terça-feira, 10 de março de 2015

Magoado e à espera de valorização,  





Luan repensa futuro no Atlético-MG

Atacante diz que se sacrificou muito pelo clube, jogando com costela quebrada e até agravando uma lesão no joelho, e acredita que precisa pensar mais na sua família

Por Belo Horizonte
Luan Atlético-MG, entrevista (Foto: Lucas Borges)Luan não esconde que pode deixar o Atlético-MG ao final do contrato (Foto: Lucas Borges)
A lua de mel acabou. Xodó da torcida e um dos principais nomes das recentes conquistas do Atlético-MG, o atacante Luan já admite que, em breve, seu futuro pode ser longe da Cidade do Galo. O jogador, que tem contrato até 2016, revelou, em entrevista exclusiva aoGloboEsporte.com, que deve se reunir com a diretoria nesta semana para discutir uma possível renovação. Entretanto, considera já ter se sacrificado muito pelo clube e que agora colocaria sua família como prioridade. Com isso, a possível extensão do vínculo passaria por uma valorização por parte da diretoria. Procurada pela reportagem, a diretoria de futebol do clube informou que não irá comentar o assunto e que tem contrato com o jogador até o fim do próximo ano. 
- Tenho conversado bastante com a minha família em relação a isso. O meu contrato vai até o ano que vem e, agora, tenho que pensar mais na minha família. Esses anos, eu pensei muito no clube. Cheguei a jogar com o joelho f... para ir ao Mundial. Logo depois da cirurgia que fiz no início de 2014, recebi uma notícia de um médico do Atlético-MG, que talvez eu não pudesse mais voltar a jogar futebol, porque a lesão havia sido complicada. Joguei com a costela quebrada, também com o ombro luxado, acho que vão ser poucos que vão fazer isso pelo clube. Enfim, a valorização vai ter que vir do clube. Claro que cheguei aqui sob desconfiança, ninguém conhecia, e depois eu fui conquistando o carinho do torcedor, e sou muito grato por isso, à torcida atleticana, à massa atleticana, que sempre me apoia nos jogos.
 O meu contrato vai até o ano que vem e, agora, tenho que pensar mais na minha família. Esses anos eu pensei muito no clube. Cheguei a jogar com o joelho f... para ir ao Mundial. (...) Joguei com a costela quebrada, também com o ombro luxado, acho que vão ser poucos que vão fazer isso pelo clube.
Luan
Outro assunto que vem incomodando Luan são as críticas feitas por parte da torcida ao seu futebol. Apesar de se mostrar tranquilo em relação ao assunto e dizer que essa cobrança não acontece pela maioria da torcida, o atacante reconhece que essas críticas, segundo ele, injustas, atrapalham não só o jogador em questão, mas o grupo todo. 
- Sou tranquilo em relação a esses torcedores que vão ao estádio só para cornetar e desanimar algum jogador, mas isso acaba desanimando um time inteiro, como é o caso do Patric e do Emerson Conceição, que desde quando chegou, já é criticado. Já está sobrando inclusive para mim, que sempre fui um jogador que sempre teve raça e disposição. Em alguns jogos assumo que isso faltou , mas não porque eu não quis, mas porque não houve mesmo, faltou perna, faltou pulmão para que chegássemos no final do jogo com condição de conseguir reverter as situações adversas. Mas não ligo, conversei muito com o Levir (Culpi) sobre isso.
Além das críticas, Luan revelou que a má fase vivida pelo Atlético-MG na Taça Libertadores, em que o time sofreu duas derrotas em dois jogos, também tem abatido não só ele, mas todo o grupo. O atacante comentou a diferença da equipe atual para as equipes dos anos anteriores, e disse que confia em uma reação do Galo na competição continental.
Luan, atacante do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/CAM)Luan considera injustas algumas críticas que ele e outros jogadores estão recebendo no Galo (Foto: Bruno Cantini/CAM)

- Estou chateado com outras coisas, não só com isso, mas quero deixar claro que sou muito grato ao torcedor atleticano. As derrotas que aconteceram na Libertadores deixaram a gente um pouco abalados, não esperávamos esses dois baques, em jogos que estávamos bem a acabamos cometendo erros bobos, infelicidades, em um grupo difícil. Esses times sabem jogar a Libertadores, e a gente deixou de saber como joga a Libertadores. Em relação aos jogadores que disputaram as duas última Libertadores, é um time completamente diferente, mudaram muitas peças, jogar Libertadores é difícil. Essas coisas que me deixaram chateado, as derrotas e algumas críticas injustas, mas eu não tenho nada a ver com isso, o torcedor tem o seu critério, e a gente tem que levantar a cabeça e dar a volta por cima de tudo isso.
(*) Lucas Borges, sob supervisão de Diogo Finelli

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