domingo, 8 de abril de 2012

Dirigente do Vasco define atuação de árbitro: 'Digno de sair algemado'

Diretor de futebol Daniel Freitas se queixa de Wagner dos Santos Rosa e afirma que equipe é 'assaltada' em clássico contra o Flamengo

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Estava enganado quem pensou que o vestiário seria responsável por acalmar os ânimos. Depois das declarações no campo, o Vasco seguiu usando palavras fortes para definir a atuação de Wagner dos Santos Rosa após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, neste sábado. Na sala de imprensa do Engenhão, foi a vez de o diretor de futebol Daniel Freitas acusar o árbitro de ter prejudicado a equipe no clássico.
A principal reclamação foi em relação a um suposto pênalti de Welinton sobre Thiago Feltri no segundo tempo. Além disso, os cruz-maltinos acusam o árbitro de ter marcado diversas faltas a favor do Flamengo e não ter mantido o critério em lances semelhantes a favor do Vasco.
- O Vasco tem evitado comentar a arbitragem, mas a situação de hoje extrapolou os limites. Foi uma atuação digna de sair algemado no camburão. O pênalti que ele deixou de dar foi ridículo. Foi lamentável o que fez esse cidadão, e esperamos que ele fique longe dos gramados porque foi uma vergonha. Ele não tem condição de apitar nem partida do mirim - disse o dirigente.
Daniel Freitas ainda afirmou que o Vasco encaminhará um protesto formal à Federação de Futebol do Rio de Janeiro contra Wagner dos Santos Rosa, esperando que haja punição ao árbitro. Ele afirmou não temer prejuízo ainda maior ao time pelo fato de os jogadores terem partido para cima do juiz após o apito final.
- Pior do que foi hoje não tem como ficar. Era uma partida para ser decidida dentro do campo, sem a interferência do cidadão que esteve aqui. O Vasco foi escandalosamente prejudicado e foi assaltado.

Botafogo vai cobrar da Federação cadeiras quebradas no clássico

Diretor executivo do clube, Sergio Landau diz que alguém deve pagar pelos 120 assentos destruídos em Vasco x Fla: 'O que aconteceu foi um excesso'

Por Thales Soares Rio de Janeiro
Mesmo sem ser uma decisão de campeonato e nem ter um grande público presente, o clássico entre Vasco e Flamengo, disputado sábado, no Engenhão, deixou um saldo de 120 cadeiras quebradas. Responsável pela administração do estádio, o diretor executivo do Botafogo, Sergio Landau, vai enviar um documento para a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) exigindo o pagamento do prejuízo.
- Alguém tem que pagar por isso. Não dá para deixar isso passar. O que aconteceu foi um excesso. Às vezes, quebram cinco ou sete cadeiras num jogo, mas 120 é demais - afirmou Sergio Landau, detalhando a quebradeira:
- Foram 70 da torcida do Vasco e 50 da do Flamengo.
botafogo x friburguense setor Norte do Engenhão (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)Cadeiras azuis e cinzas repõem as vermelhas e brancas quebradas por vândalos no Setor Norte durante o clássico entre Flamengo e Vasco, sábado, no Engenhão (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
O dirigente já está no Engenhão para o jogo deste domingo, entre Botafogo e Friburguense, às 16h (de Brasília), pela penúltima rodada da Taça Rio. Segundo ele, já houve a reposição das cadeiras quebradas.
- Temos um estoque de cadeiras aqui, mas pagamos por isso - disse Landau.
Os setores Norte e Sul, pelo fato de contarem com o desenho de um patrocinador nas cadeiras, deixam clara a substituição. Os assentos normalmente são das cores vermelha e branca no local com a marca estampada. No entanto, há algumas azuis e cinzas entre as originais.

Vasco tem no mínimo 2 suspensos para a última rodada da Taça Rio

Lista pode aumentar se árbitro confirmar expulsos no clássico contra o Fla. Partida contra Nova Iguaçu vale vaga na semifinal

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Diego Souza Vasco x Flamengo (Foto: Dhavid Normando / Futura Press)Diego Souza está fora do jogo contra o Nova Iguaçu
(Foto: Dhavid Normando / Futura Press)
O Vasco encerra sua participação na primeira fase da Taça Rio com dois desfalques certos. Fagner e Diego Souza levaram o terceiro cartão amarelo na derrota por 2 a 1 para o Flamengo, neste sábado, e por isso não enfrentam o Nova Iguaçu, no próximo dia 15, em Moça Bonita, em jogo que vale a classificação para a semifinal. No entanto, o número de suspensos pode aumentar, já que o árbitro Wagner dos Santos Rosa ainda divulgará a súmula da partida. Nela podem constar atletas expulsos após o apito final do clássico, como consequência da confusão que tomou conta do gramado depois do jogo.
Na partida do próximo domingo, o Vasco ainda entrará em campo com um jogador pendurado. Se receber o cartão amarelo contra o Nova Iguaçu, Allan não disputará a semifinal da Taça Rio, caso a equipe se classifique. Outro titular ausente no próximo domingo será Dedé, que se recupera de um edema ósseo na perna esquerda. A previsão é que o zagueiro fique fora do Vasco por, no mínimo, três semanas.
Antes de enfrentar o Nova Iguaçu, o Vasco vai ao Uruguai duelar com o Nacional. A partida, na próxima quinta-feira, é válida pela última rodada da fase de classificação da Libertadores. A equipe cruz-maltina já tem vaga na semifinal assegurada, mas ainda precisa confirmar a primeira colocação do Grupo 5..

Thiago Feltri: 'Welinton tocou no meu tornozelo e fez alavanca; pênalti claro'

Lateral-esquerdo, que já sofreu três penalidades pelo Vasco, afirma não ter hábito de se jogar e lamenta derrota em dia de destaque contra o Flamengo

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Em meio a ídolos e referências como Ronaldinho, Vagner Love, Diego Souza e Alecsandro, um dos principais personagens do Vasco x Flamengo do último sábado foi alguém muito mais discreto. Thiago Feltri protagonizou o lance que originou o descontrole emocional dos seus companheiros de equipe após a derrota por 2 a 1, ao reclamar de falta sofrida dentro da grande área aos 29 minutos do segundo tempo (assista ao lance). No entanto, o árbitro Wagner dos Santos Rosa afirmou não ter visto a suposta penaltidade cometida por Welinton e mandou o jogo seguir.

De personalidade tímida e econômico nas palavras, Thiago Feltri mostrava uma feição assustada ainda no Engenhão, após a partida. Mesmo assim, mostrou-se enfático ao falar sobre o lance e garantir ter sofrido o pênalti que poderia ter mudado a história da partida – naquele momento, o placar era de 1 a 1.
- Foi pênalti, não me joguei. O Fagner cruzou pela direita e eu me antecipei ao Welinton. Ele tocou no meu tornozelo direito e fez a alavanca. Pênalti claro que o juiz não deu - disse.

Quatro minutos depois, Thiago Feltri disputou uma bola com Marcos González na entrada da grande área e foi ao chão. O árbitro não assinalou a falta pedida e ainda aplicou cartão amarelo ao lateral por simulação (também no vídeo acima). O jogador vascaíno se defendeu e afirmou não ter o costume de cavar faltas.

- Prefiro dar continuidade ao lance a chamar as faltas. Minha intenção é levar as jogadas até o fim. Nunca fui de ficar me jogando, mas em alguns lances em que o adversário toca não tem como ficar de pé. Foi o caso desses dois lances. Não entendi o motivo de o árbitro não ter marcado essas e outras faltas. Enquanto isso, apitava tudo a favor do Flamengo.
Caso Wagner dos Santos Rosa tivesse marcado a falta sofrida aos 29 minutos do segundo tempo, seria o quarto pênalti assinalado em cima de Thiago Feltri pelo Vasco. Ele protagonizou os lances (no vídeo ao lado) contra Volta Redonda e Resende, pelo Campeonato Carioca, e diante do Barcelona de Guayaquil – em falta sofrida fora da grande área –, em amistoso da despedida de Edmundo.
Mas após disputar pela segunda vez, Thiago Feltri percebeu que o Vasco x Flamengo não é um clássico qualquer. Acostumado à rivalidade com o Cruzeiro, o jogador formado pelo Atlético-MG admitiu que a experiência vivida no último sábado, durante e depois de a bola rolar, foi diferente.
- Não à toa é um dos principais clássicos do país. Os dois times têm uma rivalidade enorme e fazem um jogo tenso, pegado de muita marcação e lances de gol. Ao mesmo tempo é uma partida que qualquer jogador quer atuar - observou.

thiago feltri flamengo x vasco   (Foto: BRUNO TURANO/BRAZIL PHOTO PRESS/Agência Estado)Feltri: personagem polêmico no clássico (Foto: BRUNO TURANO/BRAZIL PHOTO PRESS/Agência Estado)
Polêmicas à parte, Thiago Feltri avaliou o jogo do último sábado como uma de suas melhores atuações desde que chegou ao Vasco, em janeiro. O lateral-esquerdo lamenta apenas não ter protagonizado o clássico da forma que qualquer jogador deseja.

- Realmente foi uma experiência diferente ter aparecido por causa de um lance que causou tanta confusão. Preferia ter marcado um gol ou dado um passe para selar a boa atuação que tive. Infelizmente não aconteceu, mas ao mesmo tempo o Vasco não pode desanimar. Teremos jogos decisivos daqui para a frente - frisou.

Arnaldo Cézar Coelho não vê pênalti em Feltri: ‘Dobrou o joelho e se jogou’

Ex-árbitro condena comportamento dos jogadores vascaínos que, após a derrota para o Fla, partiram para cima do juiz: ‘Têm que ser enquadrados’

Por Thiago de Lima Rio de Janeiro
A reclamação do Vasco sobre a atuação do árbitro Wagner dos Santos Rosa, na derrota por 2 a 1 para o Flamengo, pela sétima rodada da Taça Rio, foi extensa. Após o apito final no Engenhão, na noite deste sábado, os primeiros a reagir foram Eduardo Costa e Rodolfo, que partiram para cima do juiz e foram contidos pelos policiais. Em seguida, foi a vez do presidente do clube, Roberto Dinamite, invadir o gramado para dizer que o Cruz-Maltino foi roubado. Ainda na saída de campo, Diego Souza, Fagner e Fellipe Bastos também se queixaram sobre a equipe ter sido prejudicada. A revolta chegou à arquibancada, e as torcidas quebraram 122 cadeiras. Mas para o ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho, nada justifica os protestos vascaínos.
A principal reclamação do Vasco é a não marcação de um suposto pênalti de Welinton sobre Thiago Feltri, aos 29 do segundo tempo. Quatro minutos depois, novamente o lateral cruz-maltino pediu falta na entrada da área após dividida com Marcos González, mas foi punido com o cartão amarelo por simulação, o que também irritou os vascaínos (veja os dois lances no vídeo acima). Arnaldo concordou com o árbitro.
- Na minha opinião, não foi pênalti. Não foi nada. Ele dobrou o joelho e se jogou, assim como fez no lance seguinte - analisou Arnaldo, que concordou com a penalidade assinalada de Fernando Prass sobre Léo Moura, no fim da partida.
O ex-árbitro criticou as reclamações e condenou o comportamento de Eduardo Costa e de Rodolfo. Segundo ele, o juiz deve relatar o caso na súmula e os jogadores serem punidos.
- O árbitro pode ter errado, mas é ele quem manda, os jogadores não tem nada que reclamar. Ele só não foi agredido porque o policiamento agiu. O juiz tem que colocar na súmula e os jogadores serem enquadrados, o Eduardo Costa e o Rodolfo. Nada justifica aquela atitude. É um absurdo. Isso acontece por causa da impunidade. Se pega oito jogos de suspensão, não faz mais isso.
Confusão Vasco x Flamengo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Vascaínos vão em direção ao juiz, que é protegido por policiais (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)

Vasco vive expectativa da volta de Felipe e Juninho

Entregues ao departamento médico, ídolos ainda não estão garantidos em jogo contra o Nacional, pela Libertadores

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
O Vasco perdeu por 2 a 1 para o Flamengo (assista aos gols), no último sábado, sem duas das suas principais referências. Os próximos dias serão decisivos para Felipe e Juninho Pernambucanos, que estão sob os cuidados do departamento médico. No entanto, a expectativa da comissão técnica é contar com ambos para o jogo contra o Nacional, em Montevidéu, na próxima quinta-feira, pela Libertadores.

Felipe foi desfalque de última hora contra o Flamengo. Com dores no ombro direito, o meio-campo foi cortado da concentração na noite da última sexta-feira. Juninho Pernambucano foi submetido a uma cirurgia dentária na última terça e retornou aos treinamentos no sábado. O primeiro é quem mais tem chances de viajar para o Uruguai.

- O caso do Felipe foi recente, mas acredito que não terá problema para o jogo de quinta. O Juninho é algo diferente, porque passou por uma cirurgia e fará treinos progressivos. Tudo depende de como ele reagir ao esforço - explicou o técnico Cristóvão Borges.

A delegação viaja para Montevidéu na tarde desta terça-feira. Já classificado para as oitavas de final, o Vasco vai em busca da confirmação do primeiro lugar do Grupo 5 da Libertadores. O Libertad, o outro classificado, enfrenta o Alianza em Lima.
Botafogo bate Friburguense por 3 a 1 e está na semifinal da Taça Rio
Com empate entre Resende e Volta Redonda, Alvinegro joga contra o Boavista apenas para saber se passa ou não o Fla, que pega o Americano
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
A apresentação deixou muito a desejar, mas valeu muito para o Botafogo a vitória de 3 a 1 sobre o Friburguense, neste domingo, no Engenhão - com um do ídolo Loco Abreu, que voltava ao time após três jogos, e dois de Herrera, que o substituiu no segundo tempo. Afinal, além dos três pontos conquistados, o empate do Resende com o Volta Redonda por 1 a 1 garantiu ao Alvinegro a classificação antecipada para a semifinal da Taça Rio.
Após o apito final, o técnico Oswaldo de Oliveira reuniu todos os seus jogadores e saiu de braços dados com eles para o vestiário. Uma tentativa de mostrar um grupo unido contra críticas.
O Botafogo, que chegou a 17 pontos, um a menos que o Flamengo e quatro a mais que o Resende, ocupa o segundo lugar no grupo. A equipe serrana ficou com cinco pontos e agora é a penúltima do Grupo B. Na última rodada, o Botafogo lutará pela primeira colocação da chave contra o Boavista, em São Januário, no próximo domingo, às 16h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Flamengo pega o Americano, no Engenhão. O Friburguense fecha sua participação no estadual contra o desesperado Bonsucesso, no estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo. O time não tem mais qualquer aspiração na competição. Não pode se classificar, nem corre risco de rebaixamento.
Sustos no primeiro tempo
A configuração inicial da partida mostrava um ataque contra defesa. Mas o Botafogo, apesar de ofensivo, jogava com pouca velocidade e pouco criava. Para deixar o cenário mais tenso, o Friburguense, que esperava o momento do bote, quase abriu o marcador aos nove minutos. Jefferson fez grande defesa, abafando chute à queima-roupa de Ricardinho. A resposta alvinegra só veio cinco minutos depois em chute forte e com efeito de Elkeson, que o goleiro Marcos defendeu parcialmente. A partir daí, o Botafogo passou a encurralar o adversário, mas falhava muito no último passe. Isso durou até a parada técnica, aos 20.
Loco Abreu gol Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Loco Abreu comemora o seu gol. Renato chega para cumprimentá-lo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
Na volta, o Friburguense conseguiu um pênalti equivocadamente marcado pelo árbitro Eduardo Cordeiro Guimarães. Marcelo Mattos não tocou em Jorge Luiz, que se jogou aos 23. O volante alvinegro ainda recebeu cartão amarelo. Na cobrança de Romulo, Jefferson mais uma vez salvou o Botafogo, com bela defesa no seu canto direito.
A equipe visitante parece ter se dado conta de que poderia arriscar mais e passou a frequentar mais o campo adversário. No entanto, quando o Botafogo já começava a irritar sua pequena torcida presente ao estádio (apenas 4.452 presentes - 2.824 pagantes - para uma renda de R$ 43.220,00), veio o gol. Andrezinho tentou servir Márcio Azevedo, que penetrava na área pela esquerda. Sergio Gomes cortou, mas acabou dando um passe açucarado para Loco Abreu só empurrar ao gol.
O jogo ficou mais aberto. Jorge Luiz teve uma boa chance para o Friburguense e Antônio Carlos respondeu com uma cabeçada perigosa. Dois minutos depois, Elkeson deu um passe perfeito para Fellype Gabriel. Livre diante de Marcos, o meia ajeitou o corpo para tocar com estilo e marcar, mas jogou a bola longe. Aos 45, Elkeson disparou uma bomba de fora da área e o goleiro do time serrano fez grande defesa.
Herrera entra no lugar de Loco e faz dois gols
Em desvantagem e àquela altura com remotas chances de classificação para a semifinal da Taça Rio, o Friburguense voltou para a etapa final com o time mais avançado. Já o Botafogo retornou com o mesmo ritmo lento do início do jogo. Elkeson era o melhor em campo e o que mais procurava a bola em busca do gol, que quase veio aos 12, quando recebeu livre na área de Andrezinho e chutou a bola na trave esquerda de Marcos. No rebote, Loco Abreu isolou a bola. Logo em seguida, o uruguaio saiu para a entrada de Herrera, que seria importantíssimo para o time.
A atuação alvinegra na etapa final não era das mais animadoras, mas o time da Serra tinha imensa dificuldade para criar boas chances de gol. Com isso, a partida ficou modorrenta, principalmente por parte da equipe da casa, que chamava o adversário para o seu campo. Mesmo com suas limitações, o Friburguense criou duas boas oportunidades seguidas: aos 24, com Romulo chutando de dentro da área e obrigando Jefferson a tirar com a ponta dos dedos para escanteio; e logo depois com cabeçada de Sergio Gomes por cima, depois de belíssima jogada de Flavinho pela esquerda.
Herrera gol Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Herrera, abraçado a Fellype Gabriel, comemora um de seus gols (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
O pouco interesse do time fez a torcida alvinegra se irritar, em especial com o lateral-direito Lucas, que, vaiado, acabou sendo substituído aos 30 pelo xará Zen. Apesar disso, num raro momento de velocidade, o Botafogo fez o segundo. Fellype Gabriel recebeu na direita, em posição de impedimento, avançou à linha de fundo e cruzou bem para Herrera completar para marcar.
O gol animou o Alvinegro, que quase fez o terceiro, em cabeçada de Antônio Carlos. Animou tanto que o zagueiro relaxou numa saída de bola errada. Douglas se aproveitou para diminuir, contando com a sorte, já que a bola tocou em Fábio Ferreira e enganou Jefferson. Quando todos pensavam que o Botafogo passaria sufoco nos minutos finais, Herrera aproveitou com perfeição uma boa jogada de Lucas Zen pela direita para fazer o seu segundo e o terceiro do time, acabando com as esperanças do Friburguense, que ainda teve chances, mas esbarrou na falta de categoria.
Atlético-MG ensaia revanche de goleada, mas empata com Cruzeiro
Gols de Danilinho e André dão a impressão de resultado tranquilo, mas Anselmo Ramon, duas vezes no segundo tempo, garante a igualdade: 2 a 2
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Se não foi um jogo tecnicamente excepcional, o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro empolgou, cheio de alternativas e indefinido até o fim. Pressionado pela torcida, a única nas arquibancadas, o Galo começou a partida com muita força, lutando por todas as bolas. O Cruzeiro, perdido em campo, não conseguiu resistir e levou dois gols no primeiro tempo, de Danilinho e André. O Cruzeiro, no segundo tempo, mais bem postado, marcou dois com Anselmo Ramon, e garantiu o empate por 2 a 2. O público de 17.724 pagantes saiu do estádio inconformado. O que parecia ser uma grande vitória alvinegra, até uma revanche da goleada por 6 a 1 sofrida na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, acabou se transformando em um resultado até certo ponto decepcionante.
O clima era quente desde antes do apito inicial. Ainda no aquecimento das equipes, no gramado da Arena do Jacaré, a torcida do Atlético-MG pegou no pé de Roger. O meia do Cruzeiro não deixou por menos e, na volta aos vestiários, fez o número seis com as mãos, em uma clara referência à goleada de 6 a 1 no último confronto.
roger Atlético-MG provoca cruzeiro (Foto: Douglas Patrício / Portal 5 Estrelas)Roger provoca a torcida do Atlético-MG (Foto: Douglas Patrício / Portal 5 Estrelas)
Com o resultado, o Galo chegou aos 28 pontos e se manteve no primeiro lugar na classificação. Se não tem mais 100% de aproveitamento no ano, ao menos se manteve invicto. O Cruzeiro, segundo colocado, com 25 pontos, ainda pode alcançar o maior rival. Se continuar como está, o Atlético-MG terá a vantagem de jogar, nas semifinais e na final, por dois empates ou por uma vitória e uma derrota pelo mesmo número de gols.
Na próxima rodada, o Atlético-MG enfrentará o Tupi, no domingo, às 16h (de Brasília), no Municipal, em Juiz de Fora. Nos mesmos dia e horário, o Cruzeiro receberá o Uberaba, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Antes, porém, as duas equipes terão compromissos pela Copa do Brasil. O Galo pega o Penarol, em Manaus, na quarta-feira, às 20h30m. Já o Cruzeiro encara o Chapecoense, em Santa Catarina, às 21h50m.
Superioridade alvinegra no primeiro tempo
O jogo começou violento. Mal a bola saiu, e Fillipe Soutto deu uma entrada dura em Montillo. O argentino reclamou bastante, mas o árbitro nada marcou. Na sequência, Wellington Paulista pediu pênalti, mas o jogo seguiu. O atacante celeste bateu boca com o goleiro Renan Ribeiro, e ambos receberam o cartão amarelo.
Os jogadores do Galo brigavam por todas as bolas e dificultavam muito o trabalho do Cruzeiro. A marcação era implacável, e a presença no ataque, constante. Fábio era muito acionado, principalmente em jogadas de André e Guilherme. Este último teve chance clara, ao entrar sozinho na área e bater para o gol. Porém, o volante Marcelo Oliveira se recuperou de forma brilhante e evitou o primeiro do Atlético-MG.
A pressão alvinegra era muito grande, e o gol ficava maduro. Aos 23 minutos, pela esquerda, Richarlyson fez um cruzamento perfeito, e Danilinho, de cabeça, sozinho na área, tocou para o fundo das redes, sem chances para Fábio.
Em vantagem no placar, o Atlético-MG continuou bem melhor. O Cruzeiro não conseguia sequer chegar à área adversária. O Galo tocava a bola com facilidade, esperando o melhor momento para finalizar. E, aos 38 minutos, o time alvinegro chegou ao segundo gol. Guilherme, na entrada da área, tocou para Danilinho, por cima da zaga. O jogador tocou na saída de Fábio, e, antes de a bola entrar, André tocou para as redes. Foi o oitavo dele no Campeonato Mineiro, garantindo a artilharia da competição, ao lado de Wellington Paulista, da Raposa.
Reação cruzeirense na etapa final
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com duas alterações: Roger e Everton entraram nas vagas de Wallyson e Marcos. Mas o panorama não mudou muito, e o Atlético-MG continuou com mais volume de jogo. Porém, quem teve a chance mais clara de marcar foi a Raposa. Montillo entrou na área, driblou o goleiro Renan Ribeiro e tocou para Anselmo Ramon. O atacante, livre, sem goleiro, debaixo das traves, concluiu por cima. Uma jogada digna de Inacreditável Futebol Clube.
Mas, aos 14 minutos, Anselmo Ramon descontou. Diego Renan cruzou da direita, a bola desviou em Pierre e enganou Renan Ribeiro, que saiu mal do gol. Anselmo Ramon, oportunista, de cabeça, só teve o trabalho de tocar para o fundo do gol. O Cruzeiro estava de volta ao jogo.
Com Roger, Montillo e, principalmente, Everton, que entrou muito bem na partida, a Raposa chegava com muita força. Wellington Paulista recebeu ótimo passe de Roger e, da esquerda, bateu firme. A bola passou raspando a trave de Renan Ribeiro, que ficou só na torcida.
Cuca percebeu o crescimento do adversário e também fez duas alterações. Neto Berola e Mancini entraram nas vagas de Bernard e André. A intenção era explorar os contra-ataques, principalmente com a velocidade de Neto Berola.
E o Galo, aos 31 minutos, por muito pouco não chegou ao terceiro gol. Fillipe Soutto, da intermediária, soltou a bomba. A bola, caprichosamente, explodiu na trave esquerda de Fábio, que saltou, mas não conseguiu alcançar. Na sobra, Guilherme, livre, chutou para a linha de fundo.
Mas foi o Cruzeiro que empatou. Aos 34 minutos, Montillo encontrou Anselmo Ramon. O atacante dominou, entrou na área e bateu forte, cruzado e rasteiro, sem chances para Renan Ribeiro: 2 a 2. A torcida atleticana, revoltada, começou a vaiar a equipe e arremessou até uma garrafa grande de plástico no gramado. O árbitro recolheu a garrafa e entregou ao quarto árbitro.
Para piorar a situação do Atlético-MG, aos 37 minutos, Pierre fez uma falta dura em Montillo e, como já tinha um cartão amarelo, foi expulso de campo. Com um a menos, o Galo não teve forças para buscar a vitória e acabou se contentando com o empate.
Willian salva a Páscoa: Timão vence e segue na cola do líder São Paulo
De cabeça, atacante supera forte marcação do time de Jundiaí e assegura a sétima vitória por 1 a 0 do time na competição. Saldo impede a ponta
 
 
A CRÔNICA
por Leandro Canônico
Willian salvou o domingo de Páscoa do Corinthians. Em um jogo truncado, sem muitas oportunidades e com um Timão sem criatividade, o gol de cabeça marcado pelo atacante assegurou a vitória por 1 a 0 sobre o Paulista, no estádio do Pacaembu, pela 18ª rodada do campeonato estadual. Com a sétima vitória pelo placar mínimo na competição, o Corinthians mantém a segunda colocação na tabela e segue na cola do líder São Paulo, mas perde para o time do Morumbi justamente no saldo de gols (22 a 16). Ambos têm 43 pontos, e a decisão da primeira posição fica para a última rodada.
Jogo sonolento
A intenção do técnico Tite, ao escalar boa parte da equipe titular na partida contra o Paulista era dar ritmo para o duelo de quarta-feira, diante do Nacional, no Paraguai, pela Libertadores da América. Mas o Timão não foi bem no primeiro tempo. Criou pouco e errou muito.

Com forte marcação, a equipe de Jundiaí conseguiu brecar a tentativa de pressão do Corinthians nos minutos iniciais. Tanto que o Timão foi levar perigo ao gol de Vagner apenas aos 13 minutos, quando o lateral-esquerdo Fábio Santos arriscou em cobrança de falta, mandando a bola rente à trave esquerda do goleiro.
Aos poucos, sem mostrar criatividade e sem conseguir furar o bloqueio do Paulista, o Corinthians se desligou do jogo. Errou passes e não criou nenhum perigo. Apenas tentou chegar à área com algumas triangulações e bolas cruzadas. Todas as tentativas, no entanto, foram em vão: para fora ou pararam na defesa.

Sentindo que o Timão não estava em dos seus melhores dias, o Paulista se arriscou mais e por pouco não abriu o marcador aos 23 minutos. Rychely tabelou com Wellington na direita da grande área e bateu cruzado. Bem colocado, o goleiro Julio Cesar evitou o gol da equipe de Jundiaí.

Nos dez minutos finais, o Alvinegro ainda tentou uma pressão maior, mas novamente parou na boa marcação. Na saída de campo, os jogadores concordaram que faltou mais criatividade. Ficou, então, a promessa de melhora para o segundo tempo.
Danilo Corinthians x Paulista (Foto: Levi Bianco / Ag. Estado)Danilo em ação no Pacaembu contra a forte marcação do Paulista (Foto: Levi Bianco / Ag. Estado)
Willian salva na reta final
Tite apostou nos mesmos jogadores. Sem alterações, o Corinthians iniciou a etapa final na correria, partindo fortemente para o ataque. Também sem mudança, o Paulista manteve a postura defensiva.

Wllian foi o primeiro a arriscar, de falta. Pouco tempo depois, Fábio Santos também teve oportunidade em bola parada, mas desperdiçou ao bater forte demais e mandar por cima do gol. Percebendo que continuaria com problemas ofensivos, Tite resolveu mudar aos 15. Sacou Ramírez e colocou mais um atacante: Gilsinho.

O atacante por muito pouco não resolveu para o Corinthians aos 22. Após boa jogada de Paulinho, o goleiro Vagner deu rebote, e Gilsinho bateu em cima de Diego Ivo. O camisa 1 do Paulista, aliás, era fundamental para o time do interior. Com boas defesas, dificultou ainda mais para os donos da casa.

William gol Corinthians (Foto: Ale Cabral / Futura Press)Willian, autor do gol da vitória, comemora com Paulinho (Foto: Ale Cabral / Futura Press)
Com o passar do tempo, o Paulista cansou e a marcação já não era tão forte. O Corinthians, porém, não criava muito. Tentava algumas jogadas em profundidade e na maioria das vezes apostava nas bolas cruzadas. Em uma última tentativa de criatividade, Tite sacou Danilo e colocou Douglas, aos 33.

Deu certo. Um minuto depois, Douglas abriu na esquerda para Fábio Santos. O lateral cruzou e Willian, oportunista, desviou de cabeça. Foi o segundo jogo seguido em que o camisa 7 balança as redes depois de um período em que esteve em baixa.
Com as vitórias no fim de semana, Timão e São Paulo não podem mais ser alcançados e na última rodada, domingo que vem, decidirão quem terminará a fase classificatória em primeiro e segundo. O São Paulo enfrentará o Linense, em Lins, e o Corinthians pegará a Ponte Preta, em Campinas.

Com 19 pontos, sem chance de classificação e sem risco de rebaixamento, o Paulista fecha a primeira fase em seu estádio, também no domingo, diante do Bragantino.

Valencia consegue empate com o Real Madrid, e Barcelona agradece

Merengues seguem na liderança, mas diferença para o Barça cai para quatro pontos

Por GLOBOESPORTE.COM Madri
O Valencia virou o segundo time dos torcedores do Barcelona. O título do Campeonato Espanhol parecia estar garantido para o Real Madrid, mas com o término da 32ª rodada, o panorama mudou, e os catalães voltaram a sonhar com o tetracampeonato. Neste domingo, o Alvinegro conseguiu segurar o ataque merengue e, com o empate em 0 a 0, a diferença entre o líder Real e o Barça, que goleou o Zaragoza por 4 a 1 no sábado, caiu para quatro pontos. Os arquirrivais ainda se enfrentarão no dia 22 de abril no Camp Nou.
Cristiano Ronaldo, Alberto Tino Costa e Dani Parejo (Foto: EFE)Cristiano Ronaldo não esteve em uma de suas melhores noites  (Foto: EFE)
De avassaladores a inofensivos
Enquanto o Real Madrid jogava com seus três principais atacantes - Cristiano Ronaldo, Benzema e Higuaín, o Valencia não contava com sua dupla principal. Soldado, com problemas físicos, foi poupado e deixado no banco para uma emergência, e Jonas não foi titular por decisão tática do técnico Unai Emery. Com tanta gente na frente, o Real teve um começo avassalador.
Cristiano Ronaldo, aos três minutos, iniciou o bombardeio. O chute não saiu tão forte, mas o goleiro Guaita não viu nada e teve a sorte de ver a bola ir para fora. Aos sete, CR7 acertou a trave em uma tentativa de fora da área. O português foi o jogador que mais teve chances de marcar, mas a pontaria não estava calibrada.
Na jogada mais bonita do primeiro tempo, Özil deu ótimo passe para Benzema, que de calcanhar deixou CR7 de frente para o gol. O gajo, no entanto, mais uma vez não foi feliz. O valencia demorou a reagir. Aos 24 minutos, no entanto, teve uma chance espetacular para surpreender os merengues e abrir o placar. Após rebote de escanteio, Tino Costa acertou uma bomba, Casillas deu rebote, mas Piatti tocou de cabeça para fora.
O lance foi suficiente para que os alvinegros sentissem que o bicho papão de Madri não mordia. Assim, aos 32, Feghouli fez a festa com a defesa merengue, deixou dois marcadores na saudade e tocou para Piatti chutar. Casillas fez ótima defesa. Özil, que é ótimo nas assistências, mas parece ter medo de chutar, recebeu boa bola levantada de Cristiano Ronaldo aos 35 minutos, mas demorou e acabou chutando quase para a linha lateral.
Ozil Real Madrid (Foto: EFE)Özil arriscou poucos chutes, mas deu boas assistências para os atacantes (Foto: EFE)
Ave Di María
Na segunda etapa, o técnico José Mourinho percebeu que o ataque criava chances, mas não as concluía coerretamente. Sobrou para Higuaín, que foi substituído pelo compatriota Di María. O meia mudou a cara do time e mostrou serviço já no segundo minuto, deixando CR7 em ótimas condições. O português chutou cruzado, e o goleiro se esticou para jogar a bola para a linha de fundo.
A resposta do Valencia foi dada aos nove minutos por Tino Costa, que acertou um torpedo na trave de Casillas, que estava adiantado. Na jogada seguinte, um lance polêmico. Benzema recebeu lançamento, foi puxado, e Guaita espalmou a bola para a frente. Ronaldo pegou a sobra, a bola bateu na defesa e parou na trave.
Di María estava do jeito que Mourinho gosta e voltou a criar uma chance única para os merengues, deixando Cristiano Ronaldo de frente para o goleiro. Marcado por Victor Ruíz, o atacante deve ter confundido-se com a sombra do marcador e tropeçou sozinho pedindo pênalti desesperadamente. Aos 31 minutos, o argentino merecia ter coroado sua ótima participação na partida. O meia chutou com muito efeito, a bola fez curva, mas Guaita defendeu no reflexo.
No fim do jogo, um festival de bolas defendidas por Guaita, que fez cerca de dez defesas fundamentais para a manutenção do empate. O goleiro merece estátua no Camp Nou.
Time misto do Inter goleia o São Luiz e encaminha melhor campanha
João Paulo, Dátolo e Gilberto marcaram os gols do jogo
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O desentrosamento de um time misto não foi problema para o Inter na tarde deste domingo, contra o São Luiz, no Estádio 19 de Outubro. Com apenas quatro titulares em campo, a equipe do técnico Dorival Júnior goleou os donos da casa por 3 a 0 e garantiu a primeira colocação da fase de classificação da Taça Farroupilha. João Paulo, de falta, Dátolo e Gilberto marcaram os gols do Inter. Assista aos melhores momentos do jogo ao lado.

Com o resultado, o Inter pega o Cerâmica pelas quartas de final em partida única, que será realizada no Beira-Rio. A direção do clube deve pedir para a Federação Gaúcha de Futebol para jogar no sábado, pois viaja no início da semana ao Peru, onde enfrenta o Juan Aurich pela Libertadores na quarta-feira.

Primeiro tempo resolve jogo
O jogo começou com o São Luiz mostrando apetite. Logo aos dois minutos de jogo, o centroavante Sharlei roubou a bola e saiu livre na cara do goleiro Muriel. Porém, o jogador se desequilibrou e acabou batendo para fora.

Com muitos jogadores reseras, o Inter tinha claras dificuldades para entrosar a equipe. Os donos da casa se aproveitavam e, na base da disposição, tentavam equilibrar as ações. Aos 15 minutos, após cruzamento da direita, Douglas tocou de cabeça e a bola passou raspando a trave do goleiro Muriel. O troco do Inter veio dois minutos depois. Jajá cruzou da esquerda e Gilberto, com liberdade, tocou de chapa para fora.

Dátolo, meia do Inter comemora  gol contra o São Luiz (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)Dátolo, meia do Inter comemora o gol contra o São Luiz (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
O gol saiu logo depois, em cobrança de falta. O lateral Nei mostrou que está com o pé calibrado, depois do gol contra o Santos, e bateu com perfeição. A bola beijou o poste e não entrou. Aos poucos, a maior qualidade do Inter passava a se fazer mais presente na partida e o gol inaugural já não seria mais uma surpresa. E ele veio aos 29 minutos.

Depois de falta sofrida por Sandro Silva ao lado da área, João Paulo bateu, a bola desviou na barreira e morreu no fundo do gol de Vanderlei. A partir daí, só deu Inter. E o placar poderia ter sido aumentado seis minutos depois do gol de João Paulo. Jajá invadiu a área, tropeçou nas próprias pernas e o juiz Jean Pierre Lima marcou pênalti. Dátolo foi para a cobrança e mandou rasteiro para fora, longe da trave.

Mas o argentino se redimiu ainda no primeiro tempo, aos 45 minutos. Ele recebeu um ótimo passe de Jajá, invadiu a área e, de pé esquerdo, bateu rasteiro, cruzado, sem chances para o goleiro do São Luiz.

Mesmo com o balde de água fria que recebeu no final do primeiro tempo, com o gol de Dátolo, o São Luiz seguiu em busca do gol. Nos primeiros minitos da etapa complementar, a equipe do interior criou algumas chances e poderia ter diminuído o placar. Aos sete minutos surgiu a chance mais viva. Após falha de Rodrigo Moledo, Sharlei invadiu a área livre e, na cara do goleiro, bateu para milagre de Muriel.

O São Luiz que parecia com chances de incomodar o Inter começou a perder o fôlego. Com o resultado na mão, o técnico Dorival Júnior tratou de retirar do campo os raros titulares da equipe. Primeiro saiu Kleber para a entrada de Fabrício. Depois, Moledo deixou o jogo para o ingresso de Bolatti e, por fim, Dátolo deu lugar a Marcos Aurélio.

O São Luiz que parecia com chances de incomodar o Inter começou a perder o fôlego. Com o resultado na mão, o técnico Dorival Júnior tratou de retirar do campo os raros titulares da equipe. Primeiro saiu Kleber para a entrada de Fabrício. Depois, Moledo deixou o jogo para o ingresso de Bolatti e, por fim, Dátolo deu lugar a Marcos Aurélio.

As mudanças injetaram um pouco de ânimo na equipe, que parecia conformada com os 2 a 0. O resultado da maior movimentação veio aos 32 minutos, com mais um gol. Nei fez um ótimo cruzamento da direita e, de cabeça, Gilberto mandou para o gol. E se com um 2 a 0 o jogo já estava resolvido, com mais um foi só administrar o resultado e voltar a cabeça para a Libertadores, que na quarta-feira reserva o Juan Aurich ao Inter.

Confusão e emoção: em jogo de viradas, Bahia vence o Bahia de Feira

Rafael Donato viveu um dia de artilheiro e marcou dois gols para o Tricolor

Por Thiago Pereira Salvador
Não faltou emoção no duelo entre Bahia e Bahia de Feira, disputado na tarde deste domingo, no Estádio de Pituaçu, pela 21ª rodada do Campeonato Baiano 2012. Em uma partida marcada por viradas de placar e várias confusões, o Tricolor venceu o Tremendão pelo placar de 3 a 2, com direito a gol no último minuto do segundo tempo.

Com o resultado, o Bahia garantiu a vantagem em toda a fase final do Baianão. Agora, o Tricolor tem o direito a jogar pelo saldo de gols e fazer o último jogo de uma eventual final em casa, independente do adversário.

Do outro lado, o Bahia de Feira ainda depende de si mesmo para se classificar. Com 32 pontos, a equipe treinada por Arnaldo Lira permaneceu na 4ª colocação, apesar da derrota. Um triunfo contra o Juazeiro, na última rodada, carimba a vaga do Tremendão para as semifinais.

No próximo domingo, o Bahia encara o Atlético-BA fora de casa. Para a partida, Falcão não poderá contar o goleiro Marcelo Lomba e o zagueiro Titi, que levaram o terceiro cartão amarelo contra o Bahia de Feira e terão que cumprir suspensão automática.

Questão de detalhes

Quem esperava um Bahia avassalador desde os primeiros minutos se decepcionou. Apesar de precisar do triunfo para garantir a vantagem em uma eventual final, o Tricolor não começou bem o duelo contra o xará de Feira de Santana e apenas assistiu o time do técnico Arnaldo Lira atacar.

Logo aos cinco minutos, Carlinhos acertou um belo chute da entrada da área e obrigou o goleiro Marcelo Lomba a fazer grande defesa. O susto acordou o Tricolor, que passou a pressionar o Bahia de Feira. Em uma das jogadas de ataque da equipe treinada por Falcão, Lulinha aproveitou falha da defesa do Tremendão e tentou encobrir o goleiro Filipe. A bola passou ao lado do gol, para desespero da torcida presente no Estádio de Pituaçu.
magno BAHIA X FLUMINENSE (Foto: Felipe Oliveira/AGIF/AE)Com o resultado, Bahia garantiu a vantagem em uma eventual final (Foto: Felipe Oliveira/AGIF/AE)
Melhor em campo, o Bahia não demorou para sair na frente do marcador. Com 15 minutos de partida, o goleiro Filipe falhou ao tentar desviar um cruzamento de Coelho e entregou a bola nos pés do zagueiro Rafael Donato, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes.

Sem poder de reação, o Bahia de Feira abdicou do ataque e praticamente assistiu o Bahia jogar por quase todo o primeiro tempo. O único lampejo que o Tremendão teve resultou no gol de empate. Em jogada ensaiada, a bola parou nos pés de Paulo Paraíba, que dentro da área tricolor conseguiu dominar, girar e chutar sem chance de defesa para Marcelo Lomba.

Confusão e viradasO segundo tempo da partida começou bastante movimentado. Estreando como titular, o lateral boliviano Gutierrez fez fila na defesa do Bahia de Feira e chutou forte para bela defesa de Filipe logo aos quatro minutos.
Sem conseguir a movimentação ofensiva desejada, Arnaldo Lira resolveu mudar o Bahia de Feira e chamou Lecão para substituir João Neto. O artilheiro do time, no entanto, se negou a sair de campo. Pouco tempo depois, o destino aprontou uma das suas em Pituaçu. Após cobrança de falta, o mesmo João Neto que não quis deixar o gramado se antecipou à marcação, chutou de primeira e marcou um golaço, decretando a virada do Tremendão.
Com a desvantagem no placar, o técnico Paulo Roberto Falcão resolveu partir para o tudo ou nada. Rafael e Morais entraram na equipe com a missão de aumentar o poder de fogo tricolor. Mesmo sem organização, o Bahia conseguiu chegar ao empate aos 45 minutos. Gabriel cobrou falta e Lulinha subiu mais que todo mundo para cabecear para o gol.

No último minuto do jogo, em nova cobrança de falta, o Bahia conseguiu virar a partida e fechar o placar. Gabriel colocou a bola na cabeça do zagueiro Rafael Donato, que em dia de artilheiro, marcou o terceiro gol tricolor na partida.

Após o apito final, Rogério, do Bahia de Feira, foi expulso por reclamação. Houve ainda confusão entre jogadores das duas equipes. No entanto, a turma do 'deixa disso' prevaleceu e a discussão não se transformou em briga.

Werdum diz que aconselharia Wand a parar em caso de vitória sobre Belfort

Peso-pesado gaúcho acredita que triunfo em revanche seria desfecho ideal para carreira do amigo, mas Wanderlei Silva quer despedida no Japão

Por Klima Pessanha Rio de Janeiro
Werdum comemora vitória sobre Roy Nelson no UFC 143, em Las Vegas (Foto: Getty Images)Fabrício Werdum vai lutar no mesmo evento
que terá Wanderlei x Belfort (Foto: Getty Images)
Aos 35 anos, Wanderlei Silva já deu sinais de que está próximo da aposentadoria. Em entrevista ao site "MMA Fighting" nesta semana, o curitibano disse que é preciso aprender a respeitar o corpo. Wand também declarou que deseja realizar sua última luta no Japão, onde brilhou como campeão dos meio-pesados do Pride. Mas se depender do amigo Fabrício Werdum, essa despedida pode acontecer no Rio de Janeiro, no UFC 147, dia 23 de junho.
Em 1998, Wanderlei Silva foi nocauteado por Vitor Belfort em 44 segundos durante a primeira edição do UFC no Brasil. Mais de 13 anos depois, Werdum acredita que um triunfo sobre o antigo rival pode ser o desfecho ideal para a carreira de Wand.
- Acho que se o Wanderlei ganhar, aconselharia a parar. Ele teve uma carreira muito especial. Tem essa revanche com o Vitor Belfort, e ele está com muita vontade de ganhar. Todo mundo gosta dele, é um cara divertido. Seria fechar com chave de ouro - disse Fabrício Werdum, por telefone, ao SPORTV.COM.
Wanderlei Silva e Vitor Belfort vão fazer o co-evento principal do UFC 147, no mesmo dia em que Anderson Silva e Chael Sonnen vão duelar pelo cinturão dos médios. As finais do TUF Brasil, em que Wand e Belfort são técnicos, também serão disputadas no Engenhão.
UFC 147
23 de junho, no Engenhão, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL*
Anderson Silva x Chael Sonnen
Vitor Belfort x Wanderlei Silva
Finalista 1 do peso-pena do TUF Brasil x finalista 2 do peso-pena do TUF Brasil
Finalista 1 do peso-médio do TUF Brasil x finalista 2 do peso-médio do TUF Brasil
Fabrício Werdum x Mike Russow
CARD PRELIMINAR*
Miltinho Vieira x Felipe Sertanejo
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente

Sob pressão, R10 desabafa: 'Espero sair daqui pela porta da frente'

Após marcar o gol da vitória sobre o Vasco, meia festeja com os torcedores e diz na saída de campo: 'Para jogar aqui, tem que ter esse algo mais'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Assim que deslocou Fernando Prass na cobrança do pênalti que deu ao Flamengo a vitória sobre o Vasco por 2 a 1, na noite deste sábado, pela sétima rodada da Taça Rio, Ronaldinho correu para festejar com a torcida . Na comemoração, após estufar a rede, o meia se dirigiu aos flamenguistas no Engenhão para reverenciá-los e fez o gesto característico da mesma organizada que protestou com ovos e pipocas, na sexta-feira, no Ninho do Urubu. Na saída de campo, R10 se mostrou feliz e falou, sem precisar quando, em sair do clube sem traumas.
- Desde o primeiro dia que cheguei, sempre venho sendo tratado com muito amor, muito carinho, e é assim que eu espero sair daqui, pela porta da frente, fazendo aquilo que eu sei e ajudando meus companheiros. Ganhar clássico é muito bom - declarou ao canal PFC o meia, que tem contrato até o fim de 2014.
Apesar da boa campanha na Taça Rio, com seis vitórias em sete jogos e classificação assegurada antecipadamente para as semifinais, o time vem em decadência na Libertadores, com três resultados negativos: um empate em casa e duas derrotas. Para Ronaldinho, cuja permanência no já estaria em pauta no Flamengo por conta de suas atuações apagadas e do alto salário, o triunfo no clássico serve para começar a sair do momento ruim.
Ronaldinho gol Flamengo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)R10 cumprimenta torcida após decidir o clássico no Engenhão (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
- Saudade de ganhar. A gente ficou alguns jogos sem ganhar, mas é assim. Jogar no Flamengo sempre é uma pressão muito grande, e para jogar aqui tem que ter esse algo mais. O grupo está de parabéns, saindo desse momento difícil.
Pelo Carioca, o Fla volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Americano, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Mas antes, o time tenta sua última chance de avançar na Libertadores. Também no Engenhão, o Rubro-Negro precisa vencer o Lanús-ARG e torcer por um empate entre Olimpia-PAR e Emelec-EQU.

Diego Souza: 'A gente não tem pênalti contra o Flamengo. É uma vergonha'

Vascaínos reclamam muito do árbitro Wagner dos Santos Rosa após derrota para o Flamengo. 'Para nós não marcam', complementa Fágner

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Assim que o árbitro Wagner dos Santos Rosa apitou o fim do clássico contra o Flamengo, os jogadores do Vasco partiram revoltados para cima do juiz, que foi protegido por policiais. As reclamações foram muitas, principalmente em relação a dois lances protagonizados por Thiago Feltri: um suposto pênalti cometido por Welinton e uma falta de Marcos González não marcada na entrada da área, em que o lateral cruz-maltino levou cartão amarelo por simulação (veja os dois lances no vídeo ao lado). Entre os mais exaltados estavam Diego Souza, Fagner e Fellipe Bastos.
- A gente não tem pênalti contra o Flamengo. Já reclamamos da arbitragem, continua a mesma m... É uma vergonha o que está acontecendo. Quarto jogo contra o Flamengo que não temos um pênalti marcado - esbravejou Diego Souza.
Fagner fez coro ao companheiro:
- Toda vez é contra o Vasco. Caem dentro na área, dão para eles, mas para nós não marcam.
Confusão Vasco x Flamengo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Jogadores do Vasco partem para cima do juiz, protegido por policial  (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Já Fellipe Bastos direcionou seu protesto para outro fator:
- Só deu amarelo para o Vasco. Isso vai minando o time aos pouquinhos, faltas perto da área, condicionando nossos jogadores. Ele complicou a gente. Quero parabenizar a equipe do Flamengo pela vitória, mas o juiz ajudou bastante.

Clássico deixa saldo de 120 cadeiras quebradas no Engenhão

Torcida do Vasco arremessa assentos na direção do gramado após a
derrota por 2 a 1 para o Flamengo. Prejuízo é de quase R$ 11 mil

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
A revolta não foi apenas no campo. Enquanto os jogadores do Vasco se irritaram e partiram para cima do árbitro Wagner do Santos Rosa após a derrota por 2 a 1 (veja os lances no vídeo ao lado) para o Flamengo, neste sábado, a torcida promovia um verdadeiro quebra-quebra, arremessando cadeiras do Engenhão na direção do gramado. O lado rubro-negro não ficou muito atrás. No total, foram 120 assentos danificados no clássico.
De acordo com análise feita por funcionários do Engenhão, foram 70 cadeiras destruídas na ala Norte, onde ficaram as torcidas organizadas do Vasco, e 50 na ala Sul, onde estiveram as torcidas organizadas do Flamengo. A diferença foi que os vascaínos arremessaram os assentos na direção do campo, o que ficou visível após o clássico.
Cada cadeira está orçada em R$ 90, o que significa um prejuízo de R$ 10.800. No entanto, o Botafogo conta com um seguro que cobre os danos ocorridos em jogos no estádio.
Cadeiras quebradas Engenhão (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Cadeiras quebradas foram jogadas ao campo pelos vascaínos (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)