domingo, 19 de fevereiro de 2012

Toró dispara: 'Um dia Cuca ainda vai ouvir falar de mim como vitorioso'

Jogador teve uma carreira 'ao contrário': primeiro, experimentou a fama, e depois viveu os dramas. Hoje, tenta o reinício da carreira no Figueirense

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis
Quando pequeno, ele já era bom de bola e fazia chover. Toró experimentou uma carreira "ao contrário" no futebol. Primeiro veio a fama e depois os dramas. No começo, teve proposta do exterior, ganhou títulos na Seleção de base, foi capitão do Fluminense, até que passou por uma cirurgia no joelho direito aos 14 anos. Um ano parado e conseguiu voltar, mas não se firmou mais no Tricolor. Foi para o Flamengo, onde conquistou títulos estaduais, Copa do Brasil de 2006 e o Brasileiro de 2009, atuando como volante. Em 2011, foi para o Atlético-MG, onde tentava, mais uma vez, se firmar. Com a chegada do técnico Cuca, com quem tinha vencido um Campeonato Carioca com o Flamengo, os rumos de Toró mudaram, e ele foi afastado do elenco. Hoje, tenta o recomeço da carreira no Figueirense.
- Quando eu comecei a me encaixar, quando eu comecei a jogar, foi a época que o Cuca chegou e desandou tudo. Fiquei muito chateado com o que aconteceu no Atlético-MG,  eu estava numa crescente e por algum motivo que não sei porque me afastou. Se Deus quiser, um dia ele vai escutar falar mais de mim como um Toró vitorioso - disse o atleta.
Toró não foi o único a ser afastado da equipe mineira. Alegando estar com o elenco inchado em um momento complicado, o técnico Cuca disse que precisou tomar algumas medidas necessárias e dispensou sete jogadores.
- Quando a gente entra em um contexto no meio de uma competição, é porque as coisas não estão boas. E você tem que tomar algumas medidas. Às vezes agrada e o jogador entende, e outras vezes não entende como o Toró não está entendendo. Então não faço crítica nenhuma a ele, a medida que eu tinha de tomar, tomei. O resultado final mostra que foi uma medida correta. Quem entrou no lugar dele, hoje é praticamente um ídolo do Atlético, que foi o Pierre. E ele que siga a vida dele, que seja feliz. Já que ele falou que me deu um título, muito obrigado, Toró, boa sorte, seja feliz.
Toró Esporte Espetacular (Foto: Reprodução/TV Globo)Toró tenta o recomeço da carreira no Figueirense,
do técnico Branco (Foto: Reprodução/TV Globo)
Volante para ganhar a vida
Quando chegou ao Flamengo, Toró atuava no meio-campo, e era praticamente um atacante. Até que teve uma proposta do técnico Ney Franco: ser coadjuvante e jogar como volante.
- Eu era um meio-campo avançado, onde marcar para mim era muito pouco. Mas quando cheguei ao profissional do Flamengo, eu abri mão disso tudo para poder virar volante e poder vencer na vida - contou o jogador.
Rei por um dia
Criado na zona norte do Rio, Toró é o caçula de nove irmãos e sempre contou com a apoio da família. Quando criança,  o jogador teve a oportunidade de ser rei por um dia. Ele que já era o cara da base na época representou o rei do futebol no filme 'Pelé Eterno'.
- Fiquei muito feliz de ser o rei. A gente gravou numa sexta feira e no sábado a gente tinha jogo, uma semifinal contra o Olaria, em Xerém. E a gente não tava nem aí, todo mundo feliz porque estava representando o filme do rei; tanto que a gente perdeu de 4 a 0 pro Olaria e a gente nem aí, feliz, rindo, todo mundo amarradão - lembrou o jogador.
Após uma longa inatividade, Toró comemora a estreia no time de Branco. Em sua primeira partida, saiu de campo aplaudido pela torcida. A vida recomeçou, e o menino do filme ainda busca o seu final feliz.

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