domingo, 25 de novembro de 2012

Raçudo Atlético-MG repete o placar do 1º turno e vence o Botafogo: 3 a 2
Time carioca teve o jogo à sua feição, cedeu o empate quando tinha um jogador a mais e acabou levando a virada aos 43 do segundo tempo
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Como ocorrera no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG com muita garra derrotou o Botafogo, por 3 a 2, com um gol aos 43 minutos do segundo tempo. Réver foi o herói deste domingo, no engenhão - Bernard e Richarlyson fizeram os outros do Galo, com Antonio Carlos e Elkeson marcando os do time carioca. A equipe da casa teve o jogo nas mãos, quando na etapa final vencia por 2 a 1 e passou a ter um jogador a mais em campo, após Junior Cesar receber o cartão vermelho, mas cedeu o empate, teve Lucas também expulso, e levou a virada.
O resultado mantém o Atlético-MG com chances de ser o vice-campeão brasileiro e conseguir vaga direta para a Taça Libertadores de 2013. O time mineiro tem agora 69 pontos e permanece a um do Grêmio, que venceu o Figueirense e segue na segunda colocação. O Botafogo estacionou nos 54 e é o sétimo. A renda somou R$ 51.935, para um público de 3.039 pagantes (4.629 presentes). Na última rodada do Brasileirão, o Alvinegro carioca enfrenta o Flamengo no próximo sábado, às 19h30m (de Brasília), novamente no Engenhão. No dia seguinte, às 17h, o Atlético-MG faz o clássico com o Cruzeiro, no Independência.
O jogo
Tarde chuvosa, estádio vazio, sonolência. A partida começou numa lentidão digna de fim de festa. Muitos erros de passe, especialmente no lado carioca, tornavam o jogo moroso, quase sem interesse, até que aos 13 minutos Jô foi derrubado por Antonio Carlos perto da meia-lua, após uma tentativa equivocada de Seedorf de dar um toque de calcanhar na saída de bola. Bernard cobrou com muita categoria, à la o ausente Ronaldinho Gaúcho, e pôs a bola no ângulo direito de Jefferson, que só assistiu ao belo gol atleticano, aos 14.
Bernard gol Atlético-MG (Foto: Wagner Meier / Ag. Estado)Bernard, no centro, é cumprimentado após fazer o primeiro gol do Galo (Foto: Wagner Meier / Ag. Estado)
O time da casa tentou reagir, mas não conseguia solução para despertar em campo. Já os mineiros, na base dos contra-ataques, eram mais perigosos. Porém, lógica e futebol nem sempre combinam e, mesmo sem fazer muito por merecer, o Botafogo empatou o jogo aos 27, com um gol inédito neste Campeonato Brasileiro: do zagueiro Antonio Carlos, que completava o seu 150º jogo com a camisa do Bota. Seedorf cobrou escanteio pela direita e o zagueiro nem precisou tirar os pés do chão para cumprimentar de cabeça e contar com a colaboração do goleiro Victor.
A zaga atleticana continuou desnorteada, e a equipe do Rio de Janeiro se aproveitou para virar dois minutos depois, em nova jogada surgida de um escanteio, desta vez no lado esquerdo. Seedorf cobrou de novo, Antonio Carlos, no segundo pau, cabeceou para trás, Lodeiro furou e Elkeson chutou forte, rasteiro, no meio do gol para desempatar o jogo. O time da casa passou a jogar com mais confiança e com toque de bola mais eficiente, mas aos 36 chegou a levar um gol de Escudero, em lance mal invalidado, porém de grande dificuldade para o assistente Marcio Luiz Augusto, que marcou impedimento do atacante.
Jogo ganha mais disposição, velocidade e qualidade no segundo tempo
O Atlético-MG retornou com uma disposição até então não demonstrada por ninguém no Engenhão, e o jogo na etapa final teve mais velocidade e qualidade, com os dois times buscando o gol. Em vantagem, o Botafogo passou a explorar os contra-ataques e teve ótima chance com Elkeson, aos 7, mas Victor espalmou a escanteio. O ímpeto inicial dos mineiros não durou muito, e pouco depois de Guilherme receber cartão amarelo e levar uma bronca do árbitro Wilton Pereira Sampaio, Cuca tirou o seu camisa 10 e pôs Juninho em seu lugar.
O Atlético-MG voltou a crescer em campo, e Escudero teve boa oportunidade, aos 16, mas chutou para fora, da meia-lua, à esquerda de Jefferson. Porém, uma bobeada incrível após uma cobrança de falta no ataque feita por Junior Cesar que Pierre não viu causou um prejuízo enorme para o time mineiro, aos 20. Seedorf se aproveitou, avançou de seu campo, ia penetrar sozinho na área, mas antes foi derrubado por Junior Cesar, que recebeu imediatamente o cartão vermelho.
Melhor para o Botafogo, que ficou com vantagens no placar e no número de jogadores em campo, e foi em busca do terceiro gol. Aos 29, em outro contragolpe rápido pela direita, Seedorf quase surpreendeu Victor, que estava mal posicionado, e fez um golaço. Quatro minutos depois, após falha de Réver, Elkeson quase marcou de bicicleta. A partida estava nas mãos dos cariocas, mas a lógica novamente foi desprezada pelo destino da partida. Num dos raros ataques atleticanos após a expulsão de Junior Cesar, Juninho cruzou da direita na área para Richarlyson, que entrou solto no lado oposto e bateu de primeira para empatar novamente, aos 36: 2 a 2.
A partir daí os visitantes se animaram e quase conseguiram virar, com Bernard e depois com Jô. Aos 42, Lucas derrubou Leandro Donizete, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Um minuto depois, o castigo foi mais duro para os botafoguenses: Serginho recebeu na área, pela direita, e tocou para Réver, completamente livre, tocar da pequena área para colocar no placar 3 a 2 para o Atlético-MG. O desespero tomou conta do Botafogo e os poucos torcedores presentes ao estádio passaram a xingar o técnico Oswaldo de Oliveira, que pagou o preço pelas bobeiras de seu time em campo. Melhor para o Galo.

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