sábado, 4 de fevereiro de 2012

Em visita, Aldo Rebelo fica admirado com projeto da Arena da Amazônia

O ministro do Esporte visitou as obras na manhã desta sexta-feira e disse que o estádio é o mais bonito das cidades que esteve presente, até o momento

Por Anderson Silva Manaus
Visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, à Arena da Amazônia (Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)Visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, à Arena da Amazônia (Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)
O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, visitou na manhã desta sexta-feira (03) as obras da Arena da Amazônia e disse ter ficado impressionado com o projeto. Há pouco mais de três meses no comando do ministério, Aldo já passou por estádios de cinco cidades sedes onde será realizada a Copa do Mundo de 2014.
- É a sexta arena que visito. Esteticamente é a mais bonita, mais apresentada e de fato está à altura do Brasil e da Copa – disse.

- Vou levar a melhor impressão possível dos técnicos, engenheiros e operários que estão construindo a Arena da Amazônia. Voltarei a Manaus a cada três meses para acompanhar os projetos da Copa - afirma, ao destacar o potencial do estado e da cidade para o setor turístico.
O ministro se comprometeu em negociar com o Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para evitar, futuramente, os atrasos de repasses financeiros para o andamento do cronograma das obras.
- Vamos fazer com que o Governo Federal dê mais apoio e seja mais ágil nos repasses financeiros e vou trabalhar para que isso (atraso) não aconteça – revela.

A Arena
As obras da Arena da Amazônia estão com 33% concluídas (Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)As obras da Arena da Amazônia estão com 35%
concluídas
(Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)
A Arena da Amazônia começou a ser construída em julho de 2010 e terá capacidade para 44 mil espectadores, com previsão de ser entregue em junho de 2013, um ano antes da Copa do Mundo. Atualmente a obra está 35% concluída, com cerca de 1,1 mil trabalhadores e com os trabalhos concentrados na montagem das arquibancadas e das lajes.
Todo o projeto da Arena da Amazônia está orçado em R$ 532 milhões, sendo R$ 400 milhões financiados pelo BNDES, mas que apenas 20% foi liberado até o momento.
Bola da Copa
O ministro e o governador também acompanharam o plantio de uma muda de Caramuri, uma árvore da região amazônica, que possui uma fruta com o mesmo nome e que é a sugestão do Amazonas para o nome oficial da bola da Copa de 2014. A muda foi plantada pela primeira-dama do Estado, Nejmi Aziz e o projeto para o nome da bola foi lançado pelo amazonense Beto Mafra, que presenteou o ministro com um livro que fala sobre a fruta.
Visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, à Arena da Amazônia (Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)Ministro recebe a camisa da campanha pela bola da Copa (Foto: Anderson Silva/GLOBOESPORTE.COM)

Maracanã recebe primeiras vigas de sustentação das novas arquibancadas

Estruturas de aço serão montadas para servir de suporte à parte que ligará os antigos aneis inferiores e superiores do estádio

Por Felippe Costa Rio de Janeiro
Em processo acelerado, a nova arquibancada do Maracanã entrou em uma nova fase de construção. Depois de receber os blocos de concreto armado e já apresentar uma forma, ela começa a ter as primeiras vigas de sustentação que darão suporte ao elo entre o antigo anel inferior e o superior. No projeto do estádio, que está sendo reformado para os jogos da Copa das Confederações, em 2013, e do Mundial, em 2014, as cadeiras terão início no nível do gramado.
obras no estádio Maracanã para a Copa de 2014 (Foto: Felippe Costa / GLOBOESPORTE.COM)obras no estádio Maracanã para a Copa de 2014 (Foto: Felippe Costa / GLOBOESPORTE.COM)
Segundo o Consórcio Rio 2014, todos os setores da reforma do Maracanã trabalham simultaneamente, mas a construção das arquibancadas ganham uma atenção especial. Além dos blocos de concreto, que são feitos no próprio canteiro de obra, grande parte da terra tirada do campo é utilizada para compor a base estrutural.
Projeta maracanã (Foto: Divulgação)Projeto da futura arquibancada do Maracanã mostra
a arquibancada unificada (Foto: Divulgação)
- Para fazer a arquibancada é preciso reaproveitar a terra que é tirada do solo. Com ela, nós enchemos os blocos que foram feitos na base da arquibancada e damos uma base forte - disse Anderson Luis Oliveira, que é engenheiro civil da obra.

Atualmente, a obra conta com 3.600 operários. Porém, esse número vai aumentar até o fim do ano. Mais 400 profissionais ainda devem ser contratados para o chamado "pico", quando ela estiver no processo de finalização. Não haverá mais nenhum tipo de demolição.

Segundo o cronograma apresentado pelo governo do Rio de Janeiro, o Maracanã deverá estar pronto no início de 2013 - provavelmente liberado entre fevereiro e março. Palco da final do Mundial de 1950, o estádio receberá a decisão também em 2014.

Visitação pública

O torcedor, principalmente o carioca, que anda sentindo falta do Maracanã pode matar a saudade do estádio em uma visita guiada, que é realizada todo dia 1° do mês. Basta se cadastrar no site do Consórcio (www.maracanario2014.com.br) e esperar uma resposta. A visitação ocorre das 8h às 13h.
obras no estádio Maracanã para a Copa de 2014 (Foto: Felippe Costa / GLOBOESPORTE.COM)Terra é aproveitada para compor as bases da arquibancada (Foto: Felippe Costa / GLOBOESPORTE.COM)

‘Escondidinho’ Gaúcho e outros no Revelação


sáb, 04/02/12
por meiodecampo |
categoria Flamengo

Apesar de não ter treinado na sexta-feira por causa de uma conjuntivite, Ronaldinho Gaúcho fez uma participação especial no show do grupo de pagode Revelação, à noite, no City Bank Hall na Barra da Tijuca. Durante a apresentação, os membros do grupo brincavam:
- O Escondidinho taí… o escondidinho taí…
Quando os membros do grupo tocavam no meio do público, eis que o craque apareceu, de roupa branca e boina. Subiu ao palco, tocou surdo, apertou a mão de alguns músicos e foi saudado:
- O Escondidinho apareceu!
Ronaldinho batucou durante uma canção e saiu rapidamente quando ela terminou. Outros jogadores prestigiaram o show como o atacante Herrera, do Botafogo. O zagueiro Dedé do Vasco (que não treinou na sexta e no sábado por causa de um joanete) também foi saudado pelos músicos do Revelação como presença no show. O lateral Léo Moura também esteve lá e publicou duas fotos em seu twitter. Vale anotar que todos os jogadores estavam de folga – e nenhum estava concentrado. A informação sobre a conjuntivite foi do site oficial do Flamengo, no qual o médico José Luiz Runco dizia que “O Ronaldo está com quadro de conjuntivite e hoje não vai poder treinar. Já foi avisado que ele vai ser visto por um oftamologista, vai ser tratado e vamos aguardar”.


Inscrição fica para segunda, mas gringos estarão na Libertadores

Clube paga as taxas, mas federação fecha antes que Tenorio e Abelairas sejam inscritos pelo Vasco nesta sexta-feira

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Tenorio e Abelairas, do Vasco (Foto: Arte/SporTV.com)Tenorio e Abelairas estão
regularizados (Foto: Arte/SporTV.com)
O Vasco conseguiu agilizar toda a documentação, mas não teve tempo hábil para garantir a publicação dos nomes de Carlos Tenorio e Matías Abelairas no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF nesta sexta-feira. No entanto, a diretoria garante que a situação será regularizada na segunda, último dia para que seja enviada à Conmebol a lista com os 25 atletas que serão inscritos na primeira fase da Libertadores.
- Pagamos todas as taxas hoje, mas a federação fechou antes que os nomes pudessem aparecer no BID. De qualquer maneira, o processo será finalizado na segunda, e eles poderão ser inscritos na Libertadores - afirmou o diretor executivo do Vasco, Daniel Freitas.
No entanto, dificilmente algum dos dois começará jogando contra o Nacional (URU) na próxima quarta-feira. Abelairas ainda tenta entrar em forma e ficará fora até do banco. Tenorio, por sua vez, será opção para o segundo tempo, já que Alecsandro vem atuando bem, e o equatoriano ainda não tem entrosamento com o time.
Apesar de ambos estarem liberados para a Libertadores, estão fora da Taça Guanabara. O Vasco não conseguiu regularizar a situação da dupla a tempo de que fossem inscritos. O prazo para que atuassem no primeiro turno do Campeonato Carioca era até a última quinta-feira. Assim, eles jogarão apenas na Taça Rio, o segundo turno do estadual.

Definindo seu futuro, Barrichello diz: 'Não tenho intenção de ficar em casa'

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, recordista de participações na Fórmula 1 fala sobre seu teste na Indy e admite vontade de correr em 2012

Por Alexander Grünwald São Paulo
Rubens Barrichello Rubinho (Foto: Carsten Horst)Rubens Barrichello não quer parar de competir
(Foto: Carsten Horst/ divulgação MPteam)
Sem vaga na principal categoria do automobilismo mundial após 19 temporadas completas, Rubens Barrichello não quer parar de correr. Mas ainda não definiu onde competirá em 2012. O piloto, que completará 40 anos em maio, faz questão de reforçar que ‘o futuro está aberto’. Seja para a Indy, onde foi o mais rápido num teste coletivo organizado pela categoria, ou mesmo na Fórmula 1, cujas portas estão fechadas no momento. Mas garante: não quer ficar em casa.
Com o olhar de um ‘novato’ que mostrou seu talento diante dos principais pilotos da Indy, Rubens não esconde o orgulho pelos tempos alcançados na pista de Sebring, quando foi o melhor entre os que testaram o novo chassi que a categoria usará em 2012.
- Eu me encontrei muito bem com o carro, essa é a verdade. Achei que teria muitos problemas para me adaptar aos pneus, porque passei 19 anos na Fórmula 1, onde há o cobertor (térmico), e na Indy você sai do box com o pneu a zero, mas foi uma adaptação rápida. Com 20 voltas eu já estava fazendo tempos bons. Isso foi impressionante, uma coisa gostosa de ter vivido. Um teste sem muita expectativa, que puxou um alarme forte na categoria por eu ter feito uma coisa que se espera de jovens, não de um quase quarentão. E eu sempre disse isso na Fórmula 1: eu não vendo experiência; eu vendo a juventude e a vontade que eu tenho atrás do volante. Isso que me impulsionou e dá o tom para um futuro que pode ser promissor – disse o piloto, em seu retorno ao Brasil.
‘Promissor’ é um termo apropriado para o momento. Rubens admite que já recebeu propostas relacionadas à categoria norte-americana, mas que sua decisão tem que ser muito bem pensada. Para quem vive há mais de três décadas de olho no cronômetro, correr contra o tempo não parece problema.
- Quero estar com o volante na mão, acho que não chegou o momento de parar. Realmente fui para lá sem intenção nenhuma, com a mente bem aberta. Mas sabendo que, como eu gosto tanto, poderia gerar alguma coisa. O telefone está tocando, é um momento muito legal, mas é um momento de atenção, em que tem que haver calma para analisar tudo sem querer dar um salto maior que a perna e aí então tomar uma decisão justa. A decisão não deve demorar, porque, se eu for mesmo correr de Indy, ela tem que ser tomada em uma semana – alertou Rubinho.
Rubens Barrichello teste Fórmula Indy (Foto: Fernando Mendes/Mpteam)Rubinho impressionou em seu teste na Fórmula Indy (Foto: Fernando Mendes/ divulgação MPteam)
Sobre o comentado veto de sua esposa Silvana, que não gostaria de vê-lo correndo nos perigosos circuitos ovais dos Estados Unidos, Barrichello fala em tom diplomático. E dá a entender que a definição de sua vida profissional passará pelo círculo familiar. Neste fim de semana, o piloto se reunirá em seu sítio com os pais, a mulher e os filhos para descansar.
- Eu acreditei que eu correria de F-1 por uns 25 anos e, quando parasse, não haveria espaço para andar de Fórmula Indy. A Silvana sempre deixou meio em aberto, numa de “você não vai querer fazer isso, não é?” Existe, sim, muita paixão e muita curiosidade em saber como é outra categoria, e há uma incógnita sobre os ovais. Mas hoje a categoria permite fazer só os mistos, então está em aberto. A gente chegou de viagem agora, e tem uma semana para conversar e pensar nisso. A verdade é que eu não tenho intenção de ficar em casa. Gostaria, sim, de estar fazendo alguma coisa de forma muito competitiva. Pela Silvana, eu diria que tenho uns 75%, então eu tenho que decidir se é essa mesma a vontade e mandar ver – admitiu.
Mobilização na Indy
A participação de Barrichello nos treinos coletivos impressionou os engenheiros e o dono do time, o ex-piloto e campeão da Indy Jimmy Vasser. E também causou burburinho nos bastidores. Até o presidente da categoria, Randy Bernard, compareceu à pista de Sebring para vê-lo testar. Caso o piloto decida disputar a temporada 2012 ou parte dela, deve mesmo competir pela KV, equipe pela qual testou. Andar ao lado do grande amigo Tony Kanaan também é um incentivo.
Barrichello Kanaan Indy (Foto: Reprodução / Twitter)Barrichello e Kanaan conversam, observados por
Vasser, chefe da KV (Foto: Reprodução / Twitter)
- Entrar para ganhar é uma condição. A KV é uma equipe que está crescendo, que o Tony fez com que ela crescesse muito, evoluísse, mas eles têm que colocar um orçamento à disposição para que seja uma coisa muito vantajosa. Colocar um carro a mais, só por colocar, que vai trazer dificuldades para o time, não. Se acontecer, seria um prazer enorme correr com o Tony. Já corri com tanta gente que eu não gostei, e o Tony é um cara que eu gosto demais, então seria um prazer dividir um box com ele. Mas tem uma série de coisas envolvidas – ponderou.
Se o orçamento ainda é um obstáculo, pode se dizer que a vaga já existe. O japonês Takuma Sato, que correu na KV em 2011, assinou com outra equipe para 2012. Perguntado se voltaria à Fórmula 1 mesmo estando em atividade na Indy, Barrichello deixa a possibilidade no ar.
- Toda fase da vida é um renascimento. A gente tem que estar aberto para tudo o que acontecer. Aconteceu aquilo, meu futuro está em aberto. Se eu vou correr na Indy e isso vai gerar uma oportunidade futura, a gente tem que estar em aberto para qualquer situação. O importante é não fechar a porta e não se dar por vencido. Estou super em aberto mesmo. Se for para acontecer o que está previsto, correr de Fórmula Indy e isso gerar alguma coisa, que seja assim – finaliza o piloto.
Após 19 temporadas na Fórmula 1, Barrichello se viu sem lugar garantido na categoria com a confirmação de Bruno Senna na Williams. O brasileiro tem 11 vitórias, 68 pódios e o recorde de participações em GPs: 326, com 322 largadas. Nesta sexta-feira, a equipe HRT anunciou o indiano Narain Karthikeyan, completando assim a lista dos 24 inscritos na temporada 2012. É a primeira vez, desde 1992, que Rubens não aparece nesta lista.
Barrichello nos boxes do GP do Brasil (Foto: Getty Images)Barrichello disputou mais de 300 GPs na F-1, o último deles no Brasil, em 2011 (Foto: Getty Images)

Casa do MMA nos EUA, Las Vegas aproveita intensamente o UFC 143

Propagandas do evento são exibidas em toda a cidade, até mesmo nas traseiras dos táxis. Lutadores e ring girls aproveitam para faturar em eventos

Por Marcelo Russio Direto de Las Vegas, EUA
Ao contrário de Chicago, que não se mobilizou para a edição do UFC realizada no último sábado, mesmo após uma ausência do evento de quase seis anos, o mesmo não se pode dizer de Las Vegas. A capital do jogo e do entretenimento nos EUA também pode ser chamada de a casa do MMA no país. Com mais de 60 edições do UFC realizadas em suas casas de shows, a cidade vive intensamente o evento, e faz propaganda das suas lutas a cada esquina.
montagem nick diaz carlos condit mma ufc (Foto: Marcelo Russio / GLOBOESPORTE.COM)Totens de Nick Diaz e Carlos Condit estão à volta do cassino do hotel Mandalay Bay (Foto: Marcelo Russio)
O Mandalay Bay, casa que receberá uma edição do UFC pela 21ª vez, fez diversas ações de marketing em suas dependências para chamar a atenção de hóspedes e visitantes para o evento. Além de totens luminosos ao redor do seu cassino, a gerência da casa, em parceria com o UFC, montou um octógono similar ao do UFC em seu hall de entrada. Diversos visitantes tiraram fotos ao lado do octógono, mas foram proibidos pelos seguranças de ultrapassar as grades e entrar nele. Os táxis também são usados para dar visibilidade ao UFC. Por toda a cidade, unidades circulam com uma propaganda do evento em sua parte traseira.
Octógono montado no hall do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas (Foto: Marcelo Russio)Octógono oficial montado no hall do hotel Mandalay
Bay, em Las Vegas (Foto: Marcelo Russio)
Restaurantes e casas de shows também aproveitam a presença do UFC para criar meios de atrair clientes para suas dependências. Os lutadores que protagonizarão o evento principal da noite, Carlos Condit e Nick Diaz, fecharam contratos com dois clubes noturnos para a realização das tradicionais festas pós-luta. As entradas são vendidas por preços que variam de US$ 50 (cerca de R$ 80) a US$ 350 (aproximadamente R$ 560), e as mais caras dão direito a presença nos camarotes e fotos com os lutadores durante parte do evento.
Táxi de Las Vegas exibe propaganda do UFC 143 em sua traseira (Foto: Marcelo Russio)Táxis de Las Vegas exibem propagandas do UFC 143
em suas partes traseiras (Foto: Marcelo Russio)
Outros personagens do UFC também farão eventos em Las Vegas. O campeão dos meio-médios, o canadense Georges St. Pierre, e a ring girl Britney Palmer realizarão seções de autógrafos a posteres e equipamentos de luta em uma outra casa de espetáculos. A entrada para este evento é grátis.
O UFC 143 ocorre na noite deste sábado e terá como luta principal o duelo entre Nick Diaz e Carlos Condit. O card principal tem início previsto para 1h (de Brasília), já na madrugada de domingo. O evento terá transmissão ao vivo do canal Combate, e o SPORTV.COM acompanha tudo em Tempo Real.
CARD PRINCIPAL
Nick Diaz (76,7kg) x Carlos Condit (76,7kg)
Roy Nelson (111,6kg) x Fabrício Werdum (111,6kg)
Josh Koscheck (77,1kg) x Mike Pierce (77,1kg)
Renan Barão (61,7kg) x Scott Jorgensen (61,2kg)
Ed Herman (83,9kg) x Clifford Starks (83,9kg)
CARD PRELIMINAR
Dustin Poirier (66,2kg) x Max Holloway (65,3kg)
Alex Caceres (61,7kg) x Edwin Figueroa (61,2kg)
Matt Brown (77,6kg) x Chris Cope (77,6kg)
Matt Riddle (77,7kg) x Henry Martinez (76,7kg)
Rafael "Sapo" Natal (84,4kg) x Michael Kuiper (83kg)
Dan Stittgen (77,1kg) x Stephen Thompson (77,5kg)

Técnico do Villarreal deixa Nilmar fora e mantém suspense sobre futuro

José Francisco Molina não relaciona atacante para jogo contra o Sevilla porque acredita que negociação com o São Paulo ainda pode acontecer

Por GLOBOESPORTE.COM Villarreal, Espanha
Nilmar Villarreal (Foto: Getty Images)Nilmar Villarreal (Foto: Getty Images)
A novela Nilmar ganhou mais um capítulo neste sábado. Pela terceira vez consecutiva, o atacante não foi relacionado pelo técnico José Francisco Molina. O atacante está fora do grupo do Villarreal para a partida deste domingo, contra o Sevilla, pela 21ª rodada do Campeonato Espanhol. A alegação da comissão técnica é que a negociação com o São Paulo ainda pode ter uma reviravolta e que por isso, o jogador não estaria 100% concentrado no time espanhol.
O Tricolor segue em compasso de espera. Na quinta-feira, o time anunciou que não negocia mais com o empresário do jogador, Orlando da Hora, que tem dificultado demais o acerto salarial. Pelos lados do Morumbi, a opinião é unânime: se a decisão fosse apenas de Nilmar, ele já teria batido o martelo para retornar ao futebol brasileiro e vestir a camisa 11.
A proposta são-paulina está feita e não será aumentada: R$ 300 mil mensais por um contrato de cinco anos, com direito a bonificações por metas alcançadas. Na Espanha, Nilmar recebe R$ 380 mil mensais e, apesar de estar há dois meses sem receber, seu empresário não aceita que seu cliente volte ao Brasil ganhando menos.
O Villarreal, por sua vez, já deixou claro que quer liberar o jogador. Com sérias dificuldades, o clube precisa do dinheiro do negócio (que fica entre € 8 milhões e € 10 milhões) para recuperar seu equilíbrio financeiro e não correr risco de punição ao final do Campeonato Espanhol.
 

Orgulhoso, Bebeto comenta a estreia do filho: 'Foi melhor que a minha'

Tetracampeão considera meia Matheus 'inteligente e diferenciado'

Por Eric Faria e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Em 1983, um então desconhecido Bebeto tropeçava as escadas do vestiário quando foi chamado para fazer sua estreia pelos profissionais do Flamengo diante do modesto Tiradentes. O resultado final foi uma vitória por 2 a 0 e o início de uma carreira que chegou ao auge em 1994, quando conquistou o tetracampeonato Mundial com a Seleção Brasileira formando com Romário uma inesquecível dupla de ataque. Todo esse filme voltou a passar pela cabeça do ex-atacante ao olhar Matheus, seu filho de apenas 17 anos, repetir os seus passos com a camisa rubro-negra.
No último sábado, Matheus saiu do banco para realizar diante do Olaria seu primeiro jogo como profissional. O resultado final, um 0 a 0, certamente não foi melhor do que o do pai. Mas na avaliação de Bebeto, um fator já foi determinante para que a estreia do filho tenha sido melhor que a sua. E ele lembrou com muito bom humor do ocorrido.
Matheus, filho do Bebeto (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)Matheus ao lado do pai Bebeto após a estreia pelo Flamengo (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)
- Achei maravilhoso. Ele não tropeçou como eu (risos). Só por isso já foi melhor - brincou Bebeto, que não conseguia esconder o orgulho e a felicidade do filho que foi homenageado com a emblemática comemoração embala neném após marcar diante da Holanda na Copa de 1994. - Realmente é uma emoção muito forte para mim. Comecei minha vida aqui vestindo este manto sagrado que hoje é ele quem veste. Contei para o Matheus a minha história antes do jogo e todo o filme passou pela minha cabeça quando o vi em campo.
Bebeto é crítico com o filho. Desde pequeno sempre cobrou bastante. Mas ao falar do futuro de Matheus não consegue ser imparcial. Segundo o ex-atacante, ele tem tudo para repetir seu sucesso.
- Ele entrou bem, mostrando muita personalidade, como deve ser. Além disso, tem qualidade também. O Matheus é inteligente e diferenciado. Não é todo mundo que consegue fazer a ligação com toques rápidos. E a cada dia ele vai pegando mais confiança. É um rapaz tranquilo, centrado e confiante. Antes do jogo eu senti que ele estava louco para estrear e conseguiu ir muito bem. Com certeza tem muita coisa pela frente. Basta manter o pé no chão e trabalhar - projetou.
O pai, Ronaldinho e Ganso como exemplos
Matheus ouvia com orgulho as palavras do pai. Antes disso, não conseguia disfarçar a alegria pela estreia como profissional. Agradeceu a Deus e ao interino Jaime de Almeida pela oportunidade e confiança dadas. Sincero, admitiu que sentiu um frio na barriga assim que foi chamado. Mas, mostrando personalidade, afirmou que isso passou assim que pisou no gramado do Engenhão. E lembrou dos conselhos dados pelo pai antes do jogo contra o Olaria (veja os melhores momentos ao lado).
- Conversei muito com ele. Meu pai teve uma bela carreira e ela serve de exemplo para mim. Ele me passou muita tranquilidade, falou para eu fazer o meu melhor e acho que consegui. Faltou o gol, mas vou seguir trabalhando para receber as chances ao longo da temporada - afirmou Matheus, que, além do pai, considera Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso como fontes de inspiração.
Enquanto caminhava ao lado de amigos para encontrar o pai, Matheus comentava as chances que teve no jogo. Lamentou o bloqueio do defensor do Olaria em um chute que deu e comentou a falta que cobrou torcendo por um desvio de algum companheiro. Como ele próprio disse, faltou o gol e, por isso, não pôde fazer a comemoração. A primeira vai ser como a do pai em 1994? Por enquanto ele prefere manter o mistério.
- Não sei como vai ser ainda. Deixa o gol sair primeiro. Na hora sai alguma comemoração - finalizou.

Nova camisa do Flamengo já à venda


sáb, 04/02/12
por meiodecampo |
categoria Flamengo
A Olympikus só lançará oficialmente a nova camisa do Flamengo na próxima terça-feira, mas a loja “Só Futebol BrasiL” já começou a vender o que seria o novo modelo rubro-negro (com o número 10 e o nome de Ronaldinho nas costas) pela internet.
A camisa é bem parecida com a da foto divulgada aqui no blog recentemente (lembre), mas sem o símbolo da Unicef no peito.
O novo modelo tem listras bem mais grossas que a da camisa atual e também apresenta novidades na disposição das cores do clube nas mangas. Na barra esquerda, há a inscrição “Centenário do Futebol 1912 – 2012″ em homenagem à data comemorada neste ano.


A camisa do Flamengo está sendo vendida no site por R$ 189,90.

Castelão vira sala de aula para operários não alfabetizados

Com o fim dos trabalhos diários, 35 funcionários renovam seus sonhos aprendendo a ler e escrever

Por Gioras Xerez Fortaleza, CE
aulas estádio castelão  (Foto: Divulgação)Após um dia todo de trabalho, funcionários ainda
têm forças para estudar (Foto: Divulgação)
Uma lição de cidadania. Depois de contribuírem durante todo o dia para a construção do maior estádio do Norte/Nordeste, um grupo de 35 operários guarda as ferramentas para pegar lápis e papel e se dedicar aos estudos. Eles fazem parte da turma do curso de alfabetização promovido pelo Consórcio Construtor, formado pelas empresas Galvão Engenharia S/A e Andrade Mendonça Construtora Ltda, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).
As aulas são administradas no refeitório da administração do canteiro de obras do Castelão, que a partir do fim do expediente é adaptado para virar sala de aula. De segunda a quinta-feira, das 17h30m às 19h30m, a turma se dedica a (re)aprender as matérias do currículo de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental na modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Parcerias e metas
Reforma do Estádio Castelão para a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Divulgação/Secopa)O objetivo dos organizadores é deixar pronto o
estádio no final de 2012 (Foto: Divulgação/Secopa)
O secretário especial da Copa 2014, Ferruccio Feitosa, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM/CE, explica que iniciativas como essa no Castelão são o resultado do esforço para fortalecer ações de aspecto social dentro de seus projetos.
- E esse curso é mais um gol de placa que nós conseguimos fazer, que é exatamente dar oportunidade para essas pessoas crescerem intelectualmente e profissionalmente - diz o secretário.
Ferruccio Feitosa acrescenta que as aulas serão realizadas até a data prevista para a conclusão do novo Castelão, ou seja, 31 de dezembro de 2012.
- As aulas vão abranger todos os funcionários. Vamos fazer um rodízio e até o fim das obras todos os operários vão receber conteúdo didático - afirmou.
Por falar em conclusão das obras, Ferruccio Feitosa frisou novamente que o Castelão pode ficar pronto antes do final deste ano.
- Se o ritimo continuar, tenho a certeza que vamos atingir a nossa meta, que é entregar o Estádio Castelão no dia 31 de dezembro ou até mesmo antes - concluiu.

Sonho concretizado
Luís Nobre, 54 anos, trabalhador de serviços gerais; Vicente Alves, 48 anos, serviços gerais; e Geraldo Nicolau, 48 anos, pedreiro, estão entusiasmados com as aulas e já estão projetando planos para o futuro.
- O meu sonho é tirar a minha carteira de habilitação. Acho que o que eu aprender na sala de aula vai me ajudar nisso - conta Luís Nobre.
Já Vicente Alves conta que, para crescer profissionalmente, é necessário ter conteúdo.
- Para quem quer crescer no emprego é muito importante ter estudo e graças a iniciativa estou tendo a chance de quem sabe crescer profissionalmente - reforçou Vicente.
Já Geraldo sonha em ler sozinho um livro inteiro.
- Quero ler alto e desembaraçado e se seguir o ritmo dos estudos como está sendo as obras do Castelão vou conseguir até o meio do ano - brincou.
Esse universo de possibilidades é o que aguarda o servente Márcio Roberto Carvalho Silva, 28 anos. Com olhos marejados, ele revela toda a sua emoção em começar a aprender a ler e a escrever.
- Eu nunca tinha tido essa oportunidade e agora estou tendo. Eu vou me dedicar muito - promete.
Pai de uma menina de 7 meses, Márcio se preocupa em garantir a ela as oportunidades que não teve na vida.
- Quem não sabe ler nem escrever, não sabe escutar nem enxergar. Depois que eu aprender, vou ter um mundo de conhecimento pra conquistar e esse exemplo eu quero deixar pra minha filha. Ela vai estudar tudo o que eu não pude - diz.

Aporte para os funcionários
Para o início do curso, o Consórcio forneceu aos alunos inscritos todo o material didático. Os trabalhadores também recebem lanche antes das aulas. Ao Sesi, cabe a destinação de professor capacitado para o projeto. Durante os dois primeiros meses do curso, os alunos serão avaliados para nivelar a escolaridade e, a partir de então, os módulos serão de acordo com o nível de escolaridade.

Para cada aluno que tiver 100% de frequência durante o mês, será fornecida uma cesta básica e duas horas extras sempre que o colaborador comparecer à aula, como forma de incentivo aos estudos.

Nei é submetido a artroscopia e deve desfalcar Inter por um mês

Lateral-direito atuou com dores no joelho contra o Once Caldas

Por Diego Guichard Porto Alegre
Chagada Inter em Manizales Nei (Foto: Diego Guichard / Ge.com)Nei atuou no sacrifício contra o Once Caldas
(Foto: Diego Guichard / Ge.com)
O lateral-direito Nei atuou no sacrifício contra o Once Caldas, na quarta-feira, pela pré-Libertadores, por causa de um problema no joelho direito. Como as dores persistiram, o departamento médico colorado optou pela intervenção cirúrgica. Na manhã deste sábado, o jogador foi submetido a uma artroscopia. Deverá ficar afastado por um mês dos gramados.

- A gente acredita que até o final do mês ele possa retornar aos treinamentos. Em 30 dias, poderia voltar a atuar – explicou o médico Paulo Rabello.
O interessante é que Nei é o único jogador do Inter que não tem reserva. Nas próximas partidas, o técnico Dorival Júnior deverá optar por improvisação na função. Elton deverá ser o substituto. Inscrito na Libertadores, Sandro Silva é outro que poderia atuar na posição.
Nei tem problema crônico no joelho direito. Em 2008, ainda no Atlético-PR, teve de ser submetido a cirurgia de ligamento cruzado anterior do joelho. Ficou sete meses parado.
No Inter, realizou uma artroscopia no menisco do joelho direito em 31 de maio de 2010. Voltou a tempo de garantir a titularidade na reta final da Libertadores.
Em 2011, Nei voltou a acusar dores no joelho e foi poupado de algumas partidas. Mesmo assim, foi o jogador do Inter que mais atuou naquela temporada.
- Acho que todo time vai querer um jogador assim, que atue 112 partidas em dois anos – contou Nei, na pré-temporada.
Nei e Tinga no estádio Palogrande, na Colômbia (Foto: Diego Guichard / Globoesporte.com)Nei foi submetido a artroscopia no joelho direito (Foto: Diego Guichard / Globoesporte.com)

Sem clube, Ruy diz que paga por aqueles que não levam futebol a sério

'Hoje em dia, os clubes acham que os mais velhos são gordos e não correm'

Por Diego Rodrigues Rio de Janeiro
Ruy Bueno Neto, lateral-direito, 33 anos, procura um clube. Com passagens por times como Botafogo, Fluminense, Cruzeiro, Grêmio, Figueirense e Náutico, por exemplo, Ruy Cabeção, como é conhecido, segue aprimorando a forma física e aguardando. Aguardando um clube que tenha interesse em contar com a experiência de um jogador que garante estar mais maduro e com mais bagagem para ensinar aos mais jovens. Na sua opinião, no entanto, o fato de estar desempregado mesmo com quase um mês de bola rolando no Brasil, vem do prejuízo que alguns jogadores causam ao não serem transparentes.
- Hoje em dia ainda pagamos pelos jogadores que não tinham mais condições e insistiam, sem dar retorno ao clube.
Ruy   Brasiliense (Foto: Marco Antônio Astoni/Globoesporte.com)Ruy procura um clube para defender em 2012 (Foto: Marco Antônio Astoni/Globoesporte.com)
Entre outros assuntos, Ruy falou sobre o mundo do futebol, passagens por clubes como Brasiliense e Botafogo e a relação com empresários. Confira a entrevista:
Você tem no currículo passagens por clubes grandes, mas hoje está sem time, aguarda propostas. Se sente injustiçado no meio do futebol?
- Até que não. O mercado é que está muito estranho, esquisito. Aqui no Brasil, desde quando comecei como profissional, existia preconceito com jogadores acima de 30 anos. Quando somos novos, não nos precupamos com o futuro. Aí, via jogadores de 33 anos que não se cuidavam e iam para os clubes mesmo sabendo que não tinham condições, e isso se refletiu nas gerações futuras. Por isso, os clubes ainda acham que os mais experientes não têm mais valor.
Recentemente o Alfredo Sampaio falou que jogadores mais experiente às vezes até treinam mais para provar que ainda podem ser úteis…
- Não é nem questão disso. Tem o Felipe, o Juninho e o Marcos Assunção, por exemplo. Eles são jogadores que precisam ser lembrados pelo profissionalismo. E é em cima deles que os clubes precisam analisar as contratações. Hoje em dia acham que jogador mais velho está gordo, que não corre mais. Em todos os clubes que passei joguei. Fui super profissional no Brasiliense, não me machuquei. Isso não é mais visto pelos clubes. Sempre fui tachado como jogador caro, que recebia bem. Isso não tem nada a ver. Analisamos propostas. Mas acho que hoje em dia ainda pagamos pelos jogadores que não tinham mais condições e insistiam, sem dar retorno ao clube.
Que tipo de jogador é esse?
- Existem dois tipos de atletas: o jogador que é boleiro e o profissional, que corre e se dedica. Temos que saber separar o boleiro do atleta. Fui profissional, nunca fiquei no departamento médico. Nunca tive uma cirurgia séria, mas os clubes, às vezes por já terem tido maus momentos com esse tipo de pessoa, não acreditam. Isso acabou atrapalhando. O Corinthians foi campeão (brasileiro de 2011) com a maioria de jogadores experientes. O Figueirense tinha uma safra boa, e tinha também o Túlio, o Julio Cesar. O Inter também. Outro fator que atrapalha é esse negócio de grupo de investidores. Não existe currículo mais. Não se avalia mais se o cara é campeão ou não. Agora se avalia se ele dá retorno financeiro ao empresário. Esses outros que não dão, não vão jogar. Antes os jovens eram campeões antes de chegarem em um time grande. Tinha que provar o valor em campo. Hoje em dia não é assim. Nem tem currículo mais. Tem jogador que nunca chegou a lugar nenhum e está em time grande. E às vezes nem joga. Isso dificulta os profissionais de verdade.
Tem jogador que é escalado por pressão de empresário ou dirigente?
- Isso eu não posso dizer, porque muitas coisas não temos como provar. Mas dentro do grupo você vê um jogador que faz por merecer, trabalha todos os dias, mas tem outro jogando, porque ele pode ser a bola da vez para ser vendido ou algum empresário forte pode ter influencia no clube. Hoje se trabalha desse jeito. Nos clubes grandes a torcida cobra, a imprensa… nos clubes menores não tem como fazer. A gente vê que tem jogador bem, mas nunca é titular e não sabe o porquê. Você vê também jogadores anos nos times e nunca jogam.
Pelo que eu entendi, se não tiver empresário hoje em dia é complicado...
- Esse negócio de empresário, na época de Botafogo, Figueirense, era toda hora gente ligando. Meu próprio empresário era diferente. As pessoas te dão mais atenção porque veem que dali podem ganhar mais dinheiro. Hoje, na minha situação, consigo eu mesmo resolver minhas coisas, tenho nível superior. Como não estou no meio, não tenho como jogar e estar todo dia com um intermediador daqui e ali. Eu sou só um jogador. Hoje tudo passa por essas pessoas. E como hoje eu sou uma peça para dar experiência ao time e o clube não vai ganhar fortuna comigo, não interessa. Tem que ter uma paciência imensa.
Isso te magoa?
- A gente fica tudo: chateado, decepcionado... Se for pelos torcedores dos clubes que passei, muitos pedem para voltar, porque viram o trabalho que foi feito. Mas só isso hoje em dia não funciona mais. A não ser os jogadores lá de fora, que tem currículo internacional. Para os brasileiros é mais complicado.
Mas isso ainda é o efeito daquilo que falou anteriormente, dos jogadores que aceitavam o contrato mesmo sabendo que não têm condições?
- Sempre respeito o jogador. A culpa é do cara que contratou. Como companheiro de clube, não vou maltratar. Se eu estiver com 45 anos na minha casa e me fizerem uma proposta, minha família aceitar, não vou aceitar? Mas acaba atrapalhando.
No mundo do futebol muito se fala que treinadores e dirigentes levam dinheiro do jogador. Vivenciou algo do tipo?
- Nunca vi acontecer. A gente não vê, mas já trabalhei com um treinador que falava que muitos deles tiveram oportunidade de ser top, mas não gostavam de fazer essas coisas e que procuravam ser o mais limpo possível, não levar dinheiro, por isso não são top. Infelizmente estamos no Brasil. E não tem como provar.
ruy botafogo 2006 (Foto: Photocamera)Ruy durante treino no Botafogo (Foto: Photocamera)
Em relação a clube, você teve uma passagem marcante pelo Botafogo. Mesmo campeão estadual, em alguns momentos foi vaiado. Se sentiu perseguido?
- Acho que sim. Quando fomos campeões Carioca em 2006, tinha nove anos que o clube não conquistava o título. Aí, quando luta pelo título, existe essa pressão. E é uma torcida muito sofrida, apaixonada. Mas temos que entender o torcedor. Às vezes, uns jogadores precisam se esforçar mais que os outros para agradar. Torcedor de time grande, independentemente de onde tiver, vai cobrar. E a torcida do Botafogo é uma dessas. O Vasco foi campeão da Copa do Brasil, Flamengo e Fluminense do Brasileiro. E o torcedor fica chateado.
Você já passou por algumas situações no Brasiliense e no próprio Botafogo com torcedores. Acha que eles têm muita liberdade nos clubes?
- Mas isso é muito por educação. Infelizmente é a educação. Isso tem que ser cobrado e punido pela entidade máxima. Não pode aceitar como o caso do Vagner Love, que foi ameaçado ao ir ao banco (quando defendia o Palmeiras). O próprio clube deve ser punido e ver que isso não é coisa que se faça. Mas parece que isso nunca vai acontecer.
Pessoas de dentro clube não facilitam essa entrada também?
- Não dá para falar porque o dirigente fica na sala dele e não sabe quem entra. O clube é muito grande, tem conselheiros e um monte de coisa. O que tem que bater na tecla é que tem que punir. Ninguém entra na sala da presidente Dilma, entra? Nem na Petrobrás, por exemplo. Lá é o local de trabalho e não tem como entrar. Mas todo mundo ainda acha que jogar futebol é uma brincadeira.
Você já disse uma vez que quer fazer Direito para corrigir algumas injustiças. Ainda tem esse pensamento para o futuro? Quais são as injustiças?
- Tem muitas coisas no futebol que me deixam chateado, mas quando encerrar não quero mexer nisso. Não tem como abraçar o mundo, mas tenho muita vontade de ser treinador. E vou procurar ser diferente. Não quero ser igual aos outros. Quero ter meu pensamento. Se for dirigente, da mesma forma. Sempre fui meio diferente em relação aos outros jogadores Eu gostaria de fazer alguma coisa diferente se permitirem, porque sabemos muito bem como funciona.
Pelo que você vê no meio, tem como mudar isso?
- Isso consegue mudar se os clubes tiverem na direção ex-jogadores. Quem foi atleta entende, sabe no olhar se o cara tem força, habilidade. Normalmente quando tem uma habilidade, o jogador ainda pode salvar. Mas aquele que é tachado pela força e a velocidade, de pouca técnica, já perdeu 70% do que tinha de bom.
Em relação a campo-bola, concentração é algo que jogador costuma reclamar muito. Já vivenciou alguma situação inusitada de companheiros com mulheres?
- Eu nunca vi. Mas em time grande é mais difícil porque tem seguranças. Uma das coisas mais chatas da face da terra é concentração. Dizem que ficamos em hotel cinco estrelas, come não sei o que, mas é o mesmo que ficar trancado no quarto do seu apartamento. Quando a gente é jovem e tem dinheiro, só passa coisa errada na cabeça. Aí, se liberar, parece que o dia vai acabar, você quer aproveitar tudo em um dia só. Tive uma passagem pela Hungria e lá não tem concentração, eles são bem mais conscientes. Acho que 50% é culpa da nossa cultura.
O confinamento prejudica o grupo?
- Se não tiver um grupo bom, você fica três dias concentrado e o clima não fica bom. Mas com grupo que fica bem, é mais brincadeira, o pessoal se entende mais. Nunca vi nenhum bate-boca, mas reclamações reivindicando algo, sim. No final é do dirigente e do treinador a última palavra. Tem resultados bons e ruins, mas concentração não é decisiva.
E a pré-temporada? Muito chato?
- É chato, mas é o essencial. Ali você faz uma base boa, com a musculatura forte. Nossa temporada é muito desgastante. Se não tiver uma pré-temporada boa, o número de lesões vai ser maior. É chata e sacrificante, mas muito importante.
E a relação com a imprensa? É verdade que jogador não gosta muito?
- Na maioria dos centros que passei tive um bom relacionamento com a maioria do pessoal da imprensa. O que o jogador não gosta, apesar de ser pessoa pública, é de ser cobrado pelo que acontece fora de campo. Não gosta quando vira fofoca. Por isso os jogadores às vezes têm dificuldade de dar uma entrevista por telefone, que não seja depois do jogo, na coletiva. Porque na coletiva está provado. Às vezes tem pessoas que dizem que você falou uma coisa que não falou. Teve um caso meu no próprio Fluminense. Depois do empate com o Goiás, falaram que existiu uma briga dos jogadores comigo por uma falta. Pelo contrário, a briga foi de outros dois jogadores e entrei para separar. Por esse tipo de coisa jogador de futebol acaba distante. Todo mundo acha que jogador é burro, mas só fica burro quem quer.

Jogador influencia na escalação do treinador? Ou é escalado por interesse?
- Isso é muito difícil de acontecer, porque chega uma hora que estoura. Às vezes o jogador tem mais amizade com o treinador e isso pode criar ciúme no grupo, mas coisa pequena. No futebol muita coisa atrapalha, mas quando entra em campo, os problemas ficam do lado de fora. São 30 jogadores geralmente em um elenco. Às vezes sua mulher é mais braba e você tranquilo. Se os dois são brabos é complicado. E não tem como dar certo. É normal. São 30 jogadores. O treinador tem que saber equilibrar. O mais importante é que, em campo, eles tocam a bola. Fora de campo cada um faz o que quiser. O importante é a harmonia em campo.
Mas quando o grupo é fechado isso influencia na disposição do time...
- Às vezes um time é tecnicamente melhor, muito superior ao outro, mas o outro time acaba se motivando tanto, se mobiliza tanto, que acaba superando na vontade. A vontade todo mundo tem, mas se tiver muito sangue nos olhos, acaba superando. A prova maior foi o Fluminense em 2009. Lembro um jogo pelo Náutico. Fomos para jogar contra o Santos com o Neymar aparecendo, o Kleber Pereira lutando pela artilharia e arrancamos o empate.
Por falar em Fluminense, o Fred foi acusado de interferir na escalação. Isso acontecia?
- Isso eu não sei falar porque eu não estava lá quando teve a briga dele com o Emerson. Mas creio que não. Às vezes a vaidade é tanta, que o cara tem um status e certas pessoas não aceitam, mas longe disso. Ele é um cara abençoado. Prefiro não acreditar nisso.
Já te prometeram muita coisa e não cumpriram?
- Até que de contrato não tive muito problema. Tenho só duas ações em outros clubes. O que me deixa chateado é em relação à palavra. Num caso recente, o treinador disse que, enquanto estivesse no clube, não ia me mandar embora, que eu o ajudei bastante. O dirigente falou que estava certo a renovação e, por circunstâncias inexplicaveis, não renovou. Eu tive um caso no Fluminense, com dois anos de contrato e fui surprreendido com aviso que não me aproveitariam.
No Brasiliense teve problemas também?
- Lá é diferente, porque tem um investidor muito forte. Falta muita coisa para se tornar como os outros. Tem um campo muito bom, tem dinheiro e falta um material esportivo mais profissional. Mas todos lá são super corretos.
 

Presidente do Santos deseja torneio com Barcelona e Cosmos


sex, 03/02/12
por Cíntia Barlem |
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O Santos pode ter em julho a oportunidade de uma revanche diante do Barcelona. O presidente Luis Álvaro deseja realizar um torneio em comemoração ao centenário do Peixe. A ideia é contar com clubes como Barça e também Cosmos, em razão da ligação com Pelé.  Por enquanto, o projeto está temporariamente na gaveta. O dirigente diz que ainda precisa negociar datas com a CBF.
“Precisamos ainda encontrar datas. Esse ano é o ano do nosso centenário e queremos fazer um quadrangular. A ideia é quem sabe contar com Barcelona e Cosmos, em razão do Pelé, pois acho que vai atrair a mídia. O objetivo disso é mostrar o melhor futebol do mundo sendo jogado aqui no Brasil”, disse Luis Alvaro, presidente do Santos.
Presidente do Santos Luis Alvaro
O presidente esteve nesta sexta no lançamento do novo uniforme do Santos, no Rio de Janeiro. O modelo escolhido para apresentar a camisa foi Elano.

Equipe Caterham, ex-Lotus, anuncia holandês da GP2 como terceiro piloto

Aos 26 anos, Giedo Van der Garde substitui o brasileiro Luiz Razia na função

Por GLOBOESPORTE.COM Silverstone, Inglaterra
Envolvida em rumores sobre uma possível substituição do italiano Jarno Trulli pelo russo Vitaly Petrov como titular do time, a Caterham anunciou neste sábado que o holandês Giedo Van der Garde será o piloto reserva da equipe nesta temporada. Aos 26 anos, o holandês substitui o brasileiro Luiz Razia, que exerceu a função em 2011.
Giedo Van der Garde será reserva da Caterham na Fórmula 1 (Foto: Divulgação)Holandês Giedo Van der Garde será reserva da Caterham na Fórmula 1 em 2012 (Foto: Divulgação)
Apesar dos resultados irregulares na GP2, onde competiu nas últimas três temporadas, Giedo foi campeão da World Series em 2008, outra categoria que é considerada uma formadora de pilotos para a Fórmula 1. Seus dois campeões mais recentes, o australiano Daniel Ricciardo e o francês Jean Eric Vergne, formarão a dupla da STR em 2012.

- Estou muito feliz em fazer parte da família Caterham F1 Team e muito animado com o próximo passo na minha carreira dentro da Fórmula 1. A equipe é nova, há pessoas fantásticas aqui. Tony Fernandes é extremamente ambicioso e ele trouxe um monte de gente capacitada para ajudar este time a crescer ter sucesso no futuro. Estou ansioso para aprender e seguir em frente com eles, dentro e fora do carro – declarou o holandês no comunicado oficial do time, elogiando o chefe da Caterham.
Além da posição de reserva imediato do time, o acordo prevê sua participação nos testes e pré-temporada e em alguns treinos livres durante o ano. O cockpit da Caterham não será a primeira experiência do holandês em um F-1. De 2007 a 2009, ele fez testes com as equipes Spyker, Force India, Super Aguri e Renault, atuando também como reserva em alguns GPs.

Inseparáveis: com bike dupla, casal
vai encarar a 'Descida das Escadas'

Paulistas Felipe e Angélica montam bicicleta especial para participarem, em Santos, da décima edição da maior competição de downhill urbano do Brasil

Por Breno Dines Santos, SP
A 10ª Descida das Escadas de Santos terá uma novidade neste sábado. Pela primeira vez no evento, uma bicicleta dupla vai acelerar nos degraus do Monte Serrat. Sobre ela estarão Michel Guigov e Angélica Shiffel, um casal inseparável seja qual for a ocasião. A ideia promete deixar ainda mais emocionante a maior competição de mountain bike downhill urbano do Brasil, que neste fim de semana vai reunir 123 atletas de dez países no litoral paulista.
- Faço há seis anos o mountain bike e queria que a Angélica também pudesse sentir a emoção que o esporte me traz. Tivemos a ideia de criar a bike, com a ajuda de parceiros. Usei um quadro antigo que eu tinha e depois de dois meses de pesquisa e montagem, ela ficou pronta - explicou Felipe.
casal descida das escadas de Santos (Foto: Lorena Dylong) Do alto do Monte Serrat, Michel e Lorena se ajeitam na bike dupla (Foto: Lorena Dillon/Globoesporte.com)
Em dois anos de relacionamento, Angélica teve que mudar radicalmente a vida esportiva para acompanhar o noivo. Antes de conviver com Felipe, ela era bailarina e nunca tinha andado de bicicleta.
- Aprendi a andar em cima de uma bike de downhill. Não sei o que é andar em uma bicicleta normal. É uma sensação incrível, mas não tem como não ficar com medo descendo uma escadaria como essa. É uma loucura, mas uma experiência incrível - comemorou a paulista.
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Igreja de Monte Serrat (Foto: Divulgação)Felipe e Angélica vão se casar na Igreja do Monte
Serrat, local da largada da prova (Foto: Divulgação)
Moradores da cidade de Salto, no interior de São Paulo, os noivos dividem outras atividades fora das duas rodas. Eles também trabalham juntos em uma empresa organizadora de eventos de esportes radicais. Tamanha afinidade dentro do relacionamento, levou Michel e Angélica a darem um passo adiante: eles vão se casar em março. Na hora da escolha da igreja para a cerimônia, os dois não tiveram dúvida em qual escolher.
- Quando decidimos morar juntos foi aqui no topo da igreja do Monte Serrat. É um lugar especial e, por isso, o escolhemos para celebrar o casamento - disse Angélica.
Neste sábado, a Descida das Escadas de Santos pega fogo com a definição dos dez melhores bikers da categoria masculina que vão para a semifinal e as cinco da feminina que disputam a final de domingo. A TV Globo transmite a decisão ao vivo, dentro do Esporte Espetacular, a partir das 9h30.
casal descida das escadas de Santos (Foto: Lorena Dylong) Com Angélica atrás, Felipe guia a bike no 1º teste do casal em Santos (Foto: Lorena Dillon/Globoesporte.com)