quarta-feira, 8 de julho de 2015

Com mudanças, Câmara aprova MP do Futebol, que vai para o Senado

Texto aprovado tem trechos modificados como limite de gastos com a folha do futebol, taxa de juros no refinanciamento e transformação da Seleção em patrimônio cultural

Por Brasília
Após muitos debates e polêmicas, o Plenário da Câmara dos Deputados finalmente aprovou nesta quinta-feira o novo texto da MP do Futebol, que refinancia as dívidas dos clubes de futebol com a União -  estimadas em cerca de R$ 4 bilhões - em troca de novas regras de gestão, incluindo o chamado "fair play" financeiro, que prevê o rebaixamento de inadimplentes. Transformado em Projeto de Lei de Conversão (PLV 10/2015), o relatório do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) foi a base do texto. Porém, sofreu alterações por conta de uma emenda aglutinativa, articulada por parlamentares ligados a clubes e CBF. A MP segue agora para apreciação no Plenário do Senado, onde precisa ser aprovada até o dia 17 de julho, ou perderá a validade.

Assinada pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), membro do conselho deliberativo do Atlético-GO, a emenda aglutinativa fez modificações em relação ao relatório original, aprovado em comissão mista. O limite de gastos dos clubes com o futebol subiu de 70% para 80%, além de alterações nas regras de redução de déficit financeiro aplicadas. Outra mudança foi a retirada do artigo que transformaria a seleção brasileira em patrimônio cultural - o que colocaria a CBF na mira do Ministério Público. 
Votação da MP do Futebol em Brasília (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)Plenário da Câmara, durante votação do projeto (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

Ponto que gerou bastante polêmica nos últimos dias, a alteração nos colégios eleitorais das federações estaduais, que daria mais poder aos clubes grandes, também foi retirada. Em contrapartida, ficou mantida a inclusão dos clubes da Série B no colégio eleitoral da CBF - atualmente, votam apenas clubes da Série A e das federações.
Apesar das mudanças promovidas pela emenda aglutinativa, continuam no texto artigos polêmicos, que também vinham sofrendo influência de alguns dirigentes para serem retirados. O principal deles trata da exigência de apresentação da Certidão Negativa de Débitos (CND) para disputa de campeonatos, com uma flexibilização para os casos em que tramites burocráticos atrasem a emissão do documento. De acordo com a MP, os clubes que não apresentarem os comprovantes de pagamento seriam automaticamente rebaixados para a divisão inferior. Também seguem previstas punições de dirigentes que cometerem gestão temerária, que seriam responsabilizados e ficariam inelegíveis por 10 anos.

- A aglutinativa não afeta a essência do projeto. Apenas um ponto eu gostaria de aprovar, e não consegui, que era a alteração no quórum das federações. Mas em contrapartida, consegui aprovar uma providência completamente inovadora. O próximo presidente da CBF não será mais eleito pelas federações e a Série A. Entra, no mínimo, a Série B. Isso é algo importante. CBF, clubes, federações, todos serão obrigados a uma prática de gestão transparente, democrática, com uma série de regras - avaliou o relator Otávio Leite (PSDB-RJ), após a sessão.
Concluída a votação na Câmara, o texto segue para o Senado. Caso seja feita alguma alteração de mérito pelos senadores, terá que voltar ao Plenário da Câmara. Por ser derivado de uma Medida Provisória, que tem prazo de 120 dias para tramitação no Congresso, o agora PLV precisa ser totalmente aprovado até o dia 17 de julho para ser remetido à sanção da presidente Dilma Rousseff e se transformar definitivamente em lei.
CBF aprova; presidente do Fla lamenta queda de mudança nas federações

Mesmo com o texto alterado, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, que fez questão de acompanhar a votação em Brasília, se mostrou ainda insatisfeito com alguns pontos, como a mudança no colégio eleitoral da entidade máxima do futebol brasileiro. Porém, considerou positiva a aprovação da MP.
São vários pontos positivos. Mas ficou um gostinho de água no chopp porque a democratização das eleições nas federações foi suprimida"
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo
- A única coisa que não concordamos é em haver por lei alteração no sistema de organização do futebol. É isso que discordamos por uma questão constitucional. Mas na reunião da mudança estatutária, nós mesmos já discutimos a adição dos clubes da Série B no colegiado. Então, como a tendência é que isso já aconteça, não há problema - disse Feldman.

Um dos dirigentes mais ativos nas discussões sobre a MP em Brasília, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, destacou boas medidas presentes no texto aprovado. No entanto, lamentou profundamente a derrubada do item que mexia nos colégios eleitorais das federações.

- Acho que é um avanço, a medida tem vários pontos positivos, como medidas de responsabilidade, exigência de CND, redução do déficit, controle dos gastos com o futebol em 80% do orçamento. São vários pontos positivos. Mas ficou um gostinho de água no chopp porque a democratização das eleições nas federações foi suprimida em cima da hora apesar de ser objeto de um acordo feito, que foi descumprido. Agora, as eleições nas federações continuam naquele sistema arcaico que vem prevalecendo - avaliou Bandeira.

Deputado federal, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez (PT-SP), foi outro que viu a aprovação do texto como um passo positivo. No entanto, disse que poderia ter ido ainda além e garantiu que o clube paulista não irá aderir ao refinanciamento por já estar inscrito em um Refis do governo federal.

- O texto foi positivo, mas acho que podia ter avançado um pouco mais em algumas coisas, como os colégios eleitorais das federações. Para uma MP negociada com todas as partes, até que não foi ruim. Mas deixamos de dar alguns passos, infelizmente. O Corinthians vai aderir tudo que entrar no regulamento, mas não vai entrar no refinanciamento da MP, porque as regras não são muito diferentes das do Refis que aderimos há seis meses - afirmou Sanchez.
Votação da MP do Futebol em Brasília (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)Detalhe de cada deputado que participou da votação (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)


Bom Senso: "Foi um avanço, mas ainda temos muito a evoluir"
Representantes do movimento Bom Senso F.C., que também participaram ativamente dos debates em torno da MP, seguiram a mesma linha de Bandeira de Mello e Sanchez: consideraram a aprovação do texto um avanço, mas lamentaram as alterações realizadas na reta final.

- É um avanço enorme do ponto de vista da gestão, do fair play financeiro, trabalhista, na transparência e na governança dos clubes. Talvez, nunca tenha tido um avanço assim. É preciso reconhecer a participação da sociedade como um todo, dos torcedores que pressionaram os parlamentares, do Bom Senso, com todos os atletas que defenderam a reforma no futebol brasileiro. Mas, no fim, fica um gosto amargo pelas mudanças feitas pela influência da bancada da bola. Foi um avanço, mas ainda temos muito a evoluir - afirmou o diretor-executivo do Bom Senso, Ricardo Borges.

Além da renegociação das dívidas e das contrapartidas, o novo texto da MP do Futebol aborda ainda diversas outras questões ligadas ao esporte em geral. São temas como a criação de novas loterias associadas aos clubes, regras para o pagamento de direitos de imagem aos jogadores e atuação de agentes esportivos, além de prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte e criação de um seguro obrigatório para atletas, motivado pelo caso da ex-ginasta Lais Souza.

Raio-X em J-Bay: terra selvagem, tubos
e tubarões aguardam os tops da elite

Saiba mais sobre o pico da África do Sul, palco da sexta etapa do Circuito Mundial de 2015. Primeira chamada será na madrugada desta quarta-feira, às 2h30 (de Brasília)

Por Rio de Janeiro
Jeffreys Bay J-Bay sexta etapa do Circuito Mundial de surfe 2015 (Foto:  WSL / Kelly Cestari)Após dois anos fora do CT, J-Bay voltou a receber uma etapa do Tour em 2014, substituindo Bali (Foto: WSL/Kelly Cestari)
Jeffreys Bay, uma das direitas mais perfeitas e conhecidas do mundo, na África do Sul, é também o nome da cidade onde está situada a baía, que voltou a receber o Tour em 2014, após dois anos de ausência. Até o momento, o melhor resultado de um brasileiro foi o vice-campeonato de Peterson Rosa, em 2000. O palco da sexta etapa do Circuito Mundial de 2015, na costa da província do Cabo Oriental, nas proximidades de Porto Elizabeth, é um território selvagem, de águas geladas, tubarões brancos e verões sem fim. Com uma briga acirrada pela liderança, o tradicional pico reúne os melhores surfistas do mundo, de 8 a 19 de julho, para uma disputa de altíssimo nível. A chamada para avaliar as condições do mar será nesta quarta-feira, às 2h30 (de Brasília). Os organizadores da Liga Mundial de Surfe (WSL) aguardam um "swell" misto para os próximos dias, com ventos favoráveis para esta madrugada. 
Número um do mundo, com 28.000 pontos, Adriano de Souza, o Mineirinho, defende a ponta, mas precisa afastar a ameaça do vice-líder, Filipe Toledo (27.450), além dos australianos Owen Wright (26.150) e Mick Fanning (24.950), Julian Wilson (23.450) e Taj Burrow (21.700). A briga entre surfistas de Brasil e Austrália, com sete e 15 representantes na elite, respectivamente, promete ser mais uma vez a tônica da disputa. A competição marca o retorno do ídolo local Jordy Smith e do taitiano Michel Bourez, recuperados de lesão. O havaiano John John Florence, com o tornozelo machucado, integra a lista de ausências, ao lado do francês Jeremy Flores. Os brasileiros Tomas Hermes e Alejo Muniz, da Divisão de Acesso (QS), são os substitutos. 
COBIÇADAS DIREITAS
A onda em J-Bay é longa, forte, rápida e perigosa, com espaço para manobras e tubos pelo caminho. As paredes amplas favorecem os surfistas regulares, que surfam com o pé esquerdo na frente da prancha. Os "goofys" (pé direito na frente), como o atual campeão mundial Gabriel Medina, precisam surfá-la de costas, exigindo um maior grau de dificuldade, mas nada impossível para os melhores do mundo. 
Joel Parkinson (AUS) surfando em Jeffreys Bay pelo Circuito Mundial de surfe  (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)Bicampeão nas águas geladas de J-Bay, Joel Parkinson é um dos favoritos (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)
- J-Bay é uma onda bem difícil, ainda mais para mim que sou goofy e surfo de backside (de costas para a onda). É uma onda que dá muita vantagem para o cara que surfa de frente. Então, eu vou tentar fazer o que eu fiz no ano passado. Eu quero surfar o meu melhor. Vou levar minha família e seja o que Deus quiser - analisou Medina, que ocupa atualmente a 20ª colocação do ranking e busca a reabilitação na única etapa do continente africano. 
Como diria o sul-africano Shaun Tomson, campeão mundial em 1977, "é fácil de surfar a onda de J-Bay, mas difícil surfá-la bem". São muitas as variáveis e encontrar o tempo certo é uma tarefa que exige experiência e conhecimento da onda, que quebra sobre uma bancada de pedra e coberta de mariscos. No pico, é possível surfar sete tipos de ondas: Supertubes, Tubes, The Point, Magnatubes, Boneyards e Impossibles. O local também foi o cenário do filme "Endless Summer" ("Alegrias de Verão"), do diretor e roteirista Bruce Brown. O documentário, um dos mais influentes do surfe, relata a aventura de Mike Hynson, Robert August, “Ironman” Doyle e outros atletas em praias remotas do continente africano e da Austrália.  
NATUREZA SELVAGEM
Mick Fanning (AUS), 2014 J-Bay Open - Jeffreys Bay - Circuito Mundial de surfe (Foto: WSL / Kelly Cestari)Especialista nos tubos de J-Bay, Mick Fanning defende o título (Foto: WSL / Kelly Cestari)
O litoral sul-africano abriga uma das maiores concentrações de tubarões brancos, presença frequente em praias como Jeffreys Bay. Os surfistas ficam com o alerta ligado. Em 2007, o australiano Mick Lowe se assustou ao ver um animal na competição, e, em 2003, o aussie Taj Burrow deixou a disputa com medo de um tubarão. Atual campeão em Jeffreys Bay, o australiano tricampeão mundial Mick Fanning contou que nunca viu um tubarão no line-up da competição, mas garante seguir a intuição para se proteger. 
- Eu já mergulhei com tubarões na costa de J-Bay em uma gaiola e aquilo foi selvagem, mas eu nunca vi nenhum no line-up. É algo que pode te enlouquecer se você pensar muito. Eu prefiro sempre seguir a minha intuição, se eu sentir o perigo, eu não fico dentro da água - disse Fanning, que busca o tetracampeonato no local. 
ATAQUES RECENTES
Surfista Chris Bolwes em estado crítico após ataque de tubarão de 6m na Austrália (Foto: Reprodução/surfeuropemag.com)Litoral sul-africano tem histórico de ataques de tubarões (Foto: Reprodução/surfeuropemag.com)
No último mês, o bodyboarder Caleb Swanepoel, de 19 anos, perdeu a perna direita e sofreu lacerações na esquerda depois de um ataque de um tubarão branco em Buffels Bay. No dia anterior, o surfista Dylan Reddering, de 23, foi atacado, em Plettenberg Bay. No ano passado, um enorme tubarão branco foi visto em um dia de condições perfeitas em J-Bay, causando pânico entre os surfistas. O ex-top da elite mundial Daniel Ross, da Austrália, foi um dos primeiros a perceber a presença do animal. Após a debandada, o big rider Grand "Twiggy" resolveu voltar ao mar usando um "shark pod", uma espécie de "repelente" de tubarões. O dispositivo eletrônico emite ondas sonoras que afastam os predadores. O aparelho, utilizado por surfistas e mergulhadores, funciona em 90% das vezes, segundo testes realizados por pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental (UWA). 
Líder do ranking mundial, Adriano de Souza, o Mineirinho, garantiu que o ambiente é seguro mesmo com a divulgação de ataques recentes no litoral do país. 
- Não me incomoda (o ataque recente de tubarão no país). O lugar estará monitorado com gente olhando o tempo todo. Acho que não correremos risco - analisou o surfista de 28 anos, o mais experiente do "Brazilian Storm" ("Tempestade Brasileira"), representado por sete atletas na elite em 2015 (em J-Bay, serão nove, com Alejo Muniz e Tomas Hermes substituindo lesionados). 
FAVORITOS
Em busca de seu primeiro título mundial, o paulista do Guarujá busca retomar o caminho das vitórias em lugar que lhe trouxe muitas alegrias. Em 2012, Mineirinho conquistou uma etapa válida pelo QS 6 estrelas em Jeffreys Bay, tornando-se o primeiro brasileiro a vencer nas famosas direitas. Além de Adriano e Fanning, outros favoritos são o americano Kelly Slater, maior vencedor da história em Jeffreys Bay, com quatro títulos, além do ídolo local Jordy Smith e do aussie Joel Parkinson, ambos com duas vitórias cada um. 
Mick Fanning e Joel Parkinson após a final da etapa de Jeffreys Bay J-Bay em 2014 Circuito Mundial de surfe 2014 (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)Mick Fanning derrotou o também australiano Joel Parkinson na final de J-Bay em 2014 (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)
BATERIAS EM JEFFREYS BAY
1. Taj Burrow (AUS), Michel Bourez (TAH), Brett Simpson (EUA)
2. Julian Wilson (AUS), Miguel Pupo (BRA), Alejo Muniz (BRA)
3. Owen Wright (AUS), Kai Otton (AUS), C.J. Hobgood (EUA)
4. Filipe Toledo (BRA), Adam Melling (AUS), Dane Reynolds (EUA)
5. Mick Fanning (AUS), Matt Banting (AUS), Tomas Hermes (BRA)
6. Adriano de Souza (BRA), Kolohe Andino (EUA), Slade Prestwich (AFS)
7. Josh Kerr (AUS), Sebastian Zietz (AFS), Dusty Payne (HAV)
8. Kelly Slater (EUA), Matt Wilkinson (AUS), Glenn Hall (IRL)
9. Nat Young (EUA), Wiggolly Dantas (BRA), Adrian Buchan (AUS)
10. Ítalo Ferreira (BRA), Jadson André (BRA), Fred Pattachia Jr. (HAV)
11. Bede Durbidge (AUS), Jordy Smith (AFS), Ricardo Christie (NZL)
12. Joel Parkinson (AUS), Gabriel Medina (BRA), Keanu Asing (HAV)
TODOS OS CAMPEÕES
 2014 - CT - Mick Fanning (AUS), Joel Parkinson (AUS)
2012 - QS - Adriano de Souza (SP)/Joan Duru (FRA)
2011 - CT - Jordy Smith (AFS), Mick Fanning (AUS)
2010 - CT - Jordy Smith (AFS), Adam Melling (AUS)
2009 - CT - Joel Parkinson (AUS), Damien Hobgood (EUA)
2008 - CT - Kelly Slater (EUA), Mick Fanning (AUS)
2007 - CT - Taj Burrow (AUS), Kelly Slater (EUA)
2006 - CT - Mick Fanning (AUS), Taj Burrow (AUS)
2005 - CT - Kelly Slater (EUA), Andy Irons (HAW)
2004 - CT - Andy Irons (HAV), Nathan Hedge (AUS)
2003 - CT - Kelly Slater (EUA), Damien Hobgood (EUA)
2002 - CT - Mick Fanning (AUS), Michael Lowe (AUS)
2001 - CT - Jake Paterson (AUS), Taylor Knox (EUA)
2000 - CT - Jake Paterson (AUS), Peterson Rosa (PR)
1999 - CT - Joel Parkinson (AUS), Ross Williams (HAV)
1998 - CT - Michael Barry (AUS), Sunny Garcia (HAV)
1997 - QS - Jevon Le Roux (AFS), Frankie Oberholzer (AFS)
1996 - CT - Kelly Slater (EUA), Taylor Knox (EUA)
1996 - QS - Shane Thorne (AFS), Vetea David (TAH)
1995 - QS - Seth Hulley (AFS), Vetea David (TAH)
1994 - QS - Justin Strong (AFS), Shane Powell (AUS)
1993 - QS - Michael Barry (AUS), Kelly Slater (EUA)
1984 - CT - Mark Occhilupo (AUS), Hans Hedemann (HAV)