30, em Penápolis.
Douglas, XV de Piracicaba x São Paulo (Foto: Rodrigo Villalba/Agência Estado)Douglas tenta o domínio durante jogo em Piracicaba (Foto: Rodrigo Villalba/Agência Estado)
XV faz gol relâmpago; Luis Ricardo empata
Muricy Ramalho mexe no time, testa alternativas, tenta encontrar uma formação ideal, mas o São Paulo não consegue sanar alguns erros antigos. Tão velhos quanto a eterna irritação dos treinadores ao verem suas defesas tomarem gols em lances de bolas paradas. E o Tricolor, de novo, tomou. Aos dois minutos, Alvaro Pereira dormiu, e Cafu apareceu livre para completar a cobrança de escanteio. Sem chances para Rogério Ceni.
Para sorte do Tricolor, a má fase do XV também se justifica pelo desempenho da defesa. O São Paulo foi para cima, e o empate saiu dez minutos mais tarde dos pés de uma das novidades na partida. Posicionado no meio de campo, Luis Ricardo relembrou os velhos tempos de atacante que perambulou por clubes menores. Osvaldo passou fácil pela marcação na esquerda e cruzou para o lateral-direito, livre na área, desviar. Foi o primeiro gol dele pelo Tricolor.
O São Paulo se animou com a igualdade e mostrou a mesma raça do empate contra o Santos. Pabón, em chute de longe, obrigou Mateus a espalmar. A euforia, porém, abriu espaços na na zaga. Cafu enlouqueceu Pereira e encontrou Alan Bahia, que bateu rente à trave esquerda de Ceni. Em seguida, o ídolo tricolor bateu por cima uma falta após o goleiro rival sair da área com a bola nas mãos.
Nhô Quim e Tricolor diminuíram o ritmo a partir dos 25 minutos, mas, mesmo assim, ainda conseguiram criar boas chances antes do fim do primeiro tempo. Pabón, outra vez livre na área, chutou em cima de Mateus. Danilinho respondeu em nova bobeira da zaga são-paulina quase acertou o canto esquerdo. Na saída de campo, o técnico Muricy Ramalho e o lateral-direito discutiram.
Ganso entra, Fabuloso e Pabón viram
O XV de Piracicaba voltou melhor dos vestiários. Luis Ricardo até que assustou em chute de longe, mas o reinício da partida foi controlado pelos donos da casa, principalmente com jogadas pelos lados. Na direita, Vinicius Bovi escapou da marcação em velocidade e só parou em bela defesa de Rogério Ceni no canto esquerdo, impedindo o segundo gol.
Muricy percebeu a queda de produção do São Paulo e não demorou a mexer. O treinador sacou Luis Ricardo e deu nova chance a Paulo Henrique Ganso, muito criticado neste início de temporada. Logo de cara, ele encontrou Osvaldo pela esquerda. O atacante cruzou e Pabón não desviou com precisão de cabeça. Em seguida, o gol. O camisa 10 recebeu pelo meio e viu Luis Fabiano entrando livre pelo meio da área. O passe foi preciso. Especialidade de Ganso. Fabuloso só teve o trabalho de dominar e tirar do goleiro, virando a partida.
O gol serviu para esfriar o bom momento do XV na partida. Pior, desanimou totalmente a equipe de Piracicaba e permitiu que o São Paulo passasse a controlar a partida sem dificuldade. Luis Fabiano quase fez o terceiro após cabeçada que Mateus segurou.
Ganso passou a fazer aquilo que se espera de um camisa 10, de quem um dia apareceu como candidato a maestro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014. É bem verdade que teve espaço de sobra para receber a bola, pensar e tocar. Com um outro passe certeiro entre os defensores, encontrou novamente Luis Fabiano. O centroavante tentou o drible e foi derrubado na área. Pênalti, que Rogério Ceni deixou para Pabón cobrar. O colombiano bateu forte, rasteiro no canto esquerdo, e fez o primeiro gol dele pelo Tricolor.
 
Estrelas de Autuori e Neto Berola brilham e Galo vence o Santa Fé de virada
Mesmo com um a mais, alvinegro sai atrás, mas mexidas do técnico dão certo com passe de Guilherme para gol do empate e de Neto Berola para selar a vitória
 
DESTAQUES DO JOGO
  • Talismã
    Neto Berola

    Atacante entrou no segundo tempo, correu bastante e foi recompensado com um bonito gol de voleio no fim da partida, decretando o segundo triunfo do Galo na Libertadores.
  • Mexeu bem
    Paulo Autuori

    Com um a mais em campo, o técnico ousou e colocou o time em busca da virada. Guilherme entrou e deu assistência para Jô. Neto Berola fez o segundo e garantiu a vitória.
  • Apagado
    R10

    Marcado de perto por Juan Roa, o craque do Galo não conseguiu ser brilhante e abusou dos lançamentos. As jogadas do time passavam por ele, mas sem efetividade.
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel e Léo Simonini
A grande estrela da companhia, Ronaldinho Gaúcho, nem de longe teve o brilho costumeiro, sobretudo quando o assunto é Libertadores. Mas nem foi preciso, já que outras duas estrelas brilharam intensamente nesta quarta-feira, e de uma dupla muito criticada pela torcida. O técnico Paulo Autuori foi o responsável pelas alterações que mudaram diretamente o placar. Foi de Guilherme, que entrou na vaga de Josué, o lindo passe para Jô marcar, e foi Neto Berola, que havia entrado na vaga de Fernandinho, o autor do gol da virada já nos minutos finais. Omar Pérez tinha aberto o placar para um valente Santa Fé, que mesmo com um jogador a menos durante 45 minutos deu muito trabalho ao atual campeão da América, que venceu o duelo do Independência por 2 a 1..
Com o resultado, o Atlético-MG assume a ponta isolada do Grupo 4, com seis pontos em dois jogos, enquanto a equipe colombiana permanece com três, ao lado do Nacional-PAR, mas na frente pelos critérios de desempate.
Agora, o Galo volta suas atenções para o campeonato estadual. Sem direito a carnaval, o time enfrenta o Villa Nova-MG, em Nova Lima, no sábado, às 18h30m (de Brasília). Pela Libertadores, o alvinegro só volta a campo no dia 12 de março, quando vai ao Paraguai enfrentar o Nacional. Já o Santa Fé, no mesmo dia, vai até Barinas, na Venezuela, encarar o Zamora.

Pressão sem gol, mas com expulsão

Do jeito que a torcida gosta. Foi assim que o Atlético-MG começou o jogo diante dos colombianos do Santa Fé. Independentemente do estilo de jogo do atual treinador Paulo Autuori, ou do antigo, Cuca, o time começou o jogo como não se via há tempos. Sem querer saber de estudar o adversário, o Galo partiu para cima, com bom toque de bola, rapidez e muita movimentação na frente, sobretudo de Tardelli e Fernandinho. Marcado de perto por Juan Roa, Ronaldinho destoava um pouco do ritmo acelerado da equipe e poucas vezes conduziu perigo para o ataque atleticano.
Ronaldinho, Atlético-MG x Santa Fé (Foto: Léo Simonini)Ronaldinho tenta jogada, sempre seguido de perto por Roa (Foto: Léo Simonini)

Com muito volume de jogo, as chances foram criadas com Tardeli, Fernandinho e até Josué, que arriscou de fora da área. Mas o goleiro Camilo Vargas trabalhou mesmo em cabeçada a queima-roupa, do argentino Otamendi. Milagre do Horto, e não foi de São Victor.

Já na parte final da primeira etapa, quando os colombianos passavam a tocar mais a bola e assustar em alguns contragolpes, o Atlético-MG ficou com um homem a mais em campo. Otamendi acabou atingido no rosto por uma cotovelada do atacante Medina. O auxiliar chamou a atenção do árbitro Daniel Fedorczuk que não titubeou e mostrou o vermelho direto. Foi o ato final do primeiro tempo no Horto.
Estrelas de Autuori e Berola brilham

O ritmo alucinante do Atlético-MG deu lugar a um jogo mais cadenciado. Com um homem a menos, o Santa Fé deixou apenas Cuero na frente, caindo pela esquerda do ataque, para tentar, numa arrancada, encontrar o gol. Com isso, o Galo passou a ter mais espaço para girar a bola na busca pelo espaço. E ele apareceu, aos sete minutos, depois de giro e chute de Jô que explodiu na trave.
Netol Berola, atacante do Atlético-MG (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)Netol Berola comemora o gol que deu a vitória
ao Atlético-MG (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)
Mas o Santa Fé não estava morto, ainda mais com um camisa 10 como Omar Pérez. Numa falta lateral, após bobeada de Leonardo Silva, ele já obrigou Victor a fazer uma grande defesa. Mas na segunda chance não teve jeito. Tardelli errou passe na defesa, a bola chegou para Pérez, que com tempo, arriscou um forte chute, cuja curva foi milimétrica para a bola sair do alcance de Victor e abrir o placar no Horto.

Só que o Santa Fé não teve nem dois minutos para comemorar a vantagem. Guilherme, que havia acabado de entrar na vaga de Josué, deu passe de fazer inveja até a um apagado Ronaldinho. Jô nem precisou dominar e no giro mandou no canto de Vargas para empatar tudo no Horto, aos 16.
Mas se a grande estrela da equipe não vinha brilhando, brilharam outras duas, muito questionadas pela torcida. Primeiro a de Autuori, que sacou Fernandinho para a entrada de Neto Berola. Minutos depois foi a do próprio atacante. Em cobrança de lateral que passou por todo mundo, Berola pegou um lindo voleio para virar a partida, aos 41 minutos, e sacramentou a segunda vitória do Galo na competição.
 
Hernane broca em possível festa de despedida, e Fla bate Emelec: 3 a 1
Goleador, que tem proposta de clube chinês, chega ao 19º gol em mesmo número de jogos no Maracanã. Noite tem também brilho de Elano e Everton
 
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
Noite perfeita. Hernane brocou em sua festa - de despedida ou não - que teve Elano como maestro, fundamental nos dois primeiros gols, e um incansável Everton. O trio marcou na vitória por 3 a 1 do Flamengo sobre o Emelec. O argentino Escalada, ex-Botafogo, descontou. Os gritos de "Ôoo, fica, Hernane!", evocados antes, durante e depois da partida, não saíram da boca dos quase 40 mil convidados à "noite do Brocador".
O camisa 9 rubro-negro colocou fim a jejum de três jogos sem marcar no Maracanã, seu quintal e onde tem 19 gols em mesmo número de partidas. Grande festa numa grande casa para um grande ídolo.
Hernane, Flamengo x Emelec (Foto: André Durão)Hernane beija a camisa que aprendeu (Foto: André Durão)

O Flamengo agora é o vice-líder do Grupo 7, com os mesmos três pontos do Emelec (é superior no saldo).O Rubro-Negro volta a campo pela Libertadores no próximo dia 12, novamente no Maracanã, onde recebe o Bolívar. Na mesma data, Emelec e León duelam em Guayaquil.
Gol à la Zico
O início do Flamengo foi animador. Logo aos dez minutos, número de Zico, Elano acertou cobrança de falta no melhor estilo do maior jogador da história rubro-negra e abriu o placar. Everton, derrubado no lance que originou o gol, era um dos melhores em campo. Chegou com perigo em outros dois chutes, acertando a trave esquerda de Dreer no último.
Depois disso, o Flamengo dormiu. Hernane, assim como na maioria dos jogos em 2014, ficou completamente isolado. O time como um todo estava desordenado. Lento, abusava dos lançamentos longos, não botava a bola no chão e errava muitos passes. Mugni mais uma vez não obteve destaque e, após proporcionar dois contra-ataques ao Emelec, ouviu as primeiras vaias em seu sexto jogo pelo Rubro-Negro. Irritada com o marasmo do time, a torcida mostrou muita impaciência no fim do tempo.
Brocada e pedidos de "Fica, Hernane"
Logo no primeiro minuto da etapa final, Quiñonez obrigou Felipe a voar no ângulo para tirar a bola de mão trocada. Mau presságio. Que nada. Aos nove, número de Hernane, nasceu a primeira grande jogada do Flamengo no jogo. Elano prendeu bola na ponta esquerda e rolou de calcanhar. André Santos invadiu e cruzou para o Brocador estufar a rede de Dreer. Muitos beijos na camisa e insistentes pedidos de "Fica, Hernane"!
Hernane ganhou confiança. Depois de grande jogada individual de Gabriel, que substituiu Mugni após o intervalo, chutou bola rente à trave esquerda de Dreer. Também foi garçom e mais tarde serviu Everton, que driblou o goleiro adversário e por pouco não ampliou.
Everton, o melhor em campo, foi premiado aos 36 minutos. Cáceres protagonizou contra-ataque com muita calma, escolheu a hora certa de dar o passe e deixou o camisa 22 em condições ideais para ampliar o placar.
No fim, Escalada arriscou de longe e surpreendeu Felipe. Nada capaz de colocar água no chope dos rubro-negros, que deixaram o Maracanã felizes.