sábado, 30 de agosto de 2014

Sobre Barão, Carlson Gracie Jr. recomenda: "Sobe de categoria"

Carlson Gracie Jr. está no Brasil ministrando palestras e demonstra preocupação com obsessão pela perda de peso. "Tenho certeza que Renan voltará firme e forte", diz

Por Uberlândia, MG
Carlson Gracie Filho (Foto: Gullit Pacielle)Carlson Gracie Filho avalia que seria melhor Renan subir de categoria (Foto: Gullit Pacielle)
Conhecimento em arte marcial é com a família Gracie. A genética e a história dentro do jiu-jitsu mostram o quanto eles são respeitados nos mais diversos campeonatos de MMA. Morando em Chicago, o mestre de jiu-jitsu Carlson Gracie Jr. esteve em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde realizou um seminário sobre o esporte. Na oportunidade, ele aproveitou para comentar sobre o incidente que tirou o lutador Renan Barão do UFC 177. Ele enfrentaria o lutador TJ Dillashaw, neste sábado,  em Sacramento (EUA) pela categoria peso-galo.
– Conheço muito bem o treinador do Renan, o André Pederneiras, treinamos juntos muitos anos. Acredito que hoje em dia os atletas estão se sacrificando muito para perder peso. Colocando o tamanho dele para a categoria, é difícil mesmo atingir o objetivo. É um profissional excelente, dispensa comentário, e isso acontece com muitos lutadores, mas o Renan toma proporção maior porque está em evidência. Uns vão apoiar, outros vão criticar – disse.
Barão estava em processo de perda de peso na banheira do seu quarto no hotel em Sacramento e, ao se levantar, passou mal. O lutador, que estava a 1,1kg do limite de 61,2kg da categoria dos galos, perdeu momentaneamente os sentidos e caiu, sendo amparado pela equipe. Carlson não quis interferir muito no trabalho do dia a dia e evitou dar conselhos a Renan Barão. Porém, ele deixou no ar que o melhor para o lutador seria subir de categoria. Renan luta no peso-galo e tem 1,80 m.   
 – A melhor coisa seria subir de categoria. Mas ele tem um amigo dele nessa categoria, o José Aldo, mas isso cabe ao time decidir e ao Pederneiras estudar a melhor forma, porque é um treinador competente e está há muitos anos no ramo. Tomara que tomem a melhor decisão para que o Brasil e o jiu-jitsu ganhem. Tenho certeza que o Renan irá se reestruturae e voltará firme e forte – concluiu. 
Carlson Gracie Filho (Foto: Gullit Pacielle)Depois de Uberlândia, Carlson ainda tem compromisso em São Paulo, BH e Rio de Janeiro  (Foto: Gullit Pacielle)


Carlson Gracie é neto de Carlos Gracie, considerado o criador do jiu-jitsu. Ele pertence à terceira geração da família. Em Uberlândia, ele ministrou palestras sobre o jiu-jitsu em academias franquiadas da cidade. Além de Uberlândia, a cúpula que acompanha Gracie no Brasil informou que ele tem compromisso em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

"Não quero ser elogiada por Ronda, quero o cinturão", diz Bethe Correia

Brasileira enfrenta neste sábado mais uma integrante do quarteto da
campeã, de olho na chance de ficar mais próxima do título da divisão

Por Direto de Sacramento, EUA
Depois de ter uma carreira meteórica no MMA e de assinar com o UFC em seu segundo ano lutando como profissional, a paraibana Bethe Correia conseguiu atrair ainda mais holofotes para si mesma ao desafiar o quarteto formado por Ronda Rousey e mais três amigas, em abril passado. A atitude foi considerada extremamente inteligente pela campeã peso-galo do Utimate, que afirmou que aceitaria enfrentar a brasileira caso ela vencesse o duelo deste sábado contra Shayna Baszler, outra de suas pupilas, pelo card principal do UFC 177, em Sacramento (EUA). Bethe, no entanto, não quer saber de receber elogios da ex-judoca:
- Vi que perguntaram para a Ronda sobre mim e que ela me elogiou, mas quer saber a verdade? Para mim não importa. Eu não tenho um pingo de interesse em receber um elogio sequer da Ronda. Dela eu não quero elogios, quero o cinturão e eu estou buscando isso. O que eu quero é lutar contra a campeã. Se for ela ou outra, não importa. Para mim, a Ronda só está com uma coisa que eu quero um dia. Se ela está me elogiando ou não não faz diferença - declarou a atleta da Pitbull Brothers em entrevista ao Combate.com.
Bethe Correia, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia na pesagem do UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Na sexta-feira, a brasileira e sua rival protagonizaram uma encarada tensa na Sleep Train Arena e tiveram que ser separadas pelo presidente Dana White, o que aumentou ainda mais a expectativa sobre o duelo. Com um cartel invicto de oito lutas na carreira, sendo dois triunfos no UFC, Bethe sabe que terá pela frente uma adversária experiente e perigosa:
- A Shayna é uma atleta muito experiente, tem mais de 20 lutas, é antiga, uma das pioneiras do MMA feminino. Ela tem história no MMA e isso a torna inteligente, porque quanto mais você luta, mais você adquire experiência no octógono. Por isso ela é uma atleta que se sente em casa lá dentro, pois tem uma grande bagagem. Isso me atiça para que seja uma luta ainda melhor para mim, e quero me testar em grandes desafios.
O fato de ter conquistado tanta coisa em tão pouco tempo de carreira tem sido o a principal motivação para a atleta, e ela sabe que, se tiver uma grande performance neste sábado, pode chegar mais rápido a uma chance pelo título:
Bethe Correia X Shayna Baszler, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Encarada com Shayna Baszler teve de ser
separada por Dana White (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Por mim, se eu ganhar da Shayna, já posso enfrentar a Ronda, pois o meu objetivo é o cinturão. Se o UFC me der essa oportunidade, eu vou aceitar e vou dar o meu máximo para representar e fazer uma luta digna de disputa de cinturão. Eu estou no UFC e o meu objetivo é buscar o título, é ser a número um, estou trabalhando para isso. Não sei quantas lutas ainda tenho que fazer para conquistar, vou deixar isso a critério deles, mas a oportunidade que me derem vou aceitar muito feliz.
Bethe, no entanto, reconhece que o MMA feminino não existiria no UFC se não fosse Ronda:
- Senti que depois da luta contra a Jessamyn Duke houve bastante repercussão quando eu mexi com as "Quatro Amazonas", que é o brinquedinho da Ronda. Ela é top 1, e reconheço que só existe MMA feminino no UFC por mérito dela. Foi a Ronda quem conseguiu elevar o MMA feminino ao patamar em que está hoje. Eu consegui mexer um pouco ali e repercutiu bem para o meu lado, ganhei bastante atenção e fiquei feliz.
Adversária de Bethe no UFC 177, Shayna Baszler participou da 18ª temporada do The Ultimate Fighter nos EUA. A americana tem 15 vitórias e oito derrotas em seu cartel e passagens pelo Strikeforce, Bellator e Invicta FC.
A luta entre TJ Dillashaw e Joe Soto é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O Combate transmite tudo a partir das 20h45m (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, transmitindo em vídeo a primeira luta da programação, entre os pesos-leves Cain Carrizosa e Chris Wade.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

Dedé Pederneiras rebate críticas e diz que Barão não deve subir de divisão

Lutador, no entanto, passará por bateria de exames para se certificar de que está tudo bem. Treinador deve pedir mais tempo entre as lutas do pupilo

Por Direto de Sacramento, EUA
Dedé Pederneiras em seu escritório na academia Upper (Foto: Ivan Raupp)Dedé Pederneiras (Foto: Ivan Raupp)
Todos foram surpreendidos na sexta-feira com a notícia de que Renan Barão havia desmaiado horas antes da pesagem e não teria condições de enfrentar TJ Dillashaw na tão anunciada revanche pelo título dos pesos-galos. O americano acabou se mantendo no card e agora vai enfrentar o ex-campeão do Bellator Joe Soto, que faria a sua estreia no Ultimate no card preliminar. O episódio fez com que muita gente passasse a questionar o processo do corte de peso do atleta da Nova União.
Momentos após a pesagem, o próprio Dillashaw afirmou que achava que Barão era muito grande para a categoria, dando a entender que ele deveria subir de divisão. O presidente do UFC, Dana White, tem a mesma opinião e chegou a estender a crítica ao campeão peso-pena, José Aldo, afirmando que tanto ele quanto Barão deveriam subir de peso.
Em entrevista ao Combate e ao Combate.com depois do incidente, o treinador principal da Nova União, Dedé Pederneiras, disse não concordar com as críticas e ressaltou que o trabalho de perda de peso de seus atletas é feito com acompanhamento médico. Para Dedé, o problema ocorrido com Barão em Sacramento tem a ver com uma série de fatores, incluindo o fato de ele ter feito três camps de treinamento em cerca de seis meses:
O Barão precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds,
que são muito mais pesados do
que para uma luta de três rounds,
a cada três meses. É a primeira
vez que isso acontece comigo em
18 anos"
Dedé Pederneiras
- As pessoas ficam falando que Barão deveria lutar na categoria de cima. Ele é realmente um garoto grande para a divisão de 61,2 kg, mas eu acho que se a gente tiver o respaldo dos médicos com os quais a gente trabalha e dos nutricionistas, não vejo por que ele trocar de categoria. O que vejo é que o Barão precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds, que são muito mais pesados do que para uma luta de três rounds, a cada três meses. É a primeira vez que isso acontece comigo em 18 anos. Venho acompanhando atletas há muito tempo e nunca tive um lutador que apagou e teve que ser retirado de um duelo por não ter condições de lutar.
Dedé, que estava com Barão no momento do incidente, explicou todo o planejamento da equipe para que o corte de peso de seu lutador fosse bem-sucedido. O treinador também ressaltou que Barão sempre perdeu peso da mesma forma em todas as lutas anteriores ao UFC 173, única ocasião em que o atleta decidiu chegar um pouco mais leve para lutar devido ao fato de seu adversário, TJ Dillashaw, ser menor fisicamente e mais rápido:
- Na verdade, o Barão já perdeu peso só aqui no UFC pelo menos 10 ou 12 vezes e nunca teve problema nenhum. O processo sempre foi feito da mesma forma não só com ele, mas com todas as pessoas lá da academia. Na última luta do Barão, ele resolveu perder o peso com uma antecedência maior. E aí, quando você faz isso, você acaba não recuperando tão bem quanto quando você perde o peso mais próximo da luta, que era o que ele tinha feito na maioria das vezes. Na verdade, o Barão não deixou uma quantidade de peso muito grande para esta semana, ele chegou aqui com 68kg*, a categoria é 61,2kg. No primeiro dia que ele chegou em Sacramento, já tirou 3kg e se colocou bem próximo da meta, e foi batendo essa meta dia após dia. Na quinta-feira, a gente terminou o corte de peso umas 23h30. Ele tomou banho, comeu, foi dormir e acordou de manhã para fazer a perda de peso, porque faltavam 2,25kg para ele chegar à meta antes da pesagem.
(*Nota da Redação: Barão, na realidade, chegou com o peso entre 70kg e 71kg, conforme mostrou um vídeo gravado pelo UFC; esse peso, por sinal, é normal para ele em semana de luta).
Renan Barão lutador de MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Renan Barão deu entrevistas um dia antes do incidente (Foto: Evelyn Rodrigues)
Dedé ainda contou detalhes do que aconteceu com o brasileiro no momento do incidente e explicou que a decisão de cancelar a revanche com Dillashaw partiu do próprio UFC por questões de segurança. Segundo ele, Barão está bem fisicamente, apesar de muito triste e, quando voltar ao Brasil, deve se submeter a uma bateria de exames a fim de determinar outras possíveis causas do desmaio ocorrido na sexta. O treinador também deixou claro que deve pedir mais tempo ao UFC entre lutas para evitar um desgaste tão grande de seu atleta.
Confira o depoimento de Dedé Pederneiras na íntegra:
"Na sexta-feira, último dia de perda de peso para os atletas que fazem a pesagem às 16h, o Barão estava fazendo o processo normalmente, faltavam 2,25kg para ele bater a meta da categoria. Barão se pesou às 9h e faltava a quantidade de peso que a gente tinha deixado para o último dia, dentro de uma tabela que a gente monta para a semana inteira. Ele acordou bem, começou a fazer a perda de peso normal. Depois da pesagem das 9h ele fez uma rodada de banheira e, como tinha o exame médico às 12h e estava fazendo sol aqui, ele quis dar uma corrida, pois já estava de saco cheio de ficar na banheira. Então a gente foi correr por cerca de meia hora, foi bem tranquilo. Depois nós voltamos para o hotel e aí ele tirou a roupa, a gente passou o creme nele, e ele foi fazer a última sessão de banheira.
Nesse momento, faltava cerca de 1,1kg para atingir o limite de 61,2kg e era cedo ainda aqui em Sacramento, por volta de 13h, e ele só tinha que descer para ir para a arena às 15h. E aí, nós começamos a fazer as primeiras rodadas de banheira e, depois de cerca de 20 minutos, quando o Barão estava saindo de uma dessas banheiras, desmaiou completamente. Na hora em que ele estava caindo, eu o segurei, mas como ele estava com muito creme, chegou a jogar a cabeça para trás e a encostá-la na parede. A gente o colocou no chão, só que, a partir daquele momento ali, ficou desmaiado por bastante tempo. Isso nos deixou bastante impressionados. Na mesma hora, chamamos o médico do UFC, e eles resolveram por bem chamar uma ambulância.
Quando os paramédicos chegaram ao nosso quarto, checaram os sinais vitais do Barão e resolveram levá-lo para o hospital para fazer uma melhor análise da situação. Eles fizeram exame de sangue, de urina e constataram que o Renan estava desidratado. Então, não tiveram outra escolha senão colocá-lo no soro. A partir do momento em que ele foi para o hospital, o UFC na mesma hora teve que cancelar a luta. Foi uma opção do UFC e, lógico que, pela situação em que o Barão estava, eu também não via outro jeito dessa luta acontecer. Talvez o Barão pudesse se recompor e lutar, mas ninguém tinha certeza de nada. Como foi uma escolha do UFC, a gente aceitou e achou por bem ser o melhor naquele momento, mas nós não queríamos que isso acontecesse, pois o Barão treinou por quase três meses e muito duro para essa luta. Ele estava muito bem preparado para essa revanche, mas vimos a chance escapulir pelas nossas mãos por uma situação que ninguém consegue
controlar.
Na verdade, o Barão já perdeu peso só aqui no UFC pelo menos 10 ou 12 vezes e nunca teve problema nenhum. O processo sempre foi feito da mesma forma não só com ele, mas com todas as pessoas lá da academia. A gente monta uma tabela diária, e a pessoa termina o peso à noite e tem que estar com o mesmo peso na parte da manhã. Então isso é feito de uma forma que a pessoa consegue controlar exatamente a perda de peso dela sem se desgastar muito, para chegar no dia da pesagem e se pesar sem problema nenhum.
Depois de tudo o que aconteceu, o Barão está muito bem agora, pelo menos fisicamente, graças a Deus ele teve nada sério, mas está muito triste porque estava muito bem treinado para essa luta. É até difícil falar o quão treinado ele estava, porque o Renan acabou não se apresentando, né? Então fica parecendo que estou falando isso porque o cara não lutou, mas não, o Renan realmente estava muito bem preparado para essa revanche, como vai estar para as próximas lutas. O que eu conversei com o Barão depois da saída do hospital é que ele tem que dar um tempo para o corpo dele descansar. Por mais que ele seja novo, pois tem 27 anos, se você for ver, só de fevereiro para cá, ou seja, em seis meses, Barão iria fazer a sua terceira luta. Então é uma sobrecarga muito grande de treinamento em cima do corpo. É um desgaste físico e mental. Você pega três meses de treino duro pensando na luta, existe todo aquele camp que realmente te desgasta muito, e você precisa de um período para descansar o corpo antes de começar uma nova fase de treinamento.
Eu falei para ele: 'Barão,  talvez o que aconteceu hoje seja um acúmulo do que você já fez só esse ano. Chegou uma hora em que o teu corpo decidiu se desligar porque não estava aguentando mais, e aí aconteceu isso'. Então a gente vai pedir um tempo maior para o UFC para ele se recuperar fisicamente. Ele chegou nesse camp milagrosamente sem nenhuma lesão, foi um camp perfeito. Mas, quando você acaba de sair de uma luta, é normal você ter algum tipo de lesão, e ele vem emendando isso há algum tempo. Então, talvez o corpo dele realmente nesse momento tenha dado esse estalo.
Quando chegarmos ao Brasil, vamos fazer uma bateria geral de exames no Barão para avaliar tudo, ver como ele está hoje em dia e ter uma visão geral de todos os aspectos. Depois vamos sentar e conversar. As pessoas ficam falando que ele deveria lutar na categoria de cima. Ele é realmente um garoto grande para a categoria de 61,2kg, mas eu acho que, se a gente tiver o respaldo dos médicos com os quais a gente trabalha e dos nutricionistas, não vejo porque ele trocar de categoria. O que vejo é que ele precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds, que são muito mais pesados do que para uma luta de três rounds, a cada três meses. Treino forte, desgaste físico e mental, perda de peso... O corpo precisa realmente de um descanso.
É a primeira vez que isso acontece comigo em 18 anos de carreira. Eu venho acompanhando atletas há muito tempo e nunca tive um atleta que apagou e teve que ser retirado de um duelo por não ter condições de lutar".
A luta entre TJ Dillashaw e Joe Soto é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O evento terá os brasileiros Bethe Correia e Carlos Diego Ferreira em ação no card principal. O Combate transmite tudo a partir das 20h45m (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, transmitindo em vídeo a primeira luta da programação, entre os pesos-leves Cain Carrizosa e Chris Wade.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

"Não quero ser elogiada por Ronda, quero o cinturão", diz Bethe Correia

Brasileira enfrenta neste sábado mais uma integrante do quarteto da
campeã, de olho na chance de ficar mais próxima do título da divisão

Por Direto de Sacramento, EUA
Depois de ter uma carreira meteórica no MMA e de assinar com o UFC em seu segundo ano lutando como profissional, a paraibana Bethe Correia conseguiu atrair ainda mais holofotes para si mesma ao desafiar o quarteto formado por Ronda Rousey e mais três amigas, em abril passado. A atitude foi considerada extremamente inteligente pela campeã peso-galo do Utimate, que afirmou que aceitaria enfrentar a brasileira caso ela vencesse o duelo deste sábado contra Shayna Baszler, outra de suas pupilas, pelo card principal do UFC 177, em Sacramento (EUA). Bethe, no entanto, não quer saber de receber elogios da ex-judoca:
- Vi que perguntaram para a Ronda sobre mim e que ela me elogiou, mas quer saber a verdade? Para mim não importa. Eu não tenho um pingo de interesse em receber um elogio sequer da Ronda. Dela eu não quero elogios, quero o cinturão e eu estou buscando isso. O que eu quero é lutar contra a campeã. Se for ela ou outra, não importa. Para mim, a Ronda só está com uma coisa que eu quero um dia. Se ela está me elogiando ou não não faz diferença - declarou a atleta da Pitbull Brothers em entrevista ao Combate.com.
Bethe Correia, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia na pesagem do UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Na sexta-feira, a brasileira e sua rival protagonizaram uma encarada tensa na Sleep Train Arena e tiveram que ser separadas pelo presidente Dana White, o que aumentou ainda mais a expectativa sobre o duelo. Com um cartel invicto de oito lutas na carreira, sendo dois triunfos no UFC, Bethe sabe que terá pela frente uma adversária experiente e perigosa:
- A Shayna é uma atleta muito experiente, tem mais de 20 lutas, é antiga, uma das pioneiras do MMA feminino. Ela tem história no MMA e isso a torna inteligente, porque quanto mais você luta, mais você adquire experiência no octógono. Por isso ela é uma atleta que se sente em casa lá dentro, pois tem uma grande bagagem. Isso me atiça para que seja uma luta ainda melhor para mim, e quero me testar em grandes desafios.
O fato de ter conquistado tanta coisa em tão pouco tempo de carreira tem sido o a principal motivação para a atleta, e ela sabe que, se tiver uma grande performance neste sábado, pode chegar mais rápido a uma chance pelo título:
Bethe Correia X Shayna Baszler, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Encarada com Shayna Baszler teve de ser
separada por Dana White (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Por mim, se eu ganhar da Shayna, já posso enfrentar a Ronda, pois o meu objetivo é o cinturão. Se o UFC me der essa oportunidade, eu vou aceitar e vou dar o meu máximo para representar e fazer uma luta digna de disputa de cinturão. Eu estou no UFC e o meu objetivo é buscar o título, é ser a número um, estou trabalhando para isso. Não sei quantas lutas ainda tenho que fazer para conquistar, vou deixar isso a critério deles, mas a oportunidade que me derem vou aceitar muito feliz.
Bethe, no entanto, reconhece que o MMA feminino não existiria no UFC se não fosse Ronda:
- Senti que depois da luta contra a Jessamyn Duke houve bastante repercussão quando eu mexi com as "Quatro Amazonas", que é o brinquedinho da Ronda. Ela é top 1, e reconheço que só existe MMA feminino no UFC por mérito dela. Foi a Ronda quem conseguiu elevar o MMA feminino ao patamar em que está hoje. Eu consegui mexer um pouco ali e repercutiu bem para o meu lado, ganhei bastante atenção e fiquei feliz.
Adversária de Bethe no UFC 177, Shayna Baszler participou da 18ª temporada do The Ultimate Fighter nos EUA. A americana tem 15 vitórias e oito derrotas em seu cartel e passagens pelo Strikeforce, Bellator e Invicta FC.
A luta entre TJ Dillashaw e Joe Soto é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O Combate transmite tudo a partir das 20h45m (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, transmitindo em vídeo a primeira luta da programação, entre os pesos-leves Cain Carrizosa e Chris Wade.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

Casa de jovem investigada por injúria racial a Aranha é apedrejada no RS

Patrícia Moreira prestará depoimento na segunda na 4ª DP de Porto Alegre

Por Porto Alegre
O ato de injúria racial envolvendo o goleiro Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, na última quinta-feira, gerou revolta entre moradores da zona norte de Porto Alegre. A casa de Patrícia Moreira, flagrada pelo canal ESPN gritando "macaco" em direção ao goleiro Aranha, foi apedrejada na noite de sexta-feira.
Proprietário de um bar local, um vizinho confirmou ao GloboEsporte.com o apedrejamento. Procurada pelo GloboEsporte.com, Patrícia Moreira não foi encontrada.
Durante a semana, policiais foram até a casa da jovem gremista, mas não a encontraram. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Intimada a depor, ela se apresentará na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre na segunda-feira, assim como outro torcedor identificado por câmeras da Arena.
Casa de Patrícia Moreira foi apedrejada (Foto: Diego Guichard)Casa de Patrícia Moreira foi apedrejada na sexta-feira (Foto: Diego Guichard)
Entenda
O incidente aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida. O árbitro marcou a partida seguir, mesmo sendo alertado por atletas do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo.

A jovem foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida.

O goleiro Aranha registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre nesta sexta-feira. No retorno ao Rio de Janeiro, o camisa 1 evitou se pronunciar sobre o assunto.
Aranha reclama para arbitragem e alega ter sido vítima de ato racista (Foto: Diego Guichard)Aranha reclama para arbitragem e alega ter sido vítima de xingamentos (Foto: Diego Guichard)

Jogo de volta suspenso
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro Aranha tiveram mais um desdobramento no fim da noite desta sexta-feira. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acatou pedido Procuradoria de Justiça Desportiva e suspendeu o jogo de volta entre as duas equipes, na próxima quarta-feira, até que o caso seja julgado. No primeiro duelo, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0.
O julgamento ocorrerá na próxima quarta-feira. O Grêmio responderá por ato de discriminação racial por parte de torcedores, além do arremesso de papel higiênico no gramado e atraso. O clube corre risco de exclusão na Copa do Brasil e multa de até R$ 200 mil. A denúncia se apoia no artigo 243-G (discriminação racial) e no 213 (arremesso de objeto em campo), ambos do CBJD. O clube responde ainda ao artigo 191 por descumprir o regulamento e entrar em campo três minutos após o horário previsto.
Advogado do Grêmio, Gabriel Vieira disse que o clube foi notificado formalmente pelo STJD na noite desta sexta.

- Nós fomos formalmente notificados pelo STJD. A partida foi suspensa e o julgamento está pautado para a mesma quarta-feira, às 14h. Agora, estamos sentando para ler o que está acontecendo, analisando a denúncia para ver que medida tomar - afirma, à Rádio Gaúcha.

Arbitragem também denunciada
Na primeira versão, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não incluiu na súmula da partida menção a atos racistas na Arena. Após analisar as imagens da partida, o juiz colocou um adendo no qual informou ter ficado ciente do caso por meio da imprensa e que ainda fora informado por atletas do Santos. Desta forma, Pereira Sampaio, além dos assistentes Kleber Lúcio Gil e Carlos Berkenbrock e o quarto árbitro Roger Goulart, foram denunciados por infração aos artigos 261-A e 266, ambos do CBJD. Todos estão sujeitos a suspensões de até 90 dias e 360 dias, respectivamente.

Avaí goleia na Colina, assume ponta provisória e põe o Vasco fora do G-4

Time catarinense se impõe em São Januário e passeia: 5 a 0. Torcida do Cruz-Maltino pede a saída de Adilson, que deixa o cargo após a partida

Por Rio de Janeiro
  • volante artilheiro
    seis gols
    Diego Felipe, autor de dois gols no passeio avaiano, é o artilheiro do time na Série B, com seis marcados, dois a mais do que tem o atacante Roberto.
  • segundo seguido
    Douglas
    Douglas perdeu pênalti num momento em que o time era derrotado por 2 a 0 e podia reagir. É o segundo desperdiçado seguidamente na Colina.
  • à vontade
    melhor visitante
    O Avaí chegou a seis vitórias fora de seus domínios. Os gols fizeram os catarinenses também tomarem do Vasco o posto de melhor defesa da Série B.
A tarde deste sábado em São Januário oferecia a Vasco e Avaí duas possibilidades de sabores distintos. Quem vencesse tinha a chance de saltar para a liderança da Série B do Brasileirão, mas o perdedor poderia terminar o primeiro turno fora da zona de acesso à Primeira Divisão. Melhor para os catarinenses, que fizeram valer a fama de visitantes indigestos e não só venceram, mas atropelaram: 5 a 0. Diego Felipe (dois), Diego Jardel, Roberto e Anderson Lopes marcaram para o Leão, que com o resultado chegou a 34 pontos e assumiu, ainda que de forma provisória, a liderança da Série B. O Vasco se manteve com 32 pontos e termina a 19ª rodada em quinto lugar, fora do G-4.
Houve muita bronca por conta da torcida vascaína, que ainda no intervalo, quando o time perdia por 2 a 0, já pedia a saída do técnico Adilson Batista. No fim, gritou que "acabou o amor" e pediu novamente a demissão do comandante, que de fato deixou o cargo minutos após o apito final. O Vasco chegou a esboçar reação no jogo. No segundo tempo, Douglas perdeu um pênalti antes de ver o time levar mais três gols. Com este, é o quarto jogo seguido em que o Vasco não consegue a vitória (três pela Série B e um pela Copa do Brasil). O time, por sinal, volta a campo nesta terça, para encarar o ABC, em Natal, pela competição mata-mata. Além de jogar em casa, o rival potiguar leva a vantagem de poder empatar por 0 a 0. Pela Série B, o time volta a campo no próximo sábado, contra o América-MG, no Independência.
O Avaí, por sua vez, chega ao quinto jogo seguido sem derrota na Série B. Para terminar a rodada na liderança, precisa que o Ceará não vença o Luverdense, mais tarde neste sábado. O Leão volta a campo também no próximo sábado, quando encara o América-RN, na Ressacada.
anderson lopes vasco x avai (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)Anderson Lopes celebra o primeiro gol do Avaí em São Januário (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)
Bola parada mortal
Os 20 minutos iniciais em São Januário apresentaram dois times com dificuldades de criação e muitos erros de passe. Depois disso, o Vasco cresceu e finalizou três vezes num curto espaço de tempo. Dakson, aos 24, quase marcou gol que seria antológico. Após saída em falso de Vagner, emendou uma bicicleta de fora da área, e a bola passou perto da trave esquerda do goleiro avaiano. Após essa rápida pressão cruz-maltina, ambas as equipes diminuíram o ritmo. E, numa falta cobrada de muito longe do gol, Diego Jardel encontrou Pablo, que ajeitou para Anderson Lopes abrir o placar. Quatro minutos depois, a mesma dobradinha, contando com auxílio luxuoso de Martín Silva, proporcionou o segundo gol: Diego Jardel bateu falta na área, Pablo cabeceou para o meio, o uruguaio afastou mal, e Diego Felipe conferiu: 2 a 0.
Na etapa final, o Vasco foi para cima para tentar a reação no jogo. Chegou a esboçar um quadro animador. Primeiro, balançou a rede com Rafael Silva, mas a arbitragem anulou corretamente, assinalando impedimento. Pouco depois, Douglas, de pênalti, teve a chance de diminuir, mas bateu no meio e Vagner fez a defesa. O Avaí aproveitou então para matar o jogo. Fez o terceiro com Diego Jardel, de falta. Depois, no contragolpe, ampliou com Diego Felipe. Luan, do Vasco, ainda foi expulso por entrada dura em Marrone. No fim, Roberto, em outra falta muito bem batida, fechou o caixão na Colina. Foi a senha para muitos protestos dos torcedores que compareceram ao estádio.

Adilson Batista sucumbe após goleada e não é mais técnico do Vasco

Treinador não resiste à pressão da torcida, entra em acordo com clube e diz que já pensava em sair há algum tempo. Rodrigo Caetano não acredita ser a melhor opção

Por Rio de Janeiro
 
Após a goleada por 5 a 0 para o Avaí, neste sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Adilson Batista deixou o cargo de técnico do Vasco. O anúncio foi feito pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano, que disse não acreditar ser a melhor decisão para o clube no momento. O treinador, porém, se mostrou convicto quanto à necessidade de sua saída e fez um acordo com a diretoria. O dirigente lamentou a atmosfera criada depois do resultado vexatório.

- Lamentavelmente, falo isso com toda a convicção que após o jogo, conversamos e uma decisão que pode ser de comum acordo, mas partiu muito por conta do Adilson, pensando no clube, pensando na instituição. Falo isso com muita tristeza. Parece que toda a responsabilidade em caso de sucesso recai em cima do técnico, e não é qualquer técnico. Eu peço para que esse ambiente externo, que faz hoje uma vítima, não faça outras. Eu quero que entendam que nós precisamos do apoio de todos. É com muito pesar que anuncio isso. Adilson honrou o clube. Isso nos faz repensar, inclusive nós profissionais. Nós compreendemos e aceitamos críticas na arquibancada. Sou contrário a esse tipo de mudança. Não tenho convicção de que é a melhor decisão - disse Caetano, referindo-se à pressão feita pelos torcedores nas arquibancadas enquanto o time era goleado pelo Avaí.

Logo após a fala do dirigente, Adilson disse crer ser o momento certo para deixar o cargo. O ex-treinador afirmou que já vinha pensando em sair do Vasco há algum tempo, mas Rodrigo Caetano o convencia do contrário.
Não estávamos prevendo o pior. Confesso que eu não gostaria de estar aqui. A partir de agora vamos pensar nisso (novo treinador). Automaticamente um dos auxiliares aqui da casa pode comandar o time, provavelmente o Jorge Luiz
Rodrigo Caetano, sobre quem assume interinamente o comando do Vasco
- Eu tenho que pensar no Vasco agora. Eu estou aqui segurando há um tempo. O Rodrigo segurando há um tempo. É muita coisinha em ano de eleição. Interesses, detalhes atrapalham. Nesse momento, eu acho melhor sair. Esses meninos têm condições de ser campeões. Eu só queria agradecer ao clube, um privilégio trabalhar aqui. Agradecer às pessoas que trabalham aqui, departamento médico, comissão, atletas, diretoria, o Rodrigo Caetano. Buscamos atletas, tentamos encontrar alternativas. Desde o ano passado eu busquei fazer o meu melhor. Às vezes é melhor você sair para que as coisas fluam melhor, fiquem um pouco mais em paz. Eu sei da minha capacidade e vou sempre respeitar o Vasco. Infelizmente não foi possível o título do estadual. Estamos vivos na Copa do Brasil, é possível. Espero comemorar com os atletas a conquista da Série B. Mas eu acho que é o momento para sair - destacou o agora ex-treinador vascaíno.

Adilson assumiu o Vasco no dia 2 de novembro do ano passado, a sete rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. A torcida, na época, chegou a apoiar a permanência do treinador durante o momento conturbado - ele não conseguiu evitar o rebaixamento. De lá para cá, Adilson comandou 52 jogos: 24 vitórias, 21 empates e sete derrotas. Aproveitamento de 60%.

- Nós jogamos bem ao longo desse tempo. Controlamos o jogo. São diversos fatores que atrapalham, suspensões, lesões, tivemos em 41 dias muitos jogos fora. É uma série de coisas. Eu vejo um time competitivo, um time forte e que tem condições de reverter isso. Nós estávamos brigando hoje pela liderança. Vai vencer, vai funcionar, podem ter certeza disso - garantiu Adilson.
adilson batista vasco x avai (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)Adilson observa jogadores desolados após um dos cinco gols do Avaí (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)
O Vasco ainda não tem nomes para o substituto de Adilson. Segundo Rodrigo Caetano, o auxiliar Jorge Luiz deve ficar à frente do time por enquanto.

- Não pretendemos trabalhar em curto prazo. Não tem qualquer tipo de especulação. Foi uma decisão repentina. Podem pensar que é falta de planejamento, mas eu não trabalho desta forma. Não estávamos prevendo o pior. Confesso que eu não gostaria de estar aqui. A partir de agora vamos pensar nisso. Automaticamente um dos auxiliares aqui da casa pode comandar o time, provavelmente o Jorge Luiz - afirmou Caetano.

Adilson deixa a equipe na quinta colocação da Série B do Campeonato Brasileiro, com 32 pontos, ao fim do primeiro turno da competição. A equipe também disputa a Copa do Brasil e fará o jogo de volta das oitavas de final com o ABC na próxima terça-feira, em Natal. A partida de ida terminou em empate por 1 a 1, em São Januário.
* Sofia Miranda, estagiária, sob a supervisão de Rodrigo Sirico