domingo, 16 de março de 2014

Nick Diaz provoca Johny Hendricks: 'Vai levar uma surra pior que hoje'

Polêmico lutador californiano diz que novo campeão peso-meio-médio do UFC 'apanhou' de Robbie Lawler e acredita que receberá luta pelo título

Por Dallas, EUA
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Conte Nick Diaz entre os lutadores pedindo uma chance de desafiar o novo campeão dos pesos-meio-médios do UFC, Johny Hendricks. O polêmico lutador californiano foi convidado pela organização do Ultimate para comparecer ao American Airlines Center, ginásio que sediou o UFC 171, e não ficou impressionado pela performance do texano na vitória por pontos sobre Robbie Lawler no evento principal da noite. Em entrevista ao canal de TV canadense "Sportsnet", Diaz criticou a atuação do novo detentor do cinturão.
- Eles (UFC) me deram um ingresso pela primeira vez, me deram um ingresso e me disseram, "Ei, adoraríamos tê-lo lá!" Isso é novidade... Começaram a me entrevistar, talvez querem que eu enfrente Johny Hendricks! Vai tomar uma surra, "bro", pior que hoje! Você levou uma surra por quatro rounds (contra Lawler). Vi seu estilo amador - provocou.
Nick Diaz. MMA (Foto: Twitter)Nick Diaz posa com a torcida durante a pesagem do UFC 171 (Foto: Reprodução/Twitter)
Sábado marcou também o aniversário de um ano desde que Nick Diaz lutou pela última vez: após sua derrota para Georges St-Pierre no UFC 158, em Montreal, o californiano anunciou que se aposentaria do MMA, e só voltaria por uma revanche contra o então campeão da categoria. Agora, Diaz está pronto para retornar ao octógono após um ano de inatividade, mas ele mantém a condição de que voltaria apenas se fosse pelo cinturão.
- Estou pronto para lutar. Estou pronto para lutar a luta certa. Vou aceitar uma luta este ano, falei pouco com o Dana (White, presidente do UFC), mas ele sabe qual é minha mentalidade, sabe o que eu quero. Mais cedo, estava conversando nos bastidores. É isso, preciso de uma luta pelo título, de uma luta de verdade. Vamos dar aos fãs o que eles querem ver. Acho que é por isso que estou aqui - afirmou.
No período de inatividade de Diaz, Tyron Woodley, Rory MacDonald e Hector Lombard surgiram como candidatos ao cinturão agora ocupado por Hendricks. Woodley e Lombard vêm de duas vitórias consecutivas e derrotaram respectivamente o segundo e o sexto colocados do ranking da categoria, Carlos Condit e Jake Shields, neste sábado. Diaz, por sua vez, perdeu suas últimas duas lutas e não vence um combate desde outubro de 2011. Porém, o ex-campeão do Strikeforce tem sua popularidade como principal argumento para conseguir uma chance de disputar o título. Ele não está interessado em enfrentar outro desafiante para isso.
- Não (quero enfrentá-los), a não ser que haja... Não. Quero lutar pelo título, mas quero ver quem vai lutar pelo título. Você quer fazer seu caso por uma luta pelo título, contra eu fazendo meu caso por uma luta pelo título. Olha o que eu tenho. O UFC ganha mais dinheiro, os fãs vêem o que querem ver. Você quer ver alguém ser finalizado ou nocauteado, você quer ver uma luta de verdade, você quer ver rainhas de drama fazerem drama, filhos da p*** sendo reais - listou Diaz.
Não é a primeira vez que o californiano cutucou Hendricks. Durante a pesagem, ele gritou algumas provocações quando o lutador voltou para se pesar pela segunda vez, após falhar na primeira tentativa. Diaz disse que estava apenas brincando e negou que haja uma rivalidade entre os dois.
- Ele nunca devia ter aberto sua boca sobre mim, mas não temos uma rixa. Eu gosto do Johny, ele é um cara legal. Mas ele tenta falar alto comigo, eu falo alto de volta. Mas são só negócios. Só negócios, Johny. Vamos lutar! - concluiu Nick Diaz.

Mineiro leiloa luvas usadas em sua estreia no UFC para ajudar crianças

Lutador de MG quer vender peça utilizada na vitória sobre Brad Scott e doar dinheiro arrecadado. Segundo ele, sonho de ajudar crianças carentes é antigo

Por Uberlândia, MG
Após começar bem sua trajetória no UFC, estreando com uma vitória por pontos sobre Brad Scott, o lutador Cláudio Mineiro também vem marcando pontos fora do octógono. Neste sábado, o brasileiro publicou uma foto em seu Instagram onde anunciou o leilão das luvas utilizadas na sua primeira luta pelo Ultimate. Segundo ele, o dinheiro arrecadado no leilão deve ajudar orfanatos na sua cidade natal, Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Mineiro revelou que está conversando com um abrigo na cidade, chamado Missão Criança, que fica no Bairro Custódio Pereira. Segundo ele, o local cuida de crianças portadoras do vírus HIV.

–  Qualquer coisa, coloco minha bermuda e minha máscara no leilão também. Estou leiloando minhas luvas somente pelo fato de querer muito ajudar as crianças – revelou o lutador.
Leilão luvas Instagram Cláudio Mineiro UFC Uberlândia (Foto: Reprodução/Instagram)Foto foi publicada neste sábado anunciando a ação do lutador brasileiro
(Foto: Reprodução/Instagram)






















De acordo com o uberlandense, o lance inicial foi de R$500, dado por um amigo que mora na cidade mineira.  A ação ainda está sendo organizada por Cláudio, que afirmou que o leilão será feito pelo site de compra e venda eBay. Por enquanto, os interessados em dar lances podem entrar em contato direto com Mineiro pela sua página no Facebook. 

– Estou falando com um amigo, que irá resolver e tudo será leiloado no eBay. Mas, quem quiser fazer o lance me escrevendo não tem problema. Eu quero é ajudar as crianças, isso é o que me importa no momento. Nunca fiz leilão de nenhuma peça – contou.
SONHO DE AJUDAR
Cláudio "Mineiro" Henrique da Silva headshot (Foto: UFC)Mineiro revela que também veio da periferia e sonha em ajudar crianças carentes (Foto: UFC)
Mineiro veio da periferia, assim como diversos grandes nomes do esporte brasileiro. Por isso, sem esquecer das suas origens, o lutador sonha em ajudar as crianças carentes que passam pelo o que ele já passou.

– Sempre tive um grande sonho, que era um dia poder ajudar as crianças e adolescentes de alguma forma. Assim que assinei com o UFC, pensei: “Quando vencer a minha luta, irei leiloar e doar oque arrecadei para um orfanato”. Então, hoje pela manhã, eu estava na minha academia aqui em Londres e postei essa foto no Instagram – afirmou.

Mas, segundo ele, o sonho vai além.

– Na verdade, tenho um grande sonho de montar um centro olímpico em Uberlândia, para crianças e adolescentes carentes, com aulas de inglês e aulas particulares nas matérias em que eles não estariam bem na escola. Também teria tratamento dentário e, para que as crianças treinassem, deveriam estar indo bem na escola e em casa. Tudo isso gratuito – adiantou o lutador.
 O objetivo da criação de um centro olímpico vai além de apenas revelar grandes talentos para o esporte brasileiro, segundo Mineiro.

– Antes de fazer um grande campeão olímpico ou de MMA, quero fazer grandes homens e mudar a vida de muitas crianças pelo esporte, assim como a minha vida foi mudada. Quero dar oportunidade para esses garotos conhecerem outras culturas, outros países e acreditar nelas mesmas. Saberem que nascemos para sermos vencedores e que elas são capazes de tudo – finalizou. 

Tyron Woodley e Hector Lombard pedem por chance contra Hendricks

Americano e cubano fazem argumentos para desafiar novo campeão dos pesos-meio-médios do UFC, que promete ficar quieto sobre desafiantes

Por Dallas, EUA
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UFC Tyron Woodley e Josh Koscheck (Foto: Agência Reuters)Tyron Woodley sente que foi dominante contra
Carlos Condit (Foto: Reuters)
Johny Hendricks não teve nem uma hora para se acostumar ao cinturão dos pesos-meio-médios do UFC antes de começar a receber desafios pelo título. Durante a coletiva de imprensa pós-UFC 171, tanto o americano Tyron Woodley quanto o cubano Hector Lombard argumentaram que mereciam a próxima chance de disputar o cinturão.
Woodley derrotou o lutador que era considerado o próximo da fila, o ex-campeão interino Carlos Condit. A vitória, porém, veio graças a uma lesão bizarra sofrida por seu adversário durante a luta, no joelho direito. Após um chute de Woodley na perna esquerda, Condit girou sobre a perna direita e instantaneamente sentiu o joelho, caiu sentado sofrendo de dor, e o árbitro encerrou o combate, marcando um nocaute técnico. O lutador da American Top Team, porém, acredita que a forma como o duelo se encerrou não compromete o valor de sua atuação.
- Acho que não prejudica em nada. Ele não veio para a luta com uma lesão, ele lesionou durante uma queda. Esse cara é muito duro, e eu o dominei. Eu fui atrás de um cara top, eu pedi muito por essa luta, porque quero ser o campeão do mundo. Eu e Johny temos um histórico desde o tempo de wrestling, seria legal uma luta entre nós - afirmou Woodley, que exaltou sua estratégia.
- Se eu fosse o Condit e estivesse me enfrentando, eu tentaria evitar a minha mão direita e meu wrestling, então fiz minha estratégia em torno disso. Queria mudar de níveis e surpreendê-lo. Acho que ele sentiu minha mão direita e tentei confundir ele com minha movimentação. Acho que ele sentiu mesmo e eu continuaria fazendo isso até o final. Por isso, acho que mereço a luta pelo título - disse, enquanto Hendricks entrava na sala da coletiva de imprensa.
UFC 171 Jake Shields e Hector Lombard (Foto: Agência Getty Images)Hector Lombard (esq.) dominou Jake Shields em
todas as áreas no UFC 171 (Foto: Getty Images)
Mais tarde, quando o novo campeão terminou de responder uma pergunta, Hector Lombard, que derrotou o ex-desafiante número 1 Jake Shields por decisão unânime, pegou o microfone e fez um apelo para ser considerado.
- Eu quero um pedaço (do cinturão). Ganhei do cara que estavam dizendo que merecia lutar pelo título, porque venceu quatro lutas seguidas, então agora que Robbie (Lawler) está fora da lista, acho que posso ganhar o título - disse o cubano.
Dana White, presidente da companhia, saiu da sala no meio da coletiva e não se manifestou sobre quem seria o próximo desafiante. Antes de se ausentar, porém, ele defendeu a atuação de Lombard, criticada por alguns por não ter sido mais insistente para tentar "encerrar" Shields.
- Acho que ele fez uma grande luta. Ele enfrentou um cara muito duro, que faz todo mundo parecer ruim. Ele lutou muito bem em todas as áreas, achei que ele foi muito bem, e se eu tiver uma crítica sobre sua performance, foi que ele pareceu se cansar um pouco no final - analisou.
Johny Hendricks resolveu não se meter na decisão de quem será seu próximo oponente. O lutador, que fez muita campanha para enfrentar Georges St-Pierre quando o canadense era o campeão, afirmou que, agora que tem o cinturão, vai só ouvir os desafios.
- Não vou provocar mais ninguém. Não sou esse tipo de pessoa. Eu provocava o campeão, porque queria ser ele. Agora que sou o campeão, fecho a boca e cuido do meu tabalho - concluiu o novo dono do cinturão dos pesos-meio-médios do UFC.

Jéssica 'Bate-Estaca': 'Por um minuto eu achei que tinha perdido a luta'

Brasileira fez luta muito dura contra Raquel Pennington no UFC 171 e disse, após a luta, que espera disputar o título com mais duas ou três vitórias

Por Dallas, EUA
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dura luta contra a americana Raquel Pennington, pelo card preliminar do UFC 171, deixou a brasileira Jéssica "Bate-Estaca" Andrade com uma ponta de dúvida quanto ao seu resultado. A vitória, anunciada por Bruce Buffer momentos depois, representou um alívio para a jovem paranaense, de apenas 23 anos. Segundo ela, em conversa com a imprensa logo após a luta, a ideia de não ter vencido passou pela sua cabeça.
- É muito bom lutar contra adversárias fortes como a Pennington. A luta foi muito boa, dividida. Por um minuto eu achei que tinha perdido, mas os juízes me deram a vitória. eles sabem o que fazem. Ali na hora foi coração e Deus. No começo eu achei muito difícil, foi complicado, mas por ter sido tão duro é que foi tão bom. A luta teve um clima muito bom para quem estava assistindo. Espero ter mais adversárias assim. Quanto mais difícil, melhor.
A sua adversária inicialmente seria a vencedora do TUF 18, Julianna Peña. Mas uma grave lesão no joelho forçou a troca, e colocou Pennington, que também participou da 17ª edição do reality show do UFC, em seu caminho. Para a brasileira, a mudança não trouxe nenhuma frustração.
- Deus faz as coisas a seu tempo. Lesões fazem parte do nosso esporte, e se não foi possível lutar contra Julianna Peña agora, quem sabe no futuro nós não nos enfrentaremos?
UFC 171 Raquel Pennington e Jessica Andrade (Foto: Agência Getty Images)Jéssica Andrade acerta um direto em Raquel Pennington em sua vitória no UFC 171 (Foto: Getty Images)
Perguntada se poderia descer para o peso-palha, a nova categoria feminina que o UFC incorporará aos seus quadros após o TUF 20, Jéssica Andrade disse que, por enquanto, seu pensamento está em permanecer entre os galos, porque seria muito sacrificante a perda de mais 10kg além dos que ela já perde.
- Acho que o peso-palha é uma boa categoria, mas para mim acredito que não daria certo, porque venho baixando de 67kg para 61,2kg. Seria muito complicado para chegar aos 52kg, não acredito que eu conseguisse me recuperar. Mas todas as hipóteses são válidas. Se for para baixar para o peso-palha, nós vamos (risos). Para essa luta eu tive que baixar cerca de 7kg em uma semana para chegar ao peso.
Um momento da luta que trouxe bastante apreensão foi uma guilhotina que Raquel Pennington encaixou no segundo round. Segundo a brasileira, no entanto, a situação estava sob controle.
- A guilhotina que ela tentou encaixar não entrou. Eu usei ali um pouco da estratégia, esperei que ela se cansasse para eu poder sair e tentar entrar com a minha guilhotina, que é um pouco mais forte. Escutei muito o meu córner, que me disse para eu esperar naquela hora.
Perguntada sobre quanto tempo achava que demoraria para conseguir uma disputa de cinturão, Jéssica disse que espera que o momento chegue após mais duas ou três vitórias. A brasileira também analisou o estilo da atual campeã, Ronda Rousey.
- Acho que não estou tão longe do topo da categoria. Com mais duas ou três vitórias acredito que possa vir a disputar o cinturão. Sobre a Ronda, ela vem melhorando bastante na trocação, mas todas as adversárias dela caíram no mesmo erro, que é ir para o clinche, parar na grade e cair no chão. Se evitar isso, mantiver a distância e for para a trocação, leva o título para casa.

'Quase morri de novo', diz Hendricks sobre decisão dos juízes no UFC 171

Novo campeão peso-meio-médio admite que estava sob risco no terceiro round e assume culpa por não bater o peso na primeira tentativa na véspera

Por Dallas, EUA
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Mais uma vez, Johny Hendricks se encontrou nas mãos dos juízes após uma equilibrada luta valendo o cinturão dos pesos-meio-médios do UFC. A primeira foi em novembro passado, em Las Vegas, e o anúncio oficial não foi favorável para ele: vitória por decisão dividida de Georges St-Pierre. Desta vez, os juízes de Dallas, sua cidade natal, ficaram do seu lado: triplo 48-47, vitória por decisão unânime sobre Robbie Lawler. O cinturão, que para muitos deveria ser dele desde aquela ocasião, enfim chegou à sua cintura. Hendricks, todavia, admitiu ter ficado inseguro e aflito até ouvir seu nome pronunciado pelo announcer Bruce Buffer.
- Eu quase morri de novo. Pensei, "não outro GSP". Trabalhei duro, fiquei olhando, pensando, "Por favor chame meu nome, por favor chame meu nome". Ainda não caiu a ficha. Isso está na minha frente, mas sempre é assim comigo. Daqui a alguns anos, talvez eu olhe e me ligue nisso - afirmou o novo campeão, durante a coletiva de imprensa pós-UFC 171.
UFC 171 Johny Hendricks (Foto: Agência Getty Images)Johny Hendricks vibra e comemora ao ouvir a decisão dos juízes (Foto: Agência Getty Images)
O motivo da insegurança de Hendricks foi um sentimento de que sua luta com Lawler foi ainda mais dura e equilibrada que seu encontro com St-Pierre. Se o canadense derrotou o americano de forma técnica, com golpes e quedas que não o machucaram, mas valeram pontos, Lawler resistiu aos seus melhores golpes e ainda o deixou sob risco de voltar para casa mais cedo, nocauteado.
- No round 1, eu estava ótimo, dentro do meu plano de jogo; round 2, o mesmo, estava fazendo tudo bem. No round 3, Robbie me acertou e eu pensei, "M***! Tenho que contra-atacar, senão ele vai me matar". Ninguém nunca me deixou desse jeito. No round 4, pensei, "Tenho que mudar, tenho que mudar". Robbie continuou acertando. Eu estava hesitante em atacar, e ele, não. No quinto round, vi minha mulher no córner e pensei, "Tenho que vencer, o quinto round é decisivo", e consegui, graças a Deus. Achava que íamos nocautear um ao outro no primeiro ou segundo round. Depois que ele me acertou no terceiro, a maioria teria caído nocauteada, mas tenho um crânio de granito - contou Hendricks.
UFC 171 Johny Hendricks cinturão  (Foto: Agência Getty Images)Hendricks desfila com seu novo cinturão após sua
vitória (Foto: Getty Images)
A derrota para St-Pierre, porém, ensinou Hendricks a lutar até o final, em vez de contar com uma vitória que não está garantida. Por isso, "Big Rigg" foi com tudo para o quinto round e garantiu que a decisão iria ser favorável para ele.
- Faço seis planos de jogo diferentes, mas vou sentindo o que o lutador me traz. Eu devia ter mudado o jogo no terceiro ou quarto rounds, não mudei, e o Robbie me machucou. Mas aprendi com a luta do GSP e voltei com tudo para vencer o quinto round. Eu olhei para meus treinadores e disse, "Está 2 a 2, tenho que vencer esse round 5". Não sou ingênuo de achar que estava 4-0 . Meus técnicos me disseram o que eu precisava ouvir: "Dê tudo o que tiver, cinco minutos podem mudar o mundo" - lembrou.
Foi um fim de semana de provações para o novo campeão, que quase perdeu o direito de lutar pelo título ao não bater o limite de peso da categoria, 77,1kg, na sua primeira tentativa na pesagem oficial. Ele precisou de uma hora extra para perder cerca de 700g excedentes. Seu nutricionista, Mike Dolce, o defendeu e contou uma mirabolante história de como uma balança pessoal de US$ 1.500 parou de funcionar na véspera e atrapalhou todo o processo de corte de peso, mas Hendricks assumiu a responsabilidade pela falha após a luta.
- O problema com o peso foi minha culpa, tenho que melhorar isso e minha performance. Eu estava forte, mas foi falha de planejamento da minha conta. É uma droga que tenha acontecido comigo, eu prometo que não vai acontecer de novo. Eu me senti muito envergonhado - declarou.

Diego Sanchez culpa intoxicação alimentar por derrota no UFC 171

Veterano diz que comeu carne e ovos estragados no jantar após a pesagem, e não conseguiu se recuperar até a hora da luta contra o jovem Myles Jury

Por Dallas, EUA
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Apesar de ter buscado a vitória durante toda a luta contra Myles Jury, pelo card principal do UFC 171 no último sábado, o peso-leveDiego Sanchez revelou, em sua conta no Twitter, que não estava em sua melhor forma durante o combate. A culpa, segundo ele, foi de uma refeição que estaria estragada no jantar logo após a pesagem, na última sexta-feira. Para o lutador, no entanto, o resultado da luta foi mérito de Jury.
- Eu não fui eu mesmo na última noite. Ingeri comida estragada no jantar, logo após a pesagem de sexta-feira. Me senti fraco e minha performance mostrou isso. Não conseguia ir para os takedowns por não ter força para fazê-lo. Jury e sua equipe fizeram uma boa luta contra mim e venceram de verdade. Mas eu gostaria que meus fãs soubessem a verdade sobre o que aconteceu. A verdade é essa, digam o que disserem. As pessoas podem falar o que quiserem, mas eu não amarelei. Busquei a luta o tempo inteiro e lutei com garra mesmo sem condições. Infelizmente não foi a minha noite - escreveu o lutador.
UFC 171 Diego Sanchez e Myles Jury (Foto: Agência Getty Images)Diego Sanchez sofre um chute no rosto na derrota para Myles Jury no UFC 171 (Foto: Getty Images)
Sanchez sofreu diversos ferimentos na face durante a luta, e também promoveu o costumeiro arsenal de expressões faciais, agressividade e provocações, para a alegria dos fãs. O lutador também se expôs a contra-ataques e derrubadas, o que ajudou Jury a conseguir a vitória por decisão unânime dos juízes. Com a derrota acumula três reveses nas últimas quatro lutas. Sanchez não vence uma luta sem ser por pontos desde junho de 2008, quando derrotou Luigi Fioravanti por nocaute técnico na final do TUF 7.