terça-feira, 24 de março de 2015

Gallo esboça seleção olímpica com Lucas Silva, Felipe Anderson e Rafinha

No primeiro treino em Vitória, técnico deixa Fred e Talisca na equipe reserva e dá ênfase a trabalho tático. No fim, conversa separadamente com seis jogadores

Por Vitória, Espírito Santo
O primeiro treino da seleção brasileira olímpica em Vitória foi de trabalho tático. O técnico Alexandre Gallo comandou duas atividades em campo reduzido, enfatizando a troca de passes entre os jogadores. O time titular esboçado para os amistosos contra o sub-23 do Paraguai e do México contou com os badalados Lucas Silva, Felipe Anderson e Rafinha. A equipe encara os paraguaios na sexta-feira, no Espírito Santo, e pega os mexicanos no domingo, no Maranhão, em preparação para os Jogos de 2016. 

A surpresa foi a presença de Talisca e Fred na equipe reserva. Ambos chegaram a ser chamados por Dunga para a Seleção principal no fim de 2014 e já haviam figurado como titulares com Gallo nos amistosos da equipe olímpica no ano passado. Alisson, do Cruzeiro, e Rodrigo Caio, do São Paulo, que voltou a jogar recentemente após sete meses lesionado, foram os escolhidos pelo treinador. 
treino da seleção olímpica (Foto: Felipe Schmidt)Treino da seleção olímpica no estádio Kléber Andrade (Foto: Felipe Schmidt)


Desta forma, a equipe titular foi formada por Jacsson, Cláudio Winck, Rodrigo Ely, Wallace e Wendell; Rodrigo Caio, Lucas Silva, Felipe Anderson, Rafinha e Alisson; Vitinho. O time foi reserva teve David, Maicon, Bressan, Gustavo Henrique e Douglas Santos; Filipe Augusto, Fred, Marcos Guilherme, Talisca e Erik; Vinícius Araújo. 

Em um dos treinos, Gallo optou por uma atividade diferente. Posiciou dois gols no meio de campo, virados, e fez com que as equipes girassem entre eles. Desta forma, atacantes enfrentavam zagueiros dos dois lados. 
No fim, o treinador chamou seis jogadores para conversar separadamente num canto do gramado. Jacsson, Douglas Santos, Vinícius Araújo, Rodrigo Caio, Rafinha e Wallace foram os escolhidos. 
treino da seleção olímpica (Foto: Felipe Schmidt)Jogadores realizam atividade no gramado (Foto: Felipe Schmidt)

Nada de prancha: ‘skate do futuro’ tem dois aros independentes; entenda

O "Post Modern Skateboard" é um aparelho que pode mudar a forma de andar de skate. Ele não possui semelhança com o que estamos acostumados e, em vez da shape, conta com dois aros independentes. Para a mágica acontecer ele conta com sensores que detectam movimentos e ajudam na "brincadeira". 
Skate pós-moderno possui dois aros independentes no lugar da tradicional prancha  (Foto: Divulgação/Hammacher Schlemmer)Skate pós-moderno possui dois aros independentes no lugar da tradicional prancha (Foto: Divulgação/Hammacher Schlemmer)
O dispositivo, desenvolvido pela Hammacher Schlemmer, permite que você se movimente sem que seja necessário dar o impulso com os pés como na versão tradicional. O modelo se assemelha a uma waveboard, veículo de tração humana de duas rodas com uma placa que gira no centro. O movimento necessário para movê-lo é o mesmo que acontece com a versão do “skate do futuro”.
Mais parecidos com patins em forma de anel, o dispositivo se movimenta para a frente ao inclinar-se lado a lado, ou seja, você precisa “andar de lado” para funcionar, um processo que exige um pouco de prática. Se você preferir, também está disponível uma haste para conectar os aros e facilitar a aprendizagem, como acontecia com as rodinhas na hora de aprendermos a andar de bicicleta.
As rodas possuem 25,4 cm de diâmetro e, quando os aros estão separados, é possível executar movimentos de até 720º. O modelo custa U$ 99.95 (cerca de R$ 324,01), está disponível para entrega imediata e pode ser enviado para o Brasil, mediante pagamento de taxa calculada na hora da compra.
Confira um vídeo do dispositivo:


Há sete anos na Itália, Maicon diz que recusou Azzurra por chance no Brasil

Lateral-direito da seleção olímpica atua no Livorno e revela que foi chamado várias vezes pelos italianos, mas preferiu esperar: "Foi difícil, mas foi certa a decisão"

Por Vitória, Espírito Santo
Maicon Seleção Brasileira de base (Foto: Felipe Schmidt)Maicon ainda vê assédio a jogadores brasileiros por países europeus (Foto: Felipe Schmidt)
Há sete anos na Itália, Maicon nunca quis saber da chance de defender a Azzurra. Chances não faltaram para o lateral-direito do Livorno, ele garante. A espera deu certo: o jogador foi convocado pelo técnico Alexandre Gallo para a seleção brasileira olímpica que vai enfrentar Paraguai e México na sexta-feira e no domingo, respectivamente, na preparação para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Sinal de que a decisão do atleta foi a correta.
- Já fui chamado várias vezes para defender a Itália, mas meu objetivo sempre foi o de defender a seleção brasileira. Era meu sonho, como o de todos os meninos que sonham em jogar futebol. Então, nada mais justo que esperar por isso. Se optasse pela Itália, não me sentiria completamente em casa. Foi difícil, mas foi certa a decisão – contou o lateral.
Maicon é resultado do processo de mapeamento feito por Gallo na Europa, buscando atletas com idade olímpica e dupla nacionalidade que poderiam optar por outro país. Amigo do lateral, o zagueiro Rodrigo Ely, outro convocado, já teve passagem pela base italiana, mas também optou pelo Brasil. Do outro lado, a Azzurra não ficou muito feliz com a história.
- Foi um pouco complicado (risos). Mas acontece. Faz parte – completou Maicon.
Por outro lado, o atacante Eder, do Sampdoria, foi convocado por Antonio Conte para defender a Itália. O brasileiro fez toda sua carreira no país e é um exemplo de que, por mais que haja o esforço, sempre haverá baixas. Para Maicon, isso é fruto do assédio que os brasileiros ainda têm na Europa.
- Acontece, sim (o assédio). Mas, antes, acredito que era mais frequente este tipo de situação. Atualmente a tecnologia permite você acompanhar o jogador mesmo estando distante, tem as estatísticas também. Mas ainda existe esse assédio. O Eder é meu amigo, estava se destacando, não foi chamado pela Seleção, recebeu o convite e optou por defender a Itália. Espero que no futuro isso acabe, para que os jovens tenham a oportunidade de mostrar seu valor.
Maicon, Rodrigo Ely e Felipe Gedoz seleção Brasil sub21 (Foto: Felipe Schimidt)Maicon e Rodrigo Ely com a seleção olímpica em novembro de 2014: dupla atua na Itália (Foto: Divulgação)
Esta é a segunda oportunidade de Maicon na seleção olímpica. Antes, ele foi convocado para um torneio amistoso na China, em novembro do ano passado. Apesar da experiência europeia, acredita que a disputa por posição será equilibrada.
- A responsabilidade é igual para todos. Será difícil para todos. Todos os meninos daqui têm a mesma experiência e dificuldade que eu. Importante é quando entrar dentro de campo mostrar personalidade e fazer o melhor – completou.
A seleção olímpica do Brasil enfrenta o Paraguai sub-23 nesta sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio Kléber Andrade, em Vitória no Espírito Santo. Depois, encara o time olímpico do México no domingo, às 17h, em São Luís, no Maranhão. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real as duas partidas.

Em Rondônia, Cyborg surpreende ao falar de Ronda: "uma atleta completa"

Campeã mundial do Invicta FC ministrou um seminário em Porto Velho e em meio ao treino falou da campeã no Ultimate, nova categoria e defesa de cinturão pelo Invicta

Por Porto Velho
Cris Cyborg (Foto: Renato Pereira)Cris Cyborg, campeã do Invicta FC (Foto: Renato Pereira)



Foram apenas dois dias em Porto Velho, mas o período foi suficiente para que Cris Cyborg, atual campeã peso-pena do Invicta FC, passasse algumas técnicas aos novos lutadores rondonienses e, claro, criasse polêmica. Ao todo, 100 sortudos receberam as instruções da brasileira que deve, em breve, lutar contra a americana e campeã dos pesos-galos do UFC, Ronda Rousey. Mas nesse confronto, que ainda não tem data para acontecer, ela garante que quer bem mais que o cinturão da loira. 
- Não quero seu cinturão, quero sua alma - disse a lutadora em entrevista concedida recentemente. 
Mas, para chegar lá, Cris precisa enfrentar um desafio pessoal: baixar o peso de 65kg para 61kg e atingir o limite da categoria de Ronda. Fácil ela garante que não é, mas acredita também que nada é impossível. 
- Tenho contrato na minha categoria e a gente está estudando com o acompanhamento da minha nutricionista pra ver a possibilidade de baixar de peso, mas acredito que ainda vai ter um acordo para que essa luta aconteça. São duas campeãs no octógono - explica a lutadora, que deve fazer um confronto na nova categoria ainda pelo Invicta antes de negociar um contrato com o Ultimate. 
Cris Cyborg (Foto: Renato Pereira)Cris disse que quer luta contra Ronda Rousey, sua maior rival (Foto: Renato Pereira)
Quanto à preparação, a expressão é de confiança. Cris garante que o judô não tem sido uma preocupação e que apesar de essa ser a especialidade de Ronda, quem Cyborg considera uma atleta completa, ela explica que os treinos não podem ser específicos justamente por se tratar de um duelo no MMA. A brasileira ainda explica o por quê da declaração polêmica contra a rival. 
- Na verdade nós vamos lutar MMA. Ela é muito boa no judô, mas penso que seja uma atleta completa, porque no MMA tem que ser assim em tudo e com certeza vou trabalhar para o jogo dela, como ela também vai no meu jogo e vamos ver o que vai acontecer. Sobre a minha declaração, quem é lutador sabe que é como uma gíria que significa "fugir o espírito". Quando você entra na luta e bate em alguém, é a mesma coisa quando você vai testar um aluno: tem que puxar um treino duro e você só vai saber se ele gosta mesmo disso na hora que estiver levando um atraso. Quando ele tiver levando um atraso, vamos saber se ele vai fugir ou se ele é guerreiro mesmo. Então é neste sentido que eu disse de roubar a sua alma.
Cris Cyborg cinturão Invicta (Foto: Evelyn Rodrigues)Cris Cyborg é detentora do cinturão do Invicta (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ronda tem um cartel impecável de 11 vitórias em 11 lutas (duas por nocaute e nove por finalização), já a brasileira fica atrás por apenas uma derrota, com 12 lutas realizadas (foram nove nocautes e duas por decisão do júri), mas esse número não a assusta - pelo menos é o que ela garante. 
- Acredito que é uma luta que todo mundo quer ver, quer assistir, e eu também quero muito fazer. Eu não ligo para o cinturão. Ela está invicta há um tempo e eu estou invicta há um tempo... Acho que podemos casar esse confronto e fazer um grande espetáculo e para todas as mulheres do MMA. Com certeza essa luta vai acontecer, independente de peso, pois não acredito que vá ser um problema. É só esperar e continuar treinando intensamente como eu sempre fiz. Minha estratégia é nocauteá-la. Não tem segredo nenhum. Todo mundo que sabe como eu trabalho, sabe como é o meu jogo e sabe que o meu estilo vai ser sempre o mesmo. 
A última luta de Cris Cyborg pelo Invicta FC foi há duas semanas contra a canadense Charmaine Tweet. A brasileira venceu por nocaute ainda no primeiro round e continuou com o cinturão. O novo desafio está marcado para o dia 10 de julho e, quanto a isso, a lutadora é só confiança. 
- Fazia um ano e meio que não lutava por não ter evento anualmente e dessa vez defendi o cinturão contra a canadense. Graças a Deus consegui o nocaute e agora faço mais uma defesa em julho. Acredito que além dessa eu terei mais um desafio, mas eu não sei ainda quem devo enfrentar.

Conor McGregor, sobre doping: "Talvez isso seja da cultura brasileira"

Irlandês afirma que é uma nova era para o esporte e agradece à Comissão Atlética de Nevada pelos exames antidoping que estão sendo realizados fora de competição

Por Los Angeles, EUA
Não importa o assunto, Conor McGregor aproveita a oportunidade para apontar sua mira paraJosé Aldo. Nesta terça-feira, em entrevista para jornalistas em Los Angeles (EUA) como parte do tour do UFC 189, que ambos estão fazendo para promoverem o evento do dia 11 de julho, o irlandês falou sobre exames antidoping e voltou suas armas para os lutadores brasileiros. De acordo com ele, o uso de esteróides anabolizantes "talvez seja da cultura brasileira" e agradeceu o fato do combate ser realizado em Las Vegas (EUA) e não no Brasil.
- Parece para mim que talvez isso seja da cultura brasileira. As mulheres estão nessa, os homens estão nessa. Não sei o que pensa. Não tenho realmente o que pensar. Isso é em Vegas. Nós estamos em uma nova era. O esporte está sendo limpo. Os atletas que são dedicados às artes marciais e dedicados à saúde, boa forma física e pureza, são atletas que estão sendo recompensados agora. Estou feliz por ser parte desta nova era. Agradeço que a luta é em Nevada. Agradeço que estamos em uma nova era no esporte. Agradeço à Comissão Atlética de Nevada, que está fazendo exames fora de competição. Nós não estamos no Brasil agora - declarou McGregor.
José Aldo X Mcgregor, Coletiva UFC 189 (Foto: André Durão)McGregor disse que o doping "talvez seja parte da cultura brasileira" (Foto: André Durão)
O irlandês ainda contou que quando o Ultimate anunciou em coletiva de imprensa suas novas políticas de exames antidoping, disse para Lorenzo Fertitta, um dos donos da organização, que aquele era um momento de comemoração.
- Quando Anderson (Silva) e algumas poucas pessoas foram pegas, não foi uma coisa boa para o esporte. Então, quando eles convocaram uma coletiva de imprensa (para anunciar a nova política de exames antidoping), eu falei com Lorenzo e disse que isso deveria ser uma celebração. Esta coletiva de imprensa deveria ser uma celebração. Nós estamos mudando o jogo agora. Estamos virando a maré. Agora vamos nos dedicar a lutar contra isso. Serão artes marciais puras, combate puro. É uma nova era e isso deve ser comemorado. Então estou feliz de fazer parte desse momento - afirmou.
UFC 189
11 de julho, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
Peso-pena: José Aldo x Conor McGregor
Peso-meio-médio: Robbie Lawler x Rory McDonald