sexta-feira, 13 de maio de 2011

Flamengo joga amistoso contra a Desportiva visando à Copa Brasil

Equipe do técnico Andrey Valério está treinando no Espírito Santo para o torneio de futebol de areia e enfrenta os donos da casa neste sábado

Por GLOBOESPORTE.COM Cariacica, ES
O Flamengo está treinando no Espírito Santo visando à Copa Brasil de Futebol de Areia, que será realizada de 18 a 22 deste mês em Manaus (AM). Neste sábado, a equipe rubro-negra disputa um amistoso contra a Desportiva, na Arena de Alto Laje, em Cariacica, às 9h.

O técnico do Flamengo, Andrey Valério, ex-seleção brasileira, espera fazer diversas observações no elenco, que conta com os goleiros Pierre e Willian e ainda Claudinho, ex-seleção brasileira; Mosca, destaque da seleção carioca; Toinho e Gigante, revelações do futebol de areia carioca; e os capixabas Raphael, Lekão, Patrick e João Vitor.
Andrey Valério Flamengo futebol de areia (Foto: Divulgação)Técnico Andrey Valério orienta os jogadores rubro-negros durante o treino (Foto: Divulgação)
Raphael, que nasceu no Espírito Santo, espera um jogo duríssimo.
- Vamos enfrentar uma equipe com ótimos atletas do futebol de areia capixaba, todos com experiência em grandes eventos.
Oito equipes divididas em dois grupos vão disputar a Copa Brasil. O Grupo A terá Vasco, Flamengo, Santa Cruz e Manaus. No B, Corinthians, Botafogo, Sampaio Corrêa (MA) e Vitória
Confira a tabela do torneio:
1ª rodada (18/5)
Corinthians x Vitória
Botafogo x Sampaio Corrêa
Vasco da Gama x Manaus
Flamengo x Santa Cruz
2ª rodada (19/5)
Botafogo x Vitória
Corinthians x Sampaio Correa
Flamengo x Manaus
Vasco da Gama x Santa Cruz
3ª Rodada (20/5)
Vitória x Sampaio Corrêa
Corinthians x Botafogo
Santa Cruz x Manaus
Flamengo x Vasco da Gama
Semifinais (21/5)
1º do A x 2º do B
1º do B x 2º do A
Disputa do 3º lugar (22/5)
Final (22/5)

Depois de se despedir, Marcelo Nicácio renova com o Ceará

Atacante ficou fora do segundo jogo contra o Flamengo por não aceitar tempo de compromisso oferecido pelo clube, mas volta atrás

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza
marcelo nicácio ceará treino (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Marcelo Nicácio assinou até dezembro de 2012
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Depois de recusar proposta do Ceará para a renovação de seu contrato antes do segundo jogo contra o Flamengo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, o atacante Marcelo Nicácio se acertou com o clube. No início da noite desta sexta-feira, o jogador renovou seu contrato com o Ceará até dezembro de 2012, anunciou o site oficial do clube alvinegro.
Mais cedo, Nicácio dissera que não havia entrado em acordo com o presidente do Ceará, Evandro Leitão, porque queria três anos de contrato, enquanto o oferecido era de apenas um ano e meio. Acabou prevalecendo, pelo menos neste item, a vontade do clube. Com a renovação, ele estará à disposição do técnico Vagner Mancini para as semifinais da Copa do Brasil contra o Coritiba, e para a disputa do Brasileirão.
Um dos destaques do time na partida de ida contra o Flamengo, quando fez o primeiro dos dois gols da vitória de 2 a 1 no Engenhão, Nicácio acabou ficando fora do segundo jogo, em Fortaleza. O seu compromisso com o Ceará iria até o próximo domingo. O atacante é o artilheiro do Ceará na temporada com 18 gols, 16 foram marcados no Campeonato Cearense e dois na Copa do Brasil.

Elton pula para o terceiro lugar na artilharia do Vasco neste século

Gol da classificação para semifinal da Copa do Brasil foi o de número 39 do atacante pelo clube. Agora, ele só está atrás de Leandro Amaral e Romário

Por Cassius Leitão, Fred Huber e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
elton vasco x atlético-pr (Foto: FOTOCOM.NET)Elton voltou a ser protagonista (Foto: FOTOCOM.NET)
O gol de Elton no empate em 1 a 1 contra o Atlético-PR, além de garantir a classificação do Vasco para a semifinal da Copa do Brasil, representou uma marca pessoal importante. Ele chegou aos 39 gols, o que o coloca, ao lado de Morais, na terceira colocação na lista dos maiores artilheiros do clube neste século. Atualmente só perde para Romário, o líder com 131 gols, e Leandro Amaral, que tem 51. Alcançar o topo e superar o Baixinho não é missão fácil, mas Elton espera superar pelo menos o vice (confira abaixo a lista dos dez primeiros a partir de 2001).
Para a meta ficar ainda mais tranquila, o atacante sabe que precisa trabalhar muito até conseguir recuperar a vaga de titular, de quem foi dono durante bom tempo. Principalmente em 2009, quando foi artilheiro da Série B ao marcar boa parte dos gols que o colocaram nesta lista - foram 17. Ele acredita que tenha qualidade para superar a concorrência de Alecsandro, o atual dono da vaga. E quer fazer isso com muito respeito.
- Sei da minha capacidade e também das limitações. O que ninguém pode falar é que não estou trabalhando e me dedicando todos os dias. Tenho de manter a tranquilidade. Em 2009, quando eu cheguei ao clube, foi a mesma coisa: precisei superar concorrentes até me firmar. Agora tenho de provar mais uma vez - afirmou o atacante que, por coincidência, veste a camisa 39, mesmo número de gols marcados pelo Vasco.
Estar entre os reservas atualmente é a única situação que incomoda Elton. De resto, a alegria por ter voltado a São Januário é imensa e ele nem pensa em deixar o Vasco novamente.
- O jogador que se sentir satisfeito no banco precisa parar de jogar. Esse não é o meu caso. Vou continuar provando que posso jogar e tentar aproveitar todas as oportunidades aqui no Vasco. Todos sabem do meu carinho pelo clube e pela torcida. Me sinto feliz e em paz aqui - finalizou.
CONFIRA A LISTA DOS DEZ PRIMEIROS DO SÉCULO XXI:
(Gols marcados a partir de 2001)
Jogador Gols
1) Romário 131
2) Leandro Amaral 51
3) Elton 39
3) Morais 39
5) Valdir 35
6) Ramon Menezes 34
7) Alex Dias 33
8) Edmundo 31
9) Petkovic 28
10) Souza 25

Cigano: 'Estou em excelente fase e preciso aproveitar'

Brasileiro lamenta retirada de Brock Lesnar, mas vê boa oportunidade em duelo com Shane Carwin: 'O importante para mim agora é lutar'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
ufc mma junior cigano dos santos (Foto: Divulgação)Cigano está ansioso para voltar ao Octógono pela
primeira vez em dez meses (Foto: Divulgação)
O brasileiro Júnior "Cigano" dos Santos vai lutar pela primeira vez em dez meses no dia 11 de junho, quando encara Shane Carwin no UFC 131, em Vancouver, no Canadá. Carwin é o terceiro adversário diferente apontado para o catarinense, que enfrentaria o atual campeão dos pesos pesados, Cain Velasquez, e o ex-campeão Brock Lesnar, mas ambos cancelaram os combates por conta de lesões.
Apesar de mais uma mudança, anunciada na última quinta-feira pelo UFC com menos de um mês de antecedência, Cigano está aliviado em poder voltar ao Octógono, independentemente do adversário.
- O importante para mim agora é lutar. Estou desde agosto sem lutar. É o que eu faço, estou em excelente fase na minha vida e preciso aproveitar. Vou ter que mudar um pouco da minha estratégia, mas acho que não terei muitos problemas - disse o brasileiro, por telefone.
Carwin é ex-campeão interino do UFC e tem apenas uma derrota na carreira, justamente para Lesnar. O americano tem características semelhantes às de Cigano e também não pisa no Octógono há quase um ano - sua luta contra Lesnar foi em 3 de julho de 2010. O lutador brasileiro espera um combate equilibrado, mas está confiante na vitória, que o colocaria novamente em posição para enfrentar o atual campeão dos pesados, Velasquez, que recentemente retornou aos treinos.
- Carwin é bastante perigoso nesta categoria, é mais ou menos como o Brock Lesnar, mas ele tem um boxe muito bom e uma mão bem pesada. Minha intenção é manter a luta em pé e apostar no meu boxe, que confio muito. Vou respeitar o Carwin, ele é muito perigoso no boxe, mas essa é também a minha especialidade. Vai ser chumbo grosso de ambos os lados e eu tenho certeza que posso sair vencedor.
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Cigano ainda lamentou bastante a notícia de que Lesnar teve uma reincidência da diverticulite (inflamação no intestino grosso), mal que já havia acometido o americano em 2009. Os dois se conheceram melhor nas gravações do reality show "The Ultimate Fighter", exibido pelo canal Combate, em que cada um treinou uma equipe de lutadores. A luta no UFC 131 encerraria o programa.
- Não tenho contato com o Lesnar. Ele é um cara até legal, conversamos durante as gravações do show, mas depois não nos falamos mais. São coisas que pegam a gente de surpresa, e ele sofreu muito na primeira vez que teve. Desejo que melhore o mais rápido possível e que ele volte o quanto antes, que tenha muita sorte e que dê tudo certo em sua recuperação. Seria um grande prazer lutar com ele - afirmou o catarinense.

No seu aniversário de 55 anos, Rosinei Campos é homenageado pelos pilotos Apelidado de Meinha por conta de um personagem de Chico Anysio, dono das equipes RC e RCM vai completar 376 corridas na principal categoria brasileira Por Rafael Honório Nova Santa Rita, RS imprimir Da primeira corrida da história da Stock Car, em 1979, à etapa de Nova Santa Rita em 2011, passaram-se 32 anos. Uma pessoa viu toda essa trajetória dos boxes da principal categoria do automobilismo brasileiro: Rosinei Campos, o Meinha. Dono da RC e da RCM Motorsport, o chefe de equipe completou 55 anos nesta sexta-feira. Uma história de vida que se mistura aos episódios das 376 corridas disputadas na categoria. - No início, a Stock Car era bem mais amadora: os carros eram mais simples. De lá para cá, ela foi evoluindo a cada ano. Hoje, é uma categoria com mais tecnologia e qualidade. Mas a gente sempre tem emoção. Isso é uma coisa que não passa. Às vezes, eu penso "isso nunca vai mudar". A gente sempre fica ansioso, mas agora conseguimos trabalhar melhor - disse. Stock Car: Rosinei Campos posa ao lado dos seus pilotos (Foto: Duda Bairros/Divulgação)O chefe Meinha posa orgulhoso entre os pilotos Max Wilson e Ricardo Maurício, da RC, e Thiago Camilo e Lico Kaesemodel, da RC; eles querem dar a vitória como presente ao patrão experiente (Foto: Duda Bairros) O apelido curioso vem dos tempos em que ainda era mecânico nas corridas. O personagem Meinha era um jogador de futebol interpretado por Chica Anysio, no programa "Chico City". Por sua semelhança física, Rosinei acabou ganhando o "codinome" que o acompanha até hoje. Formado em Mecânica de Automóveis pelo SENAI, ele começou a trabalhar em oficina de retificação de motores e, em 1978, foi trabalhar com Marcos Curi, que conhecia o piloto Raul Boesel. A preparação de um Opala para a Stock Car acabou gerando um problema entre os dois amigos e Meinha acompanhou Boesel em sua primeira temporada na categoria. Trabalhando nos motores do carro, Meinha aprendeu um lema que leva até hoje em sua gestão das duas equipes. - Nós somos uma equipe e não apenas eu. É um grupo de pessoas que trabalha pelo mesmo objetivo. Alguns não são tão antigos, mas todos são pessoas bacanas e que respeitam a nossa experiência. O trabalho é dividido para a RC e RCM. Na oficina, a gente faz os carros na mesma qualidade. Mas, quando chega na pista, cada um cuida da sua parte - explicou. Sob a batuta de Meinha estão quatro pilotos: Max Wilson e Ricardo Maurício pela RC, e Lico Kaesemodel e Thiago Camilo pela RCM Motorsport. Todos eles respeitam a história do tetracampeão da Stock Car e sabem que têm muito a aprender com o "veterano". Stock Car: Rosinei Campos comemora vitória (Foto: Duda Bairros/Divulgação)No pódio, Rosinei Campos comemora uma de suas vitórias com Ricardo Maurício(Foto: Duda Bairros) - O Meinha é uma pessoas muito fácil de lidar. Ele se envolve muito: você vê a vontade dele em melhorar e enxerga o nervosismo dele em uma classificação. Ele é muito centrado e muito experiente no que ele faz - disse Ricardinho. - É um cara que tem um conhecimento muito grande e uma experiência fantástica. Ele está desde a primeira prova da Stock, trabalhando na categoria. Eu estou muito satisfeito de poder correr em uma equipe dele, com uma boa estrutura. Está sendo muito bom trabalhar e aprender com ele - afirmou Thiago. - Para mim, é uma honra poder fazer parte da história do Meinha no automobilismo. Esse é o nosso terceiro ano juntos e ele é um cara muito capacitado no que faz. Além disso, é uma excelente pessoa e muito simples - detalhou Max. O aniversário de Meinha começou a ser comemorado em grande estilo. No primeiro treino livre para a etapa de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, Max Wilson dominou e foi o mais rápido. O dono do carro 65 já deu o primeiro "presente" ao chefe, mas ele quer mais. - De preferência, eu quero o presente no domingo. Mas a gente sabe que não é fácil - minimizou Meinha. - Domingo, o presente quem vai dar sou eu. Vou sair daqui com a vitória para ele - decretou Thiago. - A gente está aqui para presentear. Graças a Deus, a gente começou bem no primeiro treino - declarou Max. - O que a gente gostaria de dar para ele de presente é a vitória. E eu espero que seja eu. Se não for eu, que seja o Max - finalizou Ricardo. Meinha conquistou os títulos da Stock Car em 2006 e 2007, com Cacá Bueno, e em 2010, com Max Wilson. Na temporada 2008, Rosinei não comemorou o título por pilotos, mas levantou o troféu por equipes.

Maurren Maggi chega confiante para disputa do GP Internacional de Belém

Campeã olímpica afirma que está bem para brigar pela vitória no salto em distância. Na mesma prova, Keila Costa vai buscar o índice para o Mundial

Por GLOBOESPORTE.COM Belém, Pará
Maurren Maggi (Foto: Wagner Carmo/CBAt)Maurren Maggi chega a Belém para a disputa do
GP Internacional (Foto: Wagner Carmo/CBAt)
Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância em Pequim 2008, chegou nesta sexta-feira, 13, a Belém. Na capital paraense, Maurren disputará, na manhã do próximo domingo, o GP Internacional no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. O meeting é o segundo da série de cinco eventos que vai acontecer até o fim de maio.
Maurren tem a expectativa de um bom resultado, principalmente depois da medalha de prata conquistada na etapa de abertura do Diamond League, em Doha, com um salto de 6,87 m. Com a marca, ela garantiu índice para o Campeonato Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, em agosto (a marca exigida é de 6,65 m), e para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em outubro (índice é de 6,69 m).
- Estou muito bem para essa prova em Belém, ainda mais depois do resultado no Catar. Esse ano é importante, tem o Mundial, mas meu foco principal é o Pan, onde quero garantir o tri - disse Maurren.
Outra saltadora que quer ser destaque em Belém é Keila Costa, que vai competir no salto triplo e no salto em distância.
- No triplo, já tenho índice para o Pan e para o Mundial, vou atrás também da vaga no salto em distância - disse a atleta pernambucana.
- Este é um ano de competições importantes e o treinamento é bem específico. Há essa sequência de meetings no Brasil, depois o Mundial e, em seguida, o Pan. São três fases em que o treinamento é intensificado, alternando com períodos de recuperação - explicou Nélio Moura, treinador de Maurren e Keila.
O GP acontece neste domingo no Mangueirão, a partir das 8h30. A entrada é franca, mas os interessados devem retirar os ingressos nas bilheterias do estádio. A TV Globo exibe as provas dentro do Esporte Espetacular.

Botafogo mescla jovens e veteranos para fazer bonito na Copa Brasil

Clube contrata ex-técnico do Vasco, Gilberto Costa, e reúne jogadores como Sidney, Bruno Malias, Juninho, Betinho e Alan para torneio em Manaus

Por Igor Christ Rio de Janeiro
Com um elenco que mescla jogadores experientes com jovens talentos, o Botafogo está pronto para fazer bonito na Copa Brasil de Clubes, que será realizada de 18 a 22 de maio, em Manaus. Para fazer frente aos rivais Flamengo e Vasco, o Alvinegro contratou o técnico Gilberto Costa, campeão do Mundialito de Clubes pelo time cruz-maltino. Além disso, reuniu atletas consagrados como Sidney, Bruno Malias, Juninho, Betinho, o português Alan e os novatos Fred e Bernardo.
jogadores no treino do Botafogo de futebol de areia (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Técnico Gilberto Costa orienta Bruno Malias, Juninho, Alan e Sidney (Foto:Igor Christ/GLOBOESPORTE.COM)
No grupo B da competição, o Botafogo vai enfrentar na primeira fase Corinthians, Sampaio Correia (MA) e Vitória-BA. Na outra chave, estão Vasco, Flamengo, Santa Cruz e Manaus. Para o técnico Gilberto, o time cruz-maltino é o favorito ao título do torneio.
- Temos uma base forte, mas que ainda precisa ganhar mais entrosamento para fazer frente a a Flamengo, Vasco e Corinthians, por exemplo. Temos jogadores da seleção brasileira e outros jovens atletas, como Fred e Bernardo, que estão buscando espaço. A expectativa para a Copa Brasil é de primeiro garantir vaga na fase final e depois tentar buscar o título - afirmou o treinador.
Figura carimbada nas convocações da seleção brasileira, o atacante Sidney não disputou o último Mundialito de Clubes e está ansioso para representar o clube na Copa Brasil. O jogador disse que não vê a hora de entrar em quadra com a camisa alvinegra.
- Nossa base está ótima, com jogadores de nível de seleção e temos todas as condições de brigar pelo título. Mas Vasco e Corinthians são os favoritos, pelo entrosamento e também pelo elenco que possuem - destacou o atleta.
presidente do Botafogo acompanha o treino do futebol de areia (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Presidente Maurício Assumpção ao lado de Sidney
Para Bruno Malias, que disputou o Mundialito pelo Boca Juniors-ARG, o Botafogo vai dar trabalho aos adversários. O atacante fez questão de destacar a união da equipe.
- O grupo está unido, empolgado e vem se dedicando bastante aos treinamentos. Não é qualquer time que reúne craques como Betinho, Sidney, Juninho e Alan. Espero representar bem o clube.
A montagem do elenco alvinegro é apenas o início do projeto do Botafogo para o futebol de areia. De acordo com o presidente Maurício Assumpção, o objetivo é investir cada vez mais na formação de futuros craques, incluindo até a criação de um Centro de Exclência, na Praia de Copacabana.
- É o início do projeto que vai atender desde a divisão de base até o profissional. Em junho, nós teremos um Centro de Excelência na modalidade para formar craques do futebol de areia. Isso vai possibilitar que os jogadores tenham uma atividade durante todo o ano. Além de jogar, eles vão se tornar referências para os jovens, atuando como monitores. Além disso, também temos a ideia de levar o nome do Botafogo para o exterior, com viagens e excursões em outros países - declarou Assumpção.
 

Comitê Organizador Local da Copa de 2014 visita CT tricolor em Cotia

Local, usado pelas categorias de base do São Paulo, pode receber seleções

Por GLOBOESPORTE.COM Cotia, SP
Membros do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 estiveram no CT Laudo Natel, em Cotia, para avaliar se o espaço que pertence ao São Paulo e é usado pela base pode receber seleções para treinamento no período do Mundial. Dois arquitetos da empresa parceira do COL fizeram uma vistoria no local nesta sexta-feira. As informações são do site oficial do São Paulo.
Visita do Comitê da Copa 2014 ao CT do São Paulo (Foto: Luiz Pires / Vipcomm)Visita do Comitê da Copa 2014 ao CT do São Paulo, em Cotia, nesta sexta (Foto: Luiz Pires / Vipcomm)
Os arquitetos Rodrigo Monzalle e Luisa Xavier foram acompanhados pelo engenheiro Walter Follador, gerente de manutenção do clube, por Edson Pinto, gerente administrativo e por Marcelo Lima, coordenador das categorias de base. Os funcionários preencheram um questionário técnico. A vistoria passou pelos campos, arquibancada, Reffis, refeitório e piscina.
O CT de Cotia receberá outra equipe técnica para avaliar a área de hospedagem dos locais de treinamento. A data ainda não foi marcada.
Vistoria comitê copa 2014 cotia (Foto: Luiz Pires / Vipcomm)Arquitetos vistoriaram todas as instalações, inclusive a piscina aquecida (Foto: Luiz Pires / Vipcomm)

Shakira ou Sara? 'EE de Bolsa' faz enquete para saber quem é a preferida

Thalita Rebouças opina sobre casais Shakira/Piqué e Sara/Casillas. Cintia Barlem pede a opinião dos jornalistas do GLOBOESPORTE.COM

Por GLOBOESPORTE.CO
Quem você escolheria? Shakira ou Sara Carbonero? A grande questão do momento na Espanha não tem a ver com táticas de futebol e sim com a vida extracampo de dois jogadores. Uma revista espanhola decidiu fazer uma pesquisa e escolher qual a melhor namorada: a do zagueiro Piqué, do Barcelona, ou a do goleiro Casillas, do Real Madrid. A cantora colombiana, que tem um relacionamento com o jogador do Barça, acabou vencendo por 4 a 2.
Assista ao vídeo ao lado!
O "EE de Bolsa" resolveu se meter no assunto, opinar sobre os casais e fazer também sua própria enquete. A escritora Thalita Rebouças relembrou alguns momentos marcantes dos pompinhos. Já a repórter Cintia Barlem invadiu a redação do GLOBOESPORTE.COM e perguntou para quem entende do assunto: os jornalistas esportivos.
Shakira (Foto: Reprodução)Shakira e Piqué (Foto: Reprodução)
Foram avaliados diversos quesitos como modificações estéticas e sensualidade. Mas alguns repórteres preferiram ressaltar outros méritos das concorrentes. O jornalista Marcos Felipe, que integra a editoria de futebol internacional do site, escolheu Sara Carbonero. Segundo ele, o objetivo é valorizar a classe jornalística, já que a namorada do jogador do Real Madrid e da Seleção da Espanha é repórter de um canal de TV.
- Eu fico com a Sara Carbonero porque eu sou corporativista. Ela é jornalista também. É bonita tanto quanto a Shakira, só que ganhou um beijo na Copa do Mundo (2010) e acho que merece esse prêmio.
Mas outras argumentações foram usadas na movimentada eleição, que teve Sara Carbonero como vencedora, ao contrário da enquete da revista espanhola. Confira no vídeo quanto foi o placar e faça sua escolha também. No blog Donas do Campinho, você pode acessar fotos das duas musas, além da votação feita pela revista In Touch, da Espanha.
M Rio de Janeiro 
 

Contra 'burrice e covardia', técnico Tite promete Timão no ataque na Vila

Treinador diz que não mudará forma de atuar do Corinthians na casa do Santos em confronto que vale o título do Campeonato Paulista de 2011

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
tite corinthians (Foto: Agência Estado)Tite no treino do Corinthians (Foto: Agência Estado)
Tite falou no início da semana que não teme a força do Santos na Vila Belmiro. Por isso, já descartou mudar a postura do Corinthians para o segundo jogo das finais do Campeonato Paulista, neste domingo, às 16h, no litoral. O treinador promete uma equipe corajosa para ficar com o título sem precisar das penalidades, como aconteceu nas semifinais diante do Palmeiras.
- Se o técnico muda a característica de sua equipe neste momento, ele é burro ou covarde. Burrice pode ser até na interpretação, mas, na ideia, não vou mudar a eqiupe que jogou cinco clássicos e perdeu um. E aquele que perdeu (2 a 1 para o São Paulo) foi um crime pelo desempenho. Se eu fosse covarde, nem viria para cá – afirmou.
O comandante corintiano não acredita que esperar o Santos no campo defensivo seja uma boa alternativa para derrotá-lo na Vila Belmiro. Ele promete um Corinthians também procurando o ataque para surpreender o adversário, estratégia adotada desde o início do estadual contra adversários de maior ou menor expressão.
- O Corinthians vai jogar como vem jogando. Não acredito em só ficar atrás, defendendo. A equipe não é assim. Não vou tirar a normalidade da equipe. Isso é querer encontrar a solução mágica. Vamos impor nosso melhor futebol mesmo na Vila – ressaltou.
A defesa, porém, não foi esquecida. No primeiro duelo, o zagueiro Wallace foi escalado na lateral direita para tentar anular Neymar. Agora, com o retorno do titular Alessandro, o treinador garante que o jogador terá liberdade para chegar ao ataque, mas sem se descuidar da estrela santista.
- São outras características, mas vamos ter saída. Só não vou dizer como – completou.
 

Felipe perde terço que servia como amuleto, mas não abala sua fé no Fla

Amuleto sumiu no meio da confusão com policiais no fim do primeiro tempo contra o Ceará. Goleiro espera conseguir outro até estreia no Brasileirão

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
felipe terço flamengo (Foto: Agência Estado)Na mão de Felipe, contra o Flu, o terço que ele
perdeu em Fortaleza (Foto: Agência Estado)
Além da eliminação na Copa do Brasil no empate em 2 a 2 com o Ceará na última quarta-feira, Felipe teve outra grande perda na área religiosa. O terço que o goleiro carregava há seis anos e que levava para o campo para abençoar momentos decisivos ficou no gramado do estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, depois da confusão no fim do primeiro tempo envolvendo policiais locais.
- Perdi meu terço. Foi culpa de um policial. Se ele tivesse aquela vontade toda para prender ladrão... Estive em Salvador no dia seguinte ao jogo, mas não deu tempo de conseguir outro. Até a estreia contra o Avaí espero ter um novinho para dar a sorte que o outro dava. Ainda procurei no gramado, mas não achei. Quem encontrou terá bastante sorte - disse o goleiro.
Felipe, porém, não acredita que isso tenha influenciado no resultado. O goleiro reserva Paulo Vitor chegou a ajudar a procurar o terço, que ficou famoso nas disputas de pênaltis no Campeonato Carioca contra Botafogo, Fluminense e Vasco, quando o camisa 1 carregava e beijava o objeto religioso.
- Se fosse assim (a perda influenciasse no resultado), todo atleta teria que usar um (risos). Vou mandar buscar um novo em Aparecida do Norte (São Paulo).
Além da fé, Felipe aposta na força do grupo rubro-negro para reverter a situação.
- Não é porque fomos eliminados numa partida que está tudo errado. A equipe está de cabeça erguida. Nossa equipe foi remontada, depois de um ano bastante complicado em 2010. Ninguém imaginava ser campeão carioca invicto. Agora, é pensar no Campeonato Brasileiro e na Sul-Americana.
O Flamengo estreia no Brasileirão no próximo dia 21, contra o Avaí, às 18h30m, no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé.

Empresário prevê renovação 'muito tranquila' de Abreu com o Botafogo

Representante do atacante está no Rio de Janeiro e afirma que, apesar de acordo não estar assinado, existe acordo e desejo de continuidade

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Loco Abreu treino Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Loco Abreu: renovação com o Botafogo
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Desde a tarde da última quinta-feira no Rio de Janeiro, o empresário Jorge Chijane acompanha a rotina de seus clientes Loco Abreu e Arévalo Ríos. Além disso, aproveita para retomar as conversas com o Botafogo sobre a renovação do contrato do atacante, que vence em dezembro. Existe um acordo verbal para um vínculo que irá até o fim 2012, e o procurador acredita que a fomalização do acerto se dará de forma tranquila.
- Tranquila, não. Muito tranquila. Existe um respeito entre as partes e o desejo mútuo de que haja uma continuidade. Mas o Abreu é um profissional, e tudo precisa ser conversado. Ainda não há nada assinado, mas, como vim ao Rio, estamos tratando do assunto com o Botafogo - afirmou Jorge Chijane.
O empresário confirma que o acordo de renovação está apalavrado, mas prefere agir com cautela, lembrando que Loco Abreu ainda tem quase sete meses de contrato a cumprir. No entanto, a vontade do Botafogo é de que o novo contrato seja assinado até que o atacante se junte à seleção do Uruguai para a disputa da Copa América.
- Temos a oportunidade de conversar antes do fim do contrato. Por enquanto estamos fazendo isso. Mas o fato é que o Abreu está muito feliz com sua família no Rio de Janeiro, tem carinho pelo clube e deseja continuar no Botafogo.

Impasse entre Atlético-MG e Botafogo pode tirar Jobson do Bahia

Galo estaria devendo dinheiro ao clube carioca, que precisa da liberação do jogador para emprestá-lo ao Tricolor baiano

Por Eric Luis Carvalho e Tamires Fukutani Salvador
Jobson, atacante do Bahia, em coletiva (Foto: Reprodução/TV Bahia)Feliz no Bahia, Jobson diz que não quer deixar o time
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
O atacante Jobson pode ter que se reapresentar ao Atlético-MG. Foi o que revelou seu representante, Antenor Joaquim, na tarde desta sexta-feira. De acordo com o empresário do jogador, existe um impasse entre o Galo e o Botafogo, que impede que o atleta seja regularizado no Bahia.
- Ele está muito feliz, totalmente adaptado ao grupo e quer ficar no clube. Infelizmente, se não conseguirmos resolver este problema, ele terá que se apresentar no Atlético-MG.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Joaquim evitou entrar em detalhes sobre o imbróglio entre os clubes:
- Eles não chegaram a um denominador comum sobre a liberação do Jobson. O Atlético-MG precisa liberar o Jobson para o Botafogo poder emprestar. Ele quer jogar, quer estar à disposição e os trâmites burocráticos não podem impedir o jogador de atuar.
Procurado pela equipe do GLOBOESPORTE.COM, o diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf, foi categórico:
- A gente só trata disso internamente, é um assunto entre Bahia, Atlético-MG e Botafogo. Não vamos falar nada publicamente.
Apesar de ter sido citado por Maluf, o Bahia não teria nada a ver com a história, segundo Joaquim.
- É importante dizer que este problema é entre o Botafogo e o Atlético. O Bahia não tem culpa nenhuma nisso. Vamos torcer para que a diretoria do Atlético cumpra com suas obrigações e não atrapalhe a carreira do Jobson – afirmou Joaquim.
O problema seria uma dívida do Atlético-MG com o Botafogo referente ao empréstimo do jogador. O clube carioca é dono do passe do atacante, que foi emprestado no começo do ano ao Galo. O time mineiro estaria se recusando a pagar a quantia devida ao Botafogo, já que Jobson abandonou o clube no início de março, alegando insatisfação. Para não pagar a dívida, o Atlético-MG teria o atacante de volta ao seu centro de treinamento.
Centro do impasse entre os clubes, o jogador confirma que não quer voltar a Minas Gerais:
- Quero ficar no Bahia. Espero que o Botafogo e o Atlético-MG resolvam logo este assunto, para que eu possa ficar totalmente focado no meu trabalho. Só peço que eles não me impeçam de jogar, que é o que mais gosto de fazer. O Atlético-MG avisou que quer me colocar para treinar em separado e isso seria muito ruim para minha carreira, principalmente agora, que estou feliz e motivado - resumiu o atacante.
Mágoas e elogios

Ao sair do Galo no começo deste ano, a intenção de Jobson era, na verdade, voltar ao Botafogo. No entanto, o clube carioca condicionou um possível retorno à internação e ao tratamento para dependência física. Magoado, o jogador preferiu assinar com o Bahia.
Em pouco mais de uma semana de clube, o atacante ganhou o carinho dos companheiros e, principalmente, do treinador René Simões. Na última quinta-feira, o treinador chegou a comparar Jobson a Garrincha, ao dizer que o atacante, assim como o gênio das pernas tortas, é uma pessoa de alma pura.

Clubes brasileiros vendem menos e arrecadam mais com patrocínios

Diminuição de arrecadação com a venda de jogadores sofre retração pelo terceiro ano consecutivo. Fatia com patrocínios pula de 14% para 17%

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
A cada ano que passa, o hábito de vender jogadores vem perdendo espaço na gestão dos clubes brasileiros. De acordo com a auditoria da BDO RCS, a prática diminuiu pelo terceiro ano consecutivo e significa, agora, apenas 15% das receitas. Por outro lado, arrecadar com patrocínio e publicidade está ficando mais importante. Essa parcela, que em 2009 representava 14% das receitas, pulou para 17%. As cotas de televisão continuam em primeiro lugar no ranking, mas mantendo o percentual: 28%.
balanço BDO participação das Fontes (Foto: Divulgação)Gráfico da empresa BDO RCS compara fontes de receita dos clubes em 2009 e 2010 (Imagem: divulgação)
Em 2009, a queda da arrecadação com a venda de jogadores foi resultado, segundo a BDO RCS, da crise econômica na Europa. Entretanto, em 2010 já existem outros motivos que contribuem para isso.
- É uma soma de fatores. A Europa sofre com a desaceleração de um mercado em crise. Mas vender jogadores também ficou menos atrativo por causa dos fundos de investimento (os clubes negociam parte de seus jogadores para eles). O dólar também está mais barato. A gente percebeu que em 2009 era só a crise, mas em 2010 teve outros fatores. Os clubes também passaram a investir, trazer jogadores de nome - explicou Amir Somoggi, diretor da área Esporte Total da BDO.
As maiores fatias dessa pizza são as receitas com TV e publicidade, dominadas principalmente pelos quatro grandes de São Paulo e o Flamengo. O Corinthians, por exemplo, lidera os dois quesitos no país. Só com cotas de TV, saltou de R$ 29 milhões arrecadados em 2009 para R$ 55 milhões em 2010.
Para quem acha que os clubes brasileiros já exploraram tudo o que tinha para ser explorado no que diz respeito a patrocínio e publicidade, Somoggi avisa que não é bem por aí. A BDO apresenta uma previsão de arrecadação nos próximos anos, com o montante podendo chegar a R$ 1,094 bilhão em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, contra os R$ 565 milhões alcançados em 2010.
- No Brasil, mais de 90% dos homens acompanham futebol de alguma forma na mídia. As empresas sabem que investir no futebol é um porto seguro. Os números podem crescer ainda mais se os clubes passarem a investir em novas alternativas de marketing. Eles precisam aprender o que é o marketing esportivo, ser mais ambiciosos, diversificar mais as ações. Há uma gama enorme de operações que podem ser feitas neste setor e que devem ser mais bem exploradas - disse Amir Somoggi.
balanço BDO Patrocíno / Publicidade e Transferência de atletas 3 (Foto: Divulgação)Flamengo e Palmeiras passaram a arrecadar mais com patrocínio e publicidade (Imagem: divulgação)
Somoggi aponta três pontos para serem melhor explorados: em relação aos estádios, os clubes devem deixar de viver da venda dos ingressos e começar a enxergar os jogos como uma real oportunidade para alavancar as receitas com bares, restaurantes, camarotes, venda de produtos, etc. Na Europa, essa receita mais ampla se chama matchday revenue; o marketing precisa deixar de viver da negociação de contratos de patrocínio e alavancar a marca do clube, através de mais ações, projetos de ativação com patrocinadores, etc; e as diretorias têm que perceber que todo o negócio depende muito do relacionamento estreito e contínuo com o torcedor. O futuro do marketing dos clubes depende diretamente de uma respeito maior a eles, que devem ser tratados como verdadeiros clientes.
Há também quem sobreviva, e muito bem, sem contar com os pomposos patrocínios que os clubes de São Paulo e Rio conseguem. O Internacional, segundo clube brasileiro que mais arrecadou no ano passado, é o que mais ganha dinheiro com sócios. Entretanto, a BDO RCS diz que o Colorado precisa continuar investindo nessa área para não ficar para trás.
Em 2010, por exemplo, o Inter teria menos receita do que em 2009 se não fosse a venda do estádio dos Eucaliptos.
- Como não tem maior publicidade, maior bilheteria, o Internacional tem que transformar os R$ 39 milhões ganhos com os sócios em R$ 80 milhões para poder crescer ainda mais. O modelo a seguir é o do Manchester United, que também não tem a maior torcida na Inglaterra e mesmo assim consegue as maiores receitas. Tem que investir no torcedor, nos serviços e campanhas para eles.
Entre os grandes clubes, o Vasco não aparece nos gráficos apresentados por não divulgar em seu balanço anual a divisão detalhada das fontes de receita.
balanço BDO Cotas TV / Bilheteria / Amador / Outras (Foto: Divulgação)Corinthians e Santos deram salto em cotas de TV e bilheteria, respectivamente (Foto: Divulgação)

Falcão confiante em virada: ‘Está longe de ser impossível’

Técnico do Inter confia em reviravolta na decisão estadual e não vê espaço para grandes surpresas no Gre-Nal

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Falcão no treino do Internacional (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Falcão confia em virada após derrota no primeiro
Gre-Nal (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Passada quase uma semana inteira de conversas e treinamentos no Beira-Rio, o técnico do Inter, Paulo Roberto Falcão, tem convicção de que não é uma causa perdida a luta colorada pelo título gaúcho. A derrota de 3 a 2 para o Grêmio no primeiro duelo da decisão estadual complicou a situação vermelha, mas não ao extremo de levar a incredulidade às chuteiras dos atletas. O Inter confia em uma reviravolta.
Falcão é o porta-voz dessa esperança. Ele, porém, admite que a tarefa não é fácil. Para ser campeão, o Inter precisa vencer o Grêmio por dois gols de diferença.
- O futebol permite recuperações imediatas, ao contrário da vida. No futebol, é rápido. É isso que vamos tentar no domingo. É difícil, mas está longe de ser impossível – disse o treinador.
Falcão não vê espaço para grandes surpresas no clássico. Mesmo com a necessidade de fazer pelo menos dois gols no rival, ele não acredita que haja situações que possam deixar o oponente desconsertado.
- O Grêmio sabe tudo do Internacional, e a gente sabe tudo do Grêmio. Não tem muita surpresa. Não há algo que possa surpreender em termos de nome.
O técnico não cria um modelo prévio de atuação para virar a final. Para ele, tudo parte de um ponto essencial: ter um bom rendimento.
- Nossa preocupação é fazer um bom jogo. Se fizermos um bom jogo, podemos ganhar e chegar ao título. É muita coisa: não tomar, fazer três... Temos que ter o foco de fazer um bom jogo. Vamos procurar um resultado que nos interessa.
O Gre-Nal decisivo é às 16h de domingo, no Olímpico. O Inter deve ir a campo com Renan, Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho, D’Alessandro e Oscar; Leandro Damião.

Djokovic arrasa Soderling, vence a 37ª seguida e encara Murray na semifinal

Sérvio não tem problemas para vencer o sueco em 2 sets a 0, em 1h16m

Por SporTV.com Roma
Djokovic masters tênis (Foto: EFE)Djokovic  na vitória contra Soderling (Foto: EFE)
Robin Soderling entrou em quadra motivado. Número 5 do mundo, queria ficar marcado como o homem que parou Novak Djokovic em 2011 e, de quebra, avançar às semifinais no Masters 1.000 de Roma. Não deu. Apesar do bom começo do sueco, que lidou com problemas físicos no segundo set, o sérvio, vice-líder do ranking e imbatível nesta temporada, venceu por 2 sets a 0, parciais 6/3 e 6/0, em 1h16m. Foi seu 37º triunfo seguido, o 35º em 2011.
O próximo adversário é o britânico Andy Murray. Também nesta sexta, o número 4 do mundo superou com muitas dificuldades o alemão Florian Mayer por 2 sets a 1 e garantiu seu lugar na semifinal.
Com a vitória, Djokovic avança rumo a mais uma conquista na temporada. Depois de dois triunfos que ajudaram a Sérvia a conquistar a Copa Davis no fim do ano passado, Nole não perdeu mais. Ele venceu todos os seis torneios que disputou em 2011: o Australian Open, o ATP 500 de Dubai, os Masters 1.000 de Indian Wells e Miami, o ATP 250 de Belgrado e o Masters 1.000 de Madri.
A sequência já e a sexta maior oficial da história - resultados completos foram arquivados a partir de 1975. O recorde é do argentino Guillermo Vilas, com 46 triunfos consecutivos em 1977, seguido por Ivan Lendl (44 em 1981-82), John McEnroe (42 em 1984), Roger Federer (41 em 2006-07) e Bjorn Borg (41 em 1979-80).
O jogo
Como tantos outros na série imbatível de 36 jogos de Novak Djokovic, Soderling pisou em quadra disposto a pôr fim à supremacia do sérvio. Com autoridade, não cedeu pontos e quebrou o saque rival. A resposta veio em seguida: Djokovic devolveu a quebra em bola fora do sueco e empatou o duelo. A partir daí, dominou.
Apesar do esforço de Soderling, Djokovic não vacilou mais. Conquistou uma nova quebra no oitavo game e sacou para o set. Sem dificuldades, confirmou o serviço e, com um ace, fechou a parcial em 6/3.
No segundo set, foi a vez de Djokovic iniciar com uma quebra. Soderling teve a chance de devolver em seguida, mas o sérvio conseguiu evitar e abriu 2/0 com um ace. Na sequência, o número 2 do mundo impediu mais uma vez a confirmação do serviço do sueco e fez 3/0.
Soderling, então, recebeu atendimento fora da quadra. Na volta, fez apenas figuração em quadra. Sem ceder pontos, Djokovic fez 4/0. Com a mesma facilidade, quebrou mais uma vez o saque rival, para, em seguida, fechar o set em 6/0 e garantir a vaga nas semifinais.
 

Neymar pai: 'Neymar é nossa empresa e eu sou presidente'

Em revista, craque do Santos diz que não é filhinho de papai e que jamais consumiu bebida alcoólica. Pai diz que é inevitável que ele vá para a Europa

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Neymar está em foco. Um dia depois de assumir que será pai, o craque do Santos é a estrela principal da última edição da Revista Alfa... ao lado de outro Neymar. Neymar Junior aparece de terno, moicano e gravata na capa da revista. Mas a grande atração da revista é Neymar pai,  que assume sem papas na língua:
- Neymar é a nossa empresa. Eu sou o presidente, junto com minha esposa - e tem a minha filha que ajuda (...) Caramba, você fala... estou tratando meu filho como negócio. Mas, a partir do momento em que ele sai de casa, é meu negócio. É nosso trabalho - diz Neymar pai.
Neymar, o filho, comentou:
- Somos colados um no outro. Sou um cara bem tranquilo, bem centrado, acho que todos me veem como ídolo, mas minha família me vê como o Júnior de casa.
Em outro momento da entrevista, o craque foi incisivo:
- Não sou filhinho de papai porque fui criado em favela. Mas tenho uma relação muito próxima com meu pai - porque é assim que tem de ser.
Segundo a reportagem, Neymar (a empresa) recebe R$ 330 mil reais por mês, mas Neymar (o filho) põe a mão em apenas R$ 10 mil - uma mesada determinada pelo pai.
- O orgulho da gente é saber que Neymar tem dois ouvidos e uma boca, que ele ouve bastante. É alguém que sabe o que quer - diz Neymar (o pai).
Ainda na entrevista, Neymar (o filho) diz jamais ter consumido bebida alcólica:
 - Não gosto de ficar sozinho. Sou um cara que curte estar com amigos. Vou pra casa, jogo sinuca, videogame, converso, assisto a filme, saio para comer um negócio, para dar risada, é uma vida bem tranquila. Nunca bebi álcool.
Neymar (o pai) diz que é impossível evitar que Neymar (o filho) assine um dia com o futebol europeu:
- É inevitável. Pode ser em agosto, pode ser em 2014, pode ser em 2015.

Na prancheta com Joel: 'Estamos vivendo uma mentira no Brasil'

Técnico comemora 30 anos de carreira confiante em voltar a trabalhar e, lembrando as últimas duas Copas, questiona fama de 'melhores do mundo'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
"Nem melhor, nem pior. Apenas diferente”. A alma carioca não deixou Joel Santana escapar do samba e foi do lema do Salgueiro, escola do Rio de Janeiro, que surgiu a inspiração para definir seus 30 anos como técnico, comemorados em 2011. Três décadas de irreverência, frases de efeito e oito títulos estaduais fluminenses, como ele não cansa de lembrar, além de um nacional e internacional com o Vasco.
Dentro de campo, encontros do zagueiro de Vasco e Olaria com Pelé e Zico ajudaram a escrever a história do autoproclamado Rei do Rio. Fora das quatro linhas, uma personalidade cativante, que vai do sorriso fácil das brincadeiras às broncas com os jogadores. Daí, o apelido de Papai.
Para relembrar as décadas no comando da “prancheta nervosa” - que será comercializada em breve -, o GLOBOESPORTE.COM conversou com o técnico, atualmente sem clube. Entre mistérios sobre a saída do Botafogo, lembranças de encontros com ídolos e receitas de macarrão, Joel Santana revelou os ingredientes que montaram o homem que soma 62 anos e muitas histórias para contar.  E questionou o que chama de "mentira" no futebol brasileiro, lembrando o fracasso nas duas últimas Copas do Mundo.
Nós estamos vivendo uma mentira. Nas últimas Copas do Mundo, qual foi a posição do Brasil? Diz que tem os maiores jogadores do mundo e não chega? "
Joel Santana
Em 30 anos como técnico, o que mudou do profissional que começou nas categorias de base do Vasco até agora?
Ganhei mais experiência. A vida ensinou muito, apanhei demais. Viajei por esse mundo afora, estava na Guerra do Golfo. Hoje também estou mais tranquilo, estabilizado. Agora sei que minha vida é um perigo. Tenho que ter muito cuidado para falar as coisas. Às vezes, comento uma coisa que não quis dizer, não quis usar aquela expressão. Tenho poucos amigos. Não gosto de sair e ver que as pessoas estão prestando muita atenção nos meus hábitos. Tudo o que eu tenho só agradeço. Não sou um cara rico, mas tenho a vida definida. Aprendi a guardar o que ganho para dar aos meus filhos coisas que não tive. Isso é o mais importante para mim.
Confira uma galeria de imagens com caras e bocas de Joel
Você tem arrependimentos?
Futebol é muito imediatista. Claro que a gente erra e acerta. Antigamente, eu era mais estourado. Aprendi a não ser assim, a ter mais paciência. Tem que saber lidar com as derrotas. Assumi o Corinthians, fiz muitos amigos, mas fiquei só quatro meses. Entrei errado. Fui no Internacional, e foi igual. Até hoje os presidentes dos dois clubes são meus amigos. No outro ano, o time foi campeão do mundo. Mas jamais vou reclamar. Isso me deu aprendizado. Então, se eu for no Botafogo, tenho amigos. Se for no Flamengo, Vasco e Fluminense, nem se fala. Todo dia almoço ou janto com alguém de algum clube. Todos gostam de mim.
Tem alguma coisa que te incomodou ou ainda incomoda no futebol?
Quer ver uma coisa que machuca? Dizer assim: “Mexeu e não deu certo”. Não deu certo porque o cara não jogou bem, pô. Foi ele que jogou mal. Quando ele jogar bem vai dar certo. Ser tachado de coisas que não fiz também me incomoda. Dizer que me viram num lugar que nunca vão me ver. Nas peladas, sempre vou com amigos que dirigem porque toda pelada de homem tem bebida. Imagina ficar de 18h a 0h e não tomar nada? Eu não gosto de cerveja, gosto de vinho. Mas aí o cara te para na Lei Seca. Aí é capa de jornal, né? Não vou dar oportunidade a isso. Então, eu não saio. Quando saio, vou de táxi. Nada a reclamar, o sistema é assim. Tem que seguir com ele.
Joel Santana durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)Joel conta histórias de sua prancheta
(Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Qual é o principal defeito em um jogador de futebol?
Trato jogador como se fosse da minha família. Ele sabe que eu dependo muito mais dele do que ele de mim. Agora quer ser meu amigo? Não mente para mim. Não sei conviver com a mentira. Fez errado, a gente dá um jeito. Por isso fiquei machucado com o Somália (relatou um falso sequestro-relâmpago em janeiro para justificar falta em treino). Pedi para não fazer mais aquilo. Quem fala a verdade não merece castigo.
Você lembra quando e como começou a ser chamado de Papai Joel?
Acho que começou no Flamengo. Não sei qual foi a coisa que eu fiz, que deu esse impacto. Acho que foi com Obina ou Fabio Luciano. Falou: “Ah, papai gostou? Então vamos fazer o que ele está querendo”. Teve uma festa de um amigo outro dia, que eu ouvi tocar “Uh, uh, Papai Joel”. E eu disse: “Essa é minha” (risos).
Todo mundo conhece o seu currículo de vitórias. E as derrotas? Quais te marcaram mais?
A derrota machuca, te deixa uma ferida. As perguntas são sempre as mesmas: “E aquele jogo que o Pet bateu?” e “E o Cabañas?”. Um jogo que me deixou machucado foi África do Sul x Brasil. Consegui encarar o Brasil até o final. Tomei um gol de falta. Outro foi contra a Espanha. Perdi na prorrogação. Meu goleiro chamava gol, era pequenininho (risos). Outra vez foi quando fiquei invicto na Libertadores de 2001, como ninguém ficou. Perdi o único que não era para perder. Sabe por quê? Não era para pegar o Boca Juniors ali. Tinha que pegar só na final. Tem coisas na vida que ninguém explica. Machuquei o Romário num jogo no Chile. Falei para sair, ele não quis porque queria ser artilheiro. Teve uma contratura na panturrilha. Não jogou contra o Boca e contra o Flamengo. Eu era o melhor do ranking. Em uma semana, perdi a Libertadores, perdi tudo.
Não vou ficar mais um mês desempregado.  O mercado vai esquentar, e o Papai Joel vai voltar. Ele já voltou, o espírito dele. Só falta pousar em algum lugar.
Joel Santana
O que aconteceu na eliminação do Flamengo para o América-MEX na Libertadores de 2008?
Foi o jogo em que mais me aborreci. Tudo na vida tem um porquê e uma história. Eu não poderia ter dirigido aquele jogo. Quando souberam que eu ia embora, não tinha clima. Os três chutes, não tinha como explicar. A preleção, entrada de campo, aquele momento ali, só não enfartei porque meu coração é forte. Eu ainda disse: “Vamos pensar no jogo”. Mas ninguém acreditava. E futebol, quando não se acredita, é que mora o perigo. Íamos jogar dez vezes, ganhar nove e perder um. O dia de perder era aquele. Era um time ruim com aquele gordinho, que sabe fazer gol. E deu no que deu. Outra coisa, quem não jogou naquele jogo? Fabio Luciano. Ele estava numa situação de que não iria treinar só por precaução. Chegou na hora do jogo, não entrou. Entrou um tal de Leonardo, que errou tudo o que podia errar. Mas acontece.
Qual título foi mais emocionante para você?
Todos. Futebol não tem receita de bolo. Cada um tem seu sabor. Um é de chocolate, outro é de coco, maracujá, baunilha. Você escolhe o sabor que quer. O que fica é o trabalho que foi feito com jogadores, comissão técnica e torcida. Todos são muito difíceis. Ninguém imagina o quanto. Só depois que passa você percebe.
Os momentos que passou como jogador moldaram sua trajetória como técnico. Qual foi o atacante mais difícil de marcar para o zagueiro Joel?
O Pelé era o mais chato. Tínhamos que bater muito nele. E ele era mau. Batia também. Pelé não era esse santo todo que falam, não. Se tivesse no dia dele, sai para lá. Sempre me diziam: “Não irrita o cara”. Eu, garoto, empolgado, falava que não queria nem saber. Eu batia nele, ele me batia.
E o Zico? Lembra-se de alguma história com ele?
Peguei o Zico num jogo amistoso, em Niterói. Magrinho, loirinho. Ele me driblava de tudo quanto era jeito. Eu falava: “Gente, tira esse garoto de perto de mim”. Aí, em qualquer momento, eu dei uma porrada nele e saí de campo. Entrou o Gaúcho no meu lugar. E ele era parecido comigo. Depois, quiseram dar porrada no Gaúcho, achando que era eu. E eu já estava na barca há muito tempo (risos).
Joel Santana durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)Joel lembra momentos como jogador
(Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Você acha que ainda há espaço para o futebol-arte nos dias de hoje?
Nós estamos vivendo uma mentira. Se eu falar isso, vão me matar de porrada. Mas, vem cá, nas últimas Copas do Mundo, qual foi a posição do Brasil? Perdeu nas quartas. Diz que tem os maiores jogadores do mundo e não chega? O time que mais marca é o melhor do mundo, que é o Barcelona. A gente acha que o futebol só joga com a bola. A realidade não é essa. Parreira usa muito isso, diz que a eficiência do futebol é atacar e defender em hegemonia. Mas também você luta de acordo com o que tem. Se não tenho time, vou jogar com 4-3-2-1 contra o Santos? Eu estou ferrado. Vão bater com a gente até cansar. Neymar vai vir de lá, vai me driblar até no banco. Vou cair no chão, não quero nem ver (risos). É aquela história que um amigo meu conta. Era um jogo contra o Flamengo, com falta naquele lugar que o Zico gostava, ele era o primeiro homem na barreira. O goleiro mandou ele virar e ele não virou, só respondeu: “Acha que só você quer ver o gol? Eu também quero”. Craque é craque.
Acha que jogador tem força para derrubar um técnico?
Os jogadores podem não se esforçar do jeito que deveriam. Não é um, nem dois, é o grupo. Futebol é o grupo. Não existe a palavra eu, existe nós. Às vezes faz com prazer, às vezes não faz. Quando o cara vem com maçã e você gosta de pêra, você não gosta.
Na sua saída do Botafogo, houve um clima de desentendimento com o Loco Abreu. Como vocês se relacionam agora?
Minha relação com ele é normal e natural, como duas pessoas inteligentes. Num país democrático como o nosso, ele pode concordar ou discordar do que ele quiser. Agora você discorda do seu chefe? Se discordar, ele vai te dar um castigo. Aí que não pode ter mais isso. Na vida é assim: fala quem pode, obedece quem tem juízo. Ele falou o que ele achou que deveria falar, eu respondi da maneira que tinha que responder. O Loco já é esclarecido. Acabou, morreu. Claro que voltaria a trabalhar com ele. Só não divido o mesmo quarto porque ele é muito grande (risos).
Vai escrever o prefácio do livro do Loco, como ele pediu?
Quem sabe?
joel santana loco abreu botafogo treino (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)Joel garante que voltaria a trabalhar com Loco Abreu (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)
Depois da sua saída do Botafogo, muita coisa foi dita. Você escuta as críticas?
O silêncio é a maior arma dos vencedores. Eu sou campeão. Tenho outras coisas para me preocupar. Se a cada coisa que as pessoas falarem de mim eu tiver que responder, vou ficar batendo boca com o mundo. Não sou um Brad Pitt da vida, mas sou um camarada visado. No bom sentido. As pessoas querem que eu fale alguma coisa. Mas não dá mais. A vida responde por mim. Não tenho que responder ao Caio Júnior. Se ele vai jogar ofensivo ou não, é problema dele. Não meu. Nem ao Loco Abreu . Ele é jogador, eu sou treinador. Se ele acha que está certo, é particular dele. Eu faço o que a vida me ensinou. E eu tenho emprego em qualquer lugar. Não vou ficar mais um mês desempregado. Vocês sabem disso. Por quê? O mercado vai esquentar, e o Papai Joel vai voltar. Ele já voltou, o espírito dele. Só falta pousar em algum lugar.
As críticas da torcida tiveram realmente papel fundamental na sua demissão do Botafogo?
Lido há trinta anos com torcida, não vou saber lidar agora? Torcida é igual. Você ganha, aplaude. Perdeu, vaia. Às vezes você é vaiado. Não foi a torcida, não. Foram coisas que envolvem o futebol que só o tempo vai dizer. As coisas não estavam acontecendo da maneira que eu queria. A equipe, o grupo, não estava tão obediente como estava. Tinha o problema do Somália, o Caio falando demais. Estavam falando muito. O maior inimigo agora é essa coisa de Twitter. O cara escreve o que quer e se acha com direito de responder. Jogador é funcionário do clube. Foi o que eu falei para o diretor. O treinador é o treinador e o presidente manda no clube. O resto segue uma linha de conduta.
Pelé não era esse santo todo que falam.  Sempre me diziam: 'Não irrita o cara'. Eu garoto, todo empolgado, não queria nem saber. Eu batia nele, ele me batia."
Joel Santana
Concorda com a fama de retranqueiro que ganhou no Botafogo?
Fiz 76 jogos no Botafogo. Com certeza, em uns 60 terminei com ataque com Caio, Herrera, Loco Abreu e Edno, no ano passado. Quando o time estava inteiro, era quase imbatível. Aí me chamam de retranqueiro. Quer que eu coloque mais quem? Tia Sofia? Como eu ia jogar com o Flamengo e o Fluminense de igual para igual? Vou jogar aberto? Tem que parar com esse negócio. Todo mundo joga no 4-4-2. Vai me incomodar onde só ganhei? O que me incomoda é as pessoas darem opinião sem refletir. Se eu tiro um time de 6 a 0 e sou campeão de dois turnos, sou retranqueiro? Mas aí fica meia dúzia de otários vendendo mentiras. Fala: “Vou jogar para frente, vou fazer isso”. Está jogando do mesmo jeito. Jogar para frente não é ter melhor jogador, é ter estratégia de jogo.
Está acompanhando o Botafogo desde que deixou o clube?
Assisto a todos os jogos. Botafogo perdeu o Carioca, Copa do Brasil. É o que a gente está vendo. Cada um faz seu tipo de trabalho. Eu não falo nada, jogo da maneira que me deu oito títulos, coisa que ninguém conquistou. A história está aí. Agora, encontrar defeito é muito fácil, virtude é difícil. Principalmente num treinador de futebol num estado como esse, que é poderoso.
Lembra quando começou a usar a prancheta?
Comecei a sentir que na beira do campo, às vezes, você fica envolvido na emoção e não consegue guardar tudo que você queria falar para os seus jogadores. Porque você tem um tempo mínimo ali. Às vezes tem jogador que tem dor de barriga, tem que colocar gelo, quer fazer xixi... Não comecei a usar para fazer onda, não. É que ali eu fazia uns desenhos muito feios. Uma seta minha tem um valor danado. Médico escreve tudo errado para a pessoa não imitar a letra dele. Comigo é a mesma coisa. Uma seta aqui, assim, assado, representa muita coisa. E isso foi crescendo até que chegou a um ponto que quiseram acabar com a minha prancheta, matar ela. Disseram que eu era um técnico ultrapassado, que agora era laptop, o bonitinho. Mas aí viram que a prancheta tem o seu valor. Agora ela está na crista da onda.
Já perdeu a prancheta alguma vez?
Eu perdi uma vez e fiquei louco, mas alguém guardou para mim. Poxa, ali estava a arma do crime todo. Tudo escrito por tópico. Aquilo é segredo de estado.
Quando saiu do Botafogo, mostrou uma foto sua com o Nilton Santos que estava na prancheta. Ela continua lá?
Continua. A prancheta continua da mesma forma que eu deixei na bolsa quando saí do Botafogo. Mas está sapateando, nervosa para trabalhar. Outro dia ela me cobrou: “Como é que é, cara? Vou continuar aqui até quando? Estou doida para sentir aquele clima”. Eu respondi: “Calma, filhinha” (risos).
Joel Santana durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)Joel sorri ao contar suas receitas de macarrão
(Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Como é a sua rotina quando não está trabalhando?
Gosto de uma praia. Não para ficar no sol, que eu não posso, mas para ler meu jornal. Adoro domingo. Cinema, eu amo. Vejo “Chacal”, “007”, até desenhos como “Avatar” e “Harry Potter”. Quando tenho tempo e cabeça, leio um livro. Gosto de andar de bermuda, camiseta e chinelo de dedo. Às vezes você está trabalhando e quer ter folga. Às vezes passo dez, quinze dias sem trabalhar e já dá vontade de voltar. O meu relógio ainda está na hora em que eu acordava quando trabalhava no Botafogo, 6h30m. No princípio eu levantava e percebia: “Ih, rapaz, não tem treino hoje, não. Acabou”.
Já está pensando em aposentadoria?
Já estou sentindo o tempo. Essa última passagem no Japão e na África do Sul foi muito dolorosa. O frio me incomoda muito. Cama me incomoda hoje. Estou fazendo hidroginástica para não entrar na faca, porque eu tenho medo. Estou com uma inflamação entre a cabeça do fêmur e a bacia. Dá uma dor danada. Estou pagando pelo que fiz quando era jogador. Tenho que fazer força, perder peso. É o mais difícil. Eu gosto de dobradinha, feijoada, rabada. Engordei comendo macarrão. Tenho cinco nomes para pratos de macarrão. À moda do chef, do Leblon, Copacabana cheguei, Ipanema não volto mais e Barra está muito bonito. Os nomes são diferentes, mas é tudo macarrão com salsicha (gargalhadas).
E propostas para assumir outro clube?
Nunca deixei porta fechada, sempre encostada. Foi a terceira vez no Botafogo e vou voltar. No Fluminense, vou voltar. No Flamengo, vou voltar. No Vasco, vou voltar também. Como vou voltar para São Paulo. Para fora, não sei. Agora me convidaram para assumir a seleção da Arábia e eu não quis ir. Recebo propostas para fora todo dia. Pode ser que amanhã chegue uma que faça eu me coçar. Aí vou pensar.
Há duas semanas, houve uma polêmica sobre uma declaração sua quanto ao Bahia, em que você teria chamado o time de “sardinha”. O que aconteceu?
Tem que pegar a entrevista e entender. Pode pegar. Foi em duas partes. Perguntaram se alguém tinha me contactado do Bahia, eu disse que não, que adorava o Bahia. Acabou. Aí, perguntaram: “O que você está fazendo agora?”. Eu respondi: “Pescando” e dei sequência. Bahia é a minha segunda casa. Morei lá no mesmo lugar nas quatro vezes. A moça que era chefe da limpeza parecia uma mãe para mim. É a mesma coisa que falar de uma pessoa que você ama. Se eu tiver condições, estou pensando nisso muito seriamente, quero comprar uma casa na Bahia para tirar férias. Não está descartado comandar Bahia ou Vitória.
Joel Santana na partida do Botafogo x África do Sul 20/03/2010 (Foto: Ag. O Globo)Joel comandou a seleção da África do Sul antes da
Copa do Mundo (Foto: Ag. O Globo)
Você acompanhou a preparação para a última Copa do Mundo, mas não pôde comandar a seleção da África do Sul durante a competição. Isso te deixou magoado?
É difícil você armar, conseguir neutralizar os caras, receber um documento da federação de agradecimento e meses depois o cara te mandar embora porque mudou a política. Eu tinha seis datas Fifa. Se perdi dois jogos na prorrogação, o que falta ao time? Só experiência. Mas não deu.
E a Copa no Brasil, você consegue comparar com a preparação na África do Sul?
Estou achando que as coisas ainda estão tomando forma. Tem muita coisa para ser feita. Vi muita coisa lá na África que não ficou pronta. Se pode acontecer aqui? Não sei. Acho que não. Eu, sinceramente, se for chamado para ajudar em alguma coisa, vou. Eu quero que meu país seja um exemplo.
Você ainda sonha em treinar a Seleção Brasileira?
Se falar que eu não sonho mais é mentira. Mas acho que meu tempo passou. Se me pedirem para ser olheiro em algum lugar, eu vou. Ajudar, você ajuda de qualquer maneira. Quero ver a Seleção ser campeã. Quando era para eu ter sido técnico, não fui. Nos anos 90, quando eu estava ganhando tudo nos quatro clubes do Rio. Então passou.
Você está escrevendo um livro. O que vai contar nele?
Tem muitas coisas de bastidores. Vou colocar o lado positivo e negativo. A verdade não se pode negar. Se aconteceu, aconteceu. Vai ter histórias de jogadores também. Agora, quem vai escrever o prefácio? Não sei, tem tanta gente. São tantas emoções (risos). Mas vai ser bom.
* Participaram da entrevista os jornalistas Gustavo Poli, Janir Júnior, Marcelo Baltar, Mariana Kneipp e Thiago Fernandes.

Diretoria adia saída de Carpegiani até acertar com um novo comandante

Cúpula usa o fim de semana para estudar nomes e aguardar resultados de estaduais. Tudo para não deixar o Tricolor sem a figura de um técnico

Por Sergio Gandolphi São Paulo
Paulo Cesar Carpegiani no jogo do São Paulo contra o Santos (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Paulo Cesar Carpegiani fica pelo menos até segunda
(Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
A diretoria do São Paulo já definiu que Paulo César Carpegiani não é o nome ideal para seguir no comando da equipe na sequência desta temporada. Mas resolveu manter o técnico no cargo por mais alguns dias. Nesta sexta-feira, a cúpula tricolor se reuniu e acertou que vai segurar Carpa pelo menos até a reapresentação do grupo, na próxima segunda-feira, às 15h30. Um elemento foi fundamental para o adiamento da saída: o fato de ele não ter ainda conversado com o presidente Juvenal Juvêncio pessoalmente.

Ao meio-dia, no momento do desembarque da delegação de Florianópolis, após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, que culminou na eliminação da Copa do Brasil, os dirigentes estavam convictos de que sua situação estava insustentável. Juvenal fez duras críticas ao desempenho da equipe na Ressacada e disse que a continuidade da convivência de Carpegiani com Rivaldo era uma coisa "muito difícil de acontecer".

- Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública do técnico com o atleta e a convivência dos dois ficou mais complicada. A direção vai resolver isso com atitude, como sempre fez - disse Juvenal Juvêncio, em Congonhas.

Mas a verdade é que o mandatário não conseguiu mesmo conversar com Carpegiani após a derrota. O técnico deixou a Ressacada direto para uma casa que tem em Florianópolis, e em seguida rumou para Camboriú, no litoral catarinense, onde ficará até segunda. Na reapresentação do São Paulo, ele se reunirá com Juvenal no CT. Antes mesmo da partida, Carpa já não tinha dormido no hotel onde a delegação ficou concentrada, preferindo ficar em sua propriedade. Poucos acreditam que a opinião de Juvenal Juvêncio sobre a mudança de comando irá mudar nas próximas 48 horas.
Sem esta conversa entre treinador e presidente, após o almoço, a diretoria tricolor reuniu-se no Centro de Treinamento do clube, na Barra Funda, para analisar as possibilidades de troca de comando. Por enquanto, sem um nome forte em mente, os dirigentes preferiram não oficializar a saída de Paulo César Carpegiani para não deixar o cargo vazio, como ocorreu no ano passado, após a saída de Ricardo Gomes.
O ideal na cabeça da cúpula é ter o anúncio de um novo técnico logo após a saída de Carpa. Com Muricy foi assim: ele foi oficialmente demitido no mesmo dia em que anunciaram a contratação de Ricardo Gomes, em 2009.

- Posso dizer que o clube não trocou de técnico, ele é o treinador, mas em função do resultado, claro que a diretoria avalia e faz isso permanentemente - explicou João Paulo de Jesus Lopes, em entrevista à rádio Globo.

Colocar um técnico "tampão", como foi Sérgio Baresi em 2010, não está mais na pauta tricolor. A diretoria quer acertar com um nome de peso para dirigir a equipe nas duas competições que ainda terá nesta temporada (Brasileirão e Copa Sul-Americana).

No encontro, o presidente Juvenal Juvêncio, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, decidiram que vão esperar a última rodada dos campeonatos estaduais, neste fim de semana, para saber se algum novo nome pode aparecer no mercado.
NOMES NA PAUTA

Cuca, do Cruzeiro, e Dorival Júnior, do Atlético-MG, foram opções que entraram na conversa desta sexta. O primeiro possui muita restrição no clube, por causa dos seus nove meses de Tricolor em 2004 sem grandes resultados, mas possui muita simpatia de Juvenal Juvêncio, principal mandatário tricolor, que vê nele grande capacidade para montar equipes competitivas.
O segundo tem contrato com o Galo, e o São Paulo não está disposto a pagar nenhum valor pela multa, além do bom relacionamento de Juvenal Juvêncio com Alexandre Kalil, mandatário principal do alvinegro de Minas. Além disso, Dorival já esteve livre no mercado em 2010, assim que deixou o Santos, e não deixou Juvêncio muito entusiasmado.

Como sempre, Paulo Autuori, campeão mundial no Tricolor em 2005, foi citado em um momento de apuro. Já havia sido assim depois da saída de Ricardo Gomes, há um ano, mas o contrato por mais uma temporada com o Al-Rayyan, do Qatar, inviabilizam o interesse em um primeiro momento. E o clube não está disposto a esperá-lo por alguns meses, como o Fluminense, por exemplo, está fazendo com Abel Braga (que está se desligando do Al-Jazira, dos Emirados Árabes). O nome de Ney Franco, que dirige a Seleção Brasileira Sub-20, também foi citado e é visto com bons olhos por Juvêncio.

O fim de semana vai ser de análise por parte da diretoria do São Paulo. Com o elenco de folga até segunda, o objetivo é definir um nome e, a partir dele, traçar um novo planejamento para o semestre que está por vir. Do contrário, a equipe vai continuar no "quase", como nos últimos dois anos e meio.
MULTA
Ao contrário dos últimos treinadores do São Paulo, Paulo César Carpegiani possui multa em seu contrato. A justificativa dos dirigentes para a mudança é simples: ele foi tirado do Atlético-PR pela equipe do Morumbi, ao contrário de Ricardo Gomes, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Emerson Leão e Cuca, que chegaram em um período que estavam livres no mercado. Segundo o Globoesporte.com apurou, no entanto, este valor não seria problema para Carpegiani sair, e também pode ser negociado com Juvenal Juvêncio na próxima semana.