domingo, 28 de julho de 2013

Iluminado, Alejo Muniz despacha anfitriões e leva taça do US Open

Brasileiro tem dia brilhante e conquista seu segundo título de uma etapa prime do Circuito Mundial de surfe

Por GLOBOESPORTE.COM Huntington Beach, EUA
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Alejo Muniz surfe US Open (Foto: Reprodução)Em domingo iluminado, Alejo Muniz ergueu a taça do
US Open (Foto: Reprodução)
Alejo Muniz deixa a água de Huntington Beach e logo fica de pé sobre outra onda. O surfista é carregado por um mar de amigos e fãs. Ainda em êxtase, o brasileiro celebra um domingo especial, um dia iluminado no US Open, nos Estados Unidos. Nem os anfitriões californianos foram capazes de superar Alejo, que despachou Nat Young e Klohe Andino para levar o título da etapa prime do Circuito Mundial. O brasileiro estava iluminado.
- Estou tão feliz. Não consigo acreditar. Meu avô faleceu há pouco mais de duas semanas. Dedico esse título a ele. Sei que ele está lá no céu me mandando boas ondas. Ele me ajudou - disse Alejo, muito emocionado.
Este é o segundo título de uma etapa prime do garoto de Bombinhas, em Santa Catarina. O surfista argentino por nascimento e brasileiro de coração havia vencido o prime de Fernando de Noronha, em 2011. Agora, ele volta a figurar entre os melhores da modalidade.
Alejo Muniz vence o US Open (Foto: Divulgação/ASP)Alejo Muniz foi brilhante no momento certo e conseguiu as duas melhores ondas da final (Foto: Divulgação/ASP)
O caminho até a final
Adriano de Souza, o Mineirinho, abriu as baterias do dia com uma difícil missão: bater o surfista da casa Kolohe Andino nas quartas de final. O californiano conhece bem todos os atalhos do mar de Huntington Beach e abriu vantagem, somando 14,66 pontos (6,83 + 7,83). O brasileiro então precisava de uma nota 8,40 para assumir a ponta, conseguiu uma última boa onda, mas recebeu apenas nota 7,00 e foi eliminado somando 13,27 pontos.
Adriano de Souza, o Mineirinho, no US Open (Foto: Divulgação/ASP) Mineirinho foi eliminado nas quartas de final, neste
domingo (Foto: Divulgação/ASP)
- Não deu. Acabei perdendo nas quartas de final. Estou feliz com meu desempenho no US Open e com a cabeça erguida, de olho no Taiti (onde será realizada a próxima etapa do WCT, a partir do dia 15 de agosto). Agora é torcer pelo meu grande amigo Alejo Muniz nesta reta final nos Estados Unidos - disse Adriano.
O outro brasileiro na disputa também tinha pela frente outro californiano, Nat Young. Só que depois de conquistar a vaga nas quartas de final com uma virada na última onda no sábado, Alejo estava com todo gás. Foi ele quem colocou pressão no anfitrião, abrindo 12,77 pontos já nas duas primeiras ondas. O americano não se encontrou na bateria, somou apenas 5,83 pontos (4,83+1,00) e ainda viu o brasileiro pegar a melhor onda do duelo e com 6,87 pontos, aumentou seu somatório para 13,64.
Ainda no embalo da vitória sobre Nat Young, Alejo voltou ao mar para a semifinal contra o australiano Matt Bating, que havia superado o favorito ao título, o sul-africano Jordy Smith. Argentino de nascimento e crescido nas praias de Santa Catarina, Alejo teve mais trabalho desta vez, mas teve desempenho ainda melhor, somou 14 pontos (7,83 + 6,17) e avançou à decisão com vantagem de 2,50 pontos. Era a hora de tentar vingar Mineirinho, batendo o algoz do compatriota. Kolohe Andino era o rival da final.
Brilho na hora certa
O californiano iniciou bem a bateria decisiva. Antes mesmo que Alejo arriscasse sua primeira onda, o anfitrião já somava 13,27 pontos (7,77 + 5,50). Parecia que Andino controlaria o duelo, assim como contra Mineirinho. No entanto, o dia era do brasileiro. Ele esperou o momento certo e brilhou nas suas duas primeiras tentativas com uma nota 8,43 e outra 7,80, somando 16,23.
Kolohe ainda tentou uma reação com uma onda de nota 6,77, chegando a 14,54 pontos no somatório. Só que o mar estava a favor de Alejo e se acalmou nos minutos finais da bateria para acabar com as chances do californiano. O brasileiro apenas administrou a prioridade para pegar uma boa onda, que nem veio. O relógio nem tinha zerado quando Andino cumprimentou Alejo reconhecendo a derrota. O catarinense ergueu as mãos, apontando para o céu e comemorando seu segundo título de uma etapa Prime do Circuito Mundial, sua primeira taça do US Open.
Carissa Moore surfe us open (Foto: ASP)Carissa Moore teve dificuldades, mas levou a etapa
californiana do Circuito Mundial (Foto: ASP)
Havaiana vence entre as mulheres
Com Silvana Lima eliminada antes das quartas de final, o Brasil não teve representantes nas finais do US Open feminino. As semifinais e a decisão ficaram para este domingo. Courtney Conlogue começou o dia eliminando a então líder do circuito, Tyler Wrigth, e Carissa Moore deixou Pauline Ado pelo caminho. Na final, a havaiana derrotou a australiana em uma bateria muito difícil (16,00 x 15,27) e faturou o terceiro título na temporada.
Com as vitórias em Margaret River e Bells Beach, na Austrália, e agora em Huntington Beach, na Califórnia, Carissa Moore assume a liderança do Circuito Mundial feminino, com 48.200 pontos. A australiana Tyler Wrigth caiu para segundo (46.500), seguida pela americana Courtney Conlogue (40.100). Silvana Lima é apenas a 14ª, com 18.450.
Confira os resultados masculinos
Quartas de final
Kolohe Andino (EUA) 14,66 x 13,27 Adriano de Souza (BRA)
Bede Durbidge (AUS) 10,50 x 10,43 Michel Bourez (PFR)
Matt Banting (AUS) 10,70 x 9,30 Jordy Smith (AFS)
Alejo Muniz (BRA) 13,64 x 5,83 Nat Young (EUA)
Semifinais
Kolohe Andino (EUA) 14,00 x 11,76 Bede Durbiedge (AUS)
Alejo Muniz (BRA) 14,00 x 11,50 Matt Banting (AUS)
Final
Alejo Muniz (BRA) 16,23 x 14,54 Kolohe Andino (EUA)
Confira os resultados femininos
Semifinais
Courtney Conlogue (EUA) 16,07 x 11,33 Tyler Wrigth (AUS)
Carissa Moore (HAV) 14,70 x 10,23 Pauline Ado (FRA)
Final
Carissa Moore (HAV) 16,00 x 15,27 Courtney Conlogue (EUA)

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