sábado, 13 de outubro de 2012

30ª RODADA
Estagnados: Flamengo e Cruzeiro empatam por 1 a 1 no Engenhão
Gols de Liedson e Everton no primeiro tempo marcam igualdade no Rio de Janeiro e não mudam panorama das equipes no Brasileirão
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Os dois precisavam da vitória - o Cruzeiro pela esperança, o Flamengo pelo alívio. Nenhum conseguiu. Empate por 1 a 1 no Engenhão, neste sábado, manteve o time carioca atento ao que acontece nas redondezas da zona de rebaixamento e deixou a Raposa estagnada no meio da tabela, diante do G-4. Liedson e Everton marcaram os gols da partida.
O Flamengo criou mais, teve maior presença ofensiva, foi mais assíduo nas tentativas a gol - e teve um gol de Liedson mal anulado pela arbitragem. O Cruzeiro preferiu apostar nos contra-ataques. Nenhum deles saiu satisfeito.
O Rubro-Negro, com o resultado, segue momentaneamente na 14ª colocação, com 36 pontos. A Raposa, com 40, ocupa o nono posto na tabela. Na próxima rodada, os cariocas visitam a Portuguesa, enquanto os mineiros recebem o Corinthians. Os dois jogos são às 22h de quarta-feira.
Montillo e Airton, Flamengo e Cruzeiro (Foto: Luciano Belford / Futura Press)Flamengo e Cruzeiro não conseguem vitória no Engenhão (Foto: Luciano Belford / Futura Press)
Dois gols, dois comportamentos
O Flamengo jogou até levar um gol. E o Cruzeiro começou a jogar depois de levar um. Os adversários deste sábado, no Engenhão, pareceram ter feito um pacto: metade do primeiro tempo para cada um. Resultado: 1 a 1 nos 45 minutos iniciais.
O time rubro-negro começou bem. Até os 10 minutos, deixou o oponente claustrofóbico no campo de defesa. Não teve, é bem verdade, grandes chances. Mas soube paralisar os mineiros. Renato Santos, com dois minutos, poderia ter consumado a vantagem já na largada da partida, mas seu cabeceio, na linha da pequena área, foi por cima.
A equipe de Dorival Júnior soube usar bem as laterais, especialmente a direita, com Wellington Silva participativo. Mas o gol saiu da esquerda. Ramon cruzou para a área, na testa de Vagner Love. O cabeceio ainda bateu no braço do atacante antes de sobrar para Liedson concluir. Era, aos 10 minutos, a vantagem rubro-negra.
O gol freou o Flamengo. Mas como o Cruzeiro demorou para sair da sonolência, os mandantes mantiveram um controle confortável da partida nos minutos seguintes. Tudo parecia sob controle para os cariocas. Chute cruzado de William Magrão, no ferro que sustenta a trave, parecia exceção em meio à timidez da Raposa. Mas não era. Com 18 minutos, o Cruzeiro empatou.
O lance foi uma aula de como não marcar. Everton, lateral-esquerdo, apareceu livre na área enquanto seus colegas trocavam passes em uma saída acelerada para o ataque. De Montillo, a bola foi para Martinuccio. Quando ele cruzou, havia cinco defensores do Flamengo na área. Nenhum deles cercava Everton, que desviou livre para o gol. Eram 18 minutos de jogo.
O Flamengo parou depois de levar o gol. Sucederam-se oportunidades para o Cruzeiro virar, geralmente com participação de Martinuccio. Felipe salvou sua equipe duas vezes ao barrar Anselmo Ramon, que entrou de carrinho após cruzamento de Ceará e depois não soube aproveitar o rebote.
Segundos antes de terminar o primeiro tempo, o Flamengo ainda perdeu Léo Moura, com uma fisgada na coxa. Adryan entrou no lugar dele, como esperança para a etapa final.
Polêmicas
O panorama do início do primeiro tempo foi repetido na largada da etapa final, com o Flamengo novamente superior ao Cruzeiro. Desta vez, porém, o time rubro-negro martelou em vão em busca do gol. E não se pode dizer que o time de Dorival Júnior não tentou. Arriscou com chute de Ramon, com cabeceio de Liedson, com batida de Cleber Santana, com conclusão de Vagner Love. E nada.
A chance mais clara foi com Love. Ele recebeu livre na área, pela esquerda, após assistência de Cleber Santana. Mas o chute foi fraco, nas mãos de Fábio - pouco antes, o Cruzeiro havia dado uma rara escapulida ao ataque, com chute de Montillo e defesa de Felipe.
Não era o dia de Love. Nem quando dava sorte ele conseguia fazer o gol. Em falha da defesa cruzeirense, a bola sobrou para o atacante, que aproveitou desvio na defesa para pegar o contrapé de Fábio. Mas o goleiro conseguiu se recuperar mesmo assim. No cantinho inferior direito, esticou os dedos para mandar a bola a escanteio.
O jogo, aos poucos, foi esquentando. As duas equipes pediram pênaltis. E o Flamengo ainda lamentou um gol mal anulado. Liedson, na segunda trave, aproveitou desviou de cabeça e mandou para a rede. Diego Renan dava condições. Mas a arbitragem viu impedimento.
Com isso, a pressão final das duas equipes, especialmente do Flamengo, se tornou inútil. E as duas equipes fecham o sábado estacionadas no Brasileirão.
 

Dragão surpreende Inter, vence no Serra Dourada, e complica vida do rival

Fred abre o placar para o Colorado, que não joga bem e leva a virada do Atlético-GO. Goianos seguem na lanterna, e gaúchos ficam mais longe do G-4

Por GLOBOESPORTE.COM Goiânia
O futebol prega peças. Cinco rodadas após derrotar o líder Fluminense fora de casa, o lanterna Atlético-GO voltou a conquistar uma vitória inesperada no Campeonato Brasileiro. De virada, o Dragão fez 3 a 1 no Internacional, em Goiânia, e impediu o início de uma arrancada colorada rumo ao G-4. Irregular, o Colorado até havia dado esperança aos seus torcedores. Afinal de contas o clube vinha de ótima vitória diante do então vice-líder Atlético-MG, por 3 a 0, no meio de semana.
Porém, com o revés deste sábado, o time estaciona nos 45 pontos, permanece em sexto, e poderá ver a distância para o G-4 aumentar no complemento da rodada – o Vasco é o quarto colocado, com 50 pontos, e enfrenta o Santos neste domingo. No Serra Dourada, Fred marcou o único gol do Inter, que volta a jogar na próxima quarta-feira diante do Figueirense, às 19h30m, no Beira-Rio.
Já o Dragão, que balançou as redes com Adriano, Ricardo Bueno e Luciano, quebrou um jejum de quatro partidas sem vitória. O time goiano segue na lanterna, com 23 pontos, e tem apenas chances matemáticas de escapar do rebaixamento. Na próxima rodada, o Atlético-GO visitará o São Paulo, quinta-feira, às 21h.
Displicente em boa parte do primeiro tempo, o Internacional cedeu boas chances ao lanterna do Brasileirão nos minutos iniciais. Aos seis, Felipe recebeu com liberdade na ponta direita e cruzou rasteiro. Ricardo Bueno quase alcançou a bola, e a defesa colorada tirou o perigo para escanteio. Pouco depois, o argentino Dátolo errou dois passes bobos, proporcionando a Felipe oportunidades para concluir em gol. Em uma delas, o atacante rubro-negro finalizou cruzado e obrigou Muriel a fazer boa defesa.
Ricardo Bueno, Internacional e Atlético-Go (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)Ricardo Bueno fez um dos gols do Atlético-GO no Serra Dourada (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)
Mas o grande ponto fraco do Dragão no Campeonato Brasileiro é justamente o setor ofensivo. Os atacantes do Atlético-GO haviam marcado gols em somente sete dos 30 jogos que o time fez na competição. Outra deficiência é o setor de meio-campo. Com quatro volantes de origem – Dodó, Marino, Mahatma Gandhi e Ernandes –, a equipe era pouco criativa e não conseguia manter a bola no ataque.
Foi aí que em um lampejo o Internacional resolveu impor sua técnica e abrir o placar no Serra Dourada. Ygor foi tão feliz em lançamento preciso da intermediária, que pareceu até fácil. O jovem Fred apareceu em velocidade no meio da zaga atleticana, invadiu a área e chutou cruzado para marcar seu quinto gol no Campeonato Brasileiro: 1 a 0 Inter. A vantagem deu ainda mais tranquilidade aos visitantes.
Atletico-GO_8-ultimas_rodadas (Foto: infoesporte)
O Atlético-GO seguia com mais disposição. Tanto é que com 20 minutos, o clube goiano tinha 58% de posse de bola e cinco finalizações contra apenas duas do rival. Mas a postura colorada parecia até mesmo ser estratégia do técnico Fernandão. Goiano e acostumado ao Serra Dourada, o treinador manifestou durante a semana sua preocupação com as dimensões do gramado e com o clima seco de Goiânia, fatores que costumam castigar os visitantes.
Com o passar do tempo, o Internacional começou a se soltar, mesmo que de forma tímida, e se fez mais presente no campo de ataque. Aos 25, Dátolo cobrou falta com perigo, Rodrigo Moledo desviou de cabeça, e a bola bateu na rede pelo lado de fora. Poucos minutos depois Nei cobrou falta com perigo. O Colorado talvez não tenha criado mais oportunidades porque Rafael Moura, que ainda não marcou pelo clube, estava em noite pouco inspirada.
Castigo para o Internacional
Recuperado de lesão muscular na coxa esquerda, o meia D’Alessandro figurou no banco de reservas. O departamento médico colorado tinha o temor de que o argentino sentisse novamente a lesão caso fosse muito exigido. Por isso, Fernandão lançou o camisa 10 somente na etapa complementar. Substituto de Dátolo, D’Alessandro deu mais movimentação ao meio-campo, mas a melhora não foi suficiente para que o Internacional tomasse conta do jogo.
Inter_8-ultimas_rodadas (Foto: infoesporte)
Curiosamente, o cenário do primeiro tempo se inverteu. Enquanto o Inter ficava mais no campo de ataque, o Dragão foi mais eficiente. Aos 20, Felpe driblou Ney e chutou com perigo. Logo depois, o atacante rubro-negro obrigou Muriel a fazer grande defesa. O castigo ocorreu aos 23 minutos. Adriano arriscou de fora da área, a bola desviou em Felipe e enganou o goleiro: 1 a 1.
Dagoberto entrou no lugar do apagado Rafael Moura para tentar recolocar o Inter em vantagem. Entretanto, o jogador mal teve tempo de pegar na bola antes de ver o que parecia improvável acontecer. Em nova jogada pelo lado direito, Dodó cruzou para Ricardo Bueno, que surgiu atrás da zaga colorada e empurrou para o fundo das redes: 2 a 1 Atlético-GO.
O gol parece ter abatido o Inter. Perdendo para um adversário modesto e ficando mais distante de uma vaga na Libertadores, o time gaúcho não teve forças para buscar o empate e ainda viu a situação piorar aos 29 minutos. Após cobrança de tiro de meta do goleiro Márcio, Kéber desviou para trás, a bola sobrou para o garoto Luciano, que tocou com categoria na saída de Muriel: 3 a 1 Atlético-GO.
 

Greg Jackson diz que Jones pode enfrentar Lyoto: 'Espero que no Brasil'

Treinador do campeão dos meio-pesados acredita que pupilo possa mudar de ideia sobre enfrentar Machida, e afirma que respeito por Spider é grande

Por Adriano Albuqueque, Amanda Kestelman, Ivan Raupp e Marcelo Russio Rio de Janeiro
Treinador do brasileiro Diego Brandão, que luta neste sábado no UFC Rio III contra Joey Gambino, e do campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones, Greg Jackson foi de encontro a declaração do americano, que afirmou que não gostaria de lutar novamente contra Lyoto Machida, adversário que já venceu, por vender pouco pay-per-view. O técnico declarou que seu pupilo ainda pode mudar de ideia e que torce para que o duelo aconteça no Brasil.
- Eu acho que Jones pode mudar sua mente (sobre lutar com Lyoto de novo). Se for contra o Lyoto a próxima luta, Jon vai lutar. Espero que seja no Brasil para eu voltar. O Rio é um lugar lindo, não quero ir embora. Eu sou do deserto e adoro chuva, está ótimo - disse Jackson, que acrescentou: - Sempre tive um respeito profundo pela cultura brasileira e pelos lutadores brasileiros. É muito especial estar aqui e ver onde o MMA começou.
Greg jackson e diego brandao, UFC RIO III (Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)Greg Jackson e Diego Brandão, antes do UFC RIO III (Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)
Sobre Diego Brandão, Greg Jackson mostrou confiança na performance do brasileiro, a quem considera uma promessa dos pesos penas. Para ele, o fato do Ceará treinar com Jones tem sido benéfico.
- Diego está treinando muito duro e preparado para o estilo de Joey Gambino. Um bom boxeador e bom de wrestling. Ele está bem para essa luta. Acho que ele representa a nova geração do MMA brasileiro, que tem muita tradição e muitas estrelas aparecendo. Somos um time muito fechado, todos muito próximos. Então, treinar com Jon Jones é bom e divertido para Diego - garantiu.

Jackson diz que Jon Jones respeita Anderson, e elogia Vitor Belfort
Na coletiva do UFC Rio III, Anderson Silva foi enfático ao afirmar que não enfrentará Jon Jones em uma eventual superluta. E a recíproca parece ser verdadeira, já que Greg Jackson também disse que dificilmente o combate vai acontecer, já que o campeão dos meio-pesados tem respeito pelo Spider.
- Acho que Jon tem muito respeito pelo Anderson. Todos na nossa equipe temos muito respeito por Anderson Silva. Por isso não querer lutar. Ele está descansando, foi uma luta difícil, também por tudo que aconteceu fora do cage - afirmou.
Outro brasileiro também foi alvo de elogios do treinador. Último rival de Jon Jones, Vitor Belfort foi derrotado, mas por muito pouco não finalizou o campeão, ao encaixar uma chave de braço.
- Eu acho que Vitor impressionou muito na luta. Ele é um grande lutador e esteve perto de pegar Jon, que mostrou seu coração - concluiu.

Rick Story não se impressiona com Demian: 'Já finalizei faixas-pretas'

Americano, adversário de Demian Maia no UFC Rio III, conta origem do apelido e lembra má fase de 2011: 'Não quero mais experimentar isso'

Por Adriano Albuquerque, Amanda Kestelman e Ivan Raupp Rio de Janeiro
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A rivalidade entre wrestling e jiu-jítsu é antiga - já na década de 1940, os adeptos da luta livre esportiva, modalidade criada a partir das lutas olímpicas, entravam em conflito com os praticantes da "arte suave" para determinar qual das artes marciais era a melhor. Hoje, mesmo com a evolução do MMA e o reconhecimento de que se precisa treinar de tudo para ser um lutador completo, os competidores originários de cada luta ainda colocam sua arte marcial acima da outra. É o caso do wrestler Rick Story, que enfrenta Demian Maia, bicampeão mundial e faixa-preta de jiu-jítsu, neste sábado, na abertura do card principal do UFC Rio III. Apesar do semblante tranquilo e da voz mansa, o americano deixa claro que não tem medo das finalizações do lutador paulista, e lembra que três de suas vitórias no MMA também vieram desta forma.
Rick Store coletiva do UFC  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Rick Story diz ter aprendido com derrotas seguidas em 2011 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Eu pratico jiu-jítsu, mas sem quimono. Acho que wrestling é melhor para o MMA do que jiu-jítsu. Não me foco na minha faixa; tenho que conhecer jiu-jítsu para não ser pego nisso, mas usou mais as minhas forças. Não gosto de me valer disso, sou um faixa-branca, mas já finalizei faixas-pretas antes - afirmou, em entrevista ao SPORTV.COM.
Quando leva suas lutas para o solo, Story prefere castigar o adversário com o ground and pound (socos e cotoveladas no rosto com o oponente no chão), técnica imortalizada por wrestlers como Mark Coleman e Tito Ortiz. Seu estilo de luta foi o que o levou a adotar o apelido de "The Horror", num jogo de palavras com seu sobrenome ("Story", em inglês, significa "história"; "The Horror Story" se traduz em "História de Terror").
- Achava que eu seria um dos caras que não têm um apelido, mas depois de algumas lutas, meu técnico e eu pensamos em alguns nomes e chegamos em "Horror Story". Pensamos em vários, tipo "História para dormir", "História de Conto de Fadas", mas nenhum parecia se encaixar. Quando ele disse "Horror Story", encaixou - contou o lutador, que no entanto não gosta de histórias de terror.
lutador Rick Story  (Foto: Divulgação / UFC)O americano jamais foi finalizado ou nocauteado no
MMA (Foto: Divulgação / UFC)
- Elas me fazem rir, não acho que sejam assustadoras. Não estou interessado nelas (risos).
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do MMA
História de terror foi o que Story viveu no segundo semestre de 2011. Após escalar ao Top 10 da categoria meio-médio do UFC, com seis vitórias seguidas, incluindo triunfos sobre Johny Hendricks e Thiago Alves, o americano sofreu derrotas consecutivas, para Charlie Brenneman e Martin Kampmann. A queda se encerrou com uma vitória sobre Brock Jardine em junho.
- Tive muito estresse na luta com o Thiago Alves, foi minha maior luta na carreira. Nunca tinha lidado com tanta atenção da mídia antes, com esse nível de estresse alto. Quando ganhei a luta, todo o estresse foi embora. Talvez dois dias depois, recebi a ligação de que substituiria Anthony Johnson em três semanas, e isso acrescentou ainda mais estresse. Foi uma montanha russa emocional, não estava pronto para isso. Era algo que eu precisava de mais experiência para lidar. Eu estava tão preparado quanto podia estar, mas quando mudaram o oponente em cima da hora (Marquardt foi pego no exame de doping e foi substituído por Brenneman na véspera da luta), foi como se tirassem o tapete debaixo de mim. Acaba com toda a expectativa. Não quero nunca mais experimentar isso de novo. Mas me deixou mais duro para outras situações.
O UFC Rio III terá transmissão ao vivo do canal Combate a partir de 19h45m (horário de Brasília). O SPORTV.COM acompanha em Tempo Real.

Com direito a quebra de recorde, Lorenzo conquista pole em Motegi

Líder do campeonato acelera nos últimos minutos, pega liderança do grid na iminência do fim do treino e faz melhor volta do circuito, com 1m44s969

Por SporTV.com Motegi, Japão
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Jorge Lorenzo MotoGP Motegi, Japão (Foto: AFP)Lorenzo bate Stoner e escreve nome em Motegi
com melhor volta do circuito (Foto: AFP)
Em uma estratégia à mineira no treino classificatório para o GP do Japão, em Motegi, neste sábado, o líder da temporada da MotoGP, Jorge Lorenzo, conquistou a sexta pole position em 2012 com direito a recorde do circuito. Fora das primeiras posições durante a imensa parte da sessão, o espanhol imprimiu velocidade na sua Yamaha e conquistou a liderança do grid para a corrida deste domingo fazendo história na pista japonesa. Com 1m44s969 no exato momento em que a bandeira quadriculada era balançada no circuito, indicando o fim do treino, o bicampeão da categoria quebrou a marca de Casey Stoner em 2011, de 1m45s267. Dani Pedrosa (1m45s215), vice-líder do campeonato, larga na segunda colocação, e Cal Crutchlow (1m45s257) completa a primeira fila.
Até faltar 20 minutos para o final da classificação, a pole ficou longe dos grandes protagonista desta temporada. Ben Spies, Alvaro Bautista, Andrea Dovizioso e Casey Stone, que voltava às pistas após acidente em Indianápolis, em agosto, dominavam as quatro primeiras posições. Porém, Crutchlow, com sua melhor marca no dia, assumiu a liderança e botou fogo na briga.
Neste momento, a marca de 2011 de Stoner já havia sido quebrada, mas os pilotos trataram de evaporá-la. Mesmo com tempo para apenas uma volta no circuito, Lorenzo acelerou fundo na última tentativa, foi melhor que o rival Pedrosa e, de quebra, conquistou a pole decretando novo recorde do circuito.
O SporTV2 transmite ao vivo o GP do Japão às 2h da madrugada deste domingo.
Confira o resultado do treino classificatório:
1. Jorge Lorenzo (Yamaha) 1m44.969
2. Dani Pedrosa (Honda) 1m45s215 + 0s246
3. Cal Crutchlow (Yamaha Tech3) 1m45s257 + 0s288
4. Ben Spies (Yamaha) 1m45s336 + 0s367
5. Alvaro Bautista (Gresini Honda) 1m45s481 + 0s512
6. Andrea Dovizioso (Yamaha Tech3) 1m45s612s + 0s643
7. Casey Stoner (Honda) 1m45s745 + 0s776
8. Stefan Bradl (LCR Honda) 1m45s848 + 0s879
9. Valentino Rossi (Ducati) 1m45s976 + 1s007
10. Nicky Hayden (Ducati) 1m46s461 + 1s492
11. Katsuyuki Nakasuga (Yamaha) 1m46s780 + 1s811
12. Hector Barbera (Pramac Ducati) 1m46s881 + 1s912
13. Aleix Espargaro (Aspar Aprilia) 1m47s383 + 2s414
14. Randy de Puniet (Aspar Aprilia) 1m47s581 + 2s612
15. Karel Abraham (Cardion Ducati) 1m47s791 + 2s822
16. Colin Edwards (Forward Suter-BMW) 1m48s125 + 3s156
17. Yonny Hernandez (Avintia FTR-Kawasaki) 1m48s513 + 3s544
18. Michele Pirro (Gresini FTR-Honda) 1m48s653 + 3s684
19. Danilo Petrucci (Ioda Suter-BMW) 1m48s831 + 3s862
20. James Ellison (Paul Bird Aprilia) 1m49s023 + 4s054
21. Roberto Rolfo (Speed Master Aprilia) 1m49s183 + 4s214
22. Ivan Silva (Avintia FTR-Kawasaki) 1m49s831 + 4s862

Alonso, sobre RBR: 'Tem o carro mais veloz, nós temos o melhor time'

Em 4º no grid de largada, espanhol da Ferrari define meta para GP da Coreia: 'É muito simples: terminar à frente de Vettel'. Alémão parte em 2º

Por GLOBOESPORTE.COM Yeongam, Coreia do Sul
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Fernando Alonso deixou bem claro qual seu objetivo neste domingo: terminar a prova à frente de Sebastian Vettel, segundo colocado na classificação e também no grid de largada do GP da Coreia do Sul. O piloto da Ferrari parte duas posições atrás, em quarto. A pole ficou com o outro carro da RBR, o de Mark Webber. Para ele, o mais importante não é marcar muitos pontos, e sim superar o rival nas últimas corridas da temporada. Com 194 pontos no campeonato, o espanhol possui quatro a mais que o alemão. Ele confia na força do time de Maranello para conseguir segurar a vantagem e conquistar o tri no fim do ano.
- Nossa meta para amanhã? É muito simples: terminar à frente de Vettel. Daqui para frente, quantos pontos marcar não contará tanto, o que importa é marcar um a mais que meu rival mais próximo. Pode acontecer de eu perder a liderança e talvez chegar à última prova 24 pontos atrás, mas o que importa é ser o primeiro na classificação no fim do GP do Brasil (última etapa da temporada). Qual a vantagem que a RBR tem? 'Tem o carro mais veloz, nós temos o melhor time'.
E por um descuido na primeira parte do treino classificatório, quase que sua missão na prova sul-coreana fica ainda mais complicada. Alonso fez apenas o 16º tempo no Q1 e por pouco não foi eliminado da sequência da atividade.
- Estava muito preocupado em não desgastar muito os pneus, porque eu sabia que teria que usá-los depois no Q2.
Fernando Alonso Ferrari Fórmula 1 treino Coreia (Foto: AFP)Fernando Alonso, da Ferrari, após o treino classificatório na Coreia do Sul (Foto: AFP)
Ciente da velocidade dos carros da RBR, Alonso acredita que pode desbancar os rivais no “conjunto da obra”. O espanhol ressalta que o treino classificatório é um dos pontos fracos da Ferrari e que os carros vermelhos costumam apresentar um rendimento melhor durante as corridas.
- No qualifying, o carro mais rápido conquista a pole position. Na corrida há muitos fatores. Não é só sobre o carro mais veloz. É preciso ter uma boa estratégia, bons pneus, bons pitstops, boas largadas. Com isso, acho que somos a melhor equipe. E por causa dessas forças, estamos liderando o campeonato.
Apesar das novidades da Ferrari para o fim de semana em Yeongam, Alonso disse não estar surpreso com a dobradinha da RBR no grid. Ele afirmou que as mudanças no carro vermelho foram pequenas, mas a equipe apresentou um melhor rendimento em comparação ao GP do Japão, em razão das características do circuito sul-coreano. O espanhol ainda prometeu mais atualizações no bólido para a próxima etapa na Índia.
A TV Globo transmite o GP da Coreia, 16ª etapa da temporada, a partir das 2h45m deste domingo (horário de Brasília), e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

Especialistas dão seus palpites e analisam card principal do UFC Rio III

Paulo Thiago, Hugo Wolverine, Amaury Bitetti e Alex Davis mostraram confiança em noite de vitórias brasileiras neste sábado, no Rio de Janeiro

Por Raphael MarinhoRio de Janeiro
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Na noite deste sábado o UFC volta a ser realizado no Rio de Janeiro. Será a terceira vez que a Cidade Maravilhosa será palco do maior evento de MMA do mundo e, mais uma vez, em um espetáculo recheado de estrelas. Serão 12 lutas, sendo seis no card principal, com destaque para Anderson Silva, que enfrenta Stephan Bonnar, pelos meio-pesados, e Rodrigo Minotauro, que lutará contra Dave Herman, pelos pesados. Além deles, Glover Teixeira eFábio Maldonado fazem duelo brasileiro, Erick Silva terá parada dura contra Jon Fitch,Wagner Caldeirão volta a lutar contra Phil Davis, após o primeiro combate entre eles ser declarado "no contest" (sem resultado), e Demian Maia vai encarar Rick Story.
Com tantas boas lutas, o SPORTV.COM convidou quatro nomes do mundo do MMA para analisar o card principal e dar seus palpites sobre quem vencerá cada confronto. Confira abaixo as apostas dos lutadores Paulo Thiago (meio-médio do UFC) e Hugo Wolverine (ex-TUF Brasil e peso galo do UFC), o treinador de jiu-jítsu da X-Gym, Amaury Bitetti, e o empresário Alex Davis, que, entre outros, também cuida dos interesses de Fábio Maldonado.
Anderson Silva x Stephan Bonnar
Anderson Silva e Bonnar encarada UFC Rio III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva e Bonnar se encaram após coletiva do UFC Rio III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Paulo Thiago: "Anderson vence por pontos. Acho que ele mantém a luta em pé, vai usar bastante o jogo de pernas, porque o Bonnar é muito forte, aguenta porrada, então acho que o Anderson vai pontuar em todos os rounds, machucar, mas ele não cai."
Hugo Wolverine: "Nocaute do Anderson no primeiro round. Eu acho que o Anderson tem infinitas qualidade e o jogo do Bonnar é um pouco quadrado, parecido com o do Griffin. Acredito que o Anderson vá trabalhar muito bem, e o Bonnar tem que tomar muito cuidado."
Amaury Bitetti: "Anderson vai nocautear no segundo round. Será uma luta dura no começo, o Bonnar vai tentar botar para baixo, mas o Anderson vai se esquivar, se defender no começo. Não pode cair no jogo de trocação no chão. Mas nós conhecemos muito o jogo do Sergio Penha, treinador de jiu-jitsu dele. Ele pode arriscar uma chave de pé, mas o Anderson está prevenido. O Ramon (Lemos, treinador do Anderson) é bom de chão. E em pé o Anderson é um fenômeno. Acho que ele nocauteia no segundo round, apesar do Bonnar ser casca grossa, destemido."
Alex Davis: "Será uma luta dura, acho que o Anderson não consegue nocautear logo de cara. O Bonnar vai aguentar e o Anderson continua batendo. Se o Bonnar aguentar terminar o primeiro round, a luta acaba no meio do segundo. Ele vai apanhar pra caramba."
Rodrigo Minotauro x Dave Herman
minotauro encarada coletiva ufc rio (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Minotauro encarando Dave Herman depois da coletiva do UFC Rio III (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Paulo Thiago: "Minotauro vence por finalização no segundo round. Ele sempre luta muito bem, confiante, acho que vai sair na porrada, mas em algum momento eles vão se clinchar e a luta vai para o chão. Ali ele domina."
Hugo Wolverine: "O Herman é um cara muito duro, uma pedreira, mas aposto em uma finalização do Minotauro no segundo round."
Amaury Bitetti: "Se o Minotauro jogar certo, na meia distância, tem chance de botar para baixo e finalizar no primeiro round."
Alex Davis: "A porrada vai comer em pé. O Minotauro vai clinchar ele contra a grade, depois acho que vai botar para baixo, pegar as costas e se arrumar ali. Vai ser uma porradaria sinistra! O que vai determinar a luta é quem vai levar a melhor na trocação no começo. Acho que o Rodrigo nocauteia ou finaliza."
Glover Teixeira x Fábio Maldonado
fabio maldonado glover teixeira encarada coletiva ufc rio (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Glover Teixeira e Fábio Maldonado na encarada (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Paulo Thiago: "Essa acho que será a melhor do evento. Se ficar em pé acho que é 50 a 50 e se for pro chão, Glover tem uma leve vantagem, mas não arrisco a dizer quem vence não."
Hugo Wolverine: "Vai ser um lutão. Acho que terá algum nocaute. Gosto do Maldonado, que é da Team Nogueira, e estou torcendo para ele. Aposto em nocaute dele no segundo round."
Amaury Bitetti: "O Maldonado é excelente striker, Glover também tem mão pesada, acho que vai para a decisão. Acho que o Maldonado não será surpreendido no chão, já que tem treinado jiu-jitsu com grandes treinadores, como o Everaldo Penco. Se for para a trocação, dá Maldonado, e se for para o chão, dá Glover. Nós íamos fazer essa luta em 2011, no Bitetti Combat, mas o Maldonado acertou com o UFC e a luta não aconteceu."
Alex Davis: "Sou parcial nessa (risos). O Glover virá trocando, mas vai tomar um prejuízo na trocação. Vai tentar colocar o Maldonado para baixo, mas acho que não vai conseguir. A luta continua em pé e o Maldonado nocauteia ele no final do primeiro round. Mas se passar do primeiro, vai ser porrada franca."
Erick Silva x Jon Fitch
Erick Silva e Jon Fitch UFC (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Erick Silva e Jon Fitch lutam neste sábado pelo UFC Rio III (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
Paulo Thiago: "O Erick é um lutador muito explosivo, tem muito poder de nocaute, vimos isso nas lutas dele, está muito bem na trocação, mas o jogo do Fitch é perigoso. É um cara que não anima muito a plateia, mas é muito eficiente. O Erick pode vencer por nocaute no primeiro ou segundo round."
Hugo Wolverine: "Isso é um lutão, viu? Vou torcer para o Erick Silva, porque ele é o cara, mas vai ser uma pedreira. Se ele for com o jogo explosivo dele, acho que ele nocauteia no primeiro round."
Amaury Bitetti: "O Erick está super treinado, já sabe o jogo do Fitch, que vai jogar o cruzado e tentar botar para baixo. O Erick está preparado, treinou muita defesa de queda, acho que nocauteia no segundo round. No primeiro o Fitch se desgasta e no round seguinte o Erick termina a luta."
Alex Davis: "Luta muito dura. O que vai determinar essa luta é se o Fitch vai impor o wrestling dele ou não. Se conseguir, aí fica ruim para o Erick. Se ele conseguir colocar para baixo no começo da luta, vai amarrar. Mas a medida que transcorrer a luta, o Erick consegue ficar mais em pé e nocauteia ele. Acho que o Erick ganha por nocaute."
Wagner Caldeirão x Phil Davis
Phil Davis e Wagner Caldeirão Prado, UFC (Foto: Agência Getty Images)Phil Davis e Wagner Caldeirão na encarada da primeira vez que lutaram (Foto: Agência Getty Images)
Paulo Thiago: "Luta dura para o Caldeirão. O Davis é muito forte, tem um jogo de wrestling muito bom, mas vou apostar na vitória por pontos do Caldeirão."
Hugo Wolverine: "Wagner Caldeirão, com certeza. Vou torcer para o Caldeirão e acho que ele ganha na decisão."
Amaury Bitetti: "Para mim o Caldeirão consegue nocautear o Phil Davis. Mas se o Davis agarrar o Caldeirão pode complicar. Meu palpite é nocaute do Caldeirão no primeiro round."
Alex Davis: "Eu acho que o Phil Davis vai botar o Caldeirão para baixo. Ele pode ganhar no ground and pound, mas se entrar a mão do Caldeirão no início da luta, muda tudo. Prefiro não dar palpites para essa luta."
Demian Maia x Rick Story
Demian Maia e Rick Story, UFC (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Demian Maia e Rick Story abrem o card principal do UFC Rio III (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Paulo Thiago: "Demian vence por finalização no primeiro round. Acho que na primeira oportunidade que for para o chão, ele consegue finalizar."
Hugo Wolverine: "Aposto no Demian Maia, finalizando no terceiro round. Espero que o Demian Maia traga de volta o jogo de chão dele."
Amaury Bitetti: "Demian vai finalizar o Rick Story. Aposto que ele pega no segundo round."
Alex Davis: "Demian finaliza ele. Acho que vai ser rápido, no primeiro round. Em algum momento o Demian vai pegar o Rick Story."

Maldonado proíbe esposa grávida
de oito meses de ir ao UFC Rio III

'Vou lutar contra um cara duro para caramba', brinca o lutador, que vai dar
o nome Igor ao filho em homenagem a parceiro de treino na Team Nogueira

Por Adriano Albuquerque, Amanda Kestelman, Ivan Raupp e Marcelo RussioRio de Janeiro
O meio-pesado Fábio Maldonado não quer saber de preocupações fora do octógono quando estiver enfrentando Glover Teixeira no UFC Rio III, na noite deste sábado. Tanto que o lutador não deixou a esposa grávida de oito meses ir ao evento, na Arena da Barra, na Barra da Tijuca, receoso de que ela possa passar por fortes emoções.
- Espero que não atrapalhe essa maluca aí, né? Vou lutar contra um cara duro para caramba e nem deixei que ela fosse para a luta. Mas se Deus quiser vai nascer com saúde - brincou Maldonado.
fabio maldonado ufc rio (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Fabio Maldonado abraça a esposa, Catarina, grávida de oito meses (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Catarina, por outro lado, pediu ao marido uma vitória pelo Dia das Crianças, comemorado nessa sexta-feira, exatamente um dia antes da luta.
- Claro, para o Dia das Crianças, né? Para o filho e para uma filha que ele tem, de oito anos - disse ela, referindo-se à menina Júlia Vitória.
Catarina será mãe de Igor, nome escolhido por Maldonado em homenagem ao falecido filho do também lutador Vitor Miranda, parceiro dele de treinos na equipe Team Nogueira. O pequeno garoto de Vitor faleceu em um trágico afogamento em uma piscina, nos Estados Unidos, no ano passado, no dia em que completava quatro anos de idade.

Cristiano Marcello comenta briga que o tornou famoso: 'Hoje, tentaria evitar'

Lutador, que abre o UFC Rio III, brinca que chega a sonhar com Krazy Horse, desafeto com quem se desentendeu nos bastidores do Pride em 2005

Por Adriano Albuquerque, Amanda Kestelman e Ivan RauppRio de Janeiro
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Anos antes de entrar no UFC, através de sua participação na 15ª temporada do reality show The Ultimate Fighter, o brasileiro Cristiano Marcello ficou famoso no mundo do MMA por causa de um vídeo de bastidores do extinto Pride, maior evento da modalidade na primeira metade da década passada. O lutador se envolveu numa confusão com o americano Charles "Krazy Horse" Bennett no vestiário de uma luta de Wanderlei Silva, na época seu companheiro de equipe na Chute Boxe. Quase sete anos depois, o curitibano ainda tem de responder sobre o assunto.
- O tempo inteiro falam disso. Chego até a sonhar com esse bicho de tanto me perguntarem! - brinca o lutador, que neste sábado abre o UFC Rio III, contra o iraniano naturalizado sueco Reza Madadi.
Cristiano Marcello, lutador do UFC e MMA (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)Cristiano Marcello quer se firmar no UFC com vitória sobre Madadi (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
Nos bastidores do evento do Pride de fim de ano em 2005, Marcello se desentendeu com Krazy Horse enquanto Wanderlei se aquecia. Pouco depois, o americano ataca o brasileiro, que rapidamente apela para o jiu-jítsu e se agarra ao desafeto. O curitibano logo encaixa um triângulo e deixa Bennett apagado no chão. A briga foi toda registrada em vídeo, que se proliferou pela internet e já teve mais de 500 mil visualizações.
Cristiano Marcello acredita que, atualmente, numa situação semelhante, agiria de outra forma.
- Eu não tenho nada contra a pessoa dele, foi algo de momento. Acho que hoje, mais velho, eu pensaria e tentaria contornar a situação de outro jeito, mas fui agredido e tive que me defender. Se fosse uma agressão verbal só, tentaria evitar. Não indico que as pessoas façam o mesmo. Hoje em dia, está tão profissional que não vejo acontecendo. Se você vir o histórico dele, ele não era tão profissional assim. Foi preso várias vezes, passou mais tempo na cadeia do que fora - disse o brasileiro.
Cristiano Marcello e Reza Madadi, Pesagem UFC Rio III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Atual rivalidade com Madadi, segundo Marcello, é
para promoção da luta (Foto: André Durão)
Quase sete anos depois e já com 14 anos de carreira no MMA, Cristiano Marcello agora busca estabilidade no UFC e, para isso, precisa vencer o desafeto Madadi neste sábado. Ele vem de derrota para Sam Sicilia no evento final do TUF 15, e novo revés pode representar o fim da linha para o peso-leve. Para conseguir o triunfo, o mesmo triângulo que apagou Krazy Horse seria de bom uso, mas o brasileiro garante estar pronto para vencer em outras áreas se for preciso.
- A galera conhece meu estilo de jiu-jítsu agressivo, que busca a finalização, e evita esse jogo. Você começa a luta em pé, onde tem soco, chute, joelhada. Nas minhas últimas duas lutas, enfrentei caras de excelência em golpear. Esse aí (Madadi), algumas pessoas na Suécia que entraram em contato comigo me disseram que ele vai querer trocar em pé, mas acho que meu jogo em pé é melhor que o dele. Voltei para a sala de aula e estudei bastante para melhorar minhas deficiências. MMA é mistura de artes marciais, tem que ter isso. Se pudesse começar dentro da guarda dele, no chão, seria perfeito, mas tem que começar em pé, não tem como fugir disso.
Marcello conta ainda com a presença da torcida brasileira desde o começo da luta para apoiá-lo.
- Isso facilita. Ter 17 mil pessoas gritando seu nome, a seu favor, com certeza, isso ajuda. Por mais que minha luta seja a primeira e abra o show, aqui no Brasil a galera chega antes de começar o evento! Lá fora, o pessoal só chega no meio do show. No Twitter, todo mundo falou que chegaria cedo. Lutando em casa, peço a Deus para soltar tudo o que treinei - concluiu.
Cristiano Marcello abre o card do UFC Rio III contra Reza Madadi neste sábado, às 20h. Ocanal Combate abre sua transmissão ao vivo às 19h45m (horário de Brasília), e oSPORTV.COM acompanha em Tempo Real.