Do campo às arquibancadas, China tenta encurtar abismo para potências
Jogadores brasileiros e argentinos reforçam futebol chinês, mas as diferenças entre os ocidentais e orientais ainda são enormes dentro e fora de campo

Chineses trocam telão pelo joguinho de dados(Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)
O bar de esporte não tem a camiseta do Guangzhouna parede (Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)
- A torcida é totalmente diferente. Não tem pressão. Nosso time leva em média 45 mil pessoas para o estádio. A gente nunca perdeu até agora, só empatou. Mas a gente pode jogar mal que eles não vaiam a gente. Eles aplaudem. O torcedor aqui enxerga o jogo de outra forma – avalia o brasileiro Muriqui, uma das estrelas do Evergrande.
Em frente ao estádio do Guangzhou Evergrande, o tênis de mesa é que faz sucesso. O esporte com a bolinha menor ainda é muito mais popular entre os chineses (Foto: Lydia Gismondi / GLOBOESPORTE.COM)- O jogo é muito mais rápido do que no Brasil. No Brasil, é bem mais cadenciado. Eles batem mais também. A prioridade deles é defender e, se der, fazer um golzinho. Se empatar, para eles está bom. Os times quando vão jogar contra a gente, por exemplo, ficam todos lá atrás. Sem vergonha nenhuma. E, com 15 minutos do segundo tempo, começa a dar câimbra nos caras – contou Muriqui.
Cristiano Ronaldo deixou os chineses atordoadosna goleada por 7 a 1 (Foto: Agência Reuters)
- Eles treinam forte, mas jogam pouco. Tem poucos jogos no ano. Uma hora meia, duas horas por dia, mas é um treino muito forte. No Brasil, com um jogo na semana, você treina um ou dois dias em dois períodos e, depois, a carga vai diminuindo. O mais forte é o coletivo. Aqui, se a gente joga no domingo, treina forte até sexta-feira – destacou Muriqui.
Último e mais badalado reforço do Guangzhou, Conca também concorda que o jogo dos orientais é mais corrido. O ídolo do Fluminense, no entanto, acredita que o futebol chinês está em evolução.
- Mesmo com bola eles dão muito ritmo no treino, querem chegar rápido no gol. Mas eles estão melhorando cada vez mais. Agora, está bem mais parecido. Nosso time tem alguns jogadores que estão na seleção, tem dois ou três que estiveram na Europa - ressalta o craque argentino, contratado pelo time chinês por cerca de R$ 15 milhões, com um salário de quase R$ 2 milhões por mês.
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