domingo, 18 de novembro de 2012

Na base da raça, Bahia derrota a Ponte Preta em Pituaçu
Depois de pressão da Macaca, Tricolor sai com resultado positivo graças a gol de Neto aos 35 minutos do segundo tempo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    17 do 2º tempo
    Com o 0 a 0 no placar e a necessidade do triunfo, a torcida do Bahia decidiu agir na arquibancada. Reforçou o coro e empurrou o Tricolor para o triunfo.
  • estatística
    pé na forma
    A Ponte Preta acertou 207 passes ao longo dos 90 minutos. O Bahia, por sua vez, teve apenas 132 passes certos no duelo em Pituaçu neste domingo
  • o nome do jogo
    Neto
    O lateral-direito do Bahia, que ainda não havia balançado as redes em Pituaçu, aproveitou a chance que teve e garantiu os três pontos para o Tricolor.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Faltou qualidade, mas sobrou vontade. Em um jogo nervoso e sem grande inspiração, o Bahia foi dominado pela Ponte Preta, mas conseguiu fazer valer o mando de campo. Empurrado pela torcida, o Tricolor venceu por 1 a 0, com gol de Neto aos 35 minutos do segundo tempo, e se manteve afastado da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, pela 36ª rodada, a duas do fim.
O Bahia entrou em campo com o estigma de segundo pior mandante do Brasileiro. Eram apenas quatro vitórias em 20 partidas em casa. O baixo desempenho diante do torcedor e a pressão pela ameaça da degola deixaram o time nervoso, mas a torcida fez o papel fundamental para o resultado positivo.
– Foi uma vitória suada. Não deu na qualidade, mas deu na raça. A gente sabia que ia ser um jogo difícil – comentou o atacante Souza.
Os três pontos conquistados em Pituaçu deixaram o Bahia fora do Z-4. O Tricolor chegou aos 43 pontos e, na conta da equipe, precisa de mais três para se livrar completamente do risco de voltar à Série B. A chance de atingir a marca será no próximo domingo, quando enfrentará o Náutico, em Pituaçu, às 17h (de Brasília).
A Ponte Preta, que já não se assusta com o rebaixamento, está na 12ª colocação com 46 pontos. Volta a jogar no domingo, contra o São Paulo, no Moisés Lucarelli, também às 17h.
Papéis invertidos em campo
souza bahia joão paulo ponte preta (Foto: Erik Salles / Agência Estado)Souza tenta passar pela marcação de João Paulo (Foto: Erik Salles / Agência Estado)
O jogo era em Pituaçu, mas o único sinal disso no início do confronto ficou na arquibancada. Mesmo com o estádio cheio, como os jogadores pediram ao longo da semana – foram 24.004 pagantes –, o Bahia foi dominado pela Ponte Preta. A equipe paulista ganhou praticamente todas as disputas no meio de campo e criou as melhores oportunidades dos primeiros 45 minutos.
Ao Bahia, na luta contra o rebaixamento, restou a ansiedade de querer resolver logo e a pressão por um resultado positivo. O trio ofensivo formado por Souza, Gabriel e Jones se mostrou bastante afastado dos jogadores do meio. A zaga formada por Alysson, que não jogava há um bom tempo, e o improvisado Fabinho foi o ponto mais inseguro.
A Ponte Preta soube aproveitar bem essas brechas na defesa tricolor. Luan, Baraka, Roger e Nikão tiveram boas oportunidades para abrir o placar, mas não conseguiram acertar o pé na frente do goleiro Marcelo Lomba.
A diferença entre as duas equipes no primeiro tempo ficou evidente nos números ao fim dos 45 minutos. A visitante Ponte Preta teve 63% da posse de bola e finalizou nove vezes. O Bahia ficou com os 37% restantes e deu apenas dois chutes ao gol de Edson Bastos. O primeiro deles somente aos 31 minutos.
Torcida empurra, e Bahia responde
Para o segundo tempo, o técnico Jorginho tentou modificar este cenário com uma mudança. Zé Roberto entrou no lugar de Jones para ser o responsável pela criação no meio de campo. Mas o efeito não foi o esperado em campo.
O Bahia seguiu sem fazer valer o mando de campo. A torcida demonstrou mais impaciência, e a Ponte Preta por pouco não aproveitou aos 14 minutos. Cicinho aproveitou o erro da zaga e de Marcelo Lomba, passou pelo goleiro e bateu cruzado. A bola passou pela frente do gol e não entrou.
A mudança do cenário da partida só aconteceu três minutos depois. Com o 0 a 0 no placar, a torcida do Bahia passou a gritar o nome do time e apoiar na arquibancada com mais força. O incentivo surtiu efeito, e os jogadores passaram a pressionar a Ponte Preta. Não na base da organização ou de jogadas ensaiadas, mas na vontade.
Na empolgação, Souza e Zé Roberto desperdiçaram as melhores chances do Bahia. O atacante recebeu passe de Diones e, na entrada da área, tentou bater colocado. Edson Bastos defendeu e, no rebote, conseguiu abafar o chute de Zé Roberto.
O grito de gol preso na garganta, no entanto, não demorou muito para sair. Aos 35 minutos, Hélder recebeu a bola dentro da área e ajeitou para Neto. O lateral bateu cruzado e, desta vez, o goleiro Edson Bastos não teve o que fazer. Era festa na arquibancada de Pituaçu.
Nos minutos finais, o Bahia chegou a criar chances de ampliar o placar. Enquanto isso, a Ponte Preta partiu para cima, mas não conseguiu passar por Marcelo Lomba. Com o apito final, a torcida tricolor explodiu de alegria na arquibancada com mais três pontos conquistados na luta contra o rebaixamento.
 

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