domingo, 1 de setembro de 2013

Treinador de Pettis analisa duelo e rebate declarações de time de Aldo

Brasileiro Diego Moraes diz que seu pupilo quer luta contra José Aldo, e faz elogios a Dedé Pederneiras e ao campeão dos pesos-penas do UFC

Por Direto de Milwaukee, EUA
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Diego Moraes técnico Anthony Pettis UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Diego Moraes posa com o cinturão de seu aluno, Anthony
Pettis, após o UFC 164 nos EUA (Foto: Evelyn Rodrigues)
Anthony Pettis tomou o cinturão dos pesos leves do UFC de Ben Henderson com uma finalização no primeiro round em duelo na noite deste sábado. E por mais que os fãs do "Showtime" acreditassem que ele venceria, era pouco provável que eles imaginassem que a vitória  acabaria acontecendo com uma chave de braço. Ainda mais contra Benson, que é considerado um dos lutadores mais duros da categoria e que realizou neste sábado a sua primeira luta como faixa preta em jiu-jítsu.
Durante a coletiva de imprensa após o UFC 164, o novo campeão peso-leve do UFC justificou o seu trabalho durante toda a preparação para o duelo e falou sobre a importância dos treinos de chão na temporada que passou no Brasil:
- As pessoas acham que eu não tenho chão, mas jiu-jítsu é a minha área também. Eu sou um lutador de artes marciais mistas e eu tenho que ser bom em todas as áreas. E os treinos no Brasil tiveram uma importância tremenda. O Diego Moraes é um cara que eu trouxe para o meu camp, ele está aqui comigo há quase dois meses, e o trabalho dele realmente ajudou o meu jogo. Mesmo que eu não seja ranqueado em jiu-jítsu com quimono, nós analisamos os detalhes todos os dias. Esses caras vivem comigo, então isso realmente ajudou. Eu venci a luta com uma chave de braço e isso é algo que trabalhei muito. O Brasil é um lugar maravilhoso e eu tive bons momentos lá - declarou.
Em entrevista ao Combate.com após a coletiva, o treinador de jiu-jítsu de Pettis, Diego Moraes, comentou o desempenho de seu pupilo no octógono:
- Eu estava muito confiante de que ele poderia finalizar essa luta, mesmo sabendo do nível de chão do Ben, que é faixa preta e está competindo bastante. Mas o Anthony tem um chão muito natural, o quadril dele é muito solto, ele é muito perigoso com as costas no chão. Ele já tem um talento natural, o que facilita muito, mas não treinava muito jiu-jítsu. Agora ele está focando nessa parte, foi para o Brasil e ficou 15 dias lá com a gente treinando, e eu fiquei aqui um mês e meio no camp dele, a evolução dele no jiu-jítsu tem sido muito grande e, justamente por isso, a gente achava que ele podia finalizar, e ele acabou finalizando para a nossa alegria, né?  Eu, como treinador de jiu-jítsu, não poderia ser coroado com um prêmio maior do que uma finalização no primeiro round no chão - declarou.
Anteriormente escalado para enfrentar José Aldo no UFC 163, Pettis sofreu uma lesão no joelho  e teve que se retirar do duelo, sendo substituído por Chang Sung Jung. Algumas semanas depois, o então adversário de Ben Henderson, TJ Grant,  se lesionou, e Pettis decidiu pedir uma chance para voltar à divisão dos leves e disputar o título. Mas na noite deste sábado, logo após vencer Ben, "Showtime" voltou a desafiar Aldo e, segundo o treinador do americano, isso era algo que ele já tinha planejado:
- A gente já tinha esse plano, ele quer muito essa luta com o Aldo. Não é nada pessoal contra o Aldo ou contra o Dedé, rolou todo esse falatório na internet, mas é tudo profissional. O Anthony quer ser lembrado como um dos melhores lutadores da história, e ele sabe que o Aldo é o número um dos penas na trocação, então ele quer se colocar à prova contra o brasileiro. Ele estava muito animado com aquela luta. Vamos ver agora, esperar o Dana White decidir.
Questionado sobre o que achou das declarações de André Pederneiras, treinador de Aldo, que afirmou que aceitaria o duelo caso Pettis desistisse do cinturão dos leves e baixasse para a divisão dos penas, Diego retrucou:
- Eu não entendi muito bem essa história de ter que largar o cinturão. Coloca um peso intermediário, um desce, um sobe, sei lá. A intenção é mostrar quem é o melhor. O Anthony quer muito essa luta e eu, por ser fã do trabalho do Dedé e do Aldo, também quero. Acho que esta seria uma luta empolgante para todo mundo.
O brasileiro aproveitou para elogiar a determinação de Pettis:
- A ficha ainda não caiu, mas para ele é a realização de um sonho. Por tudo o que ele batalhou, veio como campeão do WEC, não teve a chance ao cinturão, ia lutar contra o Aldo se machucou, aí apareceu essa luta logo depois. Os dois últimos meses dele foram complicados. É como se ele tivesse ido do céu ao inferno e voltado ao céu. Ele estava predestinado a tomar esse segundo cinturão. Acho que tudo teve um porquê, e hoje essa vitória veio no momento certo, na cidade dele. Era pra ser assim. Foi uma luta perfeita! Ele parou as quedas do Ben na trocação, conectou chutes fortíssimos, que o Ben sentiu muito, e finalizou no chão. Foi perfeito!

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