segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Djokovic vence Laureus, Kelly Slater iguala recorde, e Barça se consagra

Sérvio vence 'Oscar do esporte' entre os homens; Pistorius desbanca brasileiros paralímpicos, mas país é premiado com Raí, por ações sociais

Por Cahê Mota Especial para o GLOBOESPORTE.COM em Londres
Era o único concorrente entre os homens presente na festa. Teve a última temporada quase perfeita. Os indícios eram de barbada. E a expectativa se concretizou: Novak Djokovic foi eleito o principal atleta masculino de 2011. O sérvio, que venceu três dos quatro Grand Slams e “roubou” de Rafael Nadal o posto de número 1 do mundo no ano passado, conquistou, nesta segunda-feira, em Londres, o Laureus, considerado o "Oscar do esporte". O Brasil não passou em branco na noite. Se Daniel Dias e Terezinha Guilhermina perderam para o sul-africano Oscar Pistorius a disputa de melhor atleta paraolímpico, Raí foi homenageado com o troféu por suas ações sociais, encabeçadas pela Fundação Gol de Letra.
- É um prazer enorme fazer parte deste evento. É até difícil descrever com palavras. Tenho que agradecer a minha família, meu time, meu país, todo mundo que me apoiou ao longo da minha carreira. Tenho que agradecer também aos membros da Academia, por me considerarem apto a participar do Laureus e me considerarem um grande atleta. Fico feliz por vencer entre tantos grandes nomes e que tiveram um grande ano. Vivi hoje em Londres uma experiência fantástica ao conhecer lendas do esportes e poder ouvir suas histórias - disse o sérvio.
Novak Djokovic tênis prêmio Laureus (Foto: AP)Novak Djokovic, ao lado da namorada Jelena Ristic, foi eleito o melhor atleta masculino de 2011 (Foto: AP)
O outro grande destaque da noite, ao lado de Djokovic, não esteve presente na capital inglesa: Kelly Slater. O americano, que venceu o Circuito Mundial pela 11ª vez na temporada passada, foi eleito pela quarta vez o melhor atleta do mundo em esportes radicais, igualando o recorde do tenista Roger Federer. Direto do Havaí, o surfista mandou uma mensagem pelo telão:
- É um reconhecimento incrível vencer o Laureus pela quarta vez na vida. Agradeço a todos que trabalharam duro e me ajudaram ao longo da carreira. Obrigado.
A queniana Vivian Cheruiyot, campeã nos 5.000m e 10.000m no Mundial de Atletismo na Coreia do Sul, levou o prêmio entre as mulheres. Os golfistas norte-irlandeses Darren Clarke e Rory McLlroy venceram nas categorias melhor retorno do ano e revelação, respectivamente. Já a lenda inglesa Bobby Charlton foi homenageado por sua história como atleta.
Kelly Slater prêmio Laureus (Foto: Getty Images)Kelly Slater ganha o quarto troféu e iguala o recorde do tenista Roger Federer  (Foto: Getty Images)
Mais um troféu para a conta do Barcelona
Outra barbada da noite foi a eleição do Barcelona como melhor equipe da temporada. Campeão espanhol, das supercopas da Europa e da Espanha, da Liga dos Campeões da Europa e Mundial, a equipe de Pep Guardiola superou a seleção neozelandesa de rugby, o Dallas Marvericks, a seleção inglesa de críquete, a seleção feminina de futebol do Japão e a equipe de Fórmula 1 RBR e foi representada pelo presidente Sandro Rossel. Pelo vídeo, Guardiola mandou sua mensagem:
- Mais do que pelo resultado em campo, o esporte é importante por tudo que representa para o crescimento das pessoas, principalmente das crianças. É um orgulho vencer o Laureus e saber da força do Barcelona socialmente. Muito obrigado a todos – disse, encerrando o discurso em catalão, para o delírio dos jornalistas locais presentes.
Esta foi a primeira vez que a equipe espanhola venceu a premiação máxima do esporte mundial. Outro representante do clube, Lionel Messi sequer esteve na capital inglesa, uma vez que foi derrotado por Djokovic.
Raí e Fundação Gol de Letra são premiados
No vídeo de apresentação, Raí foi apontado como um representante do esporte como meio de promover a união entre os povos e mudar a sociedade. Ao receber o troféu das mãos do americano Edwin Moses, presidente da Academia, o brasileiro disse:
- Me desculpem pelo meu inglês. Estou muito feliz por estar aqui, viver essa atmosfera e ganhar esse prêmio. É uma inspiração para mim e me ajuda a continuar com o projeto para fazer do mundo um lugar melhor, especialmente o meu país.
Como funciona o Laureus
Considerado o "Oscar do esporte", o Laureus teve em Londres sua 13ª edição. O prêmio consiste na indicação de jornalistas dos seis melhores atletas em sete categorias. Com os finalistas definidos, 47 ex-atletas, membros da Academia, votam em seus preferidos. Raí foi o quarto brasileiro agraciado com o troféu. Em 2000, na primeira edição, Pelé foi homenageado por sua carreira. Já Ronaldo foi o primeiro a vencer através de votação, em 2003, como o melhor retorno, após série de problemas no joelho. Por fim, em 2009, Daniel Dias foi eleito o melhor atleta paraolímpico.
Confira todos os finalistas do Prêmio Laureus (vencedores em negrito):
Melhor atleta masculino do ano:

- Usain Bolt - Atletismo (Jamaica)
- Novak Djokovic - Tênis (Sérvia)
- Cadel Evans – Ciclismo (Austrália)
- Lionel Messi – Futebol (Argentina)
- Dirk Nowitzki – Basquete (Alemanha)
- Sebastian Vettel – Automobilismo ( Alemanha)

Melhor atleta feminino do ano:
- Vivian Cheruiyot – Atletismo (Quênia)
- Maria Hofl-Riesch – Esqui (Alemanha)
- Carmelita Jeter – Atletismo (EUA)
- Petra Kvitova – Tênis (República Tcheca)
- Homare Sawa – Futebol (Japão)
- Yani Tseng – Golf (Taiwan)

Melhor time do ano:
- All Blacks – Rúgbi (Nova Zelândia)
- Barcelona – Futebol (Espanha)
- Dallas Mavericks – Basquete (EUA)
- Seleção inglesa – Críquete (Inglaterra)
- Japão – Futebol (Japão)
- Red Bull – Automobilismo (Áustria)

Revelação:
- Yoham Blake – Atletismo (Jamaica)
- Mo Farah – Atletismo (Reino Unido)
- Petra Kvitova – Tênis (República Tcheca)
- Rory McLlroy – Golf (Reino Unido)
- Li Na – Tênis (China)
- Oscar Pistorius – Atletismo (África do Sul)

Retorno do ano:
- Eric Abidal – Futebol (França)
- Darren Clarke – Golfe (Reino Unido)
- Crusaders – Ruúbi (Nova Zelândia)
- Sergio Garcia – Golfe (Espanha)
- Liu Xiang – Atletismo (China)
- Queensland Reds – Rúgbi (Austrália)

Atleta Paralímpico
- Daniel Dias – Natação (Brasil)
- Terezinha Guilhermina – Atletismo (Brasil)
- Oscar Pistorius – Atletismo (África do Sul)
- Esther Vergeers – Tênis em Cadeira de Rodas (Holanda)
- David Weir – Atletismo (Reino Unido)
- Irek Zaripov – Esqui (Rússia)

Atleta de esporte radical:
- Jamie Bestwick – BMX (Reino Unido)
- Philip Koster – Windsurfing (Alemanha)
- Carissa Moore – Surfe (EUA)
- Travis Rice – Snowboarding (EUA)
- Kelly Slater – Surfe (EUA)
- Shaun White – Skate/Snowboarding (EUA)

Joel chega e diz que armará Fla em função de R10: 'O craque é o craque'

Após 'papo romântico' com jogadores, técnico espera clima leve no clube: 'Toda vez que estive aqui deu certo. Espero que seja assim desta vez'

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
O técnico Joel Santana viveu nesta segunda-feira o primeiro dia de sua quinta passagem pelo Flamengo. O treinador, que assinou contrato até o fim do ano, chegou ao Ninho do Urubu às 15h30m e não foi a campo. Ele limitou-se a ter uma conversa reservada com os jogadores. Depois, vestindo uma camisa polo azul, vermelha e branca, cores do Bahia, seu ex-clube, Joel adentrou a sala de imprensa lotada para conceder uma entrevista coletiva.
-  É a quinta vez que venho para essa casa, casa essa que toda vez que estive aqui deu certo. Espero que seja assim desta vez. Eu me lembro que a última vez que trabalhei aqui a torcida me levou ao Corcovado. Fez uma coisa que nunca tive na vida, que era uma bandeira com o meu rosto. Isso tudo vai mexendo com o treinador. Se soubesse que ia acontecer o que aconteceu não teria saído. Mas estou voltando - disse Joel, referindo-se ao fato de ter aceito o convite para dirigir a seleção da África do Sul, em 2008, e de ter sido demitido antes da disputa da Copa de 2010.
joel santana flamengo coletiva (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)De azul, vermelho e branco, cores do Bahia, Joel vai para a coletiva (Foto: Janir Jr. / Globoesporte.com)
Uma das primeiras indagações feitas a Joel foi sobre o relacionamento com Ronaldinho Gaúcho. Foi por bater de frente com o craque que Vanderlei Luxemburgo teve sua saída decretada. O atual treinador adotou tom conciliador.
- Não vai ter nenhum tipo de problema. Nunca teve e não teremos agora. Somos pessoas maduras, experientes, com objetivos traçados. Ronaldo não chegou por acaso onde chegou. Chegou porque é talentoso. Não sei se existe fórmula (para lidar com estrelas). Sei que nós nunca tivemos problemas de lidar com ídolos da torcida, do time. É o jogador que faz a diferença. Nós vamos nos ajudar. Eu não jogo, ele que joga e vai resolver os nossos problemas. Papo foi normal, natural, comecei com todo mundo lá dentro. Fomos apresentados hoje (segunda) e amanhã (terça) começa o trabalho realmente - acrescentou Joel.
Se você tem uma peça de valor, sempre vai estar à primeira vista para você. O craque é o craque. Se ele (R10) gostar mais do lado direito que do esquerdo, não tem problema. Vamos armar em cima dele"
Joel Santana
O técnico, depois, disse que Ronaldinho vai ter a liberdade de jogar no setor que quiser. A ideia é montar o time em função do camisa 10.
- Preferência é onde ele gostar mais de jogar. Se é centroavante, pelo lado do campo... Quanto mais ele desenvolver o talento dele, melhor para nós. Se você tem uma peça de valor, sempre vai estar à primeira vista para você. O craque é o craque. Se ele gostar mais do lado direito que do esquerdo, não tem problema. Vamos armar em cima dele - revelou.
Contido e cauteloso no ínicio da entrevista, o treinador foi aos poucos se soltando e fazendo habituais brincadeiras com os jornalistas ao dar suas respostas. As frases curiosas também se fizeram presentes. Ao comentar o primeiro contato com os jogadores, Joel disse ter falado pouco e voltou a fazer uso, à sua maneira, de tom conciliador.
- Tivemos um papo romântico. Uma conversa normal sobre o que gosto de fazer. No dia a dia a gente não fica falando muita coisa. Quando começa a se entender, até no olhar já sabe o que está acontecendo. A mesma coisa é o jogador. Quando você tem um grupo, não precisa falar muito. Ninguém vai dar chicotada em ninguém. Temos de tomar decisões. Carregamos uma torcida enorme. Nós somos manchete. Eu também.
Confira outros trechos da entrevista.
Quinta passagem
- Cada um coloca de uma maneira, vê de um jeito. Trabalhar uma vez é uma honra. Trabalhar cinco vezes me deixa numa situação agradecida. É esse o carinho que a torcida sempre teve comigo. O que a torcida quer, eu quero. Vencer jogos, ganhar títulos. Esse é meu trabalho aqui. Nada mais do que isso.
Memória EC: Joel no Fla: dois títulos, dois salvamentos e um triste de adeus. Relembre
Atitude ao chegar
- Providência é ganhar jogos. Dois jogos pelo Carioca, quinta e domingo, já temos Libertadores na outra semana. Primeiro temos de sair dessa situação desagradável de terceiro lugar. Depois começar a Libertadores, jogo fora de casa, time argentino. Vamos devagar, com muita calma nessa hora.
Estilo
- Vamos manter nossa forma de trabalhar, sou meio à moda antiga em algumas coisas. Vamos ver se conseguimos sucesso, torcida vai nos acompanhar, definir os nossos caminhos. Se Deus quiser vai dar tudo certo.
joel santana flamengo coletiva (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)Sala de imprensa esteve lotada para a entrevista coletiva de Joel (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)
Retomada na Libertadores
- Não sei, vamos ver o final do filme. Flamengo é assim, acontece com uma grande rapidez. Estou mais uma vez aqui, acima de tudo com respeito ao torcedor, nosso maior patrimônio, e carregando a responsabilidade. Uma torcida que cobra, vibra, apaixonada. Vou fazer parte mais uma vez dessa história.
Vantagem de conhecer boa parte do grupo
- Ajuda, sabem a minha maneira de trabalho. Soldado no quartel já conhece, sabe das coisas que gosto, jogadores que foram campeões comigo, respeito bastante. E com certeza vão ajudar. Os jogadores perguntam. Não estou aqui para inventar. Faço parte de um grupo, de uma equipe desse porte e mais uma vez tenho a oportunidade de desenvolver meu trabalho. Me considero um felizardo de cinco estrelas por estar pela quinta vez nessa casa.
Passagens recentes
- Nunca fui de pensar no passado, gosto de pensar no futuro. Saí do Cruzeiro, fui para o Bahia com um pedido da torcida, direção, fomos lá e tudo deu certo. O Bahia voltou a uma competição internacional depois de 20 anos. Um clube que recebe bem, torcida recebe bem. Agora estou aqui deste lado, vamos ver se a coisa vai dar certo. A coisa vai dar certo.
Crise
Como vou analisar uma situação de um clube desse porte onde estou vendo só pelo noticiário? Agora vamos caminhar juntos para desenvolver o trabalho. Não é normal o terceiro lugar no Carioca. E vai começar a Libertadores, que é cruel, covarde, danada. São várias situações diferentes."
Joel Santana
- Como vou analisar uma situação de um clube desse porte onde estou vendo só pelo noticiário? Agora vamos caminhar juntos para desenvolver o trabalho. Não é normal o terceiro lugar no Carioca. E vai começar a Libertadores, que é cruel, covarde, danada. São várias situações diferentes.
Reforços
- Deixa eu começar a trabalhar. De repente, daqui a uma semana, dez dias, tenho mais uma resposta. É um bom grupo, talvez precise de uma ou duas peças. Mas é um grupo bom. Tenho que ver os garotos da base. Vamos procurar conviver juntos. Não posso chegar aqui dizendo quem eu quero contratar. Não vou desprestigiar quem está aqui.
Rivais na Libertadores
- Qualquer adversário é difícil, na Libertadores você não escolhe adversário. Libertadores cada jogo é uma decisão, tem que ultrapassar. Jogo meio de semana, sai de um clássico. Falaram aqui de uma coisa de duzentos anos, que fomos campeões no domingo, teve uma festa na segunda e fomos eliminados na quarta. O que fica é o resultado.
Clima com atletas
- Normal e natural (clima). Alguns garotos me conheciam. Falei que o Camacho estava mais magro. Estava comendo muito acarajé na Bahia.
Alex Silva
- Não sei o que aconteceu com ele. Se a diretoria disser que não está dentro, não vou entrar em discussão. Tenho que saber o que está acontecendo para tomar decisões.
Loco Abreu
joel santana flamengo coletiva (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)Joel Santana observa antes de entrar na sala de
imprensa (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)
- Marido e mulher discutem, pai e filho discutem. Não vamos concordar em tudo. Não tenho atrito com ninguém, sempre procurei me dar bem com todo mundo, respeitar todo mundo. Acima de nós, temos uma torcida, nosso maior patrimônio, e temos uma bandeira. No Botafogo acharam que teve polêmica, mas não teve polêmica. No último jogo contra o Botafogo, o jogador (Loco Abreu) me cumprimentou, disse que estava com saudade e deu tudo certo.
Treinos no Ninho
- Antigamente reclamavam que era longe. Está lindo, jogadores têm condições de trabalhar. Aqui as instalações são excelentes para trabalhar, ter privacidade. Da última vez não tinha quase nada. Agora foi modernizado. Flamengo tem que ter um centro de treinamento com facilidades para todo mundo.
Necessidade de conquistas
- Conquistar sempre é bom, principalmente num clube como esse, com uma torcida como essa. Futebol se ganha dentro de campo, com muito trabalho. Alguma coisa a gente vai ter que fazer. Não pode ser amanhã, não. Tem que ser ontem. As coisas começaram e as cobranças chegam rapidinho.
Rei do Rio
Se sou Rei do Rio eu não sei. Mas sei que tenho oito títulos. Isso não foi conseguido com papo. Foi conseguido com a ajuda de vocês, dos jogadores que jogam, porque eu não jogo. Sou suburbano de Olaria, na Rua Bariri. Tenho minha vida, mas não estou com o burro na sombra. Se conheci o mundo, foi o futebol que me deu. Ou você tem competência ou não tem. Temos que nos ajudar.
joel santana flamengo coletiva (Foto: Ricardo Ramos/VIPCOMM)Contido no início da coletiva, Joel se solta do meio para o fim (Foto: Ricardo Ramos/VIPCOMM)
Relação com a imprensa
Espero que vocês me respeitem também. Às vezes vou poder dar a notícia, às vezes não vou poder. Vamos ter que ter um pouquinho só de paciência. Não vou tratar vocês com arrogância. Vamos ver como vamos organizar as entrevistas, para vocês chegarem no destino com o noticiário pronto e me ajudando.

Polícia abre inquérito para investigar suposta agressão de Kleber

Jogador pode ser chamado para depor nas próximas semanas

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
A Polícia do Rio Grande do Sul instaurou inquérito nesta segunda-feira para investigar a suposta agressão do jogador do Grêmio Kleber a sua esposa. Débora Favarini registrou na última semana um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Porto Alegre, em que acusa o jogador de acertar um soco em sua cabeça, na madrugada de sábado, dia 28 de janeiro.
De acordo com a delegada Flávia Faccini, serão ouvidas nesta semana a vítima e uma testemunha. O jogador só será chamado a depor após a conclusão dos resultados dos exames médicos realizados por Débora quando registrou a ocorrência, o que pode ocorrer na próxima semana. Há a possibilidade de Kleber nem ser chamado à delegacia. Tudo depende do laudo e dos primeiros depoimentos. Mesmo que a vítima desista da denúncia, a Polícia Civil seguirá investigando o caso.
- A polícia vai continuar investigando. Concluirá o inquérito e remeterá para o Judiciário - confirma a delegada.

Entenda o caso

A mulher do atacante Kleber, do Grêmio, registrou um boletim de ocorrência em que acusa o jogador de agressão. O documento foi redigido na Primeira Delegacia de Polícia Civil para Mulheres, em Porto Alegre. Nele, Débora diz que Kleber acertou um soco em sua cabeça, na madrugada de sábado, dia 28 de janeiro.
Segundo o documento, no sábado, dia 28 de janeiro, Débora pediu a Kleber que deixassem uma festa e retornassem ao hotel onde moram na capital gaúcha. Já era tarde, e a esposa do jogador estava preocupada com a filha pequena.
Boletim de Ocorr~encia de Kleber, do Grêmio (Foto: Reprodução)Boletim de Ocorrência de Kleber, do Grêmio (Foto: Reprodução)
“Chegando ao hotel, começaram a discutir, e a comunicante pegou o celular do agressor e refugiou-se no banheiro, passando a olhar a agenda e demais do referido celular. Seu marido, percebendo o que se passava, arrombou a porta do banheiro e atingiu a cabeça da comunicante com um soco e um golpe no rosto, este último, talvez, não intencional”.
A diretoria do Grêmio não vai se pronunciar sobre o caso. Segundo o diretor-executivo Paulo Pelaipe, o assunto é "de ordem pessoal", não cabendo ao clube se manifestar. Kleber soube da repercussão do caso ainda na concentração tricolor, em hotel na zona norte de Porto Alegre, momentos antes de disputar seu primeiro clássico Gre-Nal, empatado em 2 a 2 no último domingo. Chegou a ser veiculada a informação de que o jogador concederia entrevista coletiva após a partida, mas ela acabou não acontecendo.

Celso quer, Celso tem: histórias, gestos e ideias do homem-forte do Flu

Adorado por muitos, temido por quase todos, desafiado por raros, Celso Barros acumula poder, conquistas e decepções como investidor no Flu

Por Alexandre Alliatti e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
A sala de terceiro andar na Barra da Tijuca não chega a ser um santuário tricolor. Tem dois quadros que remetem ao Fluminense, ambos com Fred em destaque, e a reprodução, em miniatura, de um bar com pequenas referências ao clube - minipôsteres pendurados em miniparedes pintadas de verde, branco e grená. Na prática, é atrás da mesa em destaque no ambiente, sentado em uma cadeira com estofamento de couro, que reside a maior referência ao campeão brasileiro de 2010. Eis Celso Barros, o homem que manda no futebol da equipe de Laranjeiras.
Ele está no prédio da Unimed, a empresa que multiplica a injeção de milhões e mais milhões no Fluminense. Veste calça social e camisa com listras em preto e branco. Tem voz mansa, compartilhada com um sorriso, quando diz:
- Não sei o que vocês querem falar sobre o Celso Barros. Não tenho mais nada para dizer.
Celso Barros entrevista  (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)No trabalho, referência ao Flu: tricolor de coração e profissão (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Celso Corrêa de Barros, médico, especializado em pediatria, tem 60 anos - denunciados pelos cabelos grisalhos. Em 14 deles, foi o sujeito responsável por formar a base financeira (às vezes maior, às vezes menor) de um clube em reconstrução. Adorado por muitos, temido por quase todos, desafiado por raros, virou a bengala do clube que ama. É, como diz o hino do Flu, um tricolor de coração. Mas com um adendo: também de profissão.
Entrevistá-lo, para um jornalista esportivo, é falar sobre o Fluminense. Dar entrevista, para ele, é também falar sobre a Unimed, a empresa cuja unidade carioca ele preside desde 1998 - também teve o comando nacional dela por dois mandatos, de 2001 a 2009. Celso Barros equilibra-se entre os dois tópicos. Sabe que é o crescimento do clube que lhe rende maior notoriedade, mas se orgulha ao falar sobre conquistas também na empresa. Parece não querer deixar que nasça um desequilíbrio entre o tricolor de coração e o tricolor de profissão.
Por duas semanas, a reportagem conversou com pessoas que conviveram com Celso Barros. Ouviu manifestações de apreço e de contestação, conheceu histórias de bastidores, percebeu temor em quem fugiu do tema. Os relatos estão abaixo. Nesta terça-feira, o GLOBOESPORTE.COM ainda publica uma entrevista exclusiva com o todo-poderoso do Flu.
Pizzas, camarotes, sutilezas
Celso Barros com Abel Braga durante festa (Foto: Agência Photocâmera)Com Abel, Celso procura jantar a cada duas
semanas (Foto: Agência Photocâmera)
Quase 20 treinadores passaram pelo Fluminense desde 1999, quando o clube começou a receber o patrocínio da Unimed. Não é por acaso que sete deles, no período, comandaram o time mais de uma vez: Carlos Alberto Parreira, Valdir Espinosa, Oswaldo de Oliveira, Renato Gaúcho, Joel Santana, Abel Braga e Cuca. Celso Barros procura criar uma relação próxima com os treinadores. Por alguns, cria uma estima que pesa em possíveis retornos. Somados os aspectos pessoal e profissional, seu preferido é Renato. No período da parceria entre o clube e a empresa, ele foi o único a comandar o Tricolor três vezes. Celso Barros passou o réveillon de 2010 na casa do ex-atacante. Recebeu um prato de comida das mãos dele, em meio a manifestações de carinho. A relação é quase familiar.
Com Abel Braga, o atual comandante do Flu, Celso Barros procura jantar a cada duas semanas. Ele não é exceção. O investidor busca algum tipo de proximidade com todos os técnicos. Acaba ficando mais íntimo de alguns do que de outros, dependendo de quão expansivo é o treinador.
A tentativa de aproximação por vezes assusta. Em 2 de novembro de 2008, o Fluminense levou 1 a 0 do Vasco pelo Campeonato Brasileiro. Depois do jogo, Branco, na época coordenador do Tricolor, disse ao técnico René Simões que Celso Barros queria comer uma pizza com ele. O treinador, em um primeiro impulso, não aceitou. Estava convicto de que escutaria cobranças, pressões. Branco insistiu. René anuiu. Eles foram para a pizzaria. Entre uma fatia e outra, Celso Barros disse ao técnico que o trabalho dele era muito bom, que tudo estava no caminho certo, que a derrota havia sido injusta. Dois meses depois, o Flu se livraria da ameaça de rebaixamento.
Mas ela voltaria no ano seguinte - a fatídica temporada do 1% de chance de permanência na Série A. René Simões saiu. Entrou Parreira. E Celso Barros surpreendeu o treinador campeão mundial de 1994. Em meio a convites para que o técnico fosse até o camarote dele no Maracanã, depois das partidas, acabou acontecendo uma conversa. Nela, o presidente da Unimed disse a Parreira que sua preferência era Renato Gaúcho. Não disse que não queria Parreira no Fluminense, mas disse que preferia Renato. O treinador entendeu. Meses depois, ele deixou o clube e criticou o poder da empresa sobre o Fluminense. Mas não criou antipatia a Celso Barros.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM não teve qualquer confirmação de que o presidente da Unimed, em algum momento, tenha tentado influenciar em escalações. Os treinadores negam. Ele também. Mas Celso Barros não esconde suas preferências. Em conversas com os técnicos, usa de sutileza para dizer o que pensa sobre o time. Aí cabe ao treinador acatar ou não.
- Ele sabe com quem se mete. Comigo, nunca teve nada. Nada de recadinho, nada de pedido. Nada - disse Parreira.
- Isso é uma lenda - garantiu Celso Barros.
De lágrimas e cânticos
Na madrugada de 7 de junho de 2007, Celso Barros estava em Florianópolis. Mais precisamente, no estádio Orlando Scarpelli. Mais precisamente, diante de um elenco recém-vencedor da Copa do Brasil. Ele pediu a palavra. Agradeceu aos jogadores pelo esforço, parabenizou a todos pelo título. E avisou que o prêmio pela conquista seria aumentado (veja no vídeo ao lado). Os boleiros comemoraram como se tivessem ganho mais um título. Imediatamente, começaram a gritar o nome de Celso Barros; em seguida, puxaram um cântico.
- P... que pariu, é o melhor patrocínio do Brasil!
Celso Barros não sabia se ria, comemorava ou dançava. Fez os três, enquanto era abraçado por jogadores.
Os atletas costumam gostar do investidor. Carisma à parte, há um motivo claro para isso: ele paga em dia, e bem. Para profissionais acostumados a ver os meses romperem o conceito de tempo e terem muito mais do que 31 dias, é fundamental.
- Ele não gosta de dever a ninguém. Ele diz que não gosta de dever aos outros. A parte da Unimed eu recebi imediatamente. Nosso último jogo (em 2008) foi com o Ipatinga. À noite, ele pagou tudo que tinha que ser pago da Unimed. Ele não queria que os jogadores entrassem em férias sem ter recebido - lembrou René Simões.
Deco fred celso barros fluminense camarote (Foto: Reprodução / Twitter)Com Deco e Fred: pagar em dia ajuda na relação com os atletas (Foto: Reprodução / Twitter)
A exemplo do que acontece com os treinadores, há jogadores com os quais Celso Barros teve maior intimidade. Alguns deles passaram a se sentir íntimos do homem que, na prática, era o chefe deles. O ex-centroavante Washington viveu uma situação emblemática.
No início do ano passado, o jogador decidiu que deixaria o futebol. Antes de anunciar a escolha, foi falar com Celso Barros. O investidor disse que apoiava a ideia. Washington começou a chorar. Foi parar nos ombros do presidente da Unimed, que também teve que lidar com lágrimas. Viraram amigos. Atualmente, o Coração Valente mora em Caxias do Sul. Em recente visita ao Rio de Janeiro, saiu para jantar com ex-chefe.
Celso Barros raramente vai ao vestiário. Frequentar treinos também não é um gesto frequente. Quando faz manifestações ao elenco, costuma falar em tom de incentivo. Mas nem sempre. Em novembro de 2008, antes de o Fluminense dar continuidade a um jogo interrompido por falta de luz contra o Figueirense, o investidor pediu para conversar com os atletas na concentração. E elevou o tom. Fez cobranças. Exigiu dedicação. Chutou o balde. Os boleiros se surpreenderam. A partida terminou com vitória de 1 a 0 para os cariocas.
Músicas, bandeira e carteirinhas (não necessariamente da Unimed)
bandeirão celso barros (Foto: Reprodução FluDigital / Site Oficial)Torcida cria bandeira para Celso Barros
(Foto: Reprodução FluDigital / Site Oficial)
O Fluminense, já com o apoio da Unimed, teve lá seus momentos de desgosto. O time de 2004, tão promissor, não funcionou; o de 2005 decepcionou na reta final do Brasileirão; os de 2008 e 2009 quase foram rebaixados. O outro lado da moeda traz o título da Copa do Brasil de 2007, a conquista do Brasileirão de 2010 e a presença, pela terceira vez em cinco anos, em uma Libertadores, o que inclui o vice de 2008.
As idas e vindas dos resultados fizeram Celso Barros sentir as duas faces da torcida. Em momentos de vitória, ele teve o nome gritado, foi saudado, ganhou até uma bandeira com seu rosto desenhado. Viu torcedores mostrando a carteirinha da Unimed. Em fases de derrotas, foi contestado, vaiado. E o mais engraçado: viu torcedores mostrando carteirinhas de outros planos de saúde.
Para a torcida, Celso Barros virou uma figura emblemática. Tricolores criaram cânticos curiosos para ele.
- Urubu otário, o Celso Barros tem dinheiro pra c... – ironizaram, em referência à derrota do Flamengo na disputa por Thiago Neves, quando o jogador foi apresentado em Laranjeiras.
- O Celso vai te comprar - cantarolaram torcedores para Jonas, na época atacante do Grêmio, no prêmio Craque do Brasileirão de 2010, em uma versão da música para Fred ("o Fred vai te pegar...").
O presidente da Unimed dá autógrafos. Tira fotos com torcedores. Por vezes, é assediado como se fosse jogador. Mas diz que não se empolga.
- Sei que, em um momento difícil, a crítica virá.
Família, quem diria, tem origem rubro-negra
É uma daquelas ironias do futebol. Celso Barros foi criado em uma casa flamenguista. O pai dele era rubro-negro. O irmão, idem. A irmã, também. Ele não lembra o exato instante em que virou tricolor. Acredita que tenha sido por influência de dois tios - torcedores do Fluminense e médicos.
Com o tempo, passou a frequentar os estádios. Enturmou-se com um grupo de tricolores no Maracanã - um deles, português, causava estranheza por não ser vascaíno. Chegou a participar de excursões para partidas fora de casa. Mal sabia que, anos depois, daria as cartas no clube.
Celso Barros é um tricolor fanático. Em 2008, estava nos camarotes do Maracanã na derrota nos pênaltis para a LDU, na final da Libertadores. Passou horas conversando com convidados, segurando as pontas, tentando se controlar. Chegou em casa às 4h. Sentou-se na cama e desabou.
- Chorei muito. Muito mesmo.
Ele lembra com carinho especial de um jogo ocorrido quatro anos antes de a Unimed começar a investir no Fluminense. Era 1995. Final do Campeonato Carioca. O gol do título saiu no último minuto - um chute cruzado de Aílton, um desvio de barriga no meio do caminho. Nervoso ao extremo, Celso Barros havia abandonado o televisor, havia saído do apartamento, havia entrado no elevador, havia deixado o prédio onde morava. De repente, ele ouviu um grito saído do 12º andar: “Neeeeeeeeeeeeeense!”. Era a filha dele, Paula, comemorando o gol de Renato Gaúcho - aquele mesmo que viraria o preferido dele anos depois, aquele mesmo que treinaria o Fluminense três vezes, sempre com o apoio do patrocinador.

Críticas

Celso Barros não é imune a contestações. Elas existem, direcionadas ou à figura dele, ou à parceria entre Fluminense e Unimed. A principal crítica é de que a empresa só se envolve com o clube na hora de contratar jogadores, algo que dá retorno em visibilidade. A patrocinadora é pressionada a também investir nas categorias de base ou em centros de treinamento para o clube.
A oposição a Celso Barros não sobrevive muito tempo, dizem aqueles menos simpáticos ao chefão do futebol tricolor. Ex-dirigentes acreditam que saíram, em boa parte, por não concordar com o presidente da Unimed. É o caso de Ricardo Tenório, ex-vice-presidente de futebol do clube.
- Este modelo às vezes é bom para o Fluminense, às vezes é bom para a Unimed. E é sempre bom para o Celso. Hoje, ele tem 90% do clube nas mãos dele - opinou Tenório.
Os críticos indicam que é difícil dobrar Celso Barros: que ele prefere investir em jogadores mais caros, em contratações mais arriscadas, mas que dão holofotes, do que apostar em projetos de médio e longo prazo, com atletas que possam evoluir no clube. O patrocinador afirma que as decisões são sempre debatidas com os dirigentes do clube.
Celso Barros garante que a Unimed está disposta a investir em outras áreas do Fluminense. Mas é constante a preocupação de tricolores com a dependência gerada pela parceria, que esteve ameaçada mais de uma vez.
- Existe uma dependência. Não sei se é bom ou ruim, mas existe - comentou Parreira.
Música, teatro, carnaval e futebol
celso barros edinho e marquinho camarote unimed sapucaí (Foto: Divulgação)Com Edinho e Marquinho na Sapucaí: apreço pela
Mangueira (Foto: Divulgação)
Falta tempo livre a Celso Barros. Um exemplo: a entrevista com ele foi marcada para as 12h de uma segunda-feira. Ele chegou às 13h30m. Em seguida, já tinha uma reunião com diretores da Unimed.
Quando sobra a chance para um pouco de lazer, o chefão do futebol tricolor se divide entre shows de música brasileira, idas ao teatro e espiadas em jogos pela televisão. Recentemente, assistiu a uma apresentação de Chico Buarque numa casa de espetáculos no Aterro do Flamengo. Em um domingo, viu dois jogos seguidos na sala de casa: Nova Iguaçu x Botafogo e Santos x Paulista.
Também gosta muito de carnaval. E se dá ao direito de torcer pela Mangueira, às vezes relacionada ao Flamengo. Argumenta que Chico Buarque e Cartola, tricolores ilustres, compartilharam o amor pela escola de samba.
- Não que eu me compare a eles - ressalva.
‘Jogador não falta para dar capa’
Os dois quadros de Fred que estão na sala de Celso Barros são capas de jornais. Questionado sobre por que o atacante tem espaço cativo ali, o presidente da Unimed disse que não passa de uma coincidência. Foram presentes que ele recebeu. Em meio ao comentário, porém, o investidor soltou, provavelmente sem perceber, uma frase simbólica sobre a relação profissional entre ele e o clube.
- Jogador não falta para dar capa...
Romário, Edmundo e Roger. Petkovic, Carlos Alberto e Conca, Washington, Dodô e Leandro Amaral. Fred, Deco e Emerson. Rafael Moura, Rafael Sobis e Wagner. E, claro, Thiago Neves. Quem Celso Barros quis, Celso Barros teve nos últimos anos. Agora, ele sonha com o título da Libertadores, para secar as lágrimas de 2008, para ir ao Mundial, para chegar ao topo da união entre o tricolor de coração e o tricolor de profissão.
 

De olho na janela, Corinthians estuda propor empréstimo por Tevez

Diretoria do Timão quer aguardar fechamento do mercado russo, em 24 de fevereiro, para decidir se enviará oferta ao Manchester City

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Tevez do Manchester City (Foto: Reuters)Tevez: sonho antigo do Corinthiansy (Foto: Reuters)
O velho sonho de voltar a ter Carlitos Tevez começa a ganhar vida outra vez no Corinthians. Os recentes fracassos em negociações com o Milan-ITA e o Paris Saint Germain-FRA fizeram a diretoria do Timão ficar atenta novamente sobre a possibilidade de contratar o atacante do Manchester City-ING. Depois de oferecer R$ 90 milhões no ano passado, o clube paulista cogita agora enviar uma proposta de empréstimo.
Por enquanto, o assunto ainda é tratado com cautela pela cúpula do departamento de futebol. Os dirigentes querem aguardar os próximos capítulos da novela que envolve a saída do argentino para oficializar uma oferta. A esperança é de que, sem mais nenhum outro clube interessado, o City aceite liberar o jogador até meados de 2013 por um valor mais baixo ou, no melhor dos casos, gratuitamente.
A espera corintiana vai durar até o dia 24 de fevereiro, data do fechamento do mercado de transferências na Rússia. O Anzhi, que no ano passado tirou do Timão o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o volante Jucilei, é o mais novo interessado em Tevez e estaria disposto a abrir os cofres, oferecendo cerca de R$ 41 milhões. O frio, porém, seria um obstáculo para convencer o argentino.
O maior adversário do Corinthians na transação está num país vizinho. O Boca Juniors-ARG também tenta contratá-lo, mas esbarra na crise financeira. O clube não tem muito dinheiro para oferecer ao City, mas aposta no amor do jogador para repatriá-lo nas próximas semanas, principalmente para poder conquistar a Taça Libertadores novamente.
Corinthians e Tevez estão em acordo desde julho do ano passado, quando o então presidente Andrés Sanches viajou à Argentina e acertou as bases do contrato com o advogado Adrian Ruocco – o atacante receberia cerca de R$ 10 milhões anuais por um contrato de quatro temporadas.
A negociação só não foi concretizada pela recusa do Manchester City. O clube não aceitou os R$ 90 milhões oferecidos (queria R$ 100 milhões) e ainda queria alterações na forma de pagamento. O Timão queria desembolsar o montante em quatro parcelas a partir de 2012.
Campeão brasileiro em 2005, Tevez se transformou em um dos ídolos da história recente do Corinthians. O jogador sempre deixou as portas abertas para voltar a vestir a camisa alvinegra, sobretudo para ficar mais próximo da família, moradora de Buenos Aires.
Caso a negociação avance, Carlitos só poderá ser inscrito pelo Corinthians nas oitavas de final da Taça Libertadores. A lista dos 25 atletas que disputarão a primeira fase do torneio tem de ser entregue à Conmebol até 48h antes da estreia. O Timão faz seu primeiro jogo dia 15 de fevereiro, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela.

Willian José dribla timidez, vibra com boa fase e faz planos para o futuro

Em entrevista exclusiva, atacante conta que foi difícil se adaptar a São Paulo, fala que trará namorada de Alagoas e quer se casar no fim do ano

Por Marcelo Prado São Paulo
Até uma semana atrás, Willian José carregava o peso de ter de substituir o companheiro Luis Fabiano, que sentiu uma lesão na coxa direita e ainda não tem data para voltar. Sete dias depois, e com três gols marcados, o humilde garoto de Alagoas virou celebridade. Nesta segunda, teve de driblar a timidez que tanto o atrapalha - inclusive em campo - para atender a vários órgãos de imprensa e saborear o gostinho de ter sido “o cara” que decidiu o jogo contra a Ponte Preta, que terminou com a vitória tricolor por 3 a 1. (Veja no vídeo ao lado os gols da partida)
A fala continua baixa, as frases são curtas e o sorriso demora para aparecer. Mas, aos poucos, na conversa que teve com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o atacante de 20 anos conseguiu se soltar. Conversou sobre seu momento no São Paulo, lembrou das dificuldades de adaptação no início e revelou até alguns planos para o futuro. Além de querer renovar seu contrato, que vence em dezembro, o atacante disse que ficará noivo de sua namorada, Ana Carolina, que mora em Porto Calvo (AL) e que a trará para São Paulo para casar no fim do ano.
Willian José São Paulo (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)Willian José comemora bom momento vivido em 2012 (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)
Veja abaixo os melhores momentos da entrevista.
GLOBOESPORTE.COM – Esta segunda-feira é completamente diferente para você. Como está lidando com isso?
Willian José – Não estou acostumado com tudo que fiz hoje. Foram muitas entrevistas e nunca fico à vontade. Mas estou feliz porque mostra que estou trabalhando para buscar o meu espaço. Ontem, assim que cheguei em casa, acessei a internet para ver os meus gols. Hoje, quando voltar, espero que alguém ainda fale dos meus gols para que eu possa curtir (risos).
É impossível não perceber a sua timidez para conversar.
É algo muito difícil para mim. Quando cheguei ao São Paulo, nunca tinha dado entrevista na minha vida. E, na coletiva aqui, é muita gente olhando, várias câmeras, não tem como ficar tranquilo. Mas sei que isso faz parte da rotina de um jogador de futebol. Tenho de me preparar porque quero continuar marcando muitos gols e ajudando a equipe.
Não foi fácil perceber que eu treinaria e jogaria com caras que eu estava acostumado a ver pela TV"
Willian José
Com esses três gols em dois jogos, você tirou um peso das costas?
Sem dúvida. Atacante, quando não faz gol, é ruim demais. A cobrança aumenta, o torcedor passa a desconfiar. Estava triste no ano passado, mas botei na cabeça que tentaria fazer algo diferente em 2012. E finalmente tudo está acontecendo. Agora é aproveitar as oportunidades e manter o embalo.
Até o jogo contra o Guarani, você estava há quase um ano sem marcar. Com quem conversava para tentar assimilar a pressão?
Os companheiros me ajudaram bastante, em especial o Lucas e o Rhodolfo. O Milton Cruz (auxiliar técnico) também conversava muito comigo. O grupo sempre me deu força porque sabe do que sou capaz. É difícil quando você não tem muitas oportunidades. Além disso, a adaptação aqui no São Paulo não foi fácil, encontrei uma realidade totalmente diferente da que estava acostumado.
Como foi sua chegada a São Paulo?Assustou bastante. Eu saí de um time pequeno e vim para uma equipe grande, que é conhecida mundialmente. Morava sozinho em Prudente e vim sozinho para São Paulo. Hoje, moram comigo meu irmão e a esposa dele. Isso ajudou. Outra coisa que complicou muito no início foi o trânsito. Nunca na minha vida eu havia pego tráfego para chegar ao treino. Moro no Sumaré, que é do lado do CT. No começo, cheguei atrasado em alguns treinos porque calculava um tempo que nunca era suficiente para ir até o treino, apesar de morar muito perto.
Em poucos meses, sua realidade mudou radicalmente.Demais. Não foi fácil perceber que eu passaria a treinar e jogar com caras que eu estava acostumado a ver na televisão. A estrutura do São Paulo, para quem nunca viu nada parecido, impressiona e assusta. Mas. hoje, posso dizer que estou muito feliz e que as coisas finalmente estão saindo como o planejado.
Willian José São Paulo (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)Willian José com a namorada Ana Carolina, que
virá para São Paulo (Foto: arquivo pessoal)
Você é casado?Não, tenho namorada. Ela (Ana Carolina) mora lá em Porto Calvo porque faz faculdade de nutrição.
E como faz para namorar à distância?Não é fácil, mas a gente dá um jeito. Sempre que posso, vou para lá e ela faz o mesmo. Mas isso vai acabar. Esse ano ela vem morar comigo. No mês que vem, vamos ficar noivos e, no final do ano, vamos casar. Ela vai continuar estudando aqui, vamos procurar transferir a matrícula dela para alguma faculdade aqui da capital.
O Luis Fabiano teve alguma conversa com você para lhe deixar mais tranquilo? Não deve ser fácil substituir um dos grandes ídolos da torcida.Sem dúvida, o Luis Fabiano tem história aqui. Mas ele ajuda bastante. Eu me lembro que no dia anterior ao jogo contra o Guarani, estávamos todos tomando lanche no CT quando ele veio até a mim e falou para todos: “nesse aqui, eu confio”. Em campo, consegui marcar um gol e ajudar o time. Quero buscar o meu espaço, mas logo o Luis estará de volta para nos ajudar.
Fale um pouco da sua história no futebolEu comecei com 15 anos no infantil do CRB. No ano seguinte, vim a São Paulo para fazer testes e tentar a sorte. Primeiro, fiquei treinando na equipe profissional do Osvaldo Cruz. Na sequência, fiz teste no Grêmio e não passei. Fui para Campinas e fiquei 15 dias na Ponte. Também não tive sucesso. Após ficar algum tempo parado, fui para o Barueri, que depois virou Grêmio Prudente, e hoje estou no São Paulo.
Willian José gol São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Atacante comemora um dos gols marcados contra a Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Então deu um gostinho especial marcar na Ponte?Sem dúvida. Quando pisei no gramado, lembrei do tempo em que fiquei concentrado no alojamento da base no estádio e que não continuei. Por isso, os gols marcados foram especiais.
Penso que o melhor para a minha carreira é ficar no São Paulo"
Willian José
Você já falou sobre a timidez para lidar com as entrevistas. E como é o Willian José nos dias de folga? O que gosta de fazer? O que gosta de comer?Sou um cara muito caseiro, dificilmente eu saio de casa. Gosto mais de assistir TV e ficar na internet. Teve uma vez que fui com uns amigos a um pagode e gostei muito, mas prefiro ficar com os meus familiares. Rapaz, só gosto de coisa light, churrasco, feijoada (risos).
Quais seus planos para o futuro? Já pensa na Europa?Ainda não. Meu contrato com o São Paulo vence em dezembro deste ano e quero renovar, ainda tenho muito o que fazer aqui e retribuir o carinho que o clube me deu na minha chegada. Penso que o melhor para a minha carreira agora é ficar.
Apesar de o time enfrentar o Comercial, quinta-feira, no Morumbi, é impossível não falar do clássico de domingo, contra o Corinthians. Será o seu primeiro como titular. O que passa pela sua cabeça?Lembro do jogo passado, quando perdemos por 5 a 0. Foram dias difíceis depois, o nosso torcedor cobrou bastante. Será um jogo muito difícil. Agora, no entanto, minha cabeça só pensa no Comercial.
Willian José São Paulo (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)Atacante se prepara para disputar primeiro clássico como titular  (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)

Com Tenório regularizado, Vasco divulga lista para a Libertadores

Tendência é de que o atacante equatoriano fique no banco de reservas na estreia do time, contra o Nacional-URU

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
tenório vasco   (Foto: Marcelo Sadio/Site Oficial Vasco da Gama)Tenório será o camisa 11 do Vasco na Libertadores
(Foto: Marcelo Sadio/Site Oficial Vasco da Gama)
O técnico Cristóvão Borges terá à disposição para a partida de estreia na Libertadores, contra o Nacional-URU, quarta-feira, em São Janário, o atacante Carlos Tenório. O jogador foi regularizado nesta segunda-feira. A tendência é que ele fique como opção no banco de reservas.
Apesar de inscrito, Tenório não poderá jogar na Taça Guanabara, já que o prazo havia se esgotado. Ele só terá condição assim que a Taça Rio começar. Matías Abelairas já aparece no site da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, mas ainda há a pendência da documentação de transferência internacional.

Após a confirmação das inscrições de Tenório e Abelairas na Libertadores, o Vasco divulgou sua lista oficial com o número das camisas. Confira:
1-FERNANDO PRASS
2-THIAGO FELTRI
3-DEDÉ
4-RODOLFO
5-EDUARDO COSTA
6-FELIPE
7-EDER LUIS
8-JUNINHO
9-ALECSANDRO
10-DIEGO SOUZA
11-C.TENÓRIO
12-ALESSANDRO
13-MAX
14-RENATO SILVA
15-ROMULO
16-DOUGLAS
17-ALLAN
18-ABELAIRAS
19-NILTON
20-BERNARDO
21-FELLIPE BASTOS
22-WILLIAN BARBIO
23-FAGNER
24-CHAPARRO
25-DIOGO SILVA

Gisele Bündchen toma as dores de Brady e revida provocações da torcida

Modelo brasileira defende o marido depois da derrota dos Patriots para os Giants no Super Bowl e insinua a culpa de outros jogadores da equipe

Por GLOBOESPORTE.COM Indianápolis, Estados Unidos
Super Bowl Tom Brady Gisele Bundchen (Foto: Getty Images)Tom Brady recebe o carinho da esposa Gisele
Bundchen depois do jogo (Foto: Getty Images)
Frustrada com a derrota de seu marido na final do Super Bowl, Gisele Bündchen respondeu às provocações feitas por um grupo de torcedores do New York Giants depois da partida, na madrugada desta segunda-feira. A modelo brasileira defendeu Tom Brady, quarterback do New England Patriots, e culpou os receivers da equipe pelo resultado. As informações são do site da rádio "WEEI".
BLOG OVERTIME: veja o vídeo com a revolta da modelo brasileira
Após o confronto, que terminou em 21 a 17, um grupo de torcedores dos Giants provocou a modelo brasileira dizendo que o quarterback Eli Manning mandou no jogo e dominou seu marido. Gisele não se conteve e acabou sobrando para outros jogadores dos Patriots.
- Você precisa pegar a bola quando é para você pegar a bola. Meu marido não pode lançar a bola e pegá-la ao mesmo tempo. Eu não posso acreditar que deixaram a bola cair tantas vezes - disse a modelo, provavelmente referindo-se a falhas como a de Wes Welker e de Aaron Hernandez.

Delegado indicia acusado de atirar dentro de sítio de Marcelinho Paraíba

Rodrigo Pinheiro é irmão da advogada Rosália Zabatos de Abreu, suposta vítima de Marcelinho, que chegou a ser preso acusado de estupro

Por GLOBOESPORTE.COM Campina Grande
Delegado Francisco de Assis Sousa, responsável pelo inquérito sobre suposto tiro efetuado pelo delegado Rodrigo Pinheiro na granja de Marcelinho Paraíba (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)Delegado indiciou o também delegado Rodrigo
Pinheiro (Foto: Magnus Menezes/Jornal da Paraíba)
O delegado Francisco de Assis de Sousa, da 7ª Delegacia Distrital de Campina Grande, confirmou nesta segunda-feira que vai indiciar o também delegado Rodrigo Pinheiro. Ele é acusado por Marcelinho Paraíba, do Sport, de ter efetuado disparos de pistola dentro de seu sítio, no fim de novembro do ano passado, quando o atleta acabou preso acusado de estupro.
A decisão de Francisco de Assis acontece depois de escutar o depoimento do acusado, interrogado na tarde desta segunda. Ele negou as acusações, mas as alegações dadas não foram suficientes para evitar o processo. Apesar disto, ele já foi reintegrado ao trabalho.
Marcelinho Paraíba comemorava o término da temporada 2011, quando o Sport subiu para a elite do futebol brasileiro. No fim da festa, ele foi acusado pela advogada Rosália Zabatos de Abreu de ter tentado agarrá-la e beijá-la a força, fato que o jogador paraibano nega.
Rodrigo Pinheiro, irmão da suposta vítima de Marcelinho Paraíba (Foto: Reprodução/ TV Paraíba)Rodrigo Pinheiro é irmão da suposta vítima de
Marcelinho Paraíba (Foto: Reprodução/ TV Paraíba)
Rodrigo Pinheiro, no caso, é irmão de Rosália. Ao saber do que Marcelinho Paraíba teria feito, ele voltou ao sítio onde acontecia a festa. Segundo a versão de Marcelinho, ele chegou atirando, o que seria crime.
Esta versão é negada por Rodrigo, mesmo que um exame de residuograma feito nele tenha dado positivo. O delegado alega, no entanto, que ele é destro. Mas que o exame deu positivo apenas em sua mão esquerda.
Segundo o delegado, o inquérito deve ser entregue nos próximos dias ao Ministério Público da Paraíba, que vai decidir se abre ou não uma ação judicial. Ao sair da delegacia, Rodrigo Pinheiro não quis dar entrevista.

Praia da Gávea


seg, 06/02/12
por thiago lavinas |
categoria Sem categoria
O mar fica a poucas centenas de metros. A areia será importada. Mas em breve o Flamengo inaugura uma arena de futebol de areia na Gávea. As obras estão em andamento. O clube aproveitou um espaço abandonado, conhecido foco de mosquito da dengue, para a construção. O investimento foi sugerido pelo presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, e recebeu apoio da presidente Patricia Amorim.
O local vai sediar entre os dias 12 e 19 jogos da primeira Copa do Brasil de Futebol de Areia. Além da participação de equipes de 16 estados brasileiros, o torneio contará com três times estrangeiros: um da Estônia, um da França e um das ilhas de Jersey.
A arena usará os 450 lugares da arquibancada de concreto e ganhará o dobro da capacidade em estruturas provisórias. Na final do evento há a possibilidade de disponibilizarem mais 500 lugares. A entrada para o evento será gratuita.
(Eduardo Peixoto)


Pomada, sal e até saco plástico: veja como brasileiros driblam frio europeu

Destaques das principais ligas da Europa confirmam que temperatura está mais baixa que o habitual e revelam o que fazem para enfrentar o inverno

Por Marcos Felipe e Thiago Barros Rio de Janeiro
Mais de 300 mortos, temperatura chegando a cerca de 15 graus negativos e muita, muita neve. O inverno na Europa (saiba mais no vídeo ao lado) está sendo mais rigoroso do que se esperava e todas as consequências se refletem também no futebol. Não somente nos campeonatos do Leste Europeu, que tradicionalmente param nesta época do ano, como também nas principais ligas do Velho Continente, como a italiana, a inglesa, a francesa e a espanhola. Na última semana, diversas partidas foram adiadas, rotinas de treino foram modificadas... E nos próximos dias a expectativa é de que nada disso mude.
Segundo os serviços meteorológicos, a onda de frio vem da Sibéria e as temperatuas baixas devem se prolongar pelo menos até o final da semana. Os países mais ameaçados são Ucrânia, Polônia e Rússia. Mas a Inglaterra, por exemplo, vem sofrendo com cancelamento de voos e com a possibilidade de uma greve dos meios de transporte por conta da neve. Aulas foram canceladas, estradas interditadas e até os bichos em zoológicos preocupam. O que fazer, então, quando é preciso ignorar tudo isso e ir para campo para disputar uma partida de futebol?
O GLOBOESPORTE.COM ouviu atletas e profissionais brasileiros de diversos países que estão sofrendo com a onda de frio para saber como os termômetros abaixo (ou perto) de zero podem afetar uma equipe. Daniel Jouvin, preparador físico ex-Flamengo e que hoje trabalha no Bayer Leverkusen, da Alemanha, explica que pouca coisa muda no dia a dia, já que os clubes europeus estão muito bem preparados para lidar com estas situações.
- Não é fácil, especialmente para quem não é europeu ou está voltando de lesão. Mas aqui já há uma estrutura muito boa para isso. São roupas para o atleta aquecer o corpo, os campos e até os bancos de reserva têm aquecimento, existem pomadas para passar nas articulações... Tudo isso facilita muito. Além disso, é claro, é preciso fazer um aquecimento forte para evitar qualquer tipo de lesão muscular - disse Jouvin.
Ele admitiu, entretanto, que os últimos dias estão sendo bem diferentes do normal.
- No sábado, dei um treino quando eram mais ou menos oito horas da manhã. Nunca vi nada parecido. Parecia que eu estava na Sibéria, treinando outro esporte. Era uma camada de muito gelo em cima do gramado. Mas com o equipamento certo e uma preparação boa, isso não faz muita diferença, não. Lembro até de um jogo em que o treinador veio conversar comigo sobre o Renato Augusto, que estava voltando de lesão e ia pegar 20 graus negativos na Ucrânia. Mas confirmei que ele poderia jogar, ele entrou em campo e foi o melhor do jogo, que ganhamos de 4 a 1 - observou.
Sandro curte a neve em Tottenham (Foto: Divulgação)Sandro, do Tottenham, curte a neve em Londres e aproveita para tirar fotos (Foto: Divulgação)
Principal dica: "uniforme ninja"
O goleiro Diego Alves, do Valencia, explica que, para a temperatura cair tanto na Espanha é porque a situação está muito complicada na região. O jogador revelado pelo Atlético-MG lembra que seus colegas de posição sofrem ainda mais com estas condições climáticas e revelou parte de seus rituais para as partidas neste frio - que não envolvem urinar nas calças, como o goleiro do Saint-Étienne.
JOGADOR DICA 'ANTI-FRIO'
Diego Alves (Valencia) Aquecimento e meia curta por baixo do meião
Jonas
(Valencia)
Calefação, gorro, luva e proteção para o pescoço
Thiago Silva
(Milan)
Pomada para esquentar os dedos
Maicon
(Volyn)
Água quente e sal para evitar queda de unhas
M. Vinícius
(Istambul)
Saco plástico nos pés para aquecer
 - Estou aqui desde 2007 e nunca sofri como estamos sofrendo agora. Nos treinos, dá para colocar várias roupas e manter a temperatura do corpo, mas no jogo não é permitido usar gorro nem proteção de pescoço, por exemplo. A saída é ficar sempre se aquecendo, nunca parado. Jogo com duas meias, uma curta por baixo do meião, porque o gramado está sempre molhado e nós passamos os 90 minutos molhados - disse.
Completando um ano no futebol espanhol, o atacante Jonas, companheiro de Diego Alves no Valencia, saiu do Grêmio. No entanto, diz que não há como comparar o que está passando agora com Porto Alegre, uma das cidades mais frias do Brasil no inverno. Na Europa, segundo ele, é preciso utilizar todo o tipo de ajuda oferecida pelo clube: "gorro, luva, proteção para o pescoço, três camisetas de manga longa, duas mais finas e uma bem grossa" - no melhor estilo "ninja" utilizado também por Cristiano Ronaldo.
- Essa semana foi de doer. Sexta e sábado estava difícil até para treinar. Eu já peguei parecido em Porto Alegre, mas aqui está pior, porque tem muito vento. Chega a arder o rosto. Para driblar o frio, fico quietinho em casa, mandando ver na calefação. Já no treino, deixo só os olhos de fora. Coloco tudo que o clube oferece: gorro, luva, proteção para o pescoço, três camisetas de manga longa, duas mais finas e uma bem grossa. O pessoal que mora aqui há mais tempo diz que é raro fazer esse frio todo. Acho que não estou dando sorte! (risos) - comentou.
Nas folgas, segredo é ficar "quietinho em casa"
O Campeonato Francês foi um dos que mais sofreram. O jogo do Saint-Etienne, no último fim de semana, foi suspenso, e outras duas partidas foram canceladas. Nesta segunda-feira, a Federação de Futebol Francês também cancelou três partidas pela Copa da França. Na Itália, diversas partidas, inclusive o clássico entre Roma e Inter de Milão, acabaram sendo adiadas. O campeonato agora tem equipes com três números de partidas diferentes na tabela. O líder Juventus, por exemplo, tem 21 jogos disputados, assim como o Roma. Milan, Napoli e Lazio, que fecham o G4, tem 22. Mas há equipes, como o Catania, com somente 19.
piscina de Thiago Silva congelada (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Piscina de Thiago Silva 'congelada' em Milão
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Após tanta confusão, Thiago Silva conta que o bom mesmo, nesse tempo, é ficar curtindo a esposa Isabelle e os sobrinhos Matheus e Fabio Jr. nos momentos de folga. Mas, é claro, sem sair de casa. Afinal, até mesmo a água de sua piscina congelou... O defensor diz ainda que, assim como Diego Alves e Jonas, ele também tem sua rotina pré-jogo nesse frio.
- Antes e durante os jogos e treinos, eu passo uma pomada que esquenta tanto os dedos dos pés como os das mãos. Depois de treinar ou jogar, não tem como fazer outra coisa. Não dá para sair. Vou direto para casa e fico vendo filmes com minha esposa e meus sobrinhos - comentou o zagueiro.
Renato Augusto, ex-Flamengo e hoje no Bayer Leverkusen, da Alemanha, onde o frio é intenso mas ainda não neva, não esconde que sente falta da boa praia carioca nestes momentos.
- Realmente, o frio aqui está intenso. Os termômetros estão marcando menos cinco graus em Colônia. Mas os clubes aqui estão acostumados. No começo, eu sofri muito, mas agora já não interfere tanto no meu dia a dia. O mais difícil é conversar com os amigos que estão no Rio de Janeiro e saber que está um solzão de 40 graus. Aí bate aquela saudade de ir à praia. Mas nada que não se resolva nas férias e nos períodos de folga - brincou.
jogadores do Lorient no frio  (Foto: AFP)Jogadores do Lorient usam cobertores para se protegerem do frio contra o Saint-Etienne (Foto: AFP)
Alguns brasileiros "curtem" o clima mais frio
O jovem Juan, que mal chegou a Milão para jogar no Internazionale, após deixar o Internacional gaúcho, concorda com o novo rival. Ele revela que os estabelecimentos comerciais, obviamente, são aquecidos. Mas o choque térmico ao qual a pessoa é submetida ao sair deles pode acabar sendo péssimo. Apesar disso, ainda muito empolgado com a chegada à Europa, ele diz estar gostando do novo clima.
Ramires do Chelsea brinca na neve (Foto: Divulgação)Ramires do Chelsea brinca na neve em Londres
(Foto: Divulgação)
- O bom é que em praticamente todos os lugares fechados a temperatura é boa, mas o choque quando sai do ambiente assim é grande. Depois dos treinos o ideal é ficar em casa ou ir para algum local fechado. Foram poucos dias na Itália, mas gostei desse clima - destacou.
Quem também curte este "friozinho", porém destaca a diferença de temperatura entre locais fechados e ruas, é o volante Sandro, do Tottenham. Ele admite que o frio vem sendo cada vez mais intenso na Inglaterra, mas ressalta a beleza da neve para justificar seu gosto pelo inverno. Vale lembrar que, na Terra da Rainha, o campeonato principal não sofreu alterações - apesar do jogo do City, por exemplo, ter sido debaixo de neve -, mas a segunda divisão teve três jogos adiados.
- É a primeira vez que a minha família está aqui na Inglaterra e vê a neve. O que o pessoal recomenda é a gente usar o máximo de roupas quentes possíveis e tentar não passar muito tempo na rua, principalmente à noite, que é muito frio. Em todo lugar aqui tem aquecimento, então ajuda bastante, mas quando você sai de onde está, parece que entra em um congelador (risos). Mas para mim é bonita essa época, eu curto - contou o volante, que encontrou eco nas declarações de outro "inglês": Ramires, do Chelsea.
- Para nós, que somos brasileiros, nevar é sempre um acontecimento. A varanda do meu apartamento ficou cheia de neve. Aproveitei para brincar com meu filho e tirar algumas fotos para mostrar para família - comentou.
Leste Europeu: calendário feito pensando no frio
Os clubes dos países onde faz mais frio, como a Ucrânia e a Rússia, não vêm sofrendo tanto quanto a população destes locais. Afinal, as ligas já criam seus calendários cientes do quanto o inverno pode ser prejudicial. Nesta época do ano, os campeonatos nacionais param e os times fazem excursões por outros países. Por exemplo, o Anzhi, de Roberto Carlos e Samuel Eto'o, que disputa o Campeonato Russo, foi para Dubai e agora está treinando na Espanha - onde também estão os ucranianos do Shakhtar, de William.
Willian treina com o shakhtar na neve na ucrania (Foto: Divulgação)Willian está acostumado com o frio na Ucrânia
(Foto: Divulgação)
- Aqui na Espanha estamos treinando com uma temperatura de 15º, 16º positivos, enquanto em Donetsk nesse momento está fazendo -10º, -15º. Se estivéssemos lá, estaríamos mais expostos as lesões e não conseguiríamos treinar com bola. Com -10º a gente só faz uma corrida em volta do campo e academia, enquanto aqui estamos treinando com bola, fazendo amistosos - contou o apoiador.
O brasileiro Maicon Oliveira, um dos artilheiros do Campeonato Ucraniano com 11 gols, diz que costuma fazer um tratamento com água quente e sal para tentar evitar a queda das unhas por conta do rigoroso inverno no Velho Continente. Segundo ele, é preciso tomar o máximo de cuidado possível.
As vezes até perco as unhas em função da baixa temperatura e tenho que fazer tratamento com água quente e sal"
Maicon Oliveira
- Além da dificuldade do campeonato, o frio castiga muito os jogadores. Já enfrentei temperaturas de -20 e -15. Quando isso acontece, colocamos uma calça térmica e mais outra por baixo para treinar. Usamos duas camisas, uma térmica, além de um casaco especial que ajuda a aumentar o calor. Já passei por grandes dificuldades em função do frio. Agora mesmo estou treinando com a unha roxa e sangrando por causado frio. As vezes até perco as unhas em função da baixa temperatura e tenho que fazer tratamento com água quente e sal. Temos que ter um cuidado enorme - explicou.
Marcus Vinicius, do Istambul Buyuksehir, da Turquia, dá uma dica curiosa: saco de plástico nos pés para aquecê-los e facilitar a movimentação.
- O principal problema do frio forte é nas extremidades do corpo. As mãos e os pés sofrem demais. Além de usar as luvas, eu costumo encapar os pés com sacolas plásticas. O pé fica abafado e esquenta porque não fica com o contato apenas entre a meia, a chuteira e a neve. Se não usar o saquinho, a dor é muito forte e você acaba limitado dos movimentos - afirmou.
Resta aos europeus e aos brazucas se protegerem como for possível - e torcer para que essa onda de frio passe logo. Afinal, não é só o futebol que sofre com isso, mas toda a sociedade no Velho Continente. Até o momento, mais de 15 jogos já foram adiados na Europa - número que não chega nem perto ao de mortos por conta do clima, que está na casa dos 300.
preparação do estádio Gerland em Lyon devido a neve (Foto: AFP)Estádio do Lyon, da França, é preparado para evitar a neve nas próximas rodadas do campeonato (Foto: AFP)

Scheidt e Prada saem na frente na disputa pela vaga em Londres-2012

Dupla vence as duas regatas do primeiro dia da Semana Brasileira de Vela

Por GLOBOESPORTE.COM Búzios, RJ
Duas regatas, duas vitórias. Robert Scheidt e Bruno Prada estrearam bem no primeiro dia de disputadas da Semana Brasileira de Vela, que está sendo disputada em Búzios, e saem na frente na briga pela vaga em Londres-2012. Líder do ranking mundial da classe star, a dupla enfrenta outros quatro barcos em busca da classificação.
vela Robert Scheidt e Bruno Prada (Foto: Fabrizio Prandini / Divulgação)Scheidt e Prada levam a melhor no primeiro dia da seletiva olímpica (Foto: Fabrizio Prandini / Divulgação)
- Acho que foi um bom início. Ganhamos com tranquilidade as duas regatas. O nosso maior receio na competição é ter qualquer quebra ou problema com o barco, porque o equipamento da star é muito frágil. Mas acredito que não vá acontecer nada, e vamos nos empenhar para continuar velejando bem esses dias que ainda faltam - disse Scheidt.
O velejador elogiou as condições do vento, semelhantes às da raia de Weymouth, em Londres, onde serão realizadas as regatas olímpicas, em julho.
- São condições muito boas, com velejadas excelentes. Não dá para colocar nenhum defeito. Temos tido ventos de 18 nós, que testam a habilidade de manobras da tripulação e a habilidade de tirar velocidade do barco.
A Semana Brasileira de Vela é a segunda seletiva para formação da equipe nacional que irá aos Jogos, em julho. Scheidt e Prada já venceram a primeira. Foram campeões do Mundial de Perth e somaram um ponto no processo seletivo. Se vencerem a Semana de Búzios, somam mais um ponto e garantem a classificação.
Nas outras classes, os favoritos também venceram as duas regatas: Bruno Fontes, na laser standard; Adriana Kostiw, na laser radial; Ricardo Winicki, o  Bimba, e Patrícia Freitas na RS:X masculina e feminina; e Jorge Zarif, na finn. Na disputa acirrada na 470, as gaúchas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan venceram as duas provas disputadas. Elas têm como adversárias Isabel Swan e Martine Grael.

De folga, ring girl do UFC Arianny Celeste vai à praia em Miami

Modelo aproveita tempo livre com amiga e registra momento no Twitter

Por SporTV.com Miami
Arianny Celeste na praia com amiga (Foto: Reprodução/Twitter)Depois de quatro fins de semana seguidos com eventos do UFC, a ring girl Arianny Celeste finalmente recebeu uma folga e não perdeu tempo: foi para a praia com uma amiga em Miami, nos EUA. 'Hora das garotas', escreveu a modelo ao registrar o momento no Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)

A nova era de Joel no Fla: volta da prancheta e três jogos em dez dias

Treinador começa a trabalhar nesta segunda-feira e estreia na quinta, contra o Madureira. Em seguida, enfrenta Nova Iguaçu e Lanús

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Deivid Flamengo x Botafogo (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Deivid: expectativa de que Joel "passe boas coisas
para o elenco" (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
Começa na tarde desta segunda-feira a quinta era de Joel Santana no Flamengo. Mesmo sem ser anunciado oficialmente pelo clube, o treinador vestirá a camisa de treino no Ninho do Urubu, colocará a prancheta para funcionar e terá seu primeiro dia de trabalho. A estreia será na quinta-feira, contra o Madureira, no Engenhão. Domingo, será a vez do Nova Iguaçu, também pelo Carioca. E já no próximo dia 15, o primeiro grande desafio de Joel na estreia do Fla na fase de grupo da Libertadores, contra o Lanús, na Argentina.
Os jogadores acreditam em dias melhores com a chegada do treinador.
- Trabalhei com Joel no Fluminense, ele vai chegar para nos ajudar. É um técnico que sabe lidar com os jogadores e esperamos que possa ter sucesso - afirmou Junior Cesar.
Aos 63 anos, Joel já comandou o Flamengo em 168 jogos, com 97 vitórias, 40 empates e 31 derrotas. Em 1996, Joel Santana foi campeão carioca. Em 1998, uma passagem discreta durante o Campeonato Brasileiro: 26 jogos, sendo 13 vitórias, nove empates e quatro derrotas.
É um técnico que sabe lidar
com os jogadores e esperamos
que possa ter sucesso"
Junior Cesar, sobre Joel Santana
O treinador voltaria ao clube sete anos depois. Em 2005, contrariando as matemáticas que apontavam o Flamengo como praticamente rebaixado, comandou o time em nove jogos, com seis vitórias e três empates - e a fuga da degola.
Em 2007, Joel levou o Flamengo à classificação para a Libertadores, mas provou o gosto amargo de ser eliminado nas oitavas de final da competição, no ano seguinte, na trágica derrota por 3 a 0 para o América do México no Maracanã.
Deivid admitiu que não conhece o trabalho de Joel, mas sonha com dias positivos.
- Não sei a forma como ele trabalha, a expectativa é que faça um bom trabalho e consiga passar boas coisas para o elenco.
Assista aos melhores momentos de Botafogo 0 x 0 Flamengo:

Após derrota no Super Bowl, Brady é consolado por Gisele Bundchen

Modelo brasileira dá carinho ao marido ainda nos corredores do Lucas Oil Stadium, em Indianápolis, depois da conquista do New York Giants

Por GLOBOESPORTE.COM Indianápolis, Estados Unidos
Tom Brady foi rapidamente consolado depois da derrota do New England Patriots para o New York Giants no Super Bowl XLVI. Depois perder o jogo por 21 a 17, o quarterback recebeu o carinho de sua esposa, a modelo brasileira Gisele Bundchen.
Super Bowl Tom Brady Gisele Bundchen (Foto: Getty Images)Tom Brady recebe carinho de Gisele Bundchen e conversa ao pé do ouvido (Foto: Getty Images)
Super Bowl Tom Brady Gisele Bundchen (Foto: Getty Images)A modelo também deu um forte abraço no marido depois da derrota no Super Bowl (Foto: Getty Images)
Super Bowl Tom Brady Gisele Bundchen (Foto: Getty Images)Os dois conversaram diante dos fotógrafos e jornalistas no Lucas Oil Stadium (Foto: Getty Images)