Cuca: a fé inabalável de quem não tem vergonha de chorar, rezar e sonhar
Técnico do Atlético-MG se emociona ao ganhar imagem de torcedora e
revela música que o embalou na conquista do título da Taça Libertadores
Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
4 comentários
Ele nunca escondeu que é uma pessoa religiosa. Seja nas entrevistas, no
sinal da cruz que faz quando o time está em campo ou na
camisa com a imagem de Nossa Senhora, presente que ganhou da mulher e usada por ele
nos jogos da Taça Libertadores, Cuca mostra a crença. O técnico do
Atlético-MG sempre mostrou ser um homem de fé. Agora, depois que
conquistou o maior título da carreira e
deixou para trás a incômoda fama de azarado,
fez questão de agradecer ainda mais. Na última quarta-feira, o
comandante alvinegro, enfim, pode comemorar um título de expressão. O
Galo bateu, nos pênaltis, o Olimpia, do Paraguai, e fez a festa de quase
60 mil atleticanos no Mineirão. Para ele, graças à entrega dos
jogadores e à proteção dos santos.
Em entrevista ao Fantástico, em um papo com a repórter Maíra Lemos, o
treinador do Atlético-MG revelou momentos emocionantes na trajetória da
conquista da tão sonhada Libertadores. Ao lado da esposa e da filha, se
emocionou ao falar do título, importante para ele e também para a
torcida do Galo. Algo que sempre sonhou.
- Sonhei, desde que nasci, né? Ter uma conquista tão importante quanto a
Libertadores... São poucos que conquistaram. E no local onde
conquistei, que também era um local muito necessitado tanto quanto eu. A
torcida do Atlético-MG é muito sofrida, em busca de uma grande
conquista. Graças a Deus, ela veio. Com sofrimento, como tinha que ser.
Cuca comemora na final contra o Olimpia, no Mineirão (Foto: AP)
A mulher de Cuca, Rejane Stival, companheira nas horas boas e também
nos momentos difíceis, estava aliviada, tanto quanto o treinador.
- Deus uniu o Cuca e o Atlético-MG para ganharem esse título. Tinha que
ser assim, porque ele se preocupa muito com os torcedores. Ele sofre
com o torcedor.
Assim como já havia acontecido nas semifinais, quando o Atlético-MG,
também nos pênaltis, eliminou o Newell's Old Boys, da Argentina, Cuca
assistiu ajoelhado, contra o Olimpia, às penalidades. Assim que Gimenéz
mandou na trave a última cobrança da série de cinco, erro que deu o
título ao Galo, o treinador desabou no chão.
Cuca e a camisa com a estampa de Nossa Senhora
(Foto: Vinnicius Silva/Futura Press/Agência Estado)
- Naquela hora em que fico de joelhos, no chão, não é para aparecer nem
nada. Não tenho vergonha de ajoelhar a Deus, a Nossa Senhora. Ali, rezo
e canto aquela musiquinha que gosto tanto do Padre Marcelo Rossi
(leia a letra abaixo). No pênalti, fico cantando essa música.
Cuca admitiu que contou com a sorte para conquistar o título. Durante
toda a campanha, o Atlético-MG passou por cima das dificuldades, virou
resultados improváveis e venceu sempre, com muito sofrimento.
- Sempre contamos com a sorte. Acabou a história de ser azarado, eu e o Atlético-MG. Na fé, nunca desistimos. Fomos até o fim.
Noites traiçoeiras
(Padre Marcelo Rossi)
Deus está aqui neste momento.
Sua presença é real em meu viver.
Entregue sua vida e seus problemas.
Fale com Deus, Ele vai ajudar você.
Deus te trouxe aqui
Para aliviar o teu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.
(refrão)
E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo. (bis)
Seja qual for o seu problema
Fale com Deus. Ele vai ajudar você.
Após a dor vem a alegria,
Pois Deus é amor e não te deixará sofrer.
Deus te trouxe aqui
Para aliviar o seu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.
(refrão)
E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.
Veja os vídeos do Atlético-MG