segunda-feira, 30 de abril de 2012

Wolverine bate Vina e garante vitória do Time Belfort nas quartas de final

Com cinco triunfos em cinco lutas e apenas três combates restando, equipe verde não tem mais como ser alcançada pelo conjunto de Wanderlei Silva

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
18 comentários
Mais um domingo, mais uma vitória do Time Belfort. O peso-pena Hugo Wolverine continuou o domínio da equipe verde no "The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões" no sexto episódio da série, ao derrotar Marcus Vinícius Vina por decisão unânime neste domingo. Foi o quinto triunfo da equipe de Vitor Belfort em cinco lutas e a terceira entre os pesos-penas. Agora, mesmo que vença as três lutas restantes nas quartas de final, o conjunto de Wanderlei Silva não terá como empatar o placar nesta fase.
O baiano Wolverine se juntou a Rodrigo Damm e Alexandre Pepey nas semifinais do torneio da categoria pena. Rony Jason, do time azul, e Anistávio Gasparzinho, do time verde, disputam a última vaga na divisão.
Hugo Wolverine x Marcos Vinícius Vina no TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)Hugo Wolverine dá um chute baixo em Marcus Vinícius Vina no TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)
O episódio
Os times mostraram suas mentalidades diferentes dentro da casa. Enquanto Cezar Mutante disse que gostaria de ter apenas representantes do time verde nas semifinais e enfrentar seus companheiros, Rony Jason já pressentiu que um combate contra Anistávio Gasparzinho, seu companheiro de equipe fora da casa, estava próximo. Este último, por sua vez, começou a perder a paciência por novamente demorar a ser escolhido - assim como no recrutamento dos times, em que foi o último.
- Eu sou o último escolhido em tudo? - reclamou Gasparzinho.
- Tem que ter paciência, Gaspar. Você é bom, você sabe disso - consolou Godofredo Pepey.
Na chegada à academia para a escolha da luta da noite, Belfort anunciou que os próximos dois combates serão dos pesos-penas, após chegar a um acordo com Wanderlei Silva. Antes de declarar o duelo da noite, o técnico do time verde voltou a discursar, desta vez enaltecendo os desempenhos dos adversários.
- Acordei às 3h da manhã e pensei nas lutas. Todos vocês do time azul travaram batalhas. Macarrão, se fosse por mim, você já assinaria com o UFC, mostrou os atributos de seus treinadores. Parabéns. Parabéns a todos, para mim está 0 a 0 - disse Belfort, para desespero de Wand, que mais uma vez afirmou que sua paciência com o rival estava terminando.
Belfort então chamou Marcus Vina, do time azul, e Hugo Wolverine, de sua equipe. Desta forma, Jason e Gasparzinho sobraram para o duelo final do torneio dos pesos-penas, o que deixou o potiguar contrariado.
- Deixar meu amigo para lutar? Ele é meu amigo desde menino - reclamou.
Pepey, centro de controvérsia
De volta na casa, o tópico virou a vaidade de Pepey, que cantarola músicas dizendo que é o "gostosão" e gasta muito tempo cuidando do visual. Os lutadores do time azul não esconderam seu desgosto pelo cearense.
- É um cara que está queimando a imagem dos lutadores, que não são marrentos, nem boçais, nem babacas como ele é - detonou Vina.
Ciente de que o curitibano não é seu fã, Pepey se mostrou pronto para encarar o rival numa possível semifinal, para a qual já está classificado. Não é apenas entre os pesos-penas, porém, que o cearense não é bem quisto.
- Quem sabe a gente não se encontra um dia, no mundo da luta, para eu arrebentar a cara dele - disparou o peso-médio Francisco Massaranduba.
Pesagem e momentos finais
Vina bateu os 66kg na pesagem e foi bastante elogiado até por Belfort. Wolverine marcou 65,85kg. Os dois fizeram uma encarada educada e se cumprimentaram. Ao voltar para casa, ambos tiveram direito a pedidos especiais de comida, praxe para os lutadores da casa em seus dias de luta. O baiano aproveitou e pediu um lanche fast food para todos os seus companheiros de equipe verde. Depois de encher o estômago, ele conversou com Daniel Sarafian para determinar sua estratégia. O peso-médio paulista o alertou que, como a luta pode ser resolvida em dois rounds, seria melhor atacar e não pensar muito. Wolverine desconversou.
- Isso é só o primeiro minuto. Depois é reunião de condomínio: não posso dizer o que vai ser - analisou.
A luta
Marcus Vina x Hugo Wolverine no TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)Marcus Vina e Wolverine se enfrentam na jaula do
TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)
O combate começou com os dois lutadores se estudando. Coube ao peso-pena verde Hugo Wolverine tomar a iniciativa, aplicando de cara uma sequência de socos e logo depois prensando Vina no clinche. O lutador do Time Wanderlei conseguiu inverter a posição, empurrando o adversário na grade e dando boas joelhadas. A luta voltou para o centro do octógono e, ao tentar um chute alto, Vina acabou sendo derrubado, sofrendo com chutes fortes de Wolverine. Sem querer levar o combate para o chão, o baiano esperou o rival se levantar, mostrando que já havia tomado conta do round. Seguro, o atleta do Time Vitor continuou a acertar bons socos, sendo mais agressivo. Ao tentar outro chute baixo como resposta, Vina perdeu novamente o equilíbrio e caiu. Wolverine preferiu não se arriscar e apenas esperou o adversário levantar para manter seu jogo em pé.
No minuto final do primeiro round, o atleta de Vitor Belfort ainda acertou bons socos e se defendeu bem dos golpes. Ele ainda derrubou Vina, aplicando socos e cotoveladas.
No segundo round, Marcus Vina tentou um chute baixo, mas teve como resposta uma boa sequência de socos de Wolverine, que por pouco não o derrubou novamente. Em vantagem no octógono, o lutador do time verde procurava não se expor, sendo muito mais preciso nos chutes. Em um lance de rapidez, Vina surpreendeu, quase derrubou o rival e ainda conseguiu conectar golpes fortes. A luta chegou a voltar para o clinche, mas, diante dos gritos do córner do Time Vitor, não demorou muito para Wolverine retornar ao centro do octógono.
Nos minutos finais do segundo round, o lutadores partiram para a trocação franca, com boas sequências de socos e chutes. Vina ainda acertou uma bonita joelhada voadora, mas não foi preciso para desequilibrar o oponente, que voltou a responder com golpes mais duros e certeiros. No "apagar das luzes", Vina ainda tentou um chute alto, enquanto Wolverine encontrou espaços para conectar seus últimos socos. Fim de luta, e o árbitro Mário Yamasaki levantou a mão de Wolverine, anunciando sua vitória por decisão unânime e sua passagem à semifinal.
Hugo Wolverine x Marcos Vinícius Vina no TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)Hugo Wolverine tem sua mão levantada ao final da luta deste domingo (Foto: Divulgação/TUF Brasil)
Clima de enterro no Time Wanderlei
Enquanto o baiano caiu no choro de emoção, prometeu ao pai da namorada que se casaria com ela e celebrou com a equipe de Vitor Belfort, Vina voltou para um vestiário arrasado com o time azul. Mesmo Delson Pé de Chumbo, lutador mais experiente da equipe, estava de cabeça baixa com um olhar perdido, enquanto Rafael Cordeiro, treinador de muay thai do conjunto, reclamava que jamais tinha tido resultados tão ruins em sua carreira.
- Os caras aqui são diamantes, mas não acreditam na mão que vai lapidar! - afirmou Cordeiro.
Wanderlei reforçou o desabafo.
- O que deixa a gente chateado é que o potencial dele é muito maior que isso. Estou ficando chateado porque não estamos conseguindo mostrar o que passamos, não estamos conseguindo nos conectar. Eu nunca fui um cara muito técnico, mas p..., força de vontade nunca me faltou. Quando eu meter a porrada no Vitor e estiver todo mundo aplaudindo, eu vou mostrar como é que se faz - declarou.
Amigos se emocionam por confronto direto
Com o fim do combate, é chegada a hora de encarar a dura realidade: o próximo combate, o último entre os pesos-penas, será entre Jason e Gasparzinho, que treinam juntos na Team Nogueira e inclusive já moraram sob o mesmo teto. O potiguar contou a Wanderlei Silva que tentou argumentar com seus treinadores para não enfrentar o cearense, mas eles lhe disseram que "todos na casa eram amigos". Em depoimento pessoal às câmeras, Belfort repetiu a frase.
- Eu nem sabia direito dessa amizade deles. Mas não estou preocupado com isso. Para mim, todos aqui dentro são meus amigos.
Logo depois, Gasparzinho foi até o vestiário do time azul, onde chamou Jason e lhe assegurou que não havia nada de pessoal. Os dois se emocionaram e se abraçaram apertado, com lágrimas escorrendo dos olhos.
Lyoto Machida é o convidado especial da noite
Para descontrair, o ex-campeão peso-meio-pesado do UFC Lyoto Machida visitou a casa para um papo com os lutadores. Todos ficaram encantados com a simplicidade do baiano radicado no Pará, que relaxou na sala bebendo açaí e deu conselhos aos integrantes do reality show.
- Toda luta tem pressão, não tem jeito. Isso aqui vai acabar e você vai ter que ser bom exemplo. Mostrar respeito. Esse momento de luta vai acabar e vocês vão querer voltar, então tem que aproveitar ao máximo - explicou Lyoto.

TUF Brasil, ep. 6: Carlão Barreto diz que Marcus Vina perdeu no emocional

Ex-lutador e comentarista acredita que Wolverine se mostrou mais focado no seu jogo durante a luta que definiu o terceiro semifinalista dos penas

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Comente agora
No sexto episódio do reality show The Ultimate Fighter - Em Busca dos Campeões, mais um lutador do time de Vitor Belfort carimbou vaga na semifinal. O peso-pena Hugo Wolverine bateu Marcus Vina na decisão unânime dos jurados, sendo o terceiro lutador de sua categoria confirmado na próxima fase. De acordo com o ex-lutador e atual comentarista do Combate, Carlão Barreto, a vitória do atleta do time verde foi merecida. Segundo ele, Vina sentiu a pressão e entrou no octógono com o emocional abalado, o que acabou fazendo a diferença.
- Para mim, a decisão foi correta. Wolverine venceu com total certeza, por 10 a 9 nos dois rounds. Conheço bem os dois lutadores. Já fui árbitro em lutas do Hugo Wolverine e assisti ao Marcus Vina em alguns eventos. Achei o Vina nervoso. Ele não soube trabalhar bem a pressão e cometeu erros de posicionamento e de chutes que normalmente não comete. Já o Wolverine estava muito bem consciente e focado no que tinha de fazer. No segundo round, o Vina até voltou com mais adrenalina, mas não mostrou tudo que podia. A pressão é muito grande em um programa de televisão - analisou Barreto, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Para Carlão, o lutador da equipe verde Hugo Wolverine teve méritos ao escutar bem seu córner e saber cadenciar o combate quando julgou necessário.
Hugo Wolverine TUF Brasil (Foto: Divulgação/TUF Brasil)Hugo Wolverine comemora sua vitória diante de Marcus Vina no sexto episódio (Foto: Divulgação/TUF Brasil)
- No segundo round houve muita trocação, mas o córner do Vitor Belfort pedia e o Wolverine acalmava na hora certa. Houve muita inteligência mental nele em saber o momento de ir e o momento de esperar. MMA é um xadrez. Ao contrário do que pensam, não é só força física, técnica e mental  - disse o comentarista.
Sobre a supremacia conquistada pelo time de Vitor Belfort, Carlão Barreto acredita que o conhecimento dos técnicos da equipe verde acerca do circuito brasileiro de MMA podem ter influenciado nas sequências de vitórias. Ele também ressaltou o fato dos alunos de Belfort terem conquistado a vantagem logo no primeiro episódio, mexendo com o emocional da equipe de Wanderlei.
- Acho que o time que começa vencendo já leva uma vantagem emocional. O outro time fica um passo atrás, tendo que reverter. Além do que, os treinadores do Vitor estão no Brasil vendo tudo que acontece no circuito local. O Rafael Cordeiro é um excelente treinador, um dos melhores, mas já está há um tempo fora. O Babalu e o Werdum também. O Luiz Dórea está sempre nos eventos nacionais e tinha informação e conhecimento de todos esses caras. O Durinho foi há pouco tempo morar fora também. Mas não acho que isso é determinante. Acho que o emocional tomou conta dos meninos do Wanderlei - analisou Carlão Barreto.

Parceira do Ultimate no Brasil faz
nova visita ao Mineirinho

Objetivo foi avaliar a estrutura física do ginásio de Belo Horizonte

Por Lucas Catta Prêta Belo Horizonte
Mineirinho (Foto: Victor Schwaner/VIPCOMM)Mineirinho pode ter capacidade entre 14 e 17
mil pessoas (Foto: Victor Schwaner/VIPCOMM)
Representantes da IMX, parceira do UFC no Brasil, estiveram nesta quarta-feira no Mineirinho para uma vistoria no ginásio, que deve receber o UFC 147 no dia 23 de junho. Na semana passada, um técnico da mesma empresa foram ao local. A segunda visita teve como objetivo verificar a altura do espaço, vestiários, entradas e tribuna.
- O que acredito que eles tenham olhado é se poderão colocar uma estrutura de 20 toneladas no teto. Não falaram que estrutura é essa, mas imagino que seja algum telão, algo do tipo - disse Rivelle Nunes, assessor de imprensa da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg).
Ainda segundo Rivelle Nunes, não foi realizada nenhuma mudança em relação ao aluguel do Mineirinho. O ginásio continua apenas pré-reservado pela IMX. Os representantes da empresa não agendaram nova visita e só avisaram que vão entrar em contato novamente com a Ademg.
A capacidade do Mineirinho atualmente fica entre 14 e 17 mil pessoas. O público varia conforme tamanho de palco, da estrutura e do laudo do Corpo de Bombeiros.

Silva x Sonnen 2 vai para os EUA e UFC 147 ainda não tem local definido

Dana White levanta a possibilidade de José Aldo fazer parte do card principal do UFC 147. Chael Sonnen provoca Anderson e os brasileiros

Por Adriano Albuquerque e Amanda Kestelman Rio de Janeiro
338 comentários
Em uma coletiva de imprensa curta e marcada pela ironia do americano Chael Sonnen, o presidente do UFC, Dana White, confirmou nesta terça-feira, que a segunda luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen acontecerá do UFC 148, dia 7 de julho, em Las Vegas. A mudança da sede do UFC 147 também aconteceu, mas o evento ainda não tem um destino definido. Com a impossibilidade de realizar o torneio num estádio de futebol que pudesse quebrar o recorde de público da franquia, a luta principal da noite, passa a ser o duelo entre os treinadores do "The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões", Vitor Belfort e Wanderlei Silva, ou uma eventual participação de José Aldo no torneio, que mantém a data de 23 de junho.
Coletiva, Anderson Silva x Sonnen, UFC (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva e Chael Sonnen na coletiva do UFC, no Rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
A coletiva começou com Dana White explicando que tinha uma boa e uma má notícias.
- A boa é que a luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen acontecerá, e a má é que não será no Brasil. Ainda não temos um local para o restante do evento, que terá as finais do TUF Brasil e a luta dos treinadores Vitor Belfort e Wanderlei Silva, mas certamente acontecerá no Brasil. Ainda estamos trabalhando para que José Aldo também esteja no torneio. Anderson ficou muito chateado por não lutar aqui. Conversamos muito e eu o convenci a lutar em Las Vegas, onde haverá hotel para todos que estiverem lá - alfinetou o dirigente.
Coletiva, Anderson Silva x Sonnen, UFC (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva não esconde a decepção por não lutar
no Brasil (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Perguntado sobre o que achou da mudança do local da luta, o campeão brasileiro não escondeu a decepção.
- Eu sou brasileiro, grato a tudo o que os meus fãs brasileiros me proporcionaram até agora. Não estou feliz por a luta não ser realizada no Brasil, mas não tenho fãs somente no Brasil. Vou fazer meu trabalho onde quer que seja. Houve uma aliança que o UFC fez com uma companhia que não foi suficientemente profissional para entender o tamanho do evento. Para mim é indiferente. Sou lutador. Meu primeiro título mundial foi no Japão, contra o Sakurai e havia dois mil japoness torcendo contra. Mas quando se está lá em cima, é tudo diferente. Eu sei exatamente como é. Quem luta no UFC é bom, tem qualidade, porque é o maior evento de MMA do planeta. Mas não acho nada sobre o Sonnen. Lá em casa tem um pé de acho, mas nunca dá nada.
Chael Sonnen também não fez questão de ser simpático, e destilou toda sua ironia sobre a fama de Anderson Silva como o melhor lutador do mundo.
Coletiva, Anderson Silva x Sonnen, UFC (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Chael Sonnen finge que dorme durante uma resposta
de Anderson (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Não tenho nada contra os brasileiros, e sim contra alguém sentado a poucos metros de mim. As suas mulheres são ótimas comigo. Fiquem à vontade para me ligarem e me fazerem uma visita. Minha impressão sobre o Brasil é muito parecida com as que eu tenho dos EUA. Quando eu era criança, me lembro de conversar com meus amigos. Nós falávamos sobre as últimas novidades da tecnologia, medicina, jogos e da ingenuidade americana. Eu olhava para fora e via Anderson e as crianças brasileiras brincando na lama. Anderson Silva fica tão perto das árvores que não consegue enxergar a floresta. Acho embaraçoso que ele sente ali, na frente da TV, com um cinturão falso fingindo que é campeão. Ele fala do seu legado. Conquistou o cinturão contra o "grande" Chris Leben, defendeu seu cinturão contra o "fenomenal" Patrick Coté e deu show diante do "fortíssimo" Thales Leites. Que legado! Ele diz que eu desrespeitei sua família. Sim, eu fiz isso. E o que você vai fazer a respeito? Use a escola Ed Soares de desculpas para dizer o que terá dado errado quando eu o surrar para todo o mundo assistir. É isso o que acontecerá no dia 7 de julho.
Questionado sobre o fato de as suas lutas sempre serem apontadas como as melhores lutas do mundo muito mais por sua habilidade do que as dos seus oponentes, Anderson desabafou.
- Até que enfim uma pergunta inteligente! Quando comecei a treinar artes marciais, eu aprendi o que era respeito. Sonnen não sabe o que é arte marcial. Ele é wrestler, não sabe o que é respeito às pessoas. Tem gente que diz que ele está promovendo a luta, mas ele desrespeitou meu país, minha família e o público. Alguns não tem conhecimento de causa, e acham isso o máximo. Ele fez de tudo nos cinco rounds, mas não fez o principal, que é vencer - disse Anderson Silva, enquanto Sonnen fingia roncar de tédio.
Coletiva, Anderson Silva x Sonnen, UFC (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson e Sonnen posam para os fotógrafos após a
coletiva no Rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
No fim da coletiva, os dois lutadores posaram para os fotógrafos, e Anderson Silva fez questão de não olhar nos olhos de Sonnen. Depois, quando posou com o cinturão, o americano fez menção de pegá-lo, como se fosse seu, e Anderson não esboçou nenhuma reação.
- Não sei se Chael é o vilão ou é doido. Ele fala o que vem à cabeça, mas ele banca tudo o que ele diz. Ele foi o único a chegar perto de vencer Anderson Silva desde que ele chegou ao UFC. Isso é um fato. Anderson é o melhor lutador peso por peso do mundo, e talvez da história. Me perguntam como posso dizer que Jon Jones não é o melhor. Não digo porque ele não é. O melhor é Anderson Silva - disse Dana White.
Coletiva, Anderson Silva x Sonnen, UFC (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Sonnen usa um disfarce para debochar de Rodrigo
Minotauro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Na última pergunta feita a Chael Sonnen, o americano aproveitou para debochar dos irmãos Nogueira e fazer propaganda do seu livro. Mostrando um disfarce com óculos, bigode e nariz postiços, o desafiante mais uma vez destilou toda sua ironia.
- Eu comprei isso só pra entrar nesse país. Quando coloquei no meu rosto, todo mundo achou que eu era o (Minotauro) Nogueira. Isso aconteceu de verdade. Eu achei que era um grande nariz, óculos, que me fariam parecer com Frankestein. Mas para aqueles que querem me conhecer melhor e saber mais sobre mim, meu livro já está à venda. Se chama "A voz da razão". Obrigado - finalizou.
Dana White também explicou a razão de ter escolhido Las Vegas como sede da luta, que ele considera o maior evento esportivo do ano.
- Las Vegas é um lugar no qual as pessoas apostam, comem, saem, se divertem. Se não fosse no Brasil, seria em Vegas. A data da luta é seguinte ao feriado de 4 de julho, o maior dos Estados Unidos. E vejam bem: Manny Pacquiao é imenso nas Filipinas, mas nunca lutou lá. Ele luta em Las Vegas. Há tudo que se pode fazer por lá. Será um feriado gigante, e se vocês pararem para pensar, faz todo o sentido realizar essa luta lá.
Entenda o caso
A intenção do UFC era fazer a revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen num grande estádio de futebol no Brasil, para quebrar o recorde de público da companhia, 55 mil pessoas, marcado em 30 de abril de 2011, no UFC 129, em Toronto, Canadá. O plano inicial era realizar o evento em São Paulo, mas problemas burocráticos impediram que as duas opções do Ultimate, Morumbi e Pacaembu, fossem utilizadas. Em março, o Engenhão foi anunciado como sede do UFC 147, marcado para 23 de junho.
Home de Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
White alegou, entretanto, que a falta de estrutura do Rio de Janeiro em suportar dois grandes eventos ao mesmo tempo foi o principal motivo para a mudança. Entre os dias 20 e 22 de junho, a cidade sediará a Rio +20, conferência de desenvolvimento da ONU, que vai receber cerca de 100 chefes de estados e suas comitivas. O UFC teve dificuldades de encontrar hotéis para abrigar lutadores, funcionários e a imprensa internacional.
Sem a possibilidade de quebra de recorde de público no Brasil, a organização optou por levar a revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen para os EUA, como luta principal do UFC 148, card especial de comemoração do feriado do Dia da Independência Americana, em Las Vegas. O duelo entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva - outra desforra, de uma luta realizada na primeira visita do Ultimate ao país, em 1998, vencida por Belfort - passa a ser forte candidato ao evento principal do UFC 147, que terá ainda as decisões dos torneios de pesos-penas e pesos-médios do TUF Brasil, e a possibilidade de contar com o campeão dos pesos-penas, José Aldo, ainda sem adversário definido.