domingo, 2 de dezembro de 2012

Em recuperação, Mutante revela que teve de recusar duelo contra Sarafian

'Final do TUF' que ainda não aconteceu deveria ser o coevento principal do UFC São Paulo, em 19 de janeiro, mas campeão do programa vem de lesão

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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A final peso-médio do "The Ultimate Fighter Brasil: Em busca de campeões", de fato, ainda não aconteceu. Daniel Sarafian, então finalista, sofreu uma lesão no bíceps e acabou substituído por Serginho Moraes - derrotado por ele na semifinal do reality show - a poucos dias do UFC 147. Na ocasião, o tricampeão mundial de jiu-jítsu não conseguiu aproveitar a oportunidade e caiu diante de Cezar Mutante, que se tornou campeão. Mas o duelo entre Mutante e Sarafian ainda é uma prioridade para o Ultimate. Prova disso é que essa luta estava nos planos da organização para ser o coevento principal do UFC São Paulo, no dia 19 de janeiro, no Ibirapuera, e só não vai ocorrer porque Mutante ainda não se recuperou de uma lesão no joelho esquerdo.
- Eles (representantes do UFC) me perguntaram se eu queria lutar em janeiro contra o Daniel Sarafian. Só que eu não estaria pronto, ainda estou em recuperação do meu joelho. Seria uma loucura aceitar essa luta - revelou Cezar Mutante ao SPORTV.COM.
Sarafian e Mutante, TUF Brasil (Foto: Divulgação / TUF Brasil)Daniel Sarafian e Cezar Mutante fariam a final do TUF Brasil (Foto: Divulgação / TUF Brasil)
Sem o campeão do TUF, o Ultimate escalou o americano CB Dollaway para enfrentar Sarafian na capital paulista. Mutante garante que vai torcer pelo amigo e possível rival, até mesmo porque uma vitória do brasileiro contribuirá para que a luta entre eles ocorra o quanto antes:
- Há chances reais de (a luta contra Sarafian) acontecer. É a final do TUF que não aconteceu, todo mundo quer ver. Vou torcer muito para o Sarafian ganhar em janeiro, até porque é um amigo pessoal meu. E quero que a gente lute no futuro.
Há chances reais de (a luta
contra Sarafian) acontecer. É a final do TUF que não aconteceu, todo mundo quer ver"
Cezar Mutante
Mutante foi submetido a uma intervenção médica de reconstrução do ligamento cruzado anterior e do menisco lateral no dia 8 de agosto. Essa cirurgia já o havia feito recusar o convite para lutar no UFC Rio III, realizado em 13 de outubro. Ainda sem treinar normalmente, ele prevê seu retorno ao octógono no mais tardar para março do ano que vem:
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- Estou voltando devagar, o joelho não está 100%. Vai fazer quatro meses que eu operei no dia 8 de dezembro, então estou voltando aos poucos. Não posso fazer todos os movimentos ainda. Acho que em janeiro vou estar 100% para treinar firme. Eles podem marcar minha luta a partir de janeiro. Em fevereiro ou março vou estar pronto para lutar.
Ao mesmo tempo em que se recupera de lesão, Mutante vê seus companheiros de TUF que foram contratados pelo UFC em ação nos eventos da organização, como Rony Jason, Massaranduba, Renée Forte e o próprio Serginho. Ele admite que isso o deixa ainda mais ansioso, mas mantém o foco para não atropelar o processo:
ezar Mutante se recupera de cirurgia no joelho (Foto: Arquivo Pessoal)Mutante fazendo fisioterapia para acelerar
recuperação de lesão (Foto: Arquivo Pessoal)
- Logo que terminou o programa o meu objetivo era fazer uma luta atrás da outra, só que aconteceu essa lesão. Lógico que fico ansioso, quero lutar e não posso, quero treinar e não posso, então é difícil para o atleta. Tenho que vencer essas barreiras, esse é o diferencial para eu ter sucesso lá na frente. Agora é manter a cabeça focada no que tenho que fazer, voltar a treinar bem para lutar bem. Estou fazendo dieta, musculação e os treinos que posso fazer, dando o máximo de mim para já estar no ritmo quando entrar no camp.

Caio Monstro promete lutar 100% para se recuperar no UFC São Paulo

Cearense conta que acúmulo de lesões antes de estreia em junho, contra Buddy Roberts, influenciaram na derrota, e quer dar show no Ibirapuera

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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O cearense Caio "Monstro" Magalhães fará, no dia 19 de janeiro de 2013, sua segunda luta pelo Ultimate, quando enfrenta o holandês Michael Kuiper no UFC São Paulo. Será a chance de se recuperar após perder na estreia contra o americano Buddy Roberts, em junho deste ano, no UFC: Johnson x McCall. Segundo Caio, o segredo para a volta por cima é estar em 100% de condições.
Caio Magalhaes, UFC (Foto: Getty Images)Caio Monstro na pesagem de sua primeira luta no UFC: acúmulo de lesões atrapalhou (Foto: Getty Images)
- É não lutar machucado. Eu vinha desde 2011 repleto de lutas de jiu-jítsu e de MMA, treinei muito para a luta com o (Fábio) Maldonado que não teve, aí foi juntando uma lesão aqui e outra ali e não pude render 100%. Depois do (combate com) Buddy Roberts, tirei um mês para me recuperar, cuidei das lesões e passei a treinar mais meu wrestling, meu boxe, meu muay thai. Foquei em melhorar essa parte em pé - disse Caio Monstro ao SPORTV.COM.
A entrada do cearense no card do UFC São Paulo, em substituição ao lesionado Thiago Bodão, é semelhante ao que ele viveu em dezembro do ano passado, quando entrou no UFC Rio II no lugar de Stanislav Nedkov para enfrentar Fábio Maldonado. Na ocasião, porém, o próprio Maldonado também se lesionou pouco antes do evento e Caio Monstro acabou ficando fora do card. Desta vez, ele espera que Michael Kuiper permaneça "inteiro" até o dia do combate.
Buddy Roberts venceu Caio "Monstro" Magalhães por decisão unânime dos juízes (Foto: Getty Images)Buddy Roberts venceu Magalhães por decisão
unânime dos juízes (Foto: Getty Images)
- Se Deus quiser, nada vai acontecer, não. Vou torcer para isso! Estou me sentindo preparado, mais do que na primeira luta no UFC. Estou confiante que vou fazer uma boa luta e agradar ao público brasileiro que vai estar assistindo - prometeu.
Caio Magalhães ficou sabendo do duelo com cerca de 50 dias de antecedência, tempo que, de acordo com ele, será mais do que suficiente. Ele vinha treinando com Carlos Eduardo "Cachorrão" para sua estreia no Bellator e com outros companheiros na equipe Dragon Fight/Nova União que têm combates marcados para as próximas semanas, e já tinha um pressentimento que receberia um chamado para fazer sua segunda luta no Ultimate em breve.
- Foi uma notícia boa. Eu estava esperando, a qualquer momento o UFC podia me chamar para lutar novamente. Veio em boa hora, porque eu estava ajudando meus companheiros de treino aqui no Ceará que tinham luta marcada, então agora vou só direcionar os treinos para o Michael - disse.

Ex-UFC Alexandre Baixinho vence por nocaute na luta principal do WOCS 23

Hernani Perpétuo também nocauteia na penúltima luta do evento, que teve cinco finalizações nas cinco primeiras lutas e apenas uma decisão dos juízes

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Lutador com passagem pelo UFC, Alexandre Baixinho foi o grande destaque da 23ª edição do WOCS (Watch Out Combat Show), realizada na noite deste sábado, no ginásio da AABB da Lagoa, no Rio de Janeiro. O meio-médio venceu Evilásio Puma na luta principal por nocaute técnico no segundo round e chegou ao sexto triunfo consecutivo na carreira, cinco deles pelo evento nacional. No total, ele agora possui um cartel de 21 vitórias e oito derrotas.
Alexandre Baixinho e o mestre Claudio Coelho (Foto: Ana Hissa / SporTV.com)Alexandre Baixinho beija o mestre Claudio Coelho após vitória (Foto: Ana Hissa / SporTV.com)
Logo no primeiro minuto do combate, Baixinho reclamou de um chute nos "países baixos" e precisou de alguns segundos para se recuperar. De volta à ativa, ele tentou levar a luta para baixo e conseguiu. Por cima, pouco fez, e Puma se levantou. Os dois foram para a grade, e o árbitro Flávio Almendra pediu que voltassem ao centro pela falta de combatividade. No finzinho, Baixinho encaixou uma potente direita no rosto do rival e o derrubou. Ele foi para cima para sacramentar a vitória, mas levou azar porque soou o gongo.
Minotauro e Team Nogueira no WOCS 23 (Foto: Reprodução / Twitter)Minotauro comemora o triunfo de Wagão, da Team
Nogueira, no WOCS 23 (Foto: Reprodução / Twitter)
Baixinho levou vantagem no chão no começo do segundo round. Na montada, ele aplicou golpes duros no rosto do oponente, que tentava de qualquer maneira sair da posição. Baixinho segurou a mão esquerda de Puma e disparou inúmeros socos com a direita e a esquerda, castigando o rival, até que o árbitro interrompeu o duelo e deu vitória ao ex-lutador do UFC.
Hernani Perpétuo também vence
Já no coevento principal, o meio-médio Hernani Perpétuo derrotou Elder Lara também por nocaute técnico, só que no primeiro round. Ele começou a luta tentando colocar o adversário para baixo, mas acabou se saindo melhor foi mesmo na trocação. Após levar um chute de raspão na cabeça por ter baixado a guarda, ele partiu para cima de Lara com uma sequência de socos e conseguiu o nocaute técnico ainda no início do combate.
O fato curioso ficou por conta da maneira como terminaram as cinco primeiras lutas do evento: todas por finalização, seja no primeiro, segundo ou terceiro rounds. O sexto e antepenúltimo combate encerrou essa sequência e foi o único a terminar por decisão dos jurados.
Henrani Perpétuo, Dedé Pederneiras e a Nova União (Foto: Ana Hissa / SporTV.com)Hernani Perpétuo com o treinador Dedé Pederneiras e a Nova União (Foto: Ana Hissa / SporTV.com)
Confira todos os resultados do WOCS 23:
Alexandre Baixinho venceu Evilásio Puma por nocaute técnico no segundo round
Hernani Perpétuo venceu Elder Lara por nocaute técnico no primeiro round
Julian Jabá venceu Vander Carlini por decisão dividida dos jurados
Julio Merenda venceu Matheus da Silva por finalização no primeiro round
Wagão Ribeiro venceu Carlos Avalanche por finalização no primeiro round
Hudson Rocha venceu Jonathan Karate por finalização no primeiro round
Otton Jasse venceu Cosmo dos Santos por finalização no terceiro round
Onofre Lima venceu Luis Mikimba por finalização no segundo round

Maldonado revela palavras da filha: 'Papai, o Glover bateu muito em você'

'Você não assistiu à luta toda? Papai deu uma boa nele também, né?', foi
a resposta do lutador, que contou ainda que a menina de oito anos chorou

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Glover Teixeira x Fábio Maldonado, UFC RIO III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Maldonado com o rosto sangrando contra Glover
Teixeira (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
A derrota para Glover Teixeira no UFC Rio III, em 13 de outubro, ainda não saiu da cabeça de Fábio Maldonado. E nem poderia, se depender do assunto que as pessoas mais abordam quando conversam com o lutador da Team Nogueira. Nem a filha dele, que tem apenas oito anos, deixou passar em branco. Com muito bom humor, Maldonado recorreu ao Facebook neste sábado para compartilhar com os amigos da rede social as palavras de Júlia Vitória sobre o duelo contra Glover:
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- Minha filha me disse ontem (sexta-feira): "Papai, o Glover bateu muito em você, hein!? Até quebrou seu nariz". Respondi: "Você não assistiu à luta toda? Papai deu uma boa nele também, né?". Ia até dar um beliscão nessa abusadinha, mas, poxa, ela torceu tanto para mim que chegou até a chorar um pouquinho - escreveu o meio-pesado.
Mesmo tendo sido dominado e castigado na maior parte do combate, que terminou por interrupção médica no intervalo do segundo para o terceiro round, Maldonado saiu do evento como um vitorioso. Ele foi bastante elogiado pela mídia especializada e pelo presidente Dana White por conta da garra e do coração que mostrou dentro do octógono. Tanto é que ele ganhou até um bônus especial do UFC recentemente, como o próprio já havia revelado.
Glover Teixeira x Fábio Maldonado, UFC RIO III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Maldonado chegou a balançar Glover com um golpe (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Murilo Ninja abre posto de gasolina
e recebe a visita do irmão, Shogun

Lutador do UFC prestigia o irmão antes de enfrentar Gustafsson no UFC

Por SporTV.com Curitiba
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O lutador de MMA Murilo Ninja resolveu investir em negócios fora do mundo das lutas e abriu um posto de gasolina em Curitiba. Ele recebeu o apoio da família, inclusive do irmão, Maurício Shogun, que fez questão anunciar a novidade no Twitter para seus fãs:
- Parabéns ao meu irmão Murilo Ninja pelo seu novo empreendimento. É um cara trabalhador e que merece - escreveu Shogun, que enfrenta Alexander Gustafsson no UFC de 8 de dezembro.
Maurício Shogun e Murilo Ninja em posto de gasolina (Foto: Reprodução / Instagram)Maurício Shogun e Murilo Ninja no posto de gasolina (Foto: Reprodução / Instagram)

Minotauro aproveita o fim de semana com kitesurfe, lancha e camarão

Treinador do segundo TUF Brasil curte praia carioca em pausa nos treinos

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Apaixonado por kitesurfe, Rodrigo Minotauro aproveitou uma folga dos treinos no fim de semana para se aventurar no esporte em uma praia carioca. O peso-pesado do UFC postou no Twitter um foto ao lado de seu instrutor, Hygor, e com a prancha na mão.
Minotauro pratica kitesurfe (Foto: Reprodução / Instagram)Minotauro ao lado do seu professor de kitesurfe, Hygor (Foto: Reprodução / Instagram)
O domingo foi movimentado para o peso-pesado. Minotauro também fez um passeio de lancha junto com amigos e, mais tarde, foi a um restaurante na Lagoa, onde posou com os cozinheiros ao lado do companheiro de equipe Rafael Feijão.
Rodrigo Minotauro come camarão em iate (Foto: Reprodução / Instagram)Rodrigo Minotauro come camarão em lancha (Foto: Reprodução / Instagram)
Rafael Feijão e Rodrigo Minotauro em restaurante na Lagoa (Foto: Reprodução/Instagram)Rafael Feijão e Rodrigo Minotauro em restaurante na Lagoa (Foto: Reprodução/Instagram)
Vindo de vitória sobre o americano Dave Herman, Minotauro será técnico da segunda temporada do TUF Brasil e vai enfrentar o treinador rival, Fabricio Werdum, no evento que terá a final do reality show, em 8 de junho.

'Mestre' Serginho rasga elogios a
Shogun: 'O mais completo do MMA'

Tricampeão mundial de jiu-jítsu, que se recupera de lesão, prevê retorno ao UFC em fevereiro e brinca: 'Quero adversário que aceite fazer chão comigo'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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Responsável pelos treinos de chão de Maurício Shogun, o ex-TUF Brasil e tricampeão mundial de jiu-jítsu na faixa preta Serginho Moraes não pôde colocar a mão na massa na parte final da preparação do curitibano para a luta contra Alexander Gustafsson, em 8 de dezembro, por conta de uma lesão no joelho. Ele se machucou durante a vitória sobre Renée Forte, no UFC Rio III, e teve de ser submetido a uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho direito há três semanas. Serginho indicou Léo Nogueira, que também é campeão mundial de jiu-jítsu, para ser seu substituto nessa parte final dos treinos, mas nem por isso deixou de acompanhar tudo de perto. Para o meio-médio paulistano, Shogun tem tudo para se dar bem no evento de Seattle:
André Dida, Júlio Heller, Serginho Moraes e Maurício Shogun (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)André Dida, Júlio Heller, Serginho Moraes e Maurício Shogun (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
- Eu tomo conta do chão do Shogun e indiquei o Léo Nogueira para me substituir exatamente pelo biotipo dele. O Léo é alto, e o Gustafsson também. E o Shogun é o atleta que encaro como o mais completo do MMA hoje. Ele é muito bom no chão e também na trocação - disse ao SPORTV.COM.
Serginho acredita que em menos de três meses estará pronto para voltar ao octógono:
- Graças a Deus sou pessoa que não aceita ficar parada. No segundo dia depois da cirurgia eu estava andando, no terceiro eu estava dirigindo. Estou fazendo fisioterapia, e meu cirurgião falou que a recuperação está um sucesso. Acredito que no final de fevereiro estarei de volta.
Serginho Moraes e Léo Nogueira MMA (Foto: Arquivo Pessoal)Serginho Moraes e Léo Nogueira no hospital após
a cirurgia no joelho direito (Foto: Arquivo Pessoal)
Sobre um possível próximo adversário, ele brincou que gostaria de enfrentar alguém que não tenha tanto receio de ir para o chão com ele, justamente por ser referência mundial no jiu-jítsu, e mostrou que está com os pés devidamente no chão em relação ao Ultimate:
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- Não tenho ninguém em mente. Quero um adversário que aceite fazer chão comigo (risos). Mas é normal essa evolução no MMA. Também tenho que evoluir em pé. Acredito que há lutadores com a mesma qualidade que eu no chão. E não posso ficar escolhendo adversário, estou chegando agora no evento. Vou devagar, respeitando todo mundo. O primeiro passo foi a vitória (sobre Renée Forte, em 13 de outubro). Agora tenho que esperar a recuperação da lesão.

Erick quer ver Spider x GSP, mas admite que 'seria ruim' para divisão

Capixaba rasga elogios à atuação de St-Pierre contra Condit: 'Ele é um
dos mais inteligentes do MMA e provou que está muito à frente dos outros'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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A possível superluta entre Anderson Silva e Georges St-Pierre divide opiniões entre os atletas do UFC. Tem quem apoie, quem diga que o Spider deveria enfrentar Jon Jones em vez de GSP, e ainda quem diga que seria um atraso tanto para a categoria dos médios quanto para a dos meio-médios, uma vez que os atuais campeões delas ficariam um tempo considerável fora para se dedicarem a esse duelo. E tem também quem pense de duas maneiras diferentes ao mesmo tempo, como Erick Silva. Amigo e parceiro de treinos de Anderson, o capixaba afirma que gostaria muito de assistir à luta, mas admite que ela seria ruim para sua própria divisão:
Erick Silva, UFC Rio III (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Erick Silva (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
- É verdade, para a categoria realmente seria um pouco ruim. Não que ele abandone, mas o campeão passaria um bom tempo sem lutar nela, que não giraria tanto. Mas, pensando no show, no UFC e nos fãs, seria uma boa luta. Todo mundo quer ver essa luta, até eu também ficaria empolgado. Eu torceria para o Anderson e, na minha concepção, ele seria o favorito disparado. Vai ser um lutão - disse ao SPORTV.COM.
Leia também: Erick concorda com Rory MacDonald sobre duelo: 'É inevitável'
Apesar de considerar o compatriota favorito, Erick se diz um grande fã de Georges St-Pierre. Ele assistiu à vitória do canadense sobre Carlos Condit no UFC 154 e elogiou bastante a performance dele, que estava parado há mais de um ano devido a lesões:
- Para mim foi uma luta pefeita. Ele fez o jogo certinho. Já esperava, na verdade. Sempre falava que acreditava bastante na vitória do St-Pierre, por mais que estivesse parado. Quando vai lutar ele se prepara muito bem, monta a estratégia e a segue. Ele é um dos lutadores mais inteligentes do MMA e provou que está muito à frente dos outros (atletas da categoria). Não foi uma surpresa, eu sabia que ele iria vencer. E venceu por muito e de forma bastante estratégica.
Sobre a categoria em si, Erick Silva afirmou que concorda com quem considera Johny Hendricks e Nick Diaz os principais nomes para ser o próximo desafiante ao cinturão de St-Pierre. Mas fez uma ressalva quanto ao segundo, que está suspenso até o início do próximo ano por ter sido pego no exame antidoping (maconha) após perder para Condit no UFC 143, em fevereiro:
Montagem Anderson Silva   Georges St-Pierre (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Os campeões Georges St-Pierre e Anderson Silva (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
- O Nick Diaz está suspenso e, sinceramente, isso é minha opinião particular, não deveria voltar direto para o cinturão, porque ficou muito tempo parado. A categoria andou. O Hendricks, ao meu ver, fez várias lutas boas e poderia estar à frente. Ou então poderia haver uma luta entre os dois para ver quem disputaria com o St-Pierre. Creio que os dois estão mesmo à frente dos outros.
Após a derrota para Jon Fitch no UFC Rio III, em 13 de outubro, Erick retorna ao octógono em 2 de fevereiro, no UFC 156, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Ele vai encarar o americano Jay Hieron, de 36 anos, que vem de um revés para Jake Ellenberger.


Galo bate o Cruzeiro, é vice-campeão e garante vaga direta na Libertadores
Em uma partida cheia de alternativas, depois de cinco jogos, Atlético-MG bate o maior rival e ainda vibra com o empate entre Grêmio e Internacional
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Poupados
    Atlético-MG e Cruzeiro pouparam R49 e Everton na rodada anterior. Os dois foram muito bem no clássico, e o lateral do Cruzeiro ainda marcou um gol
  • nome do jogo
    Ronaldinho
    Embora tenha perdido um pênalti, ainda no primeiro tempo, R49 fez uma ótima segunda etapa e fez dois cruzamentos para gols do Galo
  • arbitragem
    Expulsões
    Três jogadores foram expulsos, dois do Cruzeiro e um do Atlético-MG. Em todos os lances, Paulo César Oliveira acertou nas aplicação dos cartões
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
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Espetacular. Para um jogo que valia apenas uma vaga direta na fase de grupos da Taça Libertadores de 2013, Atlético-MG e Cruzeiro fizeram um duelo digno da história do confronto. Cinco gols, expulsões, pênalti perdido, bola na trave, duas viradas no placar e muitas chances de ambos os lados. Esses foram os ingredientes do clássico mineiro da última rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, disputada neste domingo, no Independência, terminou com vitória alvinegra, por 3 a 2, após cinco jogos sem vencer o maior rival. Os gols do Galo foram marcados por Bernard, Leonardo Silva e Réver. Para o Cruzeiro, fizeram Martinuccio e Everton.
Bernard comemora o primeiro gol do clássico (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)Bernard comemora o primeiro gol do clássico (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
A torcida do Atlético-MG compareceu em grande número ao estádio, certa de que a invencibilidade em casa, na atual temporada, seria mantida. A equipe alvinegra, desde a conquista do Campeonato Mineiro, não perdeu nenhuma partida diante do torcedor. Em determinado momento do jogo, a impressão era a de que o Cruzeiro conseguiria a vitória, mas, em dois gols assinalados por zagueiros, quando o rival estava à frente no placar, o Atlético-MG virou o jogo.
Com o resultado, e também com o empate sem gols entre Grêmio e Inter, o Atlético-MG terminou o Brasileirão na vice-liderança, com 72 pontos, atrás apenas do Fluminense, que terminou com 77. O Cruzeiro, que ainda brigava pela sexta colocação na tabela, ficou em nono, com 52.
Os jogadores das duas equipes, a partir desta segunda-feira, estão liberados para as férias. Atlético-MG e Cruzeiro, a partir de janeiro, iniciarão a pré-temporada para 2013. O primeiro compromisso de ambos será pelo Estadual, no dia 3 de fevereiro, novamente no grande clássico, na reinauguração do Mineirão.
Clássico movimentado
O jogo valia muito para o Galo, que precisava da vitória para termnar como vice-campeão e obter a vaga direta na fase de grupos da Taça Libertadores de 2013. Os técnicos optaram pela lógica, e não houve novidade nas escalações.
Após o apito inicial, cada palmo do gramado passou a ser disputado com todo vigor e vontade por ambos os times. O clima esquentava a toda disputa de bola, mas o árbitro Paulo César Oliveira era firme e marcava as faltas de perto.
Apenas com a torcida do Galo nas cadeiras do Independência, o time alvinegro tratou de brindar os presentes. Logo aos cinco minutos, Guilherme foi à linha de fundo e cruzou para a área, Leandro Guerreiro tirou mal, e a bola sobrou para o pequenino Bernard. O meia se agigantou no maior jogo de Minas Gerais e abriu o placar em um chute de primeira, sem chances para Fábio.
A festa alvinegra, que havia começado bem antes da partida, aumentou ainda mais. E a vontade dos jogadores também crescia a cada dividida. O volante Pierre abriu a lista dos amarelados ao parar Everton, que seguia livre em direção ao gol. Os jogadores do Cruzeiro foram à loucura e pediram a expulsão do atleticano.
O Cruzeiro tratou de equilibrar as ações e fez a torcida do Galo sentir calafrios. Anselmo Ramon acertou a trave e, na sequência, o goleiro Victor tirou dos pés de Martinuccio, que se preparava para empurrar para as redes.
O jogo era igual, mas o Galo, aos 36 minutos, teve chance de aumentar a vantagem. Jô girou sobre Leandro Guerreiro, que errou o bote e derrubou o atacante alvinegro dentro da área. Pênalti bem marcado. Porém, Ronaldinho Gaúcho cobrou rasteiro e fraco, e Fábio fez ótima defesa.
O Cruzeiro, novamente estimulado, não perdoou. No último lance do primeiro tempo, aos 46 minutos, Montillo cruzou, e Martinuccio subiu sozinho. O atacante fuzilou de cabeça para empatar a partida. Tudo igual na primeira etapa para um futebol equilibrado.
Virada do Galo
Os times retornaram para o segundo tempo com os mesmos jogadores, mas o Cruzeiro voltou melhor. Tanto que, logo aos cinco minutos, Everton entrou livre na área, após passe perfeito de Thiago Carvalho, e, diante do goleiro Victor, fuzilou para as redes e virou o placar. Silêncio no Independência.
O gol fez a torcida do Galo pegar no pé de Guilherme, jogador tradicionalmente escolhido pelos atleticanos para pagar o pato. Cuca ouviu os torcedores e sacou o meia para a entrada de Neto Berola. Na sequência, os volantes Tinga e Leandro Donizete trocaram cotoveladas, e Paulo César Oliveira expulsou os brigões, que saíram de campo discutindo muito.
Aos 14 minutos, Ronaldinho Gaúcho tratou de desfazer o erro do pênalti e ajudou o Galo a empatar a partida. Leonardo Silva escorou escanteio de cabeça, e Marcelo Oliveira, tentando evitar que o camisa 49 tocasse na bola, acabou colocando para dentro do próprio gol. A arbitragem assinalou gol do zagueiro atleticano.
O jogo ficou aberto. Com os times com um a menos, sobravam espaços para os contra-ataques. Era lá e cá. Montillo perdeu uma chance incrível e, em seguida, Jô cabeceou cara a cara, para grande defesa de Fábio.
E, aos 29 minutos, Ronaldinho Gaúcho apareceu de novo. Depois de várias cobranças de escanteio ruins, o craque alvinegro colocou na cabeça do zagueiro Réver, que apenas cumprimentou para as redes e virou o placar, para delírio da torcida atleticana. Após o gol, Cuca tirou o craque atleticano, que foi ovacionado ao deixar o campo para a entrada de Serginho. O jogador foi para o banco de reservas visivelmente chateado com a substituição.
No fim, Anselmo Ramon ainda foi expulso. Vitória do Atlético-MG, que coroou uma grande campanha no Brasileirão e garantiu participação na principal competição continental entrando direto na fase de grupos.
 
Sobrou briga, faltou gol: Gre-Nal do adeus ao Olímpico termina em 0 a 0
Cheio de brigas, três expulsões e até foguete jogado no campo, clássico que marcou fim do estádio também tira do Grêmio vaga direta à Libertadores
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    expulsão
    Aos 3 minutos do segundo tempo, Muriel coloca a mão fora da área, leva cartão vermelho e muda o panorama do clássico, que ficaria ainda mais nervoso.
  • nome do jogo
    a torcida
    Salvo um rojão jogado ao fim do jogo, a torcida deu exemplo para os jogadores brigões. Não invadiu o campo, como se temia, e aplaudiu o Olímpico no fim.
  • estatística
    chuta-chuta
    Léo Gago, que começou como volante e terminou o clássico como lateral, foi o jogador que mais finalizou no último jogo do Estádio Olímpico: 5 vezes.
A CRÔNICA
por Lucas Rizzatti
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Quis o destino que a despedida do Olímpico fosse um roteiro já usado em incontáveis oportunidades: 122 ocasiões, o número exato de Gre-Nais antes disputados no estádio. Por que não o seria neste 2 de dezembro de 2012? A última vez do Olímpico foi salpicada dos elementos mais inerentes à biografia da centenária rivalidade Gre-Nal. Raça, briga, empurra-empurra, confusão, expulsão - duas coloradas e uma gremista. E, infelizmente, ainda com episódios lamentáveis, como o lançamento de um rojão sobre a área técnica do Inter nos acréscimos.
Mas sejamos justos, com o velho clássico e também o já saudoso estádio: deu tempo para se ver emoção, apesar do pouco futebol, no último jogo da atual casa tricolor, que se despede e dará lugar à Arena, a partir de 8 de dezembro. O empate em 0 a 0 é a 382ª igualdade em 58 anos de Olímpico, que ainda testemunhou entre seus corredores e imensos nacos de concreto 1.764 jogos, com 1.156 vitórias tricolores e 226 derrotas.
Mais do que saudade, o empate sem gols tira do Grêmio a vaga direta à Libertadores. O Atlético-MG bateu o Cruzeiro em Minas Gerais por 3 a 2 e pegou a vice-liderança. O time de Vanderlei Luxemburgo encerra o Brasileirão com 71 pontos, em terceiro lugar.
Já o Inter se despede do campeonato com uma campanha sem graça, 10ª colocação, com 52 pontos. Mesmo assim, comemorou muito o resultado, com duas expulsões, na casa do rival. Os jogadores foram para o pequeno pedaço destinado aos colorados, pulando e cantando. Parecia festa valendo taça.
- Vamos comemorar como um título - provocou Renan, goleiro que entrou no segundo tempo e garantiu o 0 a 0.
- Tínhamos capacidade para fazer algo a mais - lamentou André Lima, dando o tom de decepção de quem não conseguiu encerrar o ciclo do Olímpico com três pontos.
No fim das contas, a torcida, alvo maior de preocupação em termos de segurança, foi a que mais se comportou, salvo o episódio do rojão. Seguiu as instruções, não invadiu o gramado ao término do clássico e tratou de aplaudir o Olímpico. Para encerrar, o estádio inteiro, não só a Geral, fez a avalanche, movimento de comemoração dos gols dos fãs azuis - os melhores jogadores do tumultuado Gre-Nal 394.
confusão gremio x internacional (Foto: Renan Olaz/Futura Press)Gre-Nal de confusões no Olímpico (Foto: Renan Olaz/Futura Press)
Efeito saudade: domingo começa azul como o céu
Heber Roberto Lopes trilou o primeiro apito às 17h07, porém não é errado dizer que o Gre-Nal 349 já havia começado muito antes. Na noite de sábado, por exemplo, com um grupo de gremistas que acampou em frente ao Olímpico e até assou um improvisado costelão em frente à passagem de carros e pedestres. Foi um domingo também de muitas homenagens, casas decoradas, pátio lotado desde cedo da manhã.
Torcida do Grêmio na despedida do Olímpico (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Torcida do Grêmio na despedida do Olímpico
(Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Além da torcida, os ídolos do clube brotavam pelas galerias do Olímpico como pingos de chuva, aos montes, sem parar. Dezenas deles entraram no gramado, às 15h, para uma emocionada homenagem do clube. Receberam, mais do que medalhas e aperto de mão, a ovação sincera de uma mescla impensável de gerações. Ali, nas arquibancadas, havia de tudo: crianças, idosos, mulheres, os peritos em futebol e os poucos interessados em esquemas táticos. O certo é que todos, sem exceção, aplaudiram os craques tricolores, de ontem, de hoje. E de sempre.
No entanto, a torcida foi à loucura mesmo ao ouvir no sistema de som do estádio a confirmação de que Zé Roberto jogaria. O meia era dúvida por entorse no tornozelo. Que nada, ingressou no gramado altivo, às 16h59, segurando crianças no colo e levando outras tantas agarradas a sua camiseta tricolor. Vanderlei Luxemburgo inovou ao sacar Leandro do ataque e escalar Léo Gago em seu lugar, no meio-campo. Assim, Anderson Pico voltou à lateral-esquerda.
Do lado colorado, pouca emoção, mas muita concentração. Sem chances no Brasileirão, os vermelhos se empenharam em estragar a festa, antes do jogo toda azul. A torcida mostrou mobilização, levou uma grande faixa com o rosto de Larry, dono de quatro gols no primeiro Gre-Nal do Olímpico, um histórico 6 a 2 para o Inter. O time atual surgiu com uma expressiva mudança: o técnico interino Osmar Loss sacou Diego Forlán e alçou o volante Josimar ao convívio dos titulares.

Primeiro dos últimos chutes é de D'Ale
Festa, homenagens e choro. Tudo ficou menor com o começo do clássico. O passado de 58 anos de um estádio e o futuro de uma Arena multiuso e que exala modernidade, tudo ficou em suspenso, pendurado na frieza de um placar de futebol. Afinal, o que mais importava ali, para gremistas e colorados, era vencer. Cada um por seus motivos.
O Inter até ensaiou amostras de superioridade, mas o Grêmio, rapidamente, tomou as rédeas da partida. Aos 12 minutos, a primeira chance. Zé Roberto cruzou rasante, a bola se ofereceu ao pé direito de Elano, que não alcançou. Em 15 minutos, o time de Luxa já havia conquistado dois escanteios e levantado cinco bolas na área vermelha.
Werley e Josimar no Gre-Nal do Olímpico (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Werley (34) saiu lesionado aos 30 minutos do segundo tempo (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Três minutos depois, a primeira (e última?) briga de um Gre-Nal no Olímpico. Rodrigo Moledo e Léo Gago se engalfinharam. O zagueiro desferiu um tapa no peito do volante, que revidou. O jogo seguiu, certo de que, sem entrevero, não há clássico, não há Gre-Nal. Só que, desta vez, passou da conta. Até Luxemburgo, aos 23 minutos, resolveu tirar satisfações com o sempre provocador D'Alessandro. A iniciativa do treinador gremista enervou o comandante colorado, Osmar Loss.
O ideal, claro, era também ver um embate cheio de lances de gol, chutes certeiros e defesas plásticas. Mas, até a metade do primeiro tempo, nada disso. Aos 25, D'Ale foi o primeiro a finalizar, e Marcelo Grohe defendeu. Que não fosse esse chute fraco o último do Olímpico. Aliás, mais do que isso, era a senha de que o Inter estava de volta para a partida.
Aos 30 minutos, acabava o Gre-Nal para Werley. Zagueiro que chegou ao Olímpico desacreditado e se tornou referência no setor, o mineiro não resistiu a um choque com Ygor na grande área. Foi substituído por Saimon, que formaria, a partir de então, uma defesa de reservas no clássico, com Naldo. Werley deixou o campo sob protestos. Queria ir para o sacrifício, mas o médico Márcio Bolzoni vetou o ato de coragem.
guinazu elano internacional x grêmio (Foto: Wesley Santos/PressDigital)Elano tenta bicicleta, observado por Guiñazu e Josimar  (Foto: Wesley Santos/PressDigital)
Primeira explosão é por outro azul
Diante das dificuldades impostas pelo Inter e pela baixa do zagueiro (além da vitória parcial do Atlético-MG contra o Cruzeiro), o Grêmio respondeu de seu lado mais improvável. De um jogador que havia sido afastado dos titulares no início da semana. Anderson Pico aplicou drible entre as pernas de Edson Ratinho e cruzou. André Lima meteu a cabeça, mas a zaga interceptou. Também de cabeça, Damião perdeu a melhor chance do Gre-Nal, na pequena área. E ainda levou uma cabeçada involuntária de Naldo e sangrou como um Hugo de León jamais sangrara naquele gramado, há 29 anos. Com uma touca e nova camisa, sem sangue, o centroavante retornou, louco para, na próxima, acertar somente a bola.
A primeira grande explosão da torcida em nada teve a ver com o que se desfilava em frente aos olhos de mais de 40 mill pessoas. Aos 43 minutos, os radinhos colados aos ouvidos informava: gol do Cruzeiro, que empatava o clássico contra o Atlético-MG e devolvia ao Grêmio a segunda colocação e a consequente classificação direta à Libertadores. Mas, no Olímpico mesmo, pouco futebol ao final do primeiro tempo.
- Foram 20 minutos para cada time, está bom - elogiou D'Alessandro.
- Temos que caprichar no último passe - recomendou Elano.

Muriel é expulso. Luxa também. Depois, Damião...
andre lima gremio x internacional (Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)Muito empurra-empurra: Moledo e André Lima
(Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)
A um minuto de segundo tempo, mais uma boa notícia para o Grêmio, sempre vinda de Belo Horizonte: virada do Cruzeiro, e Atlético-MG cada vez mais distante. Comemoração total da torcida, que, finalmente, explodiu logo depois pelo azul que mais ama. Aos 3, Elano recebeu lançamento e encobriu Muriel. Fora da área, num ato de desesperto, o goleiro colocou as mãos na bola e foi irremediavelmente expulso. Senha para uma confusão daqueles que não podem faltar em Gre-Nal.
Fred chutou a bola para longe a fim de atrasar o lance. Os gremistas não gostaram, foram para cima do garoto, defendido por Guiñazu. Saimon ficou enfurecido. Luxemburgo invadiu o campo e deu uma bronca professoral em Anderson Pico, para que ele não deixasse se levar pela briga. Mas o técnico acabou expulso e começou seu show à parte. Demorou a deixar o campo, foi com o dedo em riste para cima dos árbitros auxiliares. E só saiu depois que a polícia foi chamada. Em seu quarto Gre-Nal, acumulou a terceira expulsão, sendo a primeira como jogador, nos anos 1970. No lugar de Muriel, Renan, que não havia jogado um minuto sequer no Brasileiro, passou a vestir as luvas vermelhas.
Primeiro, o sangue, depois, o cartão. O vermelho perseguiu Damião no Gre-Nal. Aos 13, o centroavante perdeu a cabeça envolta na touca protetora e aplicou uma cotovelada em Saimon, que saiu rolando campo afora. Damião mal havia tocado os pés no solo após a subida, e Heber Roberto Lopes já lhe apresentava a inevitável expulsão.
Sem técnico à beira do gramado (o auxiliar Roger passou a receber instruções de Luxa), mas com dois a mais, o Grêmio foi para cima. Primeira providência: colocar Leandro e sua velocidade juvenil entre os 11 de azul. Saiu Pico. Depois, entrou Marquinhos na vaga de Fernando. No Inter, Fred foi sacado para o ingresso de Cassiano. Mas o placar... seguia com o inerte 0 a 0. Gol mesmo só em Minas, virada do Galo, obrigando o Grêmio a vencer para ficar com a vaga direta à Libertadores.

Brigas só no campo mesmo. Torcida se comporta

A pressão, como era de se esperar, foi esmagadora. Só deu Grêmio a partir das expulsões. Aos 29, Zé Roberto tirou a torcida do silêncio ressabiado ao emendar uma bibicleta, defendida pro Renan. Um minuto depois, o goleiro também evitou, com um tapa providencial, gol contra de Moledo. Aos 31, Pará cruzou e André Lima, atencipando-se a Índio, chutou sobre o gol na grande área. O lateral-direito, ao ver o colega perdeu a chance, socou o chão uma, duas, três vezes... a indignação de Pará ressoou nas arquibancadas e virou gritos de apoio. Os mil colorados, postos atrás da meta de Marcelo Grohe, torciam para o fim do Olímpico chegar mais rápido.
Heber Roberto Lopes deu cinco minutos de acréscimos, mas, em meio a eles, o sempre nervoso Saimon se envolveu numa briga com Osmar Loss. Com direito inclusive à contato físico, muito além do protocolar empurra-empurra. Era a confusão que faltava a um clássico pautado pelos incidentes longe da bola. Para completar: um rojão foi jogado para a área técnica, atingindo Flavio Soares, o Galo, preparador físico colorado.
A invasão ao gramado por parte da torcida, grande temor da direção do Grêmio, não aconteceu. Quem resolveu partir para a briga foram os próprios jogadores. Que seguiram a provocação via microfones com o apito final. Aliás, muitos gremistas cercaram Heber, alegando que o tempo de acréscimos não havia sido finalizado. Pode até ter faltado tempo para o Grêmio ou jogadores para o Inter fazer mais frente. Mas o certo, protestos à parte, é que faltou bom futebol no ato final do Olímpico. Ficou para a Arena.
 
Náutico vence por 1 a 0 nos Aflitos e decreta queda do Sport para a Série B
Timbu perdeu pênalti e só marcou gol no segundo tempo com Araújo. Leão estacionou nos 41 pontos e vai para a Segundona na 17ª colocação
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    16 do 2º tempo
    O goleiro Saulo defendeu pênalti e fez grandes defesas, mas saiu machucado de campo. Três minutos depois, o reserva Mateus sofreu o gol de Araújo.
  • decepção
    Kieza
    Artilheiro do Náutico, o atacante provocou o Sport pelas redes sociais antes do clássico. No jogo, sumiu em campo e ainda perdeu um pênalti no 1º tempo.
  • deu certo
    Araújo
    Destaque no início da Série A, o atacante perdeu espaço e foi para a reserva. No clássico, o vice-artilheiro timbu mostrou que tem estrela ao fazer o gol do jogo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Não poderia haver tarde mais festiva para os torcedores do Náutico. Na partida de encerramento do Brasileirão 2012, neste domingo, os alvirrubros viram a equipe vencer o Sport nos Aflitos e decretar a queda do rival para a Série B em 2013. O gol dos donos da casa saiu aos 19 minutos do segundo tempo com o atacante Araújo. Antes mesmo do apito final, nas arquibancadas não faltaram provocações com a situação dos rubro-negros.

O gol do Náutico só aconteceu depois que o goleiro Saulo deixou o campo lesionado. O camisa 87 defendeu um pênalti batido pelo artilheiro Kieza e fez grandes defesas, mas sentiu cãimbras e deixou o time na mão. Aos 16 minutos da etapa final, ele deu lugar a Mateus, terceiro goleiro rubro-negro. O jovem atleta não foi páreo para o chute de Araújo. O detalhe é que o atacante estava na reserva nas últimas rodadas e voltou a ser titular no clássico.

- Fizemos um grande trabalho e conseguimos os nossos objetivos - disse o atacante Araújo, resumindo a alegria alvirrubra.

- Foi feita a vontade de Deus - comentou um lacônico Cicinho, lateral do Sport.

A vitória levou o Náutico a 49 pontos e o Timbu está na faixa de classificação que permitirá ao clube escolher entre a Taça Sul-Americana e a Copa do Brasil em 2013. Já o Sport, que brigou até o último minuto para não cair, foi degolado após aparecer 21 rodadas na zona de rebaixamento. O Leão terminou a competição com 41 pontos na 17ª colocação, quatro pontos da Portuguesa.
Um fato curioso é que o técnico Waldemar Lemos, que levou o Náutico da Série B para a Série A em 2011 e dirigiu o Sport neste Brasileirão, acompanhou o jogo nos Aflitos na torcida do Timbu. O treinador foi bastante festejado na área das cadeiras alvirrubras.

Náutico e Sport agora só voltam a campo em janeiro. O Timbu estreará no Campeonato Pernambucano no dia 23 de janeiro contra o Chã Grande, no estádio Barbosão, na cidade de Chã Grande. O Leão está fora do primeiro turno do Estadual e joga no dia 20 de janeiro contra o Sousa na Ilha do Retiro em partida válida pela primeira rodada da Copa do Nordeste.
náutico x sport araújo tobi (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Araújo marcou e fez a festa da torcida do Náutico nos Aflitos (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Náutico na pressão

O Sport já começou o jogo "rebaixado", pois antes da rodada iniciar a equipe tinha 41 pontos e abria o Z-4 na 17ª colocação. Pressionado pela tabela de classificação, os rubro-negros iniciaram a partida com três atacantes - Gilberto, Gilsinho e Felipe Azevedo -, mas o primeiro chute a gol foi dos alvirrubros. Com um minuto, o lateral Patric tentou cruzar e mandou as bolas nas mãos do goleiro Saulo.
A resposta do Sport ocorreu aos três minutos. Em uma bela triangulação com Hugo, Gilberto recebeu a bola livre de marcação e arriscou. O chute, no entanto, passou muito longe do gol do Náutico. Aos seis minutos, os visitantes tomaram um susto quando Cicinho recuou a bola para Saulo e o meia-atacante Rhayer quase se aproveita da jogada.

O Náutico voltou a ter outra boa chance aos nove minutos. Após uma cobrança de falta de Souza, a bola sobrou na área. Kieza chutou e Saulo deu rebote para Alemão tentar e isolar a bola no chute. O troco do Sport surgiu aos 11 minutos, com Reinaldo. Ele arriscou de fora da área para fora. Um minuto depois o Timbu revidou com Rogério, que se livrou do marcador e chutou rasteiro pela linha de fundo.
Empurrado pela torcida, o Náutico pressionou o Sport na primeira metade do primeiro tempo e deu poucos espaços para o Leão atacar. Mas em uma dessas poucas chances, Gilsinho rolou para Reinaldo chutar a gol. Não demorou e os visitantes sofreram o contra-ataque em um lance no qual Rhayner quase surpreendeu o goleiro Saulo.

Sport quase marca e Timbu perde pênalti
Aos poucos, o Sport equilibrou o jogo. A torcida do Náutico tomou um susto aos 26 minutos quando Felipe Azevedo chutou e Felipe deixou a bola escapar pelas mãos. A pelota deslizou rasteira pela linha de fundo para sorte do camisa 1 alvirrubro. Logo em seguida, Reinado cobrou falta com perigo e fez os torcedores do Timbu prenderem a respiração novamente. Aos 36, foi a vez de Felipe Azevedo assustar de novo.

As ações ofensivas do Náutico reapareceram no final do segundo tempo com Rhayner e Rogério. Aos 43 minutos, no entanto, o Sport assustou mais uma vez com Gilberto. Ele desviou um cruzamento e só não marcou para os visitantes porque o o lateral-esquerdo Douglas Santos tirou a bola em cima da linha. Na sequência da jogada, Rogério foi para o contra-ataque e se chocou com o zagueiro Diego Ivo. O juiz marcou pênalti, mas Kieza chutou fraco e permitiu a defesa de Saulo para delírio dos rubro-negros presentes nos Aflitos.

Saulo deixa o campo e Náutico marca

O segundo tempo começou emocionante. Aos dois minutos de jogo, Saulo salvou o Sport ao defender um chute de Araújo. O goleiro se esticou e a bola ainda tocou na trave antes de ir para fora. A resposta do Sport veio aos oito minutos com Gilsinho que invadiu a área e acertou um chute rente à trave do goleiro Felipe.

Aos 11 minutos, o drama do Sport começou a se desenhar. Saulo se machuco e ficou caído no gramado. Ele se levantou, tentou jogar, mas não aguentou a dor e pediu para ser substituído. Mateus, terceiro goleiro do Leão, entrou em campo aos 16 minutos e foi castigado três minutos depois.
Em cobrança da falta, Souza mandou a bola na área do Sport. O atacante Araújo aproveitou o vacilo da defesa e abriu o placar para o Timbu para a festa dos alvirrubros nos Aflitos. Com o rebaixamento batendo na porta, o técnico Sérgio Guedes fez logo duas substituições e colocou o time mais ofensivo ao sacar Cicinho e Gilsinho para a entrada de Willians e Henrique.

Mais ofensivo, o Sport tentou atacar, porém foi para cima de maneira desarticulada. Melhor para o Náutico, que passou a cadenciar o jogo e ditar o ritmo da partida. Aos 36 minutos, o Timbu quase ampliou o placar. O lateral Patric tabelou com Rogério e o atacante perdeu uma chance e tanto. Aos 39, foi a vez de Kieza ficar cara a cara com o goleiro Mateus. Antes do arremate, ele foi desarmado pelo zagueiro Ailson.

O rebaixamento do Sport foi decretado antes mesmo do juiz terminar o jogo. Isso porque a Portuguesa empatou com a Ponte Preta e o Bahia venceu o Atlético-GO. Mesmo que ganhasse, de nada adiantaria para o Leão na Série A já que não alcançaria a Lusa e o Tricolor de Aço na tabela de classificação.
 
Com gol no fim, Bahia bate o Atlético-GO e se mantém na Série A
Tricolor vence por 1 a 0 com gol marcado por Rafael aos 43 minutos do segundo tempo e se garante na elite do futebol brasileiro para 2013
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    43min 2º tempo
    Rafael aproveita a falha da defesa do Atlético-GO, passa pelo goleiro Márcio e marca o gol do triunfo. Bahia 1 a 0 e garantido na Série A do Brasileirão em 2013
  • nome do jogo
    Hélder
    No 1º tempo, Hélder chamou a responsabilidade e criou bem. No segundo, perdeu uma boa chance, mas manteve o nível. Ajudou na marcação e na criação.
  • deu certo
    Rafael
    O jovem atacante entrou em campo aos 32 do segundo tempo e 11 minutos depois, marcou o gol que determinou a vitória do Bahia na partida
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Diga ao povo que fico. O Bahia mandou avisar. Depois de um campeonato de poucos altos e muitos baixos, o Tricolor baiano conseguiu se segurar na elite do futebol brasileiro para 2013. A confirmação se deu neste domingo, com o triunfo de 1 a 0 sobre o Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia. O único gol do jogo foi marcado pelo atacante Rafael, aos 43 minutos do segundo tempo. O Bahia dominou o primeiro tempo, mas sofreu pressão em parte do segundo.
No entanto, o resultado da partida entre Náutico e Sport, no Recife, influenciou diretamente na partida de Goiânia. A informação do gol da vitória do Timbu, que rebaixava o Leão, deixou o já rebaixado Atlético-GO sem a mesma vontade do restante da partida. O mesmo se deu com o Bahia, que passou a cadenciar o jogo, e ainda conseguiu marcar nos minutos finais, garantindo a permanência do Tricolor na Série A. Já o Dragão vai disputar a Série B em 2013 e tentar voltar para elite do futebol brasileiro.
Mahatma titi bahia x atletico-go (Foto: Adalberto Marques/Agif/Agência Estado)Bahia venceu o Atlético-GO e se garantiu na Série A em 2013 (Foto: Adalberto Marques/Agif/Agência Estado)

Sem gols: Bahia domina, mas Dragão assusta

Apesar de rebaixado, o Atlético-GO mostrou desde o momento em que a bola rolou que estava disposto a dificultar as coisas para o Bahia. Aos três minutos, Raylan quase abriu o placar para o Dragão. Marcelo Lomba precisou fazer uma grande defesa para impedir a abertura do marcador logo nos primeiros minutos. O Bahia respondeu com Hélder cobrando falta de longe e exigindo uma boa defesa do goleiro Márcio.

Depois das primeiras boas chances para os dois lados, a partida manteve o ritmo acelerado, mas sem tantas oportunidades de gol. O Atlético-GO tentava chegar trabalhando a bola, enquanto o Bahia buscava explorar a velocidade dos seus três homens de frente: Gabriel, Jones e Zé Roberto. Apesar de correr risco de rebaixamento, o Tricolor baiano demonstrava tranquilidade em campo. A equipe baiana chegou forte na bola parada. Aos 16, Hélder cobrou falta, e Márcio fez uma bela defesa. Aos 21, Jones fez uma grande jogada individual, passou pela marcação e chutou para uma bela defesa de Márcio.

A velocidade do ataque era a principal arma do Bahia. Aos 34, Jones arrancou pelo lado direito e no momento do chute foi travado pela marcação. Aos poucos, o Bahia passou a dominar as ações da partida, e o contragolpe ficou a cargo do Dragão. Aos 37, Hélder cobrou falta na área, e Fahel, de cabeça, quase abriu o placar. O goleiro Márcio fez uma grande defesa e jogou para escanteio. Apesar do domínio tricolor, o primeiro tempo terminou sem alteração no placar.

Gol do Náutico 'decide', e Rafael garante o Bahia na Série A

O segundo tempo começou com o ‘freio de mão puxado’. Sabendo dos resultados dos outros dois jogos com interesse no rebaixamento, Náutico x Sport e Lusa x Ponte Preta, as duas equipes voltaram para a etapa final em um ritmo diferente do veloz primeiro tempo. Aos poucos, o Atlético-GO passou a tentar imprimir o seu ritmo na partida. O Bahia, cujo empate não parecia um resultado ruim, tentava cadenciar a partida.

O nível técnico do jogo diminuiu, evidenciando um confronto entre um rebaixado e uma equipe que chegou até a última rodada lutando contra o descenso. As chances de gol demoraram a aparecer. Em uma delas, Gabriel deixou Hélder na cara do gol, mas o volante chutou por cima da meta de Márcio. Pouco antes dos 30 do segundo tempo, a informação do gol do Náutico contra o Sport, nos Aflitos, fez a torcida do Bahia presente no Serra Dourada comemorar. A informação logo chegou em campo. A nova tirada de pé, desta vez das duas equipes, foi perceptível.

Sem maiores interesses na partida, o Atlético-GO passou a criar pouco. O mesmo aconteceu com o Bahia. No entanto, o Tricolor ainda conseguiu se livrar de uma vez por todas de qualquer possibilidade de rebaixamento com um gol de Rafael. Após uma falha do zagueiro Gustavo, o jovem atacante aproveitou o vacilo, passou pelo goleiro Márcio e marcou o gol que selou o passaporte tricolor baiano para 2013: Bahia 1 a 0. Bahia de Série A.
Com direito a 'olé', reservas do São Paulo batem o Timão do Mundial
Finalista da Copa Sul-Americana, Tricolor poupa titulares e vê suplentes vencerem os titulares do Corinthians por 3 a 1 no Pacaembu
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Maicon
    O meia do Tricolor marcou duas vezes no clássico e decidiu a vitória de virada do São Paulo. Primeiro, de fora da área, fez um golaço e depois sacramentou a virada por 3 a 1, em falha de Wallace. 
  • falhas
    Dos dois lados
    Os zagueiros João Filipe, do São Paulo, e Wallace, do Corinthians, falharam em gols dos adversários. Primeiro, o atleta do Tricolor colaborou com Paolo Guerrero e depois o defensor do Timão retribuiu o presente a Maicon 
  • erro
    Arbitragem
    Rodrigo Braghetto anulou de forma equivocada um gol legal do Corinthians. Ele viu impedimento inexistente de Jorge Henrique, que completou chute de Douglas. A bola na rede empataria a partida, já que o placar de momento era 2 a 1 para o São Paulo 
A CRÔNICA
por Leandro Canonico e Marcelo Hazan
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Reserva, sim. Bobo, não. Comandado por Paulo Henrique Ganso e Maicon, autor de dois gols, o time "B" do São Paulo venceu o titular do Corinthians por 3 a 1 neste domingo, no estádio do Pacaembu, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Assim, o Tricolor ganha embalo para a final da Copa Sul-Americana.

E o Timão, que optou por jogar com o time completo, viaja para o Japão com o sinal de alerta ligado. Até para que na semifinal, provavelmente contra um time tecnicamente inferior, não cometa os mesmos erros. Além disso, há preocupação com Paolo Guerrero, que machucou o joelho direito no clássico.
Mandando o jogo no Pacaembu, já que o Morumbi recebe o show da Madonna nos próximos dias, o São Paulo fez a festa na casa que costuma ser do rival. Empolgada com os 3 a 1, a torcida gritou "olé" e "nosso freguês voltou". Já classificado para a Libertadores, o Tricolor termina o Brasileirão em quarto. E o Corinthians, em quinto.

Finalista da Copa Sul-Americana, o São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Tigre, em Buenos Aires, no primeiro jogo da decisão. A volta será no dia 12 de dezembro, no estádio do Morumbi. Na decisão da competição não há mais, como em outras fases, a regra que dá peso maior ao gol fora de casa.

O Corinthians embarca na madrugada de segunda para terça-feira para o Japão, onde vai disputar o Mundial de Clubes da Fifa. O primeiro jogo é no dia 12, mas ainda sem adversário definido. A final, ou decisão de terceiro lugar, será dia 16.
Reservas x titulares
A escalação totalmente reserva do São Paulo foi uma surpresa. Imaginava-se um time quase completo, até pela lista de relacionados divulgada na sexta-feira. Ney Franco, porém, mudou a relação e poupou os titulares por conta da final da Copa Sul-Americana. Melhor para o Corinthians? Nem tanto.
É verdade que o ritmo de treino tomou conta da partida nos primeiros dez minutos. Completo, o Corinthians apenas administrou melhor a posse de bola, e o São Paulo, ainda desentrosado, cedia espaço e, muitas vezes, dava "presentes". João Filipe, por exemplo, era o mais generoso com o rival.
Aos 12 minutos, no entanto, a falha do zagueiro foi fatal. Douglas aproveitou, tocou para Paolo Guerrero, que avançou, chutou rasteiro e abriu o marcador. O gol poderia até ter assustado o time são-paulino, mas a reação foi outra. Aos 12 minutos, Paulo Henrique Ganso deu linda assistência a Douglas, que bateu cruzado na saída de Cássio e empatou.
Se antes o Timão estava melhor em campo, o gol do Tricolor fez o time alvinegro sentir. Mais ainda aos 23 minutos, quando Maicon fez um golaço para virar o placar. O meia tabelou com Ganso e bateu colocado, de esquerda, de fora da área. Adiantado, o goleiro Cássio não teve como alcançar a bela finalização do adversários.
Como se não bastasse a derrota parcial, aos 40 minutos o Corinthians recebeu uma má notícia. Guerrero, com dores no joelho direito, pediu para sair. A dez dias da estreia no Mundial, ele sofreu uma lesão na face medial da articulação e será examinado.
Jorge Henrique entrou no lugar do peruano e logo participou de um lance polêmico. Aos 43, Douglas chutou, Denis falhou e a bola entrou. O árbitro, porém, marcou, de forma equivocada, impedimento de Jorge, que participou da jogada, mesmo sem encostar na bola. Ele estava em posição normal.
Festa tricolor
O São Paulo voltou mais ligado para o segundo tempo. Divididas, carrinhos, piques, bom toque de bola... Mas nada de levar perigo ao gol de Cássio. O Corinthians, por sua vez, talvez preocupado com a lesão de Guerrero e se prevenindo de novos problemas, mostrou ritmo ainda mais lento em relação ao primeiro tempo.

Enquanto o Tricolor tentava acelerar o jogo com os contra-ataques, o Timão, sempre que tinha a posse de bola, apostava em toques mais cadenciados, tentando se aproximar da área. Foi assim aos 13, quando Jorge Henrique foi derrubado perto da grande área. Na cobrança, Chicão bateu colocado. E Denis fez ótima defesa.

Aos 18 minutos, Emerson e Casemiro se estranharam. O são-paulino ficou caído no chão por alguns minutos, enquanto o jogo rolava. Quando a bola parou, o corintiano foi até ele, o abraçou e pediu desculpas pelo choque. A partida, no entanto, ficava a cada minuto mais quente, com os jogadores mais duros nos lances.

Não à toa Jorge Henrique foi expulso aos 23 minutos, depois de acertar Casemiro após falta marcada a favor do Corinthians. Com um jogador a mais, o São Paulo tentou se arriscar ainda mais no campo de ataque. Mas esbarrou algumas vezes no forte sistema defensivo do Timão, mais entrosado e mais experiente.

Mas não sempre atento. Aos 31 minutos, Wallace furou e viu Maicon, um dos melhores em campo, correr para área e bater cruzado para fazer 3 a 1. Com as mãos na cabeça, o zagueiro, substituto do titular Paulo André, viu a bola no fundo das redes. Empolgada, a torcida tricolor fez a festa no Pacaembu.

Agora, o São Paulo viaja embalado para a final da Copa Sul-Americana, em Buenos Aires. E o Corinthians com o sinal de alerta ligado para o Mundial de Clubes.
 
Em duelo de jovens, experiência de Eder Luis faz a diferença: Vasco 2 a 1
Atacante do time principal de São Januário encerra jejum que durava desde 30 de junho e impede Fluminense de ser melhor da era dos pontos corridos
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • atração
    Conca
    Craque do título de 2010,  o argentino esteve no Engenhão, conversou com o presidente da Unimed, Celso Barros, e ouviu a torcida gritar seu nome.
  • lance capital
    34 do 2º tempo
    Eder Luis, o nome do jogo no Engenhão, recebe lançamento, dribla Elivélton e bate com categoria para marcar o segundo gol do Vasco.
  • polêmica
    arbitragem
    Aos 28 do segundo tempo, quando o Vasco vencia por 1 a 0, Igor Julião, do Flu, foi derrubado na área, mas o árbitro Grazianni Rocha nada marcou
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Sem muitas ambições no Campeonato Brasileiro além do recorde na era dos pontos corridos para o Fluminense, e a possibilidade de vaga direta nas oitavas de final da Copa do Brasil, para o Vasco, o clássico neste domingo no Engenhão foi bastante movimentado, com as equipes recheadas de jovens brigando para mostrar serviço e garantir espaço em 2013. Porém, venceu a experiência. Titular do time principal do Vasco, Eder Luis - que não marcava desde 30 de junho e durante a semana afirmou que gostaria de fechar a temporada com um gol - decidiu a partida, tirou do Fluminense a chance de superar o São Paulo como melhor dos pontos corridos, e marcou duas vezes na vitória cruz-maltina por 2 a 1 no Engenhão - Carleto descontou, de pênalti.

O resultado garante ao Vasco o seu objetivo, desde que o São Paulo seja o campeão da Copa Sul-Americana.
- A gente entrou com responsabilidade, sabia que precisava de pontos, provavelmente para a Copa do Brasil, e deu tudo certo. Pelo menos a última impressão a gente deixou bem, um clássico, a equipe está de parabéns pelo que mostrou, principalmente no segundo tempo - disse Eder Luis em entrevista à Rádio Globo.
O Fluminense, por sua vez, perde a chance de atingir a marca de melhor campanha dos pontos corridos, desde que a competição passou a ser disputada com 20 clubes, em 2006 - fecha o campeonato com 77 pontos, um a menos que o São Paulo há seis anos.
- Uma pena, a gente teve a oportunidade de sair na frente, teve mais volume de jogo, mas o Vasco soube aproveitar os momentos dele. Agora é descansar e voltar mais forte no ano que vem - analisou Bruno, único jogador do time principal do Flu na partida, também em entrevista à Rádio Globo.
A torcida tricolor aproveitou para festejar a presença de Conca, craque do título de 2010, que atualmente joga na China e assistiu ao jogo de camarote, tendo seu nome gritado na arquibancada do Engenhão. O público, contudo, foi pequeno: 5.480 pagantes compareceram.
fabio braga fluminense x vasco (Foto: Nelson Perez/Flick Fluminense F.C.)Fábio Braga perdeu uma boa chance de marcar pelo Fluminense (Foto: Nelson Perez/Flick Fluminense F.C.)
Correria e poucas chances de gol
A partida começou bastante movimentada, com os jovens de Fluminense e Vasco mostrando vontade e tentando impor velocidade no gramado do Engenhão. O time de São Januário foi melhor nos primeiros minutos. O chute de Max exigiu grande defesa de Ricardo Berna, e o cabeceio de Douglas foi por cima do gol, mas com perigo. Dez minutos depois, uma boa chance tricolor, com erro na saída de bola do Vasco e finalização para fora de Fábio Braga.
Sem chances claras, o clássico transcorria com muita marcação no meio de campo, correria de ambos os lados e poucas oportunidades criadas, com os times nitidamente sem um entrosamento próximo das equipes que atuaram durante todo o Brasileiro. Aos 23 minutos, Bruno conseguiu uma boa jogada, mas preferiu o arremate quando poderia tentar o passe, e jogou nas mãos de Alessandro o bom ataque tricolor.
Pouco depois, Carleto também tentou de fora da área, mas o goleiro vascaíno não teve dificuldades. Aos 35 minutos, aconteceu o que poderia ser a oportunidade mais clara do Fluminense. Higor recebeu belo lançamento, avançou livre, mas bateu fraco, em cima do goleiro vascaíno.
Eder Luis desequilibra
O segundo tempo começou igualmente veloz e, desta vez, a grande chance nos primeiros minutos foi tricolor. Samuel recebeu de frente para a zaga, entortou Renato Silva, tirou o goleiro Alessandro, mas, na hora de concluir, resolveu fazer graça, olhando para o lado ao chutar. Em cima da linha, Douglas tirou, de cabeça.

Apesar de o ritmo da martida ter se mantido acelerado, as chances claras desapareceram. Até os 25 minutos, quando Eder Luis, um dos poucos experientes entre os titulares, recebeu belo lançamento, deixou a zaga para trás e tocou na saída de Ricardo Berna. Pouco depois, aos 28 minutos, Igor Julião foi derrubado na área cruz-maltina, mas o juiz mandou seguir. Aos 34, de novo Eder Luis arrancou, limpou Elivélton e marcou um belo gol: 2 a 0. A vitória parecia garantida, mas o Vasco não se dava por satisfeito. Aos 38, Eder Luis, de novo, aproveitou saída errada de Digão, mas desta vez Berna conseguiu defender.

Dois minutos depois, pênalti para o Fluminense, de Douglas em Marcos Júnior. Carleto cobrou e não deixou Alessandro nem sair na foto: 2 a 1. Marcos Júnior ainda assustou aos 45 minutos, mas o Vasco conseguiu administrar o resultado e encerrar a temporada com vitória.
Lusa fica no zero com a Ponte, mas garante permanência na elite
Em jogo monótono, Portuguesa administra empate e se tranquiliza com gol do Náutico. Macaca fecha participação na Série A com tranquilidade
 
DESTAQUES DO JOGO
  • arbitragem
    Ricardo Ribeiro
    O comandante do jogo não deixou a polêmica se instalar no Canindé. Com uma atuação firme, o árbitro marcou em cima todas as faltas e expulsou o zagueiro Gustavo.
  • torcida
    Festa lusitana
    A torcida da Lusa atendeu às expectativas e compareceu em bom número ao Canindé depois que a diretoria reduziu o preço dos ingressos: 5.739 pagantes..
  • deu certo
    Luís Ricardo
    Lateral-direito da Lusa foi o melhor jogador em campo e um dos poucos que tentou alguma coisa diferente no Canindé. Dos pés dele saíram cruzamentos certeiros.
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
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A torcida da Portuguesa que encheu o Canindé esperava uma atuação de gala para selar a permanência do time na Série A do Campeonato Brasileiro. O espetáculo não se concretizou, mas o objetivo sim. Com um empate por 0 a 0 contra a tranquila Ponte Preta, neste domingo, a Lusa está garantida na elite do futebol brasileiro em 2013. O jogo foi fraquíssimo, com a Macaca sem pretensões e só esperando o rival atacar. Sem o artilheiro Bruno Mineiro, machucado, o time da casa passou em branco.
A vitória do Náutico sobre o Sport só fez o jogo ficar mais arrastado, pois apenas uma vitória do rubro-negro pernambucano traria alguma possibilidade de rebaixamento à Lusa. A equipe de Geninho termina o Brasileirão com 45 pontos, numa campanha cheia de altos e baixos, mas que teve sua meta cumprida – os rubro-verdes buscavam a estabilidade no primeiro ano após o retorno à Série A.
Do outro lado, uma Ponte desinteressada se mostrou contente com o empate. A equipe de Guto Ferreira atingiu os 48 pontos e termina o campeonato sem sustos, também garantida na elite do futebol brasileiro em 2013.
O ano que vem, porém, começa diferente para os rivais. Enquanto a Ponte vai disputar o Campeonato Paulista ao lado dos grandes, a Lusa terá de se contentar com a Série A-2 do estadual. O desastroso rebaixamento no Paulistão pode prejudicar o planejamento para a montagem da equipe.
Sem referência, Lusa erra o alvo
A Portuguesa bem que tentou atacar e buscar o gol que lhe daria maior tranquilidade para a permanência na Série A. Mas sem a referência Bruno Mineiro, 14 gols no Brasileirão, ficou difícil se encontrar. O goleador foi desfalque de última hora da Lusa, com uma lesão no púbis. O substituto Rodriguinho não tem as mesmas características, e, por isso, Geninho teve de mudar o estilo de jogo do seu time.
Sem pretensões, a Ponte ficou na dela, com duas linhas de quatro jogadores sempre postadas na defesa, e Rildo e Giancarlo isolados no ataque. As entradas dos alas Cicinho e Uendel mais avançados mostraram que a intenção do técnico Guto Ferreira era mesmo se defender e buscar espaços nos contra-ataques pelas laterais – a torcida de Campinas, em bom número no Canindé, aprovou a decisão e ficou na dela, provocando os rivais com gritos de “Segunda divisão”.
Seria natural que a Lusa mandasse no jogo, até por ter um time com mais valores individuais. Os rápidos Moisés e Ananias se encontraram quando conseguiram se colocar entre as duas linhas de marcação da Ponte. A partir daí, as chances surgiram, uma atrás da outra: dois chutes de Ananias e um de Rodriguinho exigiram boas defesas de Edson Bastos. Luís Ricardo apareceu pela direita, quando driblou Edson, mas perdeu o ângulo, e pela esquerda, em cruzamento preciso para cabeçada de Ananias, aos 36 minutos.
O gol parecia questão de tempo, e a torcida da Lusa se animou. O toque de bola rápido da equipe do Canindé fez a Ponte chegar atrasada em algumas jogadas, e esses lances mais ríspidos geraram um princípio de confusão no fim da primeira etapa. Tranquilo, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro controlou os ânimos e marcou faltas em todas as jogadas mais fortes. O importante para os rubro-verdes era que o empate sem gols era garantia de Série A.
Já no intervalo do Canindé, a torcida da Lusa acompanhou com apreensão um pênalti do Náutico contra o Sport, adversário direto contra a degola. Quando Saulo defendeu a cobrança de Kieza, um burburinho se fez ouvir por todos os setores do estádio - o retrato da frustração com o erro do Timbu.
Ritmo cai, e Timbu salva a Lusa
Com 45 minutos pela frente e um resultado suficiente para ficar tranquila, a Portuguesa diminuiu o ritmo e tocou a bola com tranquilidade. A Ponte, desinteressada desde o início, também não fez questão de jogar futebol. A partida ficou chata demais para o caráter decisivo que ela tinha para uma das equipes. Geninho percebeu isso, e lançou Diego Viana no ataque para tentar um esquema semelhante àquele usado com Bruno Mineiro.
O centroavante reserva da Lusa entrou com vontade e foi um dos poucos a correr em campo, assim como Luís Ricardo, melhor jogador do duelo. Dos pés do lateral saiu o cruzamento para Diego Viana quase marcar de cabeça, aos 22 minutos, no único lance perigoso dos donos da casa. Enquanto isso, a Ponte jogava para o gasto – Marcinho entrou para dar alguma graça ao ataque, mas não mudou o panorama.
A ansiedade da torcida da Lusa acabou aos 25 minutos, quando o sistema de som anunciou que Araújo fazia 1 a 0 para o Náutico em cima do Sport. Não havia mais como os rubro-verdes se preocuparem. O gol também tirou a possibilidade de a Ponte conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana, mas as duas torcidas cantaram pelos seus times no fim do jogo. Afinal, o principal objetivo de ambos foi cumprido: Portuguesa e Ponte Preta continuam na Série A em 2013.