sábado, 13 de outubro de 2012

Rick Story não se impressiona com Demian: 'Já finalizei faixas-pretas'

Americano, adversário de Demian Maia no UFC Rio III, conta origem do apelido e lembra má fase de 2011: 'Não quero mais experimentar isso'

Por Adriano Albuquerque, Amanda Kestelman e Ivan Raupp Rio de Janeiro
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A rivalidade entre wrestling e jiu-jítsu é antiga - já na década de 1940, os adeptos da luta livre esportiva, modalidade criada a partir das lutas olímpicas, entravam em conflito com os praticantes da "arte suave" para determinar qual das artes marciais era a melhor. Hoje, mesmo com a evolução do MMA e o reconhecimento de que se precisa treinar de tudo para ser um lutador completo, os competidores originários de cada luta ainda colocam sua arte marcial acima da outra. É o caso do wrestler Rick Story, que enfrenta Demian Maia, bicampeão mundial e faixa-preta de jiu-jítsu, neste sábado, na abertura do card principal do UFC Rio III. Apesar do semblante tranquilo e da voz mansa, o americano deixa claro que não tem medo das finalizações do lutador paulista, e lembra que três de suas vitórias no MMA também vieram desta forma.
Rick Store coletiva do UFC  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Rick Story diz ter aprendido com derrotas seguidas em 2011 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Eu pratico jiu-jítsu, mas sem quimono. Acho que wrestling é melhor para o MMA do que jiu-jítsu. Não me foco na minha faixa; tenho que conhecer jiu-jítsu para não ser pego nisso, mas usou mais as minhas forças. Não gosto de me valer disso, sou um faixa-branca, mas já finalizei faixas-pretas antes - afirmou, em entrevista ao SPORTV.COM.
Quando leva suas lutas para o solo, Story prefere castigar o adversário com o ground and pound (socos e cotoveladas no rosto com o oponente no chão), técnica imortalizada por wrestlers como Mark Coleman e Tito Ortiz. Seu estilo de luta foi o que o levou a adotar o apelido de "The Horror", num jogo de palavras com seu sobrenome ("Story", em inglês, significa "história"; "The Horror Story" se traduz em "História de Terror").
- Achava que eu seria um dos caras que não têm um apelido, mas depois de algumas lutas, meu técnico e eu pensamos em alguns nomes e chegamos em "Horror Story". Pensamos em vários, tipo "História para dormir", "História de Conto de Fadas", mas nenhum parecia se encaixar. Quando ele disse "Horror Story", encaixou - contou o lutador, que no entanto não gosta de histórias de terror.
lutador Rick Story  (Foto: Divulgação / UFC)O americano jamais foi finalizado ou nocauteado no
MMA (Foto: Divulgação / UFC)
- Elas me fazem rir, não acho que sejam assustadoras. Não estou interessado nelas (risos).
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História de terror foi o que Story viveu no segundo semestre de 2011. Após escalar ao Top 10 da categoria meio-médio do UFC, com seis vitórias seguidas, incluindo triunfos sobre Johny Hendricks e Thiago Alves, o americano sofreu derrotas consecutivas, para Charlie Brenneman e Martin Kampmann. A queda se encerrou com uma vitória sobre Brock Jardine em junho.
- Tive muito estresse na luta com o Thiago Alves, foi minha maior luta na carreira. Nunca tinha lidado com tanta atenção da mídia antes, com esse nível de estresse alto. Quando ganhei a luta, todo o estresse foi embora. Talvez dois dias depois, recebi a ligação de que substituiria Anthony Johnson em três semanas, e isso acrescentou ainda mais estresse. Foi uma montanha russa emocional, não estava pronto para isso. Era algo que eu precisava de mais experiência para lidar. Eu estava tão preparado quanto podia estar, mas quando mudaram o oponente em cima da hora (Marquardt foi pego no exame de doping e foi substituído por Brenneman na véspera da luta), foi como se tirassem o tapete debaixo de mim. Acaba com toda a expectativa. Não quero nunca mais experimentar isso de novo. Mas me deixou mais duro para outras situações.
O UFC Rio III terá transmissão ao vivo do canal Combate a partir de 19h45m (horário de Brasília). O SPORTV.COM acompanha em Tempo Real.

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