quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sem notícia de Caraway, Thominhas agora pede Mizugaki no card de SP

Brasileiro aponta japonês como outro oponente que gostaria de enfrentar no "UFC: Belfort x Henderson 3", que será dia 7 de novembro: "Seria um duelo de trocação"

Por São Paulo
Faltando pouco mais de dois meses para o "UFC: Belfort x Henderson 3", que será realizado em São Paulo, Thomas Almeida segue na esperança de ser escalado para o card em sua cidade natal. Recentemente, ele pediu para enfrentar Bryan Caraway, número 6 do peso-galo do Ultimate, mas, sem receber qualquer sinalização da companhia de que o combate pode ocorrer, o brasileiro apontou sua mira para outro alvo: o japonês Takeya Mizugaki, oitavo do ranking, duas posições acima do próprio Thominhas.
- Estou esperando marcarem a minha próxima luta. Já estou treinando forte e aguardando. Vai ter UFC em São Paulo dia 7 de novembro, pedi para lutar aqui e ficarei feliz de lutar na minha casa, mas, independentemente do lugar, quero estar trabalhando. Já dei entrevista pedindo o Caraway, que está acima de mim no ranking, seria uma luta boa, é um grande atleta, mas até agora não saiu nada, então tem outro cara que seria bom, o Mizugaki, japonês trocador. Acho que casam os estilos. Gostaria de enfrentar um gringo aqui em São Paulo, que é a minha cidade. Contra o Mizugaki seria um duelo de trocação, já que ele gosta de porrada. Ele tem um chão bom, mas a luta se desenrolaria na trocação, sempre buscando o nocaute. Estou muito bem fisicamente, tive uma lesão, quebrei o nariz, mas agora estou bem, preparado, e nesta semana já volto ao sparring de contato, então estou 100% - afirmou, em entrevista ao Combate.com, na sede da equipe Chute Boxe Diego Lima.
Thomas Almeida Chute Boxe (Foto: Marcelo Barone)Thomas Almeida agora pediu para enfrentar Takeya Mizugaki, dia 7 de novembro (Foto: Marcelo Barone)
O cartel invicto em 19 lutas e o estilo agressivo fizeram de Thominhas uma das maiores promessas do Brasil no Ultimate e o lutador já vê o reflexo de seu sucesso nas ruas. O atleta de 24 anos diz gostar do assédio que tem recebido dos fãs. Alguns, como ele diz, o reconhecem pela joelhada aplicada em Brad Pickett em seu último compromisso, quando nocauteou o inglês no início do segundo assalto.
- Depois da minha última luta, o pessoal me reconhece mais, fala comigo, sabe quem sou, então é uma coisa boa. É o reconhecimento de anos e anos de trabalho. Acho muito bom, levo isso para o lado bom. Tenho que ter a cabeça no lugar, sei que não posso fazer coisas que antes poderia fazer. Tem viver a vida de atleta mesmo. Estou amarradão com tudo isso. Pessoas que nunca vi na vida me perguntam: "Você é o Thomas do UFC?" ou "Você é aquele da joelhada?". Às vezes nem sabem meu nome, mas sabem da joelhada. Acontece direto - contou.
Thomas Almeida Chute Boxe (Foto: Marcelo Barone)Thomas Almeida, ao lado de seu treinador Diego Lima (Foto: Marcelo Barone)
O sucesso não chega a ser um mar de rosas para Thomas, que precisou abdicar de algumas coisas. As visitas à família, que mora no interior de São Paulo, se tornaram menos frequentes, assim como o tempo passado com os amigos. Entretanto, o brasileiro mostra consciência de que isso é necessário para alcançar seu sonho de conquistar o cinturão do UFC.
- Sou um cara muito família, então, por estar treinando muito, às vezes não consigo ficar perto deles. Minha família é do interior de São Paulo, e tenho que pegar o carro para ver todo mundo, demora um pouco. Sinto falta, mas, quando estou em off, consigo viajar e mato a saudade. Também sinto falta de estar com os amigos, mas faz parte. Nessa época da vida temos que abrir mão de algumas coisas para ter sucesso. Até gosto de sair, mas disso não sinto tanta falta, aprendi a não depender disso. Gosto de estar com a família, de fazer um churrasco, poder comer também (risos). Com essa vida, às vezes não podemos estar tão próximos - concluiu.

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