domingo, 7 de abril de 2013

Atlético-MG não sente falta das estrelas e atropela o Boa Esporte
Sem Réver, Bernard, R10 e Tardelli, Jô e Luan se destacam e marcam duas vezes. Time de Varginha vê a degola se aproximar perigosamente
 
 
A CRÔNICA
por Léo Simonini

  •  
  • deu certo
    Elenco

    Mesmo sem quatro de seus principais jogadores, o Galo manteve a força no estádio Independência e goleou mais um adversário. O time não sentiu as ausências de Réver, Bernard, R10 e Jô
  • foi bem
    Guilherme

    Como meia, deu inúmeros passes para os companheiros, sendo que vários poderiam ter resultado em gol. Com boa atuação, foi aplaudido pela torcida atleticana.
  • como fica?
    Na cola do líder

    Esta vitória mantém o Galo apenas um ponto atrás do Cruzeiro, líder da competição. Terminar a fase classificatória do Mineiro na frente dá vantagem nas fases seguintes do campeonato.
Sem as principais estrelas, já que Réver e Ronaldinho estavam com a seleção brasileira, e Bernard e Tardelli estão machucados, o técnico Cuca apostou em um Atlético-MG com três volantes e Guilherme mais recuado, para armar o ataque contra o Boa Esporte, neste domingo. No começo, o time mostrou pouca mobilidade com Pierre, Leandro Donizete e Josué. Mas bastou um passe mágico de Guilherme a Jô para as coisas entrarem no eixo, e o Galo se impor diante do time de Varginha, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. Resultado: goleada por 4 a 0 no Independência, mais uma vitória alvinegra no estádio. Um público de 12185 pagantes acompanharam o resultado, para uma renda R$ 262 mil.
Se na etapa inicial o sistema mostrou pouca eficácia, na parte final o Galo sufocou o rival, com Guilherme funcionando bem como meia, mas sobretudo pela grande atuação do pequenino Luan. Mostrando muita energia e disposição em cada disputa de bola, o camisa 11 marcou duas vezes e ainda viu o companheiro Jô se igualar a ele como o artilheiro da tarde.
Luan atacante do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)Luan brilha marcando duas vezes na goleada do Galo (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Com o triunfo, o Galo chegou aos 24 pontos, se manteve um atrás do líder Cruzeiro, e alcançou a 13ª vitória seguida do ano, em 14 compromissos. Esta marca já é a segunda maior na história do clube, superada apenas pela de 1976, quando o Alvinegro venceu 18 vezes consecutivas.
O Boa Esporte vê cada vez mais de perto o fantasma do rebaixamento. Com apenas oito pontos, em décimo lugar, o time está dois à frente de Araxá e América TO, os dois integrantes do Z-2 que venceram na rodada. De bom mesmo o time apresentou Carlos Magno, de volta ao clube nesta reta final de Estadual. Ele criou as melhores jogadas ofensivas da equipe, enquanto Marcelinho Paraíba esteve em tarde apagada.
Na sequência do Campeonato Mineiro, o Galo viaja até Poços de Caldas, onde, domingo, às 16h (de Brasília), encara a Caldense. Já o Boa Esporte, no mesmo dia e horário, recebe o América TO num confronto direto, no estádio Melão, em Varginha.
Passe de quem conhece
Sem as estrelas e atuando na armação das jogadas, coube a Guilherme a responsabilidade de municiar Jô e Luan. Com um início pouco inspirado, o time atleticano parecia engessado. Mesmo assim, logo aos três minutos, em jogada de escanteio, Richarlyson subiu muito para carimbar o travessão de Douglas.
jo ATLÉTICO-MG X BOA (Foto: RAMON BITENCOURT/Agência 17/Agência Estado)Jô comemora um de seus gols
(RAMON BITENCOURT/Agência 17/Agência Estado)
Com o time sem criatividade e deixando cada vez mais espaços atrás, o Boa Esporte assustou em contragolpes armados por Carlos Magno. Em um deles, após passe para Betinho, o atacante invadiu a área e deixou com Marcelinho Paraíba. Ele escolheu o canto, Victor fez uma defesaça, e Gilberto Silva tirou quase sobre a linha.
Quando o time de Varginha era melhor, veio a ducha de água fria. Guilherme recebeu na direita, deu passe milimétrico para Jô, que tirou do alcance de Douglas para fazer 1 a 0. O gol fez o Atlético-MG crescer na partida e não dar mais chances ao rival. Luan ainda teve tempo de mandar uma bola por cobertura que passou muito perto.
Festa de Luan e Jô
Na etapa final, o Galo voltou disposto a não dar brechas para o adversário. O segundo gol veio aos 13. Após lançamento, Richarlyson bateu para defesa de Douglas. A bola parecia perdida, mas Luan acreditou, fez jogada individual e mandou para a rede. A vitória já parecia consolidada, mas o baixinho espevitado tratou de deixar sua marca mais uma vez, quatro minutos depois. Caindo pela direita do ataque, ele cortou para o meio, ajeitou o corpo e mandou no ângulo para fazer o terceiro do Galo.
A partir daí, o Boa Esporte não viu mais a cor da bola. O time da casa desperdiçou várias oportunidades, e até Pierre, o único entre os considerados titulares que ainda não marcou pelo clube, perdeu chance cristalina. Atuando como meia, Guilherme desfilou belo futebol, deu inúmeros passes açucarados para os companheiros, que por pouco não o ajudaram a ficar no lucro com a torcida. Mesmo assim, o camisa 9 teve o nome gritado em diversas oportunidades.
Mas, no fim, quem voltou a marcar foi o atacante Jô, outro que vive grande fase. Marcos Rocha, que vivia péssima tarde, chegou ao fundo e colocou na cabeça do atacante, que fez o quarto aos 40 minutos, para dar números finais a mais um triunfo do Galo no Independência.

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