quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

São Paulo e Braga deixam ressaca de lado e se esbaldam em gols

Num confronto cheio de viradas, Tricolor começa perdendo, pula à frente, mas leva o empate. Resultado é ruim para as duas equipes

Por Marcos Guerra Bragança Paulista, SP
Nada de ressaca de carnaval. Os jogadores de São Paulo e Bragantino deram show nesta Quarta-feira de Cinzas em um empate cheio de gols e reviravoltas. Sob as batutas de Jadson e Cícero, pelo lado tricolor, Romarinho e Giancarlo, pelo Braga, os dois times foram dois franco atiradores em Bragança Paulista e protagonizaram um belo jogo, cheio de alternativas e que terminou num 3 a 3 emocionante.
Depois de estar perdendo por 2 a 0, o time do Morumbi até buscou a virada, mas sofreu um  empate quase imediato. Apesar de ter sido muito bom, o jogo produziu um resultado que não agradou a nenhuma das duas equipes. Com o empate, a equipe do Morumbi estacionou nos 18 pontos e se distanciou da ponta do Campeonato Paulista. O Bragantino, por outro lado, chegou a 12 pontos e viu o G-8 se distanciar.
O Braga volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Catanduvense, às 18h30m (horário de Brasília), no estádio Silvio Salles, em Catanduva. Já o São Paulo vai a Presidente Prudente para disputar clássico com o Palmeiras, às 16h (horário de Brasília), no Prudentão.
Chuva de gols
Depois de folgar no carnaval, o São Paulo entrou em campo disposto a fazer uma apoteose em grande estilo. O time do técnico Emerson Leão começou o jogo modificado: o volante Fabrício fez sua estreia, e o meia Cícero atuou improvisado como centroavante, já que Willian José (suspenso) e Luis Fabiano (lesionado) eram desfalques. Apesar das mudanças, a equipe demonstrava com entrosamento, os jogadores se encontravam em campo.
Cortes São Paulo x Bragantino (Foto: Filipe Granado / Futura Press)Cortez disputa bola contra defensor do Bragantino (Foto: Filipe Granado / Futura Press)

No entanto, o anfitrião não quis saber de convidado mandando na festa. Bem postado na defesa, o Bragantino parava todas as investidas são-paulinas. O técnico Marcelo Veiga apostou na velocidade de seus jogadores para sair no contra-ataque. Foi assim que o Braga conquistou o escanteio que originou o primeiro gol da partida, aos oito minutos. Denis não saiu para afastar a bola, a defesa tricolor só assistiu e Giancarlo aproveitou para, de coxa, balançar a rede. Foi o oitavo gol dele no estadual, e o sétimo de bola aérea sofrido pelo time do Morumbi.
O estreante Fabrício nem teve tempo de mostrar serviço. Teve de deixar o campo com dores musculares e deu lugar a Casemiro. Justamente quando a partida virou um "toma lá, dá cá". O anfitrião assustava nos contra-ataques, com Romarinho e Fernando Gabriel, enquanto o visitante investia nas jogadas pela lateral esquerda, com Fernandinho e Cortez.
Fernandinho tentou por cobertura, de cabeça, e nada. Pior ficou quando ele furou um cruzamento de Cortez. Romarinho pegou a sobra, armou um contra-golpe e tentou cruzar para Léo Jaime. O lateral não alcançou, mas a bola ficou de presente para Fernando Gabriel apenas escorar e ampliar a vantagem, aos 24.
A reação são-paulina foi quase imediata. Depois de receber um belo passe de Cícero, Jadson foi derrubado na grande área pelo goleiro Rafael. Pênalti. O meia, que havia errado a cobrança de um pênalti no clássico contra o Corinthians, não se intimidou com as vaias da torcida local: aos 27 minutos, colocou no canto direito de Rafael e mandou para o além o fantasma do pênalti perdido.
O São Paulo se empolgou com o gol e voltou a dominar. Não demorou para o empate chegar, em um jogada pela direita, aos 35. Fernandinho se redimiu da falha no segundo gol do Bragantino: em jogada individual, tirou a marcação de seu caminho e cruzou para Cícero. Como um centroavante típico, o meia apenas empurrou a bola para fechar a chuva de gols do primeiro tempo.
Lá e cá
O ritmo da festa não diminuiu na etapa complementar: um gol atrás do outro. O São Paulo buscava a virada de todo jeito, e conseguiu, novamente com Cícero. Aos 15, o meia, livre na intermediária, limpou para o centro e disparou um foguete com a perna canhota. Sem chances para Rafael.
A torcida tricolor, porém, mal teve tempo de festejar a virada. Mais uma vez em uma bola alçada na grande área, apenas dois minutos depois do gol de Cícero, Romarinho, de cabeça, deixou o jogo igual novamente.

Como o empate não era bom para ninguém, os dois times se lançaram ao ataque. Cícero até acertou o travessão, enquanto Giancarlo e Romarinho obrigaram Denis a fazer grandes defesas. No entanto, o placar não se alterou: 3 a 3.

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