quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Estrelas de Autuori e Neto Berola brilham e Galo vence o Santa Fé de virada
Mesmo com um a mais, alvinegro sai atrás, mas mexidas do técnico dão certo com passe de Guilherme para gol do empate e de Neto Berola para selar a vitória
 
DESTAQUES DO JOGO
  • Talismã
    Neto Berola

    Atacante entrou no segundo tempo, correu bastante e foi recompensado com um bonito gol de voleio no fim da partida, decretando o segundo triunfo do Galo na Libertadores.
  • Mexeu bem
    Paulo Autuori

    Com um a mais em campo, o técnico ousou e colocou o time em busca da virada. Guilherme entrou e deu assistência para Jô. Neto Berola fez o segundo e garantiu a vitória.
  • Apagado
    R10

    Marcado de perto por Juan Roa, o craque do Galo não conseguiu ser brilhante e abusou dos lançamentos. As jogadas do time passavam por ele, mas sem efetividade.
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel e Léo Simonini
A grande estrela da companhia, Ronaldinho Gaúcho, nem de longe teve o brilho costumeiro, sobretudo quando o assunto é Libertadores. Mas nem foi preciso, já que outras duas estrelas brilharam intensamente nesta quarta-feira, e de uma dupla muito criticada pela torcida. O técnico Paulo Autuori foi o responsável pelas alterações que mudaram diretamente o placar. Foi de Guilherme, que entrou na vaga de Josué, o lindo passe para Jô marcar, e foi Neto Berola, que havia entrado na vaga de Fernandinho, o autor do gol da virada já nos minutos finais. Omar Pérez tinha aberto o placar para um valente Santa Fé, que mesmo com um jogador a menos durante 45 minutos deu muito trabalho ao atual campeão da América, que venceu o duelo do Independência por 2 a 1..
Com o resultado, o Atlético-MG assume a ponta isolada do Grupo 4, com seis pontos em dois jogos, enquanto a equipe colombiana permanece com três, ao lado do Nacional-PAR, mas na frente pelos critérios de desempate.
Agora, o Galo volta suas atenções para o campeonato estadual. Sem direito a carnaval, o time enfrenta o Villa Nova-MG, em Nova Lima, no sábado, às 18h30m (de Brasília). Pela Libertadores, o alvinegro só volta a campo no dia 12 de março, quando vai ao Paraguai enfrentar o Nacional. Já o Santa Fé, no mesmo dia, vai até Barinas, na Venezuela, encarar o Zamora.

Pressão sem gol, mas com expulsão

Do jeito que a torcida gosta. Foi assim que o Atlético-MG começou o jogo diante dos colombianos do Santa Fé. Independentemente do estilo de jogo do atual treinador Paulo Autuori, ou do antigo, Cuca, o time começou o jogo como não se via há tempos. Sem querer saber de estudar o adversário, o Galo partiu para cima, com bom toque de bola, rapidez e muita movimentação na frente, sobretudo de Tardelli e Fernandinho. Marcado de perto por Juan Roa, Ronaldinho destoava um pouco do ritmo acelerado da equipe e poucas vezes conduziu perigo para o ataque atleticano.
Ronaldinho, Atlético-MG x Santa Fé (Foto: Léo Simonini)Ronaldinho tenta jogada, sempre seguido de perto por Roa (Foto: Léo Simonini)

Com muito volume de jogo, as chances foram criadas com Tardeli, Fernandinho e até Josué, que arriscou de fora da área. Mas o goleiro Camilo Vargas trabalhou mesmo em cabeçada a queima-roupa, do argentino Otamendi. Milagre do Horto, e não foi de São Victor.

Já na parte final da primeira etapa, quando os colombianos passavam a tocar mais a bola e assustar em alguns contragolpes, o Atlético-MG ficou com um homem a mais em campo. Otamendi acabou atingido no rosto por uma cotovelada do atacante Medina. O auxiliar chamou a atenção do árbitro Daniel Fedorczuk que não titubeou e mostrou o vermelho direto. Foi o ato final do primeiro tempo no Horto.
Estrelas de Autuori e Berola brilham

O ritmo alucinante do Atlético-MG deu lugar a um jogo mais cadenciado. Com um homem a menos, o Santa Fé deixou apenas Cuero na frente, caindo pela esquerda do ataque, para tentar, numa arrancada, encontrar o gol. Com isso, o Galo passou a ter mais espaço para girar a bola na busca pelo espaço. E ele apareceu, aos sete minutos, depois de giro e chute de Jô que explodiu na trave.
Netol Berola, atacante do Atlético-MG (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)Netol Berola comemora o gol que deu a vitória
ao Atlético-MG (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)
Mas o Santa Fé não estava morto, ainda mais com um camisa 10 como Omar Pérez. Numa falta lateral, após bobeada de Leonardo Silva, ele já obrigou Victor a fazer uma grande defesa. Mas na segunda chance não teve jeito. Tardelli errou passe na defesa, a bola chegou para Pérez, que com tempo, arriscou um forte chute, cuja curva foi milimétrica para a bola sair do alcance de Victor e abrir o placar no Horto.

Só que o Santa Fé não teve nem dois minutos para comemorar a vantagem. Guilherme, que havia acabado de entrar na vaga de Josué, deu passe de fazer inveja até a um apagado Ronaldinho. Jô nem precisou dominar e no giro mandou no canto de Vargas para empatar tudo no Horto, aos 16.
Mas se a grande estrela da equipe não vinha brilhando, brilharam outras duas, muito questionadas pela torcida. Primeiro a de Autuori, que sacou Fernandinho para a entrada de Neto Berola. Minutos depois foi a do próprio atacante. Em cobrança de lateral que passou por todo mundo, Berola pegou um lindo voleio para virar a partida, aos 41 minutos, e sacramentou a segunda vitória do Galo na competição.
 

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