quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Emerson Fittipaldi revela que pai tentou tirá-lo do automobilismo

Antes de brilhar na pistas, primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1 recebeu do pai um barco, com objetivo de retirá-lo do esporte

Por SporTV.com São Paulo
Pensar na história do automobilismo mundial e não ter em mente o nome Fittipaldi é uma tarefa praticamente impossível. O amor da família pela velocidade começou com o Barão Wilson Fittipaldi, hoje com 91 anos. Depois vieram os filhos Emerson, primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1, em 1972, e o irmão Wilson, que também pilotou na categoria. O sobrinho Christian também esteve na modalidade, mas não alcançou o mesmo sucesso. Atualmente, a maior aposta é o jovem Pietro, destaque na Late Model, divisão da Whelen All American Series, categoria regional da Stock Car americana. (assista ao vídeo).
Convidados do programa Linha de Chegada, os integrantes do clã Fittipaldi contaram ao jornalista Reginaldo Leme que o destino vitorioso da família poderia ter sido longe dos autódromos. Único fundador vivo da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), o Barão Wilson Fittipaldi, ao perceber que o amor dos filhos pela velocidade estava aumentando, resolveu tentar levá-los para uma atividade com menos risco.
- Quando ele (Barão) viu que começou a esquentar e que o rumo seria o automobilismo, ganhei um barco, que era o melhor. O objetivo era ver se eu sairia o mais rápido possível do automobilismo - contou Wilson.
- Os resultados eram excelentes, penúltimo ou último. Teve um dia em que todo mundo chegou ao clube e nós chegamos só na parte noite. Ficamos perdidos no lago - complementou Emerson.
O envolvimento da família com o esporte é tão grande que Christian brinca:
- Em casa, a gente sempre falou que tomava café da manhã motor, almoçava chassis, e jantava rodas, asa dianteira, asa traseira – brincou Christian Fittipaldi, neto do Barão Wilson, ao contar o envolvimento da família no automobilismo.

Família Fittipaldi no Linha de Chegada (Foto: Alfredo Bokel/Globoesporte.com )As histórias do clã Fittipaldi divertiram e emocionaram a todos (Foto: Alfredo Bokel/Globoesporte.com )

Copersucar: um sonho que não deu certo
O pioneirismo não se deu apenas na formação da Confederação Brasileira de Automobilismo, os Fittipaldi também formaram a primeira equipe nacional de Fórmula 1, a Copersucar. Fundada em 1975, a equipe não conseguiu conquistar bons resultados, apesar de contar com a experiência de Emerson, que já havia conquistado seus dois títulos mundiais, e de Wilson. A melhor colocação foi um segundo lugar no Rio de Janeiro em 1978.
Os irmãos destacaram que a constante troca de engenheiros atrapalhou o projeto. Além da falta de resultados, a família precisou se desfazer de quase tudo para pagar as dívidas da equipe.
- Tivemos que vender muita coisa para manter a equipe. Foi difícil. Depois que o time fechou, nós conseguimos voltar a crescer. Foi uma fase muito difícil. Parte da imprensa e do público brasileiro não entendeu quanto seria importante se esta equipe continuasse – recordou Wilson Fittipaldi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário