sábado, 21 de junho de 2014


Drysdale comemora estreia no UFC:
“Espero esse dia desde os 14 anos”

Ex-campeão mundial de jiu-jítsu fala das dificuldades em migrar para o MMA
e da preparação para o duelo contra Keith Berish no card do TUF Finale 19


Por De Las Vegas (EUA)
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Ex-campeão mundial de jiu-jítsu, Robert Drysdale faz, no próximo dia 6 de julho, a sua tão esperada estreia no UFC. Filho de pai americano e de mãe brasileira, o lutador assinou contrato com a organização em 2013, mas teve problemas nas duas oportunidades em que foi escalado para lutar. Na primeira, em agosto do ano passado, ele foi retirado do card depois de pegar uma infeção por estafilococos na panturrilha. Recuperado, foi novamente selecionado para estrear em novembro, mas teve problemas no teste antidoping feito pela Comissão Atlética do Estado de Nevada. Apesar de ter solicitado permissão para fazer uso da Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) na época, o americano naturalizado brasileiro teve o pedido negado pela entidade, que alegou elevados níveis de testosterona no exame pré-luta feito pelo atleta. Com a situação resolvida, ele finalmente estreará no octógono, mais de um ano depois de ter sido contratado.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Robert Drydsdale estreia no UFC no dia 06 de julho (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Eu ia lutar em agosto do ano passado no Brasil, mas tive uma infecção na panturrilha que me impediu de lutar. Na hora da luta, a infecção já estaria bem melhor, mas eu não consegui treinar. Um mês antes da luta, que é o mais importante do camp, eu treinei muito pouco e estava tomando uma dose cavalar de antibiótico, porque a infecção foi feia, então eu não consegui lutar. Depois, eu deveria ter estreado no UFC 167, mas tive uma questão com a Comissão Atlética aqui nos EUA. Eu achei que tinha uma licença para uso de TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), mas ninguém tomou conta. Achei que estava tudo em ordem, mas não estava, foi uma questão mais burocrática do que qualquer coisa. Eu também tive uma lesão no começo do ano, mas agora estou zerado e com muita sede. Poxa, já faz um ano que assinei com o UFC e ainda não lutei. Então estou com muita vontade, a expectativa é grande. Não sou muito de deixar a expectativa de fora me atingir, mas eu sempre criei expectativas muito altas para onde eu quero estar. Eu me imagino no topo sempre que estou tentando buscar alguma coisa. Então esse é um dia que eu estou esperando desde que tinha 14 anos de idade, quando vi o UFC pela primeira vez. Eu via o Royce Gracie lutando e pensava: “Imagina eu lutando lá um dia”. O meu dia está chegando, demorou um pouco, mas eu estou feliz demais dele finalmente ter chegado - comemorou o lutador em entrevista ao Combate.com na sede de sua academia em Las Vegas, EUA, sede do duelo do de julho.
O faixa-preta em jiu-jítsu, que já foi treinador de grandes nomes do MMA como Wanderlei Silva, Randy Couture e Vitor Belfort, iniciou a sua carreira como lutador nas artes marciais mistas em 2007, como amador. Em 2010 fez a sua primeira luta como profissional e, desde então, tem um cartel invicto em seis combates, vencendo todos eles por finalização no primeiro round. A primeira luta no octógono mais famoso do mundo acontece no card do TUF Finale 19, que terá como duelo principal o embate entre BJ Penn e Frankie Edgar. O adversário de Drysdale é o americano Keith Berish, que também está invicto há cinco lutas. Apesar da ansiedade, o peso-meio-pesado demonstra tranquilidade e humildade na fase final de preparação para a luta mais importante de sua carreira no MMA:
- Eu sei muito pouco sobre o Keith, só o que vi no You Tube. O forte dele é o grappling, wrestling e jiu-jítsu. Vi algumas lutas dele e as que ele ganhou, sempre venceu por cima, batendo. Mas ele tem algumas deficiências também, além dos pontos fortes, claro que eu o respeito, pois ele tem um cartel de cinco vitórias e nenhuma derrota. Se está no UFC, então não é um cara fraco. Eu levo toda luta muito a sério. A minha primeira luta de MMA foi amadora e todo mundo dizia: “Poxa, o campeão mundial de Abu Dhabi vai lutar vale-tudo amador?”. Eu respondia: “Comecei faixa-branca no jiu-jítsu e vou fazer o mesmo no MMA”. Treinei para aquela luta amadora como se fosse uma disputa de cinturão, então todo adversário eu levo super a sério. Não faço distinção entre lutar com um cara que não tem nenhuma vitória  ou enfrentar o Jon Jones. Para mim, é tudo igual. Estou preparado, acho que nunca na minha vida tive tanta vontade de lutar e sei que vai dar tudo certo.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Drydsdale tem contrato com o UFC desde 2013, mas ainda não lutou pelo UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Em uma análise de sua carreira, Drysdale falou sobre a principal dificuldade ao migrar da arte suave para o MMA e fez uma análise da nova geração de lutadores oriundos do jiu-jítsu no esporte. Sobrou críticas para todo mundo, mas também elogios a Demian Maia, Ronaldo Jacaré e Fabrício Werdum. Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Você pode contar um pouco sobre o início da sua carreira e como você veio parar no MMA?
Robert Drysdale: Eu treino jiu-jítsu desde 1998. Comecei no interior de São Paulo, na cidade de Itu, vim para Las Vegas em 1999 e, até 2000, eu treinei aqui com a minha família. Voltei para o Brasil no comecinho de 2001 e treinei lá até 2007. Eu tinha uma academia no interior de São Paulo, competi no Brasil, sempre no jiu-jítsu com e sem kimono. Depois que eu consegui o que eu queria no jiu-jítsu de kimono e sem, eu resolvi buscar outro desafio. O jiu-jítsu para mim já era página virada nesse sentido. Eu tenho uma paixão enorme pelo esporte, gosto e treino até hoje, ensino, mas eu queria ver até onde eu conseguiria chegar em outro esporte, nesse caso o MMA. Então, em 2008 eu me mudei para Las Vegas porque eu decidi que eu queria treinar MMA exclusivamente. A minha estreia profissional foi em 2010 e venho lutando desde então. Estou com um recorde invicto em seis lutas e assinei com o UFC no ano passado. Eu faço a minha estreia agora, dia 06 de julho.
E qual é a sua relação com o Brasil?
O meu pai é americano e a minha mãe é brasileira. Eles se conheceram aqui nos EUA e eu nasci aqui, no estado de Utah, mas vivi na Califórnia até os seis anos de idade. Foi nessa época que eu fui para o Brasil. A família da minha mãe é toda de lá, ela queria voltar, meu pai ama o Brasil, então eles voltaram. Eu praticamente fui criado no Brasil. O inglês é minha primeira língua, mas durante a minha infância o português se tornou a minha primeira língua. Eu falava português até melhor que inglês. Fui para a escola no Brasil, fiz faculdade lá, mas por questões profissionais eu decidi voltar para os EUA, porque aqui eu tinha mais oportunidade. Na época, o MMA e o jiu-jítsu não eram tão valorizados no Brasil, então eu achei que o mais certo para mim era vir para cá. Mas, na verdade, eu passei metade da minha vida no Brasil e metade nos EUA. Quando o time brasileiro joga contra o americano no basquete eu torço pros EUA, quando é no futebol, eu torço para o Brasil. Depende do esporte (risos).
Você iniciou a sua carreira aqui nos EUA como treinador e participando do córner de vários atletas de MMA. O que te fez ter vontade de sair do papel de técnico para o de lutador?
A minha carreira no MMA começou ao contrário, né? Eu comecei como treinador e depois virei lutador. Quando eu mudei para Las Vegas, a minha intenção não era treinar ninguém, mas as pessoas vieram me buscar, pediam para eu ensinar, ficar no córner. E eu gosto de ensinar, tenho prazer, fico lisonjeado que alguém venha buscar o meu apoio, então eu acabei ficando no córner de muita gente, treinei, me envolvi. Teve uma época em que eu estava muito mais treinando a galera do que me treinando. Hoje eu tenho 32 anos, mas quando eu estava com 29, eu era treinador em tempo integral, e isso estava me incomodando. Foi quando eu decidi dar um passo para trás, porque eu queria focar em mim e fazer o que era melhor para mim. Eu pensei: “Poxa, eu posso ser treinador mais para frente”, então eu parei com isso. Hoje, eu dou aula de jiu-jítsu, tenho a minha academia, até fico no córner de um amigo ou outro de vez em quando, mas eu dei um passo para trás nesse quesito. É que, quando um cara vai lutar, o teu dia gira em torno dele. Então fica difícil você treinar para si mesmo. Eu realmente mudei as minhas prioridades.
Ainda pretende voltar a ser treinador um dia?
Quando eu comecei no jiu-jítsu, a minha expectativa nunca foi muito alta em relação aonde eu ía chegar. Meus pais são professores e eu nunca fui muito bom em futebol, vôlei, eu tentei de tudo e nunca fui bom em nada. Na minha cabeça eu seria professor de jiu-jítsu. Eu pensava: “Eu posso não ser bom lutador, mas vou ser um bom professor”. Acontece que eu acabei indo muito bem no circuito de jiu-jítsu, fui melhorando e, conforme eu fui ganhando fui aumentando a minha confiança e acreditando em mim mesmo. Só aí eu achei que eu seria capaz de ser campeão de jiu-jítsu. Conforme eu fui conseguindo tudo o que eu quis no esporte, eu decidi que iria fazer o mesmo no MMA. Mas a minha paixão por ensinar está comigo até hoje. Eu dou aula todo dia, eu gosto, para mim é um prazer. Eu vejo aqui e vejo meus alunos melhorando, vou em todo mundial de jiu-jítsu, todo Pan-Americano, acompanho, vou em campeonatos locais, fico muito feliz com a evolução deles. Mas meus alunos entendem que agora a minha prioridade é a minha carreira. Por exemplo, agora que eu estou para lutar, eu já não estou dando tanta aula. E eles entendem isso.
Fale um pouco sobre os atletas que você já treinou desde que você abriu a sua academia aqui em Las Vegas.
Eu já treinei todo mundo (risos). Comecei treinando o Randy Couture e o Wanderlei Silva, depois Vitor Belfort, Forrest Griffin, Frank Mir, Martin Kampmann, o Evan Dunham, que até hoje frequenta a academia, o Brad Tavares, Phil Baroni, Grey Maynard…do UFC, aqui de Las Vegas, todo mundo em algum momento já passou aqui pela academia ou já treinou comigo.
Robert Drydsdale (Foto: Evelyn Rodrigues)Robert Drydsdale já treinou com diversos lutadores renomados do MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)
O que foi mais difícil nessa transição do jiu-jítsu para o MMA?
Eu acho que tem um período de adaptação. A maior dificuldade talvez tenha sido a questão de voltar a ser faixa-branca. Eu acho que muito lutador de jiu-jítsu que é bem sucedido no esporte e vai para o MMA empaca por causa disso. No jiu-jítsu ele é “o cara”, é bem-sucedido, tem um status, custou para ele chegar ali em cima. Então, de repente, quando ele muda de esporte, começa de baixo e apanha no sparring, vai tentar colocar os caras para baixo e às vezes não consegue, tenta lutar em pé e leva porrada, e é meio humilhante. Acho que essa foi a parte mais difícil: voltar a ser faixa-branca. Por um lado eu gosto, mas tem o lado do ego também. Eu estou acostumado a ganhar e, de repente, sou um iniciante de novo. Acho que é por isso que muita gente que vai do jiu-jítsu para o MMA não consegue. Acontece o contrário também, tem cara do MMA que tenta lutar em campeonatos de jiu-jítsu e não consegue ser bem-sucedido, não consegue tomar pau de moleque de 16 anos de idade que é faixa-azul. Por um lado essa coisa de começar do zero em outro esporte é muito difícil, até emocionalmente, porque você se ver apanhando de um cara que você daria um pau se fosse no jiu-jítsu mexe com você psicologicamente, mas por outro lado, eu gosto do desafio, gosto da subida e de saber que, quando eu me aposentar eu vou ser bem-sucedido com ou sem kimono e no MMA. Se isso acontecer, vou me sentir realizado.
O que você acha dessa nova geração de lutadores oriundos do jiu-jítsu tentando carreira no MMA?
O jiu-jítsu foi um esporte que evoluiu muito nos últimos 10 ou 15 anos e que vai continuar crescendo durante muito tempo. Mas eu vejo que os dois esportes foram em direções diferentes. Quando eu era faixa-branca, o jiu-jítsu e o vale-tudo eram a mesma coisa. Quem treinava arte suave gostava muito de vale-tudo. Tinha dia que a gente tirava o kimono, ficava sem camiseta e era "taparia". Não valia soco, mas era tapa na cara e tinha que botar para baixo. Era um vale-tudo de mão aberta e a gente fazia isso na academia. Hoje, se eu fizer isso aqui na academia, eu perco uns 30 alunos. A nova geração tem um jiu-jítsu mais articulado, mais inteligente e sofisticado, mas menos voltado para luta em geral do que a geração mais antiga. Acho, por exemplo,  que não vamos ter um novo Minotauro durante muito tempo, que é um cara que tem um jiu-jítsu voltado para MMA e talvez seja o maior nome da arte suave na história das artes marciais mistas. Eu, por exemplo, sempre busquei ter esse jiu-jítsu que funciona em todo lugar, mas eu vejo que, na nova geração, muita gente só faz meia-guarda, berimbolo, só sabe fazer “de la Riva” e, se você pedir um “single leg”, o cara não consegue, não sabe, e muitas vezes é faixa-preta, campeão mundial. Até acho que isso acontece porque o jiu-jítsu se profissionalizou mais, mas vamos ver o futuro. Eu vejo que os lutadores que tomaram as decisões corretas, que se deram ao trabalho de aprender o MMA e se propuseram a voltar a ser faixa-branca para aprender as artes marciais mistas estão bem, como é o caso do Demian Maia, do Ronaldo Jacaré e do Fabrício Werdum, por exemplo. Hoje, para mim, a mão do Werdum é tão boa quanto o chão, e ele é um cara que veio do jiu-jítsu, mas a última luta dele impressionou todo mundo pela qualidade em pé.
Fale sobre a sua expectativa para essa estreia no UFC. Finalmente você vai conseguir pisar no octógono depois de quase um ano de contrato assinado. Como está o nervosismo?
Eu ía lutar em agosto do ano passado no Brasil, mas tive uma infecção na panturrilha que me impediu de lutar. Na hora da luta, a infecção já estaria bem melhor, mas eu não consegui treinar. Um mês antes da luta, que é o mais importante do camp, eu treinei muito pouco e estava tomando uma dose cavalar de antibiótico porque a infecção foi feia, então eu não consegui lutar. Depois,  eu deveria ter estreado em outubro, mas tive uma questão com a Comissão Atlética aqui nos EUA, eu achei que tinha uma licença para uso de TRT (Terapia de Reposição de Testosterona), mas ninguém tomou conta. Achei que estava tudo em ordem, mas não estava, foi uma questão mais burocrática do que qualquer coisa. Eu também tive uma lesão no começo do ano, mas agora estou zerado, já tenho muita sede. Poxa, já faz um ano que assinei com o UFC e ainda não lutei. Então estou com muita vontade, a expectativa é grande. Não sou muito de deixar a expectativa de fora me atingir, mas eu sempre criei expectativas muito altas para onde eu quero estar. Eu me imagino no topo sempre que estou tentando buscar alguma coisa. Então esse é um dia que eu estou esperando desde que tinha 14 anos de idade, quando vi o UFC pela primeira vez. Eu via o Royce Gracie lutando e pensava: “Imagina eu lutando lá um dia”. O meu dia está chegando, demorou um pouco, mas eu estou feliz demais dele finalmente ter chegado.
Você chegou a se submeter à Terapia de Reposição de Testosterona. Depois que ela foi proibida, como foi o período de adaptação? Você sente alguma desvantagem por estar lutando sem TRT?
Quando você tem um problema de saúde, qualquer que seja, você busca o profissional, nesse caso o médico. Então, eu não faço as regras, eu as obedeço e posso dizer com 100% de sinceridade que nunca fiz nada desonesto. Tudo o que eu fiz foi de acordo com as regras. A minha questão foi mais burocrática, tanto que eu não fui suspenso pelo UFC e nem pela Comissão Atlética, não tive nenhuma punição. Porém, eu acho que essa questão do TRT é uma questão de saúde e quem tem que decidir é a comunidade médica. Você não busca o encanador para fazer cirurgia em um indivíduo, você não busca um mecânico para construir a sua casa, então é a mesma coisa. Você está falando de saúde humana e quem tem que decidir é o médico. Quando eles proibiram o TRT, eu mudei muita coisa na minha dieta, passei a tomar suplemento. Até conversei com um médico do UFC e ele me deu um plano para conseguir elevar a minha testosterona naturalmente. E, hoje, eu me sinto bem. Claro que se eu pudesse utilizar o TRT, se ele fosse legal e eu tivesse com o nível de testosterona baixo, eu iria entrar em um processo legal e usar, como todo mundo estava usando. Mas, como proibiram, eu luto sem a terapia mesmo. Como eu mudei muita coisa na dieta, isso fez a diferença. Eu também descobri que tinha o colesterol muito baixo e isso estava afetando a testosterona. Só de subir o colesterol já deu uma diferença dramática na minha produção hormonal. No último exame que eu fiz, o meu nível estava no médio, então já subiu bastante naturalmente. Hoje eu me sinto bem, não sinto falta. Às vezes você pode não concordar com a regra, mas você tem que obedecer.
Você está invicto há seis lutas e vai estrear no UFC contra um americano que está invicto há cinco duelos. O que você sabe sobre o Keith Berish?
Eu sei muito pouco sobre o Keith, só o que vi no You Tube. O forte dele é o grappling, wrestling e jiu-jítsu, eu vi algumas lutas dele e as que ele ganhou ele sempre venceu por cima, batendo. Mas o Keith tem algumas deficiências também, além dos pontos fortes. Claro que eu o respeito, porque ele tem um cartel de cinco vitórias e nenhuma derrota. Se está no UFC, então não é um cara fraco. Eu levo toda luta muito a sério. A minha primeira luta de MMA foi amadora e todo mundo dizia: “Poxa, o campeão mundial de Abu Dhabi vai lutar vale-tudo amador?”. Eu respondia: “Comecei faixa-branca no jiu-jítsu e vou fazer o mesmo no MMA”. Treinei para aquela luta amadora como se fosse uma disputa de cinturão, então todo adversário eu levo super a sério. Não faço distinção entre lutar com um cara que não tem nenhuma vitória ou enfrentar o Jon Jones. Para mim, é tudo igual. Estou preparado, acho que nunca na minha vida tive tanta vontade de lutar e vai dar tudo certo.
Com essa história da sua dupla nacionalidade, qual país você vai representar dentro do octógono no dia 6 de julho: Brasil ou EUA?
Sabe que eu não sei? Na minha certidão está que eu nasci nos EUA, mas muita gente aqui sabe que eu cresci no Brasil. Tem gente nos EUA que me considera brasileiro e tem gente no Brasil que me considera americano. Eu me considero um pouco dos dois, sou cidadão do mundo. Mas não sei o que eles vão colocar…Acho que vão colocar a bandeirinha dos EUA, porque é assim que está na minha certidão. Mas não é uma decisão minha. Eu gostaria de lutar com a bandeira dos EUA aqui e, quando for lutar no Brasil, poder lutar pela bandeira brasileira. Assim seria mais justo com a minha dupla nacionalidade (risos).

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