sábado, 21 de junho de 2014

Werdum cita fluência em espanhol no TUF e não aposta em vaias no México

Brasileiro diz que interação durante gravações de reality foi facilitada por fluência na língua espanhola, e prevê respeito de mexicanos contra Velásquez

Por Las Vegas, EUA
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A quinta-feira passada, dia 19, foi o último dia de gravações do The Ultimate Fighter: Latin America, realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos. O reality show conta com o brasileiro Fabricio Werdun e o americano Cain Velásquez como treinadores, e os competidores são mexicanos - treinados por Velásquez - contra adversários do todo o restante da América Latina, à exceção do Brasil - treinados por Werdum. A língua espanhola é a oficial do programa, e o lutador brasileiro acredita que a fluência em espanhol ajudou dentro da casa (assista ao vídeo).
- Tenho essa boa relação com eles pelo fato de falar espanhol, consigo me comunicar bem com eles. O nível deles não é tão alto como do pessoal dos EUA, Brasil e Canadá, mas me surpreendeu ao mesmo tempo, o nível está muito bom e vai dar o que falar - disse Werdum.
O brasileiro enfrenta Velásquez no dia 15 de novembro, no UFC 180, na Cidade do México, pelo cinturão dos pesados. Apesar de americano, o adversário de Werdum tem ascendência mexicana, e por isso ele já espera uma torcida quase que inteira por Cain, apesar de apostar num respeito dos espectadores.
- Claro que a torcida não vai estar contra mim, não acho que vou receber vaias, espero que não, espero que eu entre e receba aplausos, mas com certeza 95% vai estar com o Cain Velásquez, ele é um representante do México, nasceu nos Estados Unidos mas tem sangue mexicano - acredita o brasileiro.
Está e a terceira vez que Fabricio Werdum participa do reality do UFC. Em 2012, ele foi técnico auxiliar da equipe de Wanderlei Silva que enfrentava Vitor Belfort. Já na segunda edição do programa no Brasil, ele foi o técnico principal, tendo Rodrigo Minotauro como adversário, que em seguida venceu no octógono.
Werdum no treino MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Werdum enfrenta Velásquez no dia 15 de novembro, no UFC 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Thiago Tavares enfrenta algoz de Rony Jason em estreia nos penas

Catarinense é escalado para encarar Robbie Peralta em evento de agosto

Por Bangor, EUA
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Thiago Tavares tem novo adversário para sua estreia nos pesos-penas no UFC. Após ser forçado a desistir de uma luta no "UFC: Muñoz x Mousasi" contra Tom Niinimaki por causa de lesão, o lutador catarinense foi escalado para enfrentar o americano Robbie Peralta no "UFC: Bader x St. Preux", que acontece no dia 16 de agosto, em Bangor, Maine (EUA).
montagem UFC Thiago Tavares e Robbie Peralta (Foto: Editoria de Arte)Thiago Tavares (esq.) vai enfrentar Robbie Peralta em sua estreia nos pesos-penas (Foto: Editoria de Arte)
Apelidado de "Problemas", Peralta derrotou outro brasileiro em sua última incursão no octógono: o brasileiro Rony Jason, em contestada decisão dividida. O peso-pena americano de 28 anos de idade tem 18 vitórias, quatro derrotas e um "No Contest" (luta sem resultado) na carreira. Dentro do UFC, são quatro vitórias e apenas uma derrota.
Tavares fará sua primeira luta entre os pesos-penas após fazer toda sua carreira no peso-leve. O brasileiro tem 18 vitórias, cinco derrotas e um empate na carreira, incluindo oito vitórias, cinco derrotas e um empate no UFC. Em sua última luta, o "Manezinho da Ilha" venceu Justin Salas por finalização, em novembro do ano passado, no "UFC: Belfort x Henderson", em Goiânia.
Confira o card atualizado:
UFC: Bader x St. Preux
16 de agosto de 2014, em Bangor (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-meio-pesado: Ryan Bader x Ovince St. Preux
Peso-médio: Tim Boetsch x Brad Tavares
Peso-pesado: Jack May x Shawn Jordan
Peso-pena: Thiago Tavares x Robbie Peralta

Thomas Almeida nocauteia e leva cinturão dos pesos-galos do Legacy

Lutador paulista derruba compatriota Caio Machado com golpe no corpo, preserva invencibilidade de 17 lutas e conquista 15ª vitória no primeiro round

Por Bossier City, EUA
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Thomas Almeida Legacy FC MMA (Foto: Reprodução)Thomas Almeida recebe o cinturão do Legacy FC
após bater Caio Machado (Foto: Reprodução)
O lutador brasileiro Thomas Almeida conquistou o cinturão dos pesos-galos do Legacy FC na noite de sexta-feira ao nocautear seu compatriota Caio Machado ainda no primeiro round, em Bossier City (EUA). A luta foi o evento principal do Legacy FC 32.
O paulista Almeida derrubou o pernambucano Machado com uma sequência de direto de direita na cabeça e gancho de esquerda no corpo. Machado caiu imediatamente ao sofrer o golpe na costela, e o árbitro encerrou o combate rapidamente, decretando nocaute técnico aos 4m17s do primeiro round.
Foi a 17ª vitória de Almeida, que ainda não perdeu em sua carreira como profissional no MMA. Foi também sua 15ª luta encerrada ainda no primeiro round. Ele agora tem 13 vitórias por nocaute e quatro por finalização. Machado sofreu sua primeira derrota na carreira, após quatro vitórias seguidas.

Toquinho responde a Jon Fitch: "No meu mundo, uma mãe é prioridade"

Campeão dos pesos-meio-médios do WSOF diz que rival está tentando "fazer barulho às minhas custas" e que está aberto a enfrentá-lo no futuro

Por Las Vegas
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O peso-meio-médio Jon Fitch chamou a atenção nesta sexta-feira ao criticar Rousimar Toquinho por negar uma luta com ele para estar com sua mãe enquanto ela lida com uma cirurgia. O lutador americano argumentou que seu pai também vai passar por uma operação uma semana antes do WSOF 11, evento no qual os dois se enfrentariam, e que isso não o impediu de lutar no evento - Fitch vai enfrentar Dennis Hallman no coevento principal.
Rousimar Toquinho e Jon Fitch mma (Foto: Editoria de Arte)Rousimar Toquinho (esq.) não ligou para críticas de Jon Fitch: "Espero que desafiantes façam barulho às minhas custas" (Foto: Editoria de Arte)
Toquinho se defendeu dizendo que a comparação de um problema com o outro não o interessa, e reafirmou que não conseguiria se concentrar enquanto sua mãe passa por cirurgia para tratar de trombose nas pernas.
- Cada pessoa trata seus pais da forma que acha que deveria. No meu mundo, uma mãe é prioridade. Talvez no mundo do Jon, seja diferente - quem sabe? A verdade é que eu não seria capaz de me focar numa luta importante enquanto minha mãe, que se sacrificou por mim e pelos meus 12 irmãos, tivesse que passar por uma cirurgia difícil e com risco de morte. Não há ninguém no mundo que possa mudar meus sentimentos sobre isso - disse Toquinho ao site "MMA Junkie", através de seu empresário, Alex Davis.
Atual campeão dos pesos-meio-médios do WSOF, Toquinho considerou o discurso de Fitch como uma forma de criar uma rivalidade entre os dois.
- Não estou preocupado com o que o Fitch tem a dizer sobre mim. Sou o campeão, então espero que os desafiantes tentem fazer barulho às minhas custas. Fico feliz em enfrentar Jon Fitch ou qualquer um que o WSOF quiser colocar contra mim - declarou Toquinho.

Drysdale comemora estreia no UFC:
“Espero esse dia desde os 14 anos”

Ex-campeão mundial de jiu-jítsu fala das dificuldades em migrar para o MMA
e da preparação para o duelo contra Keith Berish no card do TUF Finale 19


Por De Las Vegas (EUA)
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Ex-campeão mundial de jiu-jítsu, Robert Drysdale faz, no próximo dia 6 de julho, a sua tão esperada estreia no UFC. Filho de pai americano e de mãe brasileira, o lutador assinou contrato com a organização em 2013, mas teve problemas nas duas oportunidades em que foi escalado para lutar. Na primeira, em agosto do ano passado, ele foi retirado do card depois de pegar uma infeção por estafilococos na panturrilha. Recuperado, foi novamente selecionado para estrear em novembro, mas teve problemas no teste antidoping feito pela Comissão Atlética do Estado de Nevada. Apesar de ter solicitado permissão para fazer uso da Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) na época, o americano naturalizado brasileiro teve o pedido negado pela entidade, que alegou elevados níveis de testosterona no exame pré-luta feito pelo atleta. Com a situação resolvida, ele finalmente estreará no octógono, mais de um ano depois de ter sido contratado.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Robert Drydsdale estreia no UFC no dia 06 de julho (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Eu ia lutar em agosto do ano passado no Brasil, mas tive uma infecção na panturrilha que me impediu de lutar. Na hora da luta, a infecção já estaria bem melhor, mas eu não consegui treinar. Um mês antes da luta, que é o mais importante do camp, eu treinei muito pouco e estava tomando uma dose cavalar de antibiótico, porque a infecção foi feia, então eu não consegui lutar. Depois, eu deveria ter estreado no UFC 167, mas tive uma questão com a Comissão Atlética aqui nos EUA. Eu achei que tinha uma licença para uso de TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), mas ninguém tomou conta. Achei que estava tudo em ordem, mas não estava, foi uma questão mais burocrática do que qualquer coisa. Eu também tive uma lesão no começo do ano, mas agora estou zerado e com muita sede. Poxa, já faz um ano que assinei com o UFC e ainda não lutei. Então estou com muita vontade, a expectativa é grande. Não sou muito de deixar a expectativa de fora me atingir, mas eu sempre criei expectativas muito altas para onde eu quero estar. Eu me imagino no topo sempre que estou tentando buscar alguma coisa. Então esse é um dia que eu estou esperando desde que tinha 14 anos de idade, quando vi o UFC pela primeira vez. Eu via o Royce Gracie lutando e pensava: “Imagina eu lutando lá um dia”. O meu dia está chegando, demorou um pouco, mas eu estou feliz demais dele finalmente ter chegado - comemorou o lutador em entrevista ao Combate.com na sede de sua academia em Las Vegas, EUA, sede do duelo do de julho.
O faixa-preta em jiu-jítsu, que já foi treinador de grandes nomes do MMA como Wanderlei Silva, Randy Couture e Vitor Belfort, iniciou a sua carreira como lutador nas artes marciais mistas em 2007, como amador. Em 2010 fez a sua primeira luta como profissional e, desde então, tem um cartel invicto em seis combates, vencendo todos eles por finalização no primeiro round. A primeira luta no octógono mais famoso do mundo acontece no card do TUF Finale 19, que terá como duelo principal o embate entre BJ Penn e Frankie Edgar. O adversário de Drysdale é o americano Keith Berish, que também está invicto há cinco lutas. Apesar da ansiedade, o peso-meio-pesado demonstra tranquilidade e humildade na fase final de preparação para a luta mais importante de sua carreira no MMA:
- Eu sei muito pouco sobre o Keith, só o que vi no You Tube. O forte dele é o grappling, wrestling e jiu-jítsu. Vi algumas lutas dele e as que ele ganhou, sempre venceu por cima, batendo. Mas ele tem algumas deficiências também, além dos pontos fortes, claro que eu o respeito, pois ele tem um cartel de cinco vitórias e nenhuma derrota. Se está no UFC, então não é um cara fraco. Eu levo toda luta muito a sério. A minha primeira luta de MMA foi amadora e todo mundo dizia: “Poxa, o campeão mundial de Abu Dhabi vai lutar vale-tudo amador?”. Eu respondia: “Comecei faixa-branca no jiu-jítsu e vou fazer o mesmo no MMA”. Treinei para aquela luta amadora como se fosse uma disputa de cinturão, então todo adversário eu levo super a sério. Não faço distinção entre lutar com um cara que não tem nenhuma vitória  ou enfrentar o Jon Jones. Para mim, é tudo igual. Estou preparado, acho que nunca na minha vida tive tanta vontade de lutar e sei que vai dar tudo certo.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Drydsdale tem contrato com o UFC desde 2013, mas ainda não lutou pelo UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Em uma análise de sua carreira, Drysdale falou sobre a principal dificuldade ao migrar da arte suave para o MMA e fez uma análise da nova geração de lutadores oriundos do jiu-jítsu no esporte. Sobrou críticas para todo mundo, mas também elogios a Demian Maia, Ronaldo Jacaré e Fabrício Werdum. Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Você pode contar um pouco sobre o início da sua carreira e como você veio parar no MMA?
Robert Drysdale: Eu treino jiu-jítsu desde 1998. Comecei no interior de São Paulo, na cidade de Itu, vim para Las Vegas em 1999 e, até 2000, eu treinei aqui com a minha família. Voltei para o Brasil no comecinho de 2001 e treinei lá até 2007. Eu tinha uma academia no interior de São Paulo, competi no Brasil, sempre no jiu-jítsu com e sem kimono. Depois que eu consegui o que eu queria no jiu-jítsu de kimono e sem, eu resolvi buscar outro desafio. O jiu-jítsu para mim já era página virada nesse sentido. Eu tenho uma paixão enorme pelo esporte, gosto e treino até hoje, ensino, mas eu queria ver até onde eu conseguiria chegar em outro esporte, nesse caso o MMA. Então, em 2008 eu me mudei para Las Vegas porque eu decidi que eu queria treinar MMA exclusivamente. A minha estreia profissional foi em 2010 e venho lutando desde então. Estou com um recorde invicto em seis lutas e assinei com o UFC no ano passado. Eu faço a minha estreia agora, dia 06 de julho.
E qual é a sua relação com o Brasil?
O meu pai é americano e a minha mãe é brasileira. Eles se conheceram aqui nos EUA e eu nasci aqui, no estado de Utah, mas vivi na Califórnia até os seis anos de idade. Foi nessa época que eu fui para o Brasil. A família da minha mãe é toda de lá, ela queria voltar, meu pai ama o Brasil, então eles voltaram. Eu praticamente fui criado no Brasil. O inglês é minha primeira língua, mas durante a minha infância o português se tornou a minha primeira língua. Eu falava português até melhor que inglês. Fui para a escola no Brasil, fiz faculdade lá, mas por questões profissionais eu decidi voltar para os EUA, porque aqui eu tinha mais oportunidade. Na época, o MMA e o jiu-jítsu não eram tão valorizados no Brasil, então eu achei que o mais certo para mim era vir para cá. Mas, na verdade, eu passei metade da minha vida no Brasil e metade nos EUA. Quando o time brasileiro joga contra o americano no basquete eu torço pros EUA, quando é no futebol, eu torço para o Brasil. Depende do esporte (risos).
Você iniciou a sua carreira aqui nos EUA como treinador e participando do córner de vários atletas de MMA. O que te fez ter vontade de sair do papel de técnico para o de lutador?
A minha carreira no MMA começou ao contrário, né? Eu comecei como treinador e depois virei lutador. Quando eu mudei para Las Vegas, a minha intenção não era treinar ninguém, mas as pessoas vieram me buscar, pediam para eu ensinar, ficar no córner. E eu gosto de ensinar, tenho prazer, fico lisonjeado que alguém venha buscar o meu apoio, então eu acabei ficando no córner de muita gente, treinei, me envolvi. Teve uma época em que eu estava muito mais treinando a galera do que me treinando. Hoje eu tenho 32 anos, mas quando eu estava com 29, eu era treinador em tempo integral, e isso estava me incomodando. Foi quando eu decidi dar um passo para trás, porque eu queria focar em mim e fazer o que era melhor para mim. Eu pensei: “Poxa, eu posso ser treinador mais para frente”, então eu parei com isso. Hoje, eu dou aula de jiu-jítsu, tenho a minha academia, até fico no córner de um amigo ou outro de vez em quando, mas eu dei um passo para trás nesse quesito. É que, quando um cara vai lutar, o teu dia gira em torno dele. Então fica difícil você treinar para si mesmo. Eu realmente mudei as minhas prioridades.
Ainda pretende voltar a ser treinador um dia?
Quando eu comecei no jiu-jítsu, a minha expectativa nunca foi muito alta em relação aonde eu ía chegar. Meus pais são professores e eu nunca fui muito bom em futebol, vôlei, eu tentei de tudo e nunca fui bom em nada. Na minha cabeça eu seria professor de jiu-jítsu. Eu pensava: “Eu posso não ser bom lutador, mas vou ser um bom professor”. Acontece que eu acabei indo muito bem no circuito de jiu-jítsu, fui melhorando e, conforme eu fui ganhando fui aumentando a minha confiança e acreditando em mim mesmo. Só aí eu achei que eu seria capaz de ser campeão de jiu-jítsu. Conforme eu fui conseguindo tudo o que eu quis no esporte, eu decidi que iria fazer o mesmo no MMA. Mas a minha paixão por ensinar está comigo até hoje. Eu dou aula todo dia, eu gosto, para mim é um prazer. Eu vejo aqui e vejo meus alunos melhorando, vou em todo mundial de jiu-jítsu, todo Pan-Americano, acompanho, vou em campeonatos locais, fico muito feliz com a evolução deles. Mas meus alunos entendem que agora a minha prioridade é a minha carreira. Por exemplo, agora que eu estou para lutar, eu já não estou dando tanta aula. E eles entendem isso.
Fale um pouco sobre os atletas que você já treinou desde que você abriu a sua academia aqui em Las Vegas.
Eu já treinei todo mundo (risos). Comecei treinando o Randy Couture e o Wanderlei Silva, depois Vitor Belfort, Forrest Griffin, Frank Mir, Martin Kampmann, o Evan Dunham, que até hoje frequenta a academia, o Brad Tavares, Phil Baroni, Grey Maynard…do UFC, aqui de Las Vegas, todo mundo em algum momento já passou aqui pela academia ou já treinou comigo.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Robert Drydsdale já treinou com diversos lutadores renomados do MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)
O que foi mais difícil nessa transição do jiu-jítsu para o MMA?
Eu acho que tem um período de adaptação. A maior dificuldade talvez tenha sido a questão de voltar a ser faixa-branca. Eu acho que muito lutador de jiu-jítsu que é bem sucedido no esporte e vai para o MMA empaca por causa disso. No jiu-jítsu ele é “o cara”, é bem-sucedido, tem um status, custou para ele chegar ali em cima. Então, de repente, quando ele muda de esporte, começa de baixo e apanha no sparring, vai tentar colocar os caras para baixo e às vezes não consegue, tenta lutar em pé e leva porrada, e é meio humilhante. Acho que essa foi a parte mais difícil: voltar a ser faixa-branca. Por um lado eu gosto, mas tem o lado do ego também. Eu estou acostumado a ganhar e, de repente, sou um iniciante de novo. Acho que é por isso que muita gente que vai do jiu-jítsu para o MMA não consegue. Acontece o contrário também, tem cara do MMA que tenta lutar em campeonatos de jiu-jítsu e não consegue ser bem-sucedido, não consegue tomar pau de moleque de 16 anos de idade que é faixa-azul. Por um lado essa coisa de começar do zero em outro esporte é muito difícil, até emocionalmente, porque você se ver apanhando de um cara que você daria um pau se fosse no jiu-jítsu mexe com você psicologicamente, mas por outro lado, eu gosto do desafio, gosto da subida e de saber que, quando eu me aposentar eu vou ser bem-sucedido com ou sem kimono e no MMA. Se isso acontecer, vou me sentir realizado.
O que você acha dessa nova geração de lutadores oriundos do jiu-jítsu tentando carreira no MMA?
O jiu-jítsu foi um esporte que evoluiu muito nos últimos 10 ou 15 anos e que vai continuar crescendo durante muito tempo. Mas eu vejo que os dois esportes foram em direções diferentes. Quando eu era faixa-branca, o jiu-jítsu e o vale-tudo eram a mesma coisa. Quem treinava arte suave gostava muito de vale-tudo. Tinha dia que a gente tirava o kimono, ficava sem camiseta e era "taparia". Não valia soco, mas era tapa na cara e tinha que botar para baixo. Era um vale-tudo de mão aberta e a gente fazia isso na academia. Hoje, se eu fizer isso aqui na academia, eu perco uns 30 alunos. A nova geração tem um jiu-jítsu mais articulado, mais inteligente e sofisticado, mas menos voltado para luta em geral do que a geração mais antiga. Acho, por exemplo,  que não vamos ter um novo Minotauro durante muito tempo, que é um cara que tem um jiu-jítsu voltado para MMA e talvez seja o maior nome da arte suave na história das artes marciais mistas. Eu, por exemplo, sempre busquei ter esse jiu-jítsu que funciona em todo lugar, mas eu vejo que, na nova geração, muita gente só faz meia-guarda, berimbolo, só sabe fazer “de la Riva” e, se você pedir um “single leg”, o cara não consegue, não sabe, e muitas vezes é faixa-preta, campeão mundial. Até acho que isso acontece porque o jiu-jítsu se profissionalizou mais, mas vamos ver o futuro. Eu vejo que os lutadores que tomaram as decisões corretas, que se deram ao trabalho de aprender o MMA e se propuseram a voltar a ser faixa-branca para aprender as artes marciais mistas estão bem, como é o caso do Demian Maia, do Ronaldo Jacaré e do Fabrício Werdum, por exemplo. Hoje, para mim, a mão do Werdum é tão boa quanto o chão, e ele é um cara que veio do jiu-jítsu, mas a última luta dele impressionou todo mundo pela qualidade em pé.
Fale sobre a sua expectativa para essa estreia no UFC. Finalmente você vai conseguir pisar no octógono depois de quase um ano de contrato assinado. Como está o nervosismo?
Eu ía lutar em agosto do ano passado no Brasil, mas tive uma infecção na panturrilha que me impediu de lutar. Na hora da luta, a infecção já estaria bem melhor, mas eu não consegui treinar. Um mês antes da luta, que é o mais importante do camp, eu treinei muito pouco e estava tomando uma dose cavalar de antibiótico porque a infecção foi feia, então eu não consegui lutar. Depois,  eu deveria ter estreado em outubro, mas tive uma questão com a Comissão Atlética aqui nos EUA, eu achei que tinha uma licença para uso de TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), mas ninguém tomou conta. Achei que estava tudo em ordem, mas não estava, foi uma questão mais burocrática do que qualquer coisa. Eu também tive uma lesão no começo do ano, mas agora estou zerado, já tenho muita sede. Poxa, já faz um ano que assinei com o UFC e ainda não lutei. Então estou com muita vontade, a expectativa é grande. Não sou muito de deixar a expectativa de fora me atingir, mas eu sempre criei expectativas muito altas para onde eu quero estar. Eu me imagino no topo sempre que estou tentando buscar alguma coisa. Então esse é um dia que eu estou esperando desde que tinha 14 anos de idade, quando vi o UFC pela primeira vez. Eu via o Royce Gracie lutando e pensava: “Imagina eu lutando lá um dia”. O meu dia está chegando, demorou um pouco, mas eu estou feliz demais dele finalmente ter chegado.
Você chegou a se submeter à Terapia de Reposição de Testosterona. Depois que ela foi proibida, como foi o período de adaptação? Você sente alguma desvantagem por estar lutando sem TRT?
Quando você tem um problema de saúde, qualquer que seja, você busca o profissional, nesse caso o médico. Então, eu não faço as regras, eu as obedeço e posso dizer com 100% de sinceridade que nunca fiz nada desonesto. Tudo o que eu fiz foi de acordo com as regras. A minha questão foi mais burocrática, tanto que eu não fui suspenso pelo UFC e nem pela Comissão Atlética, não tive nenhuma punição. Porém, eu acho que essa questão do TRT é uma questão de saúde e quem tem que decidir é a comunidade médica. Você não busca o encanador para fazer cirurgia em um indivíduo, você não busca um mecânico para construir a sua casa, então é a mesma coisa. Você está falando de saúde humana e quem tem que decidir é o médico. Quando eles proibiram o TRT, eu mudei muita coisa na minha dieta, passei a tomar suplemento. Até conversei com um médico do UFC e ele me deu um plano para conseguir elevar a minha testosterona naturalmente. E, hoje, eu me sinto bem. Claro que se eu pudesse utilizar o TRT, se ele fosse legal e eu tivesse com o nível de testosterona baixo, eu iria entrar em um processo legal e usar, como todo mundo estava usando. Mas, como proibiram, eu luto sem a terapia mesmo. Como eu mudei muita coisa na dieta, isso fez a diferença. Eu também descobri que tinha o colesterol muito baixo e isso estava afetando a testosterona. Só de subir o colesterol já deu uma diferença dramática na minha produção hormonal. No último exame que eu fiz, o meu nível estava no médio, então já subiu bastante naturalmente. Hoje eu me sinto bem, não sinto falta. Às vezes você pode não concordar com a regra, mas você tem que obedecer.
Você está invicto há seis lutas e vai estrear no UFC contra um americano que está invicto há cinco duelos. O que você sabe sobre o Keith Berish?
Eu sei muito pouco sobre o Keith, só o que vi no You Tube. O forte dele é o grappling, wrestling e jiu-jítsu, eu vi algumas lutas dele e as que ele ganhou ele sempre venceu por cima, batendo. Mas o Keith tem algumas deficiências também, além dos pontos fortes. Claro que eu o respeito, porque ele tem um cartel de cinco vitórias e nenhuma derrota. Se está no UFC, então não é um cara fraco. Eu levo toda luta muito a sério. A minha primeira luta de MMA foi amadora e todo mundo dizia: “Poxa, o campeão mundial de Abu Dhabi vai lutar vale-tudo amador?”. Eu respondia: “Comecei faixa-branca no jiu-jítsu e vou fazer o mesmo no MMA”. Treinei para aquela luta amadora como se fosse uma disputa de cinturão, então todo adversário eu levo super a sério. Não faço distinção entre lutar com um cara que não tem nenhuma vitória ou enfrentar o Jon Jones. Para mim, é tudo igual. Estou preparado, acho que nunca na minha vida tive tanta vontade de lutar e vai dar tudo certo.
Com essa história da sua dupla nacionalidade, qual país você vai representar dentro do octógono no dia 6 de julho: Brasil ou EUA?
Sabe que eu não sei? Na minha certidão está que eu nasci nos EUA, mas muita gente aqui sabe que eu cresci no Brasil. Tem gente nos EUA que me considera brasileiro e tem gente no Brasil que me considera americano. Eu me considero um pouco dos dois, sou cidadão do mundo. Mas não sei o que eles vão colocar…Acho que vão colocar a bandeirinha dos EUA, porque é assim que está na minha certidão. Mas não é uma decisão minha. Eu gostaria de lutar com a bandeira dos EUA aqui e, quando for lutar no Brasil, poder lutar pela bandeira brasileira. Assim seria mais justo com a minha dupla nacionalidade (risos).

Dana rebate queixa de José Aldo a
respeito de desvalorização no salário

“Ele que tem que fazer com que as pessoas queiram vê-lo lutar”, diz chefão
sobre reclamação de que atletas mais pesados são favorecidos no UFC

Por De Las Vegas (EUA)
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Dana White UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White critica José Aldo (Foto:Evelyn Rodrigues)
Recentemente, José Aldo reclamou da desvalorização no salário dos lutadores mais leves do UFC. O campeão peso-pena disse ao site da ESPN que muito lutador peso-pesado que não é campeão e nem desafiante ao título ganha mais do que ele no Ultimate. Nesta sexta-feira, o presidente da organização, Dana White, rebateu as declarações do manauara e voltou a cutucar as últimas performances do atleta da Nova União dentro do octógono:
- Todo mundo precisa ganhar mais. Um cara como o José Aldo… ele é o melhor lutador peso-por-peso do mundo por dois rounds e aí ele começa a escorregar. Essa é a realidade: nossos campeões são nossos parceiros de pay-per-view, eles recebem uma participação no número de pay-per-views vendidos - disse o chefão, explicando que, com exceção de B.J. Penn, nenhum lutador abaixo de 77 kg tem tido um bom desempenho nas vendas de pay-per-view, apesar de Urijah Faber ter atraído grande audiência televisiva na época do WEC.
- Eles não vendem tanto quanto os caras maiores e um cara como José Aldo tem o talento e a habilidade para ser uma grande estrela. Depende de um cara como o José Aldo fazer com que as pessoas se importem e queiram vê-lo lutar - completou o mandatário.
White também falou sobre as recentes mudanças anunciadas pelo Bellator que, entre outras coisas, substituiu seu fundador e CEO, Bjorn Rebney, pelo ex-CEO do Strikeforce, Scott Coker. O chefão ainda voltou a comentar  os problemas que  Wanderlei Silva, Chael Sonnen e Vitor Belfort estão tendo com a Comissão Atlética do Estado de Nevada e cutucou o campeão peso-meio-médio, Johny Hendricks, que cogitou subir de categoria em um futuro próximo para enfrentar Chris Weidman, caso ambos vençam as próximas três ou quatro lutas de suas respectivas divisões.
Confira as respostas do presidente do UFC, divididas por tópicos:
Bellator e a substituição de Bjorn Rebney por Scott Coker:
“Eu não só conheço o Scott Coker, como eu também conheço os caras da Spike TV. Ele se encaixa muito melhor na função do que o Bjork"
Declaração de Jon Jones afirmando que sofreu bullying do UFC para aceitar o duelo contra Alexander Gustafsson:
“Nós não sentamos e tentamos fazer todo mundo feliz. Isso não é Boxe. Eles tentaram fazer Floyd Mayweather enfrentar Manny Pacquião há sete anos e essa luta ainda não aconteceu. Eu li um artigo muito idiota feito por um jornalista muito idiota que dizia como eu consigo o que quero e com ele me chamando de czar. Esse é o meu trabalho, eu promovo lutas que as pessoas querem ver. Se um número esmagador de pessoas não quisesse assistir Jones x Gustafsson, então provavelmente eu não iria querer fazer essa luta”
Sobre os testes antidoping de Wanderlei Silva, Chael Sonnen e Vitor Belfort:
“Você está basicamente arruinado se testar positivo. Chael Sonnen teve que se aposentar. Você sabe quanto dinheiro ele poderia ter ganhado no MMA e no UFC?”
“Eu estou muito convencido de que eles vão enterrar o Wanderlei. Eu não sei o que mais eles poderiam fazer com ele, a não ser apedrejá-lo. Financeiramente eles vão estar destruídos, sem patrocinadores e a reputação deles também é arruinada se eles falham”
Possibilidade de Johny Hendricks subir de divisão para enfrentar Chris Weidman, caso os dois vençam as próximas três ou quatro lutas em suas respectivas divisões:
“Eu não sei sobre três ou quatro lutas, mas você está em uma divisão muito competitiva repleta de talentos do número um ao treze. Você tem muito trabalho de casa para fazer antes de limpar a divisão e falar sobre Chris Weidman. Hipoteticamente, se do quinto ao décimo terceiro colocado desistirem, talvez nós possamos fazer o duelo entre você e o Chris Weidman”
Expansão do UFC no mundo:
“Nada é fácil. Conforme você vai até esses outros países, com diferentes regras e governos, é muito desafiador. Você nos conhece, somos comprometidos. Nós continuamos tentando. Eu estou indo para a China, vou para Hong Kong, Macau e também para Tokyo e então volto para casa na quinta-feira. Nós estamos tentando cultivar lutadores na China para ver o que virá depois. Nós também acabamos de encerrar as filmagens do TUF América Latina e não podíamos estar mais empolgados. Essa temporada está demais. Se essa temporada não conseguir deixar as pessoas malucas pelo UFC no México, nada conseguirá”.

Kiko France finaliza Ricardo Hulk no primeiro round no Shooto Brasil 48

Lucio Huntaru nocauteia Bruno Carvalho em apenas 44s e Lucas "Cangaceiro" Rodrigues surpreende Lincoln Sá com vitória por pontos

Por Rio de Janeiro
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O Shooto Brasil 48 teve casa cheia no clube A Hebraica, no Rio de Janeiro, na sexta-feira, e um card com apenas três de 10 lutas decididas nos cartões de pontuação dos juízes laterais. No evento principal, o peso-médio Kiko France, que chegou à cidade no dia da luta e participou da pesagem através de vídeo enviado pela internet, venceu Ricardo Hulk por finalização, com um kata-gatame, aos 4m27s do primeiro round.
Kiko France Ricardo Hulk Shooto Brasil 48 MMA (Foto: Marcelo Viana/Divulgação)Kiko France encaixa o kata-gatame que finalizou Ricardo Hulk no Shooto (Foto: Marcelo Viana/Divulgação)
O lutador potiguar, que mora nos EUA há 10 anos, confessou ter sentido uma emoção especial em lutar em seu país, especialmente com a presença na plateia de sua esposa, que segue morando no Brasil.
- É uma experiência sensacional lutar no Brasil. Sempre sonhei com esse momento e ainda fui abençoado com a vitória. O principal foi ter minha esposa ao lado. Ela mora aqui no Brasil e nas últimas três lutas não esteve ao meu lado. Agora, posso comemorar junto dela - declarou France, através da assessoria de imprensa do torneio.
O evento esgotou as 900 entradas disponíveis, trocadas por latas de leite em pó, que serão doadas ao Instituto Romão Duarte. No público, grandes nomes do UFC, como Junior Cigano e José Aldo, acompanharam duas derrotas surpreendentes de sua equipe, a Nova União. Na co-luta principal, Lucio Huntaru, da Beto Padilha Team, nocauteou Bruno Carvalho em apenas 44s no primeiro round, após uma sequência de golpes na grade. Na antepenúltima luta da noite, Lucas Rodrigues e Lincoln Sá fizeram um dos combates mais técnicos do evento, mas Rodrigues, o "Cangaceiro", levou a vitória por decisão dividida dos juízes para sua equipe, a Relma Team.
Confira os resultados completos do evento:
Shooto Brasil 48
20 de junho de 2014, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD DO EVENTO
Kiko France venceu Ricardo Hulk por finalização (kata-gatame) aos 4m27s do primeiro round
Lucio Hantaru venceu Bruno Carvalho por nocaute técnico aos 44s do primeiro round
Lucas Rodrigues venceu Lincon Sá por decisão dividida
Douglas Humberto "Big Monster" venceu William Gomes por nocaute técnico aos 2m52s do pimeiro round
Sérgio Fernandes "Curva" venceu Fernando Fio por decisão unânime
Emanuel de Oliveira venceu Anderson Fumaça por decisão unânime
Yago Brian "Codorninha" venceu Luciano da Silva por nocaute técnico aos 2m26s do terceiro round
Felipe Colen "Mineiro" venceu Rafael da Costa "PQD" por finalização (triângulo) aos 43s do primeiro round
Heider Prais venceu Wagner "China" por nocaute técnico a 1m05s do primeiro round
Bruno Korea venceu Paulinho Barbosa por finalização aos 2m16s do terceiro round

Hope Solo é presa acusada de
agredir a irmã e o sobrinho nos EUA

Segundo polícia local, goleira musa estaria intoxicada e fora de controle

Por Kirkland, Estados Unidos
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Hope Solo UFC MMA Johnson x Moraga (Foto: Getty Images)Hope Solo se desentendeu em festa de família (Foto: Getty Images)
A goleira Hope Solo, da seleção feminina dos Estados Unidos, foi detida na manhã deste sábado, acusada de violência doméstica. A polícia de Kirkland, nos EUA, foi chamada após denúncias de que a jogadora teria agredido a irmã e o sobrinho.
- Houve uma grande festa na casa dela. Foi uma situação fora de controle, e havia marcas de agressões – disse Mike Murray, da polícia de Kirkland, em entrevista ao “Seattle Times”.
Segundo a polícia local, Solo, que estaria intoxicada e bem nervosa, discutiu com a irmã em uma reunião familiar que acabou com a agressão. Os policiais então foram chamados à casa da goleira e a detiveram sem chance de fiança.
Bicampeã olímpica, a goleira defende a meta do Seattle Reign atualmente. Ela foi eleita terceira melhor jogadora do mundo em 2011, quando foi vice-campeã mundial.

Alonso parabeniza Massa e ressalta: "Companheiro mais veloz que já tive"

Após pole de Felipe na Áustria, espanhol recebe brasileiro com abraço carinhoso, mas deixa claro: "Amanhã, eu tenho a esperança de terminar na frente dele"

Por Spielberg. Áustria
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Uma das cenas que marcaram a pole de Felipe Massa no GP da Áustria, neste sábado, foi o abraço carinhoso que recebeu de sua família e de um piloto: Fernando Alonso. O espanhol e o brasileiro dividiram o paddock da Ferrari durante as últimas quatro temporadas, até a ida de Felipe para a Williams em 2014. Ao parabenizar o ex-companheiro, o asturiano ressaltou o talento de Massa, afirmando nunca ter tido um companheiro tão rápido.
- Eu sempre disse que Felipe era muito, muito rápido. Mas quase ninguém acreditou. Ainda acho que ele foi o companheiro mais veloz que já tive. Agora, ele tem um carro muito rápido. Eu o parabenizo pela pole. Estou feliz por ele, após os momentos difíceis pelos quais passamos nos últimos quatro anos, por saber que não éramos competitivos. Mas, amanhã, eu tenho a esperança de terminar na frente dele, e não mais atrás – disse Alonso, que ainda não conseguiu sequer subir ao pódio com a Ferrari neste ano.
Alonso e Massa no pódio da Coreia, em 2010 (Foto: Getty Images)Alonso e Massa no pódio da Coreia, em 2010 (Foto: Getty Images)

Se Massa vai vencer, se Alonso vai superá-lo, se as Mercedes vão conseguir retomar a ponta ou não, isso tudo só será sabido amanhã, durante o GP da Áustria. A corrida será transmitida pela TV Globo, às 9h (horário de Brasília), e no Tempo Real do GloboEsporte.com.
Horários Circuito GP da Áustria (Foto: Editoria de arte)
Circuito GP da Áustria (Foto: Editoria de arte)Circuito GP da Áustria (Foto: Editoria de arte)

Dzeko fica irritado após eliminação: "Árbitro deveria ir para casa também"

Após marcar no primeiro tempo da derrota para a Nigéria e ter seu gol anulado incorretamente, atacante bósnio diz que atuação do juiz foi "vergonhosa"

Por Cuiabá
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A Bósnia não tem mais chances de se classificar para as oitavas de final da Copa do Mundo, e a tristeza já tomou conta da delegação, após a derrota por 1 a 0 para a Nigéria, na noite deste sábado, em Cuiabá. Logo depois do apito final, os ânimos permaneceram exaltados: os nigerianos, eufóricos com o triunfo. Já os bósnios, frustrados com o resultado. Na zona mista, Dzeko, que teve um gol anulado incorretamente no primeiro tempo, estava irritado e não poupou palavras para criticar a arbitragem na Arena Pantanal. (Veja no vídeo ao lado o gol mal anulado de Dzeko).
- Acho que nós vamos para casa e estamos tristes por causa disso. O árbitro deveria ir para casa também. Porque ele mudou o resultado. Mudou o jogo. É por isso que perdemos. Nós tentamos recuperar e foi obviamente uma falta no capitão (antes do gol nigeriano). Nós lutamos até o final e não tivemos sorte hoje - lamentou Dzeko.
O atacante do Manchester City relembrou o duelo com a Argentina para citar o esforço da equipe comandada por Safet Susic dentro de campo. A seleção nigeriana, segundo o camisa 11, teve boa atuação, diferentemente do árbitro.
- Acho que fizemos tudo que podíamos no primeiro jogo, mas a Argentina foi melhor. Hoje tínhamos que ter ganho esse jogo. Mesmo Nigéria jogando bem também, o juiz foi vergonhoso - frisou.
Com o resultado, a Bósnia está eliminada. Na quarta-feira, a equipe enfrenta o Irã, que disputará a outra vaga do Grupo F com a Nigéria. Os argentinos já estão classificados após duas vitórias.
Dzeko marca gol mal anulado Bósnia x Nigéria Arena Pantanal (Foto: Reuters)Dzeko no momento do gol anulado: atacante saiu irritado da Arena Pantanal (Foto: Reuters)

Com novo corte de cabelo e proteção no joelho, CR7 já ensaia comemoração

Craque apresenta novo visual durante o treino de reconhecimento na Arena da Amazônia, em Manaus, neste sábado. Bruno Alves dá voltas ao redor do campo

Por Manaus
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Cristiano Ronaldo Treino Portugal Arena Amazônia  (Foto: Agência AP )Cristiano Ronaldo aparece com novo desenho
em corte no cabelo (Foto: Agência AP )
Portugal depende de Cristiano Ronaldo para seguir vivo na Copa do Mundo. E o melhor jogador do mundo mostrou empolgação na primeira atividade da seleção em Manaus, palco da partida contra os Estados Unidos pela segunda rodada do Grupo G. Durante o treino de reconhecimento do gramado da Arena Amazônia na noite deste sábado, o craque chegou até a ensaiar uma comemoração de gol. O atacante apresentou ainda um novo corte de cabelo - com direito a desenho do lado direito da cabeça - e voltou a trabalhar com a proteção no joelho esquerdo que o vem acompanhando no Brasil.
Apenas os primeiros 15 minutos da atividade foram abertos à imprensa. Durante este período, os jogadores realizaram exercícios físicos. Apesar da tendinite no joelho esquerdo, CR7 mais uma vez participou seu problemas do treinamento. Antes do início, ele estava sentado no banco de reservas quando levantou rapidamente e ensaiou sua tradicional comemoração dando um giro no ar antes de cair com braços e pernas abertos. Na saída para o estádio, o capitão acenou para os torcedores antes de entrar no ônibus e causou alvoroço na porta do hotel.
Dúvida para a partida por causa de dores musculares na coxa esquerda, o zagueiro Bruno Alves treinou separado e deu apenas voltas ao redor do campo. Caso o jogador não tenha condições, o técnico Paulo Bento já adiantou que Neto será o escolhido para entrar na zaga.
Cristiano Ronaldo Treino Portugal Arena Amazônia  (Foto: Getty Images)Atacante durante o treino na véspera do decisivo duelo contra os Estados Unidos pelo Grupo G (Foto: Getty Images)

O treinador, aliás, tem quatro problemas confirmados para a partida deste domingo, às 19h (de Brasília). O goleiro Rui Patrício, o lateral-esquerdo Fábio Coentrão e o atacante Hugo Almeida, todos lesionados, não jogam. Além de Pepe, que cumpre suspensão por sua expulsão na estreia. Beto, André Almeida, Postiga e Ricardo Costa entram na equipe.

Neymar faz gols e leva "pescoção" após lambreta sobre Fernandinho

Atacante brilha em duelo particular com o volante. Confira os lances

Por Teresópolis, Rio de Janeiro
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Se Neymar é a liderança técnica do Brasil, ele não deixa a desejar nem mesmo nos treinamentos. O trabalho na Granja Comary teve direito até a uma "lambreta" do atacante em cima de Fernandinho pelo lado direito ofensivo (veja ao lado). Aliás, o volante foi a vítima do camisa 10 neste sábado. Em outro momento, perdeu a bola e acabou provocando o primeiro gol do atleta do Barcelona no coletivo vencido pelos titulares por 3 a 0 - outro gol Neymar e um de Paulinho.
Essa foi a "vingança" pela falta cometida por Fernandinho minutos antes (veja ao lado). Neymar sentiu. Daniel Alves chegou perto do amigo, passou a mão em sua cabeça e o consolou. Logo depois, o atacante começou a fazer um alongamento para aliviar a dor do lance. Percebendo a cena, Felipão chegou perto, falou algumas palavras, sorriu e logo depois se afastou. Era o carinho que faltava para o craque voltar com tudo ao trabalho. 

Mesmo sendo a referência no time, Neymar só falava o necessário durante o coletivo. E a bola não chegava aos seus pés de "mão beijada". O aviso aos companheiros era importante. Em uma jogada pela direita, apareceu livre da marcação de Fernandinho. Ele não teve dúvidas. Bradou para Luiz Gustavo: "Tô livre, tô livre!". O sinal deu certo e o lance seguiu com o jogador pelo lado do campo.
Neymar e Fernandinho Treino Brasil (Foto: Gaspar Nóbrega / Vipcomm)Neymar trava duelo com Fernandinho no coletivo da Seleção (Foto: Gaspar Nóbrega / Vipcomm)


No trabalho deste sábado, Neymar foi bem exigido por Felipão. Em combinação com Daniel Alves, o técnico pedia sempre que a saída do lateral fosse o mais rápido possível para trabalhar abastecer o atacante na frente. Os contra-ataques também contavam com o atleta do Barcelona em combinação com Oscar e Hulk.
O craque só deixou o time titular em um momento. O técnico colocou Willian em sua vaga para testar uma possível formação já que Neymar está pendurado com um cartão amarelo, recebido após falta em Modric no primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo diante da Croácia. No fim, o atacante também participou de uma série de cobranças de falta. E mandou bem: três gols em sequência no trabalho específico.

O treino foi o último na Granja Comary antes da viagem para Brasília. A seleção brasileira enfrenta Camarões na segunda-feira, às 17h, na última partida pela fase de grupo do Mundial. Com quatro pontos, a equipe busca a liderança da chave.