Desejado pelos Pelicans, Marquinhos diz: "Eu me sinto mais perto do Fla"
Com proposta para voltar à NBA, ala segue indeciso sobre o futuro, mas afirma que só deixa a Gávea se americanos oferecerem acordo de, no mínimo, duas temporadas
Longe do calor da decisão e sem a adrenalina que elevou seus batimentos diante do campeão da Euroliga, Marquinhos mostrou serenidade ao falar sobre o assunto nesta segunda-feira antes de sua participação no Globo Esporte, ao lado do técnico José Neto e dos companheiros Marcelinho, Olivinha e Nico Laprovittola, MVP (jogador mais valioso) da competição.
Marquinhos participou do Globo Esporte nesta segunda-feira ao lado de José Neto e Olivinha (Foto: Amanda Kestelman)
Sem rodeios, o camisa 11 do Flamengo confirmou o desejo de retornar à NBA seis anos depois de sua primeira passagem pelo basquete americano e explicou em que pé andam as negociações com a franquia da Louisiana.
- Essa semana foi bem difícil para mim. Eu e o Marcelinho talvez sejamos os únicos atletas no mundo que jogamos 20 partidas em 50 dias. Mal voltamos do Mundial e já começamos a treinar com o Flamengo, nem tivemos tempo para descansar. As negociações com os Pelicans começaram logo após a Copa do Mundo e continuam em andamento. Foi complicado porque era para ser uma coisa sigilosa e eu não podia deixar que isso me abalasse psicologicamente nos dois jogos. O que está pegando é o tempo de contrato. Eles me ofereceram um acordo por uma temporada, com a possibilidade de renovação por mais uma, enquanto eu gostaria de assinar por, no mínimo, duas - destacou Marquinhos.
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Embora reconheça que hoje se sente mais perto do Brasil do que dos Estados Unidos,
o ex-jogador do próprio New Orleans, que na temporada 2006/2007 ainda
se chamava Hornets, não descarta um retorno à NBA aos 30 anos e no auge
da carreira.- Como hoje não existe nada de concreto, me sinto mais perto do Flamengo. Até porque nunca quis deixar o clube. Jogo no melhor time do mundo, tenho toda a estrutura necessária para trabalhar e me sinto em casa. Mas não posso negar que seria excelente para minha carreira ter uma nova chance de jogar no melhor basquete do mundo. Hoje me sinto muito mais maduro e preparado para ir bem. Mas tem que ser uma coisa boa para mim e para minha família. Não adianta eu voltar para lá e não ter tempo de quadra. Mas qualquer que seja minha decisão será boa para mim - explicou.
Além de uma possível volta para os Estados Unidos, Marquinhos falou sobre Flamengo, conquista da Copa Intercontinental, seleção brasileira e Jogos Olímpicos de 2016. Entre a tristeza da eliminação para a Sérvia e o sonho de conquistar uma medalha no Rio de Janeiro, o ala rubro-negro admite que não esperava que fosse viver tantas alegrias com a camisa vermelho e preta.
Confira os principais trechos da entrevista:
flamengo
Marquinhos exibe a medalha de campeão da Copa Intercontinental (Foto: Amanda Kestelman)
"Sinceramente,
eu não esperava ganhar tudo isso. Achava que seria muito difícil. Muita
gente falava que eu e Marcelinho não podíamos jogar juntos, que era um
time com muitas estrelas e que não daria liga. Nada disso aconteceu. Eu e
Marcelo nos encaixamos perfeitamente, depois chegaram o Nico e o
Jerome, e encontramos uma química nesse grupo que tem feito a diferença.
No nosso grupo não existe vaidade. Temos o mesmo pensamento, criamos
uma amizade muito grande e todos se respeitam. Com certeza o Flamengo é o
clube com o qual mais me identifiquei na careira. Em nenhum outro lugar
encontrei um ambiente tão bom e uma torcida tão fanática. Eu me
surpreendi com a estrutura do clube e hoje me sinto em casa."
NBB
seleção brasileira
Destaque da seleção na Copa do Mundo da Espanha, Marquinhos aposta numa medalha em 2016 (Foto: Agência AP)
Jogos Olímpicos do rio de janeiro-2016
copa intercontinental
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