domingo, 14 de abril de 2013

Em casa, Caldense surpreende e quebra série invicta do Atlético-MG
Expulsão de Carlos César no primeiro tempo prejudica reservas alvinegros. Nena e Chimba garantem a vitória após Guilherme abrir placar para o Galo
 
 
A CRÔNICA
por Léo Simonini
478 comentários
Até deu pinta de que os reservas do Atlético-MG conquistariam a 14ª vitória seguida do time na temporada. Mesmo com um a menos, já que Carlos César foi expulso aos 32 minutos da etapa inicial, o Galo saiu na frente no apagar das luzes do primeiro tempo, em pênalti sofrido e convertido por Guilherme. Mas as alterações de Tarcísio Pugliese, logo no início da etapa final, surtiram efeito: a  Veterana passou a encurralar o Alvinegro e conseguiu uma merecida vitória de virada, por 2 a 1.
Nena se aproveitou de falha de Giovanni após cobrança de escanteio e Chimba decretou o vira-vira, também de cabeça, mas, desta vez, sem chances para o goleiro atleticano. Com o resultado, o Galo voltou a perder para um time do interior depois de cinco anos no Estadual. O último tropeço havia sido em 2008, quando o Guarani-MG venceu por 3 a 2.
A derrota interrompeu uma série de 13 vitórias seguidas do Galo e deu chances de classificação à Caldense. O time chega à última rodada com a chance de alcançar uma vaga no G-4. Para isso, precisa vencer o América de Teófilo Otoni no domingo e torcer por uma derrota do Tombense e pelo menos um empate do Tupi.
O resultado também foi ótimo para o Cruzeiro, que sequer entrou em campo e continua na liderança do Estadual. Com 25 pontos, o time pode confirmar a primeira posição na fase de classificação na terça-feira, caso vença o Nacional-MG, no Mineirão. O Galo permaneceu com 24 pontos e tem apenas um jogo a fazer. Mas, antes, a equipe volta suas atenções para a Libertadores, onde encara o São Paulo, quarta-feira, às 22h, no Morumbi.
Na última rodada da fase classificatória do Mineiro, no próximo domingo, todos os jogos serão no mesmo horário, às 16h (de Brasília). O Galo recebe o Villa Nova no Mineirão.
Desvantagem numérica, mas gol achado no fim
Com um time formado exclusivamente por reservas, o Atlético-MG demorou a se encontrar em campo. A falta de entrosamento era nítida, sobretudo quando o time tinha a bola nos pés. Com isso, a Caldense começou pressionando, empurrada pela participativa torcida de Poços de Caldas. Mesmo assim, Giovanni foi exigido apenas uma vez, em cobrança de falta de Edmilson.
Atlético-MG x Caldense (Foto: Léo Simonini)Guilherme até lutou, fez um gol, mas o Galo não conseguiu superar a Caldense (Foto: Léo Simonini)
Ainda que estivesse pior em campo, o Galo teve a melhor chance até então, aos 27 minutos, quando Junior Cesar cruzou da esquerda e Alecsandro desviou para acertar o travessão de Glaysson.
Quando o Atlético-MG passou a aparecer mais no ataque, o time ficou com um a menos. Carlos César, que vinha jogando muito mal, levou o segundo amarelo aos 32 minutos após fazer falta em Rossini. O lateral-direito havia recebido o primeiro sete minutos antes, após parar Maxsuel.
A diferença numérica não influenciou o andamento da partida, já que as duas equipes economizavam na hora de atacar. Quando o 0 a 0 se desenhava, Rodrigo Paulista cometeu pênalti infantil em Guilherme, puxando o jogador pela camisa. O próprio Guilherme bateu e fez 1 a 0, aos 47 minutos.
Virada e chance de classificação
A vantagem no placar deu tranquilidade ao Galo, tanto que Guilherme quase marcou mais um logo no início da etapa final. Vendo que a equipe vinha mal, Tarcísio Pugliese resolveu promover duas alterações antes dos dez. Entraram Simião e Chimba nas vagas de Edmilson e Djavan, respectivamente. As alterações surtiram efeito e a Veterana chegou ao empate aos 19. Um minuto antes, Nena recebeu na esquerda e soltou uma bomba, para bela defesa de Giovanni, que colocou para escanteio. Livre nesta, o goleiro falhou na jogada seguinte: saiu em falso, e o próprio Nena marcou de cabeça.
O Atlético-MG sentiu o gol e não conseguiu chegar com qualidade ao ataque. Enquanto isso, a Veterana se animou e passou a pressionar, juntamente com a torcida. Ewerthon Maradona era o maestro da equipe. E de tanto tentar, a virada veio aos 36. Após cruzamento da esquerda, Chimba ganhou pelo alto e mandou de cabeça, sem chances para Giovanni. A estrela de Pugliese brilhou, já que o atacante entrou na etapa final. Na comemoração, quase todos do banco de reservas, entre jogadores e membros da comissão técnica, invadiram o gramado.
Daí para frente o Galo tentou o empate, mas de forma desordenada levou pouco perigo ao gol de Glaysson, que quando exigido fez boas defesas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário