domingo, 18 de novembro de 2012

No fim, Ronaldinho Gaúcho impede derrota do Galo para o Atlético-GO
Xarás ficam na igualdade por 2 a 2 em jogo que o Alvinegro acerta a trave em cinco oportunidades, três delas com R49 em cobranças de falta
 
  
DESTAQUES DO JOGO
  • Pontaria
    Dragão
    O Atlético-GO finalizou apenas três vezes no 1º tempo, mas obteve grande êxito, já que marcou duas vezes. Por sua vez, o Galo atacou o gol de Márcio em dez oportunidades, obtendo sucesso em apenas uma delas.
  • personagem
    Ronaldinho
    Antes de a bola rolar, R49 recebeu um prêmio por ser o melhor jogador da década. Com ela rolando, o camisa 49 conseguiu a proeza de acertar a trave três vezes, mas fez gol salvador já nos acréscimos.
  • trave no caminho
    Cinco vezes
    O Atlético-MG pressionou o xará durante os 90 minutos. Quando a bola não era defendida por Márcio ou ia para fora, acabava encontrando algum dos postes. Jô acertou uma, Bernard outra, enquanto R49 mandou três.
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
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Com cinco bolas na trave e lances polêmicos em faltas dentro da área, o Atlético-MG não conseguiu superar, neste domingo, o lanterna do Campeonato Brasileiro e apenas empatou com o Atlético-GO, por 2 a 2, no Estádio Independência, com direito a gol no último minuto do jogo. A zebra que apareceu em Belo Horizonte na partida da 36ª rodada quase fez com que o Galo perdesse a invencibilidade como mandante na competição após 15 partidas e 15 meses sem ser derrotado em casa. O Dragão chegou a fazer 2 a 0 com Rayllan e Patrick, mas permitiu a igualdade através de Réver e Ronaldinho Gaúcho. O público foi de 15.342 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 431.040,00.
Além disso, o time alvinegro fica na espera de manter o sonho de terminar a competição com o vice-campeonato, que dará a vaga na fase de grupos da Taça Libertadores do ano que vem. O Galo chegou aos 66 pontos, na terceira colocação, e pode ver essa diferença chegar a três pontos, se o Grêmio derrotar a Portuguesa, ainda neste domingo.
O Dragão, já rebaixado, chegou aos 27 pontos e conseguiu complicar a vida do Atlético-MG, assim como fez com o Santos de Neymar na rodada anterior, quando venceu por 2 a 1. Sem pretensão alguma, o time vai conseguindo terminar de forma honrosa a participação na Série A.

Na próxima rodada, o Galo vai ao Rio de Janeiro, onde enfrentará o Botafogo, no Engenhão, domingo, às 17h (de Brasília). O Atlético-GO vai pegar o Palmeiras, no mesmo dia, no mesmo horário, no Pacaembu.
Antes da partida, Ronaldinho Gaúcho foi premiado com o troféu em homenagem ao título de ‘Melhor Jogador da Década", vencido pelo craque em 2009, honraria dada pela revista britânica "World Soccer".
Dragão surpreendente
O lanterna da competição entrou em campo disposto a acabar com a euforia atleticana. Logo nos primeiros minutos, após cruzamento da direita, Victor espalmou para dentro da área, e Rayllan chutou forte para abrir o placar.
Até então, a torcida do Galo apoiava, mas o time parecia pensar que ganharia a partida quando quisesse. E a situação piorou quando o Dragão ampliou. Aos 16 minutos, Ernandes ganhou de Guilherme na corrida e cruzou para Patrick apenas empurrar para o gol. A torcida alvinegra não poupou Guilherme.
Ronaldinho gaucho atlético-mg eatlético-go (Foto: Paulo Fonseca / Agência Estado)Ronaldinho Gaúcho mais uma vez é decisivo para o Atlético-MG (Foto: Paulo Fonseca / Agência Estado)
Mas bastaram três minutos para o Galo diminuir com o capitão Réver. O zagueiro dominou dentro da pequena área chute de Bernard e só teve o trabalho de escolher o canto e tocar para o gol. Comemoração discreta em campo e ânimo renovado nas arquibancadas.
Mesmo com o gol que recolocou os donos da casa de volta ao jogo, o time se perdia nos próprios erros. Guilherme, tal como em boa parte de sua trajetória no Atlético-MG desde que chegou, estava apagado. O atacante Jô, na sua principal jogada, cabeceou no travessão, sem goleiro, uma chance cristalina, para desespero da torcida presente em ótimo número. Apesar da pressão territorial, das inúmeras finalizações e da supremacia na posse de bola, o Galo saiu em desvantagem no placar diante de um Dragão já rebaixado, porém sem responsabilidade.
Trave rouba pontos do Galo
O técnico Cuca, assim como toda a torcida no estádio, perdeu a paciência com Guilherme e colocou Neto Berola em seu lugar. No anúncio da substituição pelo alto-falante, os atleticanos comemoraram como um gol.
Com a bola rolando, Bernard chegou a mandar um chute na trave logo de cara. Em seguida, Réver cabeceou escanteio para fora. Assim, os visitantes se seguravam e até assustavam, com Reis, que havia entrado no lugar de Diogo Campos. Ele chutou à queima-roupa em cima de Victor.
Conforme passavam os minutos, o desespero dos mineiros aumentava. A cada passe errado, a torcida ia à loucura. E o time sentia bastante. A desorganização em campo era visível. Pelo futebol, parecia que o Galo era o último colocado.
Em falta, Ronaldinho mandou a primeira de suas três bolas na trave. Essa, depois de parar caprichosamente no travessão, ainda quicou em cima da linha. Logo depois, o camisa 49 mandou outra, só que no pé da trave, para levar os torcedores do Galo à loucura. Parecia de propósito, mas em outra oportunidade ele voltou a carimbar o travessão, desta vez com a ajuda de Márcio, que chegou a tocar na bola.
Mas o craque alvinegro retribuiu o pedido de "fica Ronaldinho" gritado pelos torcedores no início da partida. Aos 45 minutos, o meia pegou rebote na área e chutou no canto de Márcio para explodir o Independência e evitar a perda da invencibilidade do time como mandante na competição. Se não foi bom, o empate pelo menos serviu de consolo para o Alvinegro, que ainda briga pelo vice-campeonato.

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