domingo, 29 de julho de 2012

Emoção só na torcida: em jogo fraco, Bahia e Timão empatam sem gols
Bom público de tricolores e alvinegros em Salvador vê partida insossa, sem muitas chances de gols e pouca criatividade. Placar breca reações
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    28 do 1º tempo
    Douglas recebe de Romarinho e, em vez de chutar, toca para Danilo na pequena área. O meia tem boa chance, mas Marcelo Lomba salva o Bahia em Salvador.
  • estatística
    Fábio Santos
    O lateral-esquerdo do Timão teve ótima participação na partida. Foi o jogador que mais passes certos deu no jogo em Salvador: foram 25. Apenas um errado.
  • deu errado
    Romarinho
    Substituto de Emerson Sheik, machuado, o jovem atacante esteve longe de representar o ídolo da Fiel. Chutou muito, sim, mas sem sucesso.
A CRÔNICA
por Leandro Canônico
76 comentários

Torcida não entra em campo. No caso de Bahia e Corinthians, infelizmente. Talvez se a vibração presente nas arquibancadas do estádio de Pituaçu, em Salvador, tivesse sido transferida para o gramado neste domingo, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, o resultado não teria sido um insosso e cansativo 0 a 0.
Alvinegros e tricolores fizeram a festa. Cantaram, apoiaram, vibraram. Postura bem diferente da vista dentro de campo. Os jogadores, pouco vibrantes, não fizeram um bom duelo. Pelo contrário. O jogo foi arrastado, com raras chances de gols para os dois lados e sem criatividade. Faltou empolgação. Sobrou desatenção.
O resultado breca a ascensão corintiana na tabela (a equipe vai a 16 pontos), mas aumenta para cinco o número de jogos do time de Tite sem perder no torneio nacional. Do lado do Bahia, agora com 12 pontos, a frustração é maior. Até porque a zona de rebaixamento está bem perto no retrovisor.
Agora, o Bahia dá um tempo no Campeonato Brasileiro e se concentra na Copa Sul-Americana. Na próxima quarta-feira, de novo em Pituaçu, o time recebe o São Paulo, às 21h50. No Brasileirão, o próximo desafio dos baianos será no domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre. De folga na semana, o Corinthians encara o Vasco, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. As duas partidas estão marcadas para 16h.
Danilo e fahel, bahia e corinthians (Foto: Felipe Oliveira / Agif / Ae)Danilo, do Corinthians, e Fahel, do Bahia, disputam a bola em Salvador (Foto: Felipe Oliveira / Agif / Ae)
Emoção só na arquibancada

O mando de campo era do Bahia, mas o Corinthians se sentiu em casa no estádio Pituaçu. Não só pela boa presença da torcida alvinegra, mas também pela maneira como o jogo se desenhou. Sem deixar os donos da casa jogarem, o Timão dominou as ações do primeiro tempo. Tanto que teve 60% de posse de bola.
Dentro dos seus 40%, o Bahia pouco fez. Não à toa, o goleiro Cássio foi um mero espectador dos primeiros 45 minutos de jogo. A melhor (e única) oportunidade do Tricolor foi aos dez minutos. E mesmo assim em chute prensado de Júnior com o zagueiro Wallace. Nada que levasse muito perigo ao gol alvinegro.
Muito embora o Corinthians tivesse o domínio da partida, não houve muitas chances claras para que os paulistas transformassem o domínio em gols. Melhor para o Bahia, que teve em Marcelo Lomba um porto seguro. As bolas que o Timão conseguiu chutar no gol pararam no goleiro.
Do lado alvinegro, aliás, destaque para Fábio Santos, muito participativo no jogo. Ele teve, em 45 minutos, 21 passes certos. Douglas, por exemplo, responsável pela armação, teve 11. Mas foi dos pés dele, um dos maestros da equipe, que saiu a melhor chance do Corinthians no jogo, aos 28 minutos.
Romarinho rolou para Douglas na esquerda, o meia preferiu cruzar em vez de chutar e Danilo arrematou. Marcelo Lomba salvou. Além disso, o Corinthians só arriscou com alguns chutes de Romarinho. Uns fracos, outros para fora. A verdade é que a etapa inicial foi fraca tecnicamente, sem muita emoção.

Na sombra
Se no primeiro tempo o sol ainda estava forte e atrapalhava os jogadores, na etapa final, com o campo dominado pela sombra, a expectativa era de um jogo mais acelerado. Mas os primeiros minutos continuaram amarrados, sem jogadas criativas e com pouca ação, muito pouca.
Mais ligado do que antes, no entanto, o Bahia cresceu na partida e partiu para o ataque. Tentou com Zé Roberto, com Júnior e mostrou ao Corinthians que não estava mais tão desorganizado quanto no primeiro tempo. Sem ligação entre o meio de campo e o ataque, por outro lado, o Timão sofria para criar.
Então, na tentativa de dar um gás novo ao Corinthians, o técnico Tite sacou Romarinho e mandou a campo o peruano Paolo Guerrero, aos 15 minutos. Mas quem quase abriu o marcador foi Alessandro. O lateral aproveitou saída errada de Marcelo Lomba e mandou por cobertura. Sem sucesso.
À beira do gramado, Caio Júnior e Tite gritavam com os seus times. Mas as duas equipes não respondiam dentro de campo. Pareciam cansadas. E num jogo assim, arrastado, as chances de gols tornam-se escassas. Os dois times mudaram, tentaram, mas não era a tarde de Bahia e Corinthians.
Uma pena para os torcedores que compareceram ao estádio de Pituaçu.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário