terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pressionado, Tite valoriza liderança: 'Tem outros 19 (técnicos) para trocar'

Bombardeado durante coletiva sobre risco de ser demitido, treinador exalta campanha no primeiro turno para se garantir no cargo

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
tite corinthians (Foto: Agência Estado)Tite: sob pressão no Timão (Foto: Agência Estado)
A má fase do Corinthians no Campeonato Brasileiro colocou o técnico Tite como o alvo principal de críticas de dentro e de fora do clube. Nesta terça-feira, véspera da partida contra o Grêmio, o treinador teve de responder em sua entrevista coletiva a um grande número de perguntas sobre a possibilidade de deixar o cargo em caso de novos resultados ruins. Sem perder a calma, e com o apoio do presidente Andrés Sanches, o treinador ignorou a pressão e valorizou a campanha no primeiro turno.
- O julgamento vocês fazem. Eu quero seguir meu trabalho, colher o que plantei desde o início. Eu também queria que fosse com o mesmo índice (de aproveitamento), mas terminou em primeiro. Ou não terminou em primeiro? Dá vontade de dizer assim: “então, tem outros 19 (técnicos) para trocar”. Eu só não posso pautar vocês. Digam o que quiser. Quer trocar o Tite? Eu vou seguir minha carreira. Então, não me pilhem mais (risos) – afirmou.
As dúvidas sobre o trabalho de Tite começaram com a queda de rendimento da equipe no torneio. O Timão disparou nas primeiras rodadas, com nove vitórias e um empate, mas despencou de rendimento, obtendo apenas duas vitórias, três empates e quatro derrotas nas últimas nove rodadas. A diferença para o segundo colocado, que já foi de sete pontos, caiu para um.
- Eu me sinto pressionado desde o dia que decidi ser técnico de futebol. Eu me cobro sempre o melhor possível. Vou continuar sendo assim. Tomara que tenha uma saúde legal – ressaltou.
Tite tem o apoio do presidente Andrés Sanches, mas vem sendo questionado por alguns conselheiros aliados da situação. O mandatário, porém, garante que não pensa em trocar o comando técnico. No início do ano, o dirigente ignorou os pedidos para demitir o comandante após a eliminação na fase prévia da Taça Libertadores.
- Confiança não se faz com palavras e, sim, com atitudes. Vou repetir o que falei quando cheguei: o Andrés me ligou e perguntou se eu gostaria de vir. Eu disse que sim. O combinado foi o seguinte: na hora que não quiser mais, dá um abraço, vou virar as costas e a vida segue – completou.

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