domingo, 25 de novembro de 2012

Com Ganso e Cañete, São Paulo fica no empate com Ponte, que segue na elite
Superior aos reservas do Tricolor, Macaca falha nas finalizações. Ney usa jogo para observar ex-santista como titular e argentino no segundo tempo
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Roger
    O atacante da Ponte foi bem: acertou a trave, exigiu boas defesas de Denis, mas saiu machucado após perder chance no segundo tempo
  • deu errado
    misto tricolor
    Atuando com os reservas, o São Paulo teve 25 minutos de bom futebol. Depois, apesar das três mudanças feitas por Ney, foi dominado pela Ponte.
  • alívio
    Cañete
    O argentino sofreu grave lesão no joelho direito em outubro de 2011 e ficou mais de um ano parado. Voltou neste domingo e atuou 35 minutos.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Um empate que agradou aos dois times. É dessa maneira que pode ser classificado o 0 a 0 entre Ponte Preta e São Paulo, neste domingo, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Durante os 90 minutos, a Macaca foi melhor, perdeu as melhores oportunidades, mas garantiu o ponto que precisava para assegurar sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Já o São Paulo, que entrou com o time reserva, saiu de campo com a certeza de que terá de disputar a primeira fase da Taça Libertadores da América em 2013 - com as vitórias de Grêmio e Atlético-MG, o Tricolor não tem mais chances de ser vice-campeão.
Para Ney Franco, o jogo foi importante para que ele pudesse analisar a participação de dois atletas: Paulo Henrique Ganso, que disputou sua primeira partida como titular, e Marcelo Cañete, que voltou a jogar após mais de um ano se recuperando de uma grave lesão no joelho direito. Ambos tiveram atuações regulares.
A partir desta segunda-feira, todos os esforços no Tricolor estarão voltados para o decisivo confronto de quarta, contra a Universidad Católica, pela semifinal da Copa Sul-Americana. No primeiro duelo, na última quinta, em Santiago, houve empate por 1 a 1. Quem vencer garante vaga na decisão. Já a Ponte Preta se despede do Campeonato Brasileiro no próximo fim de semana, contra a Portuguesa, no Canindé.
Ganso São Paulo x Ponte Preta (Foto: Denny Cesare / Ag. Estado)Ganso teve atuação apenas regular no primeiro tempo em Campinas (Foto: Denny Cesare / Ag. Estado)
Em jogo equilibrado, goleiros se destacam
Ponte Preta e São Paulo entraram em campo com objetivos bem distintos. A Macaca, que tinha como único desfalque o atacante Luan, machucado, apostou em Rildo como parceiro de ataque de Roger e entrou precisando de um ponto para garantir permanência na Série A em 2013. No São Paulo, que ainda possuía chances matemáticas de brigar pelo vice-campeonato, Ney Franco poupou dez jogadores, de olho no confronto contra a Universidad Católica. O único titular que não poderia atuar de qualquer maneira era Luis Fabiano, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Com os reservas, o Tricolor trocou a velocidade dos titulares pela experiência dos reservas. O treinador montou um meio-campo com cinco jogadores, sendo um mais fixo na macacão (Paulo Assunção) e outros quatro com bom toque de bola e liberdade para movimentação (Casemiro, Cícero, Maicon e Paulo Henrique Ganso), com Willian José à frente como referência. Já a Ponte foi montada no tradicional 4-4-2.
Para explicar a etapa inicial, é preciso dividí-la em duas partes. Na primeira, até os 25 minutos, o São Paulo foi bem superior. Com mais qualidade técnica, a equipe soube controlar o ímpeto rival e chegou duas vezes com perigo, em chutes de Maicon e Casemiro. Em ambas, Edson Bastos fez boas defesas. Sem aparecer muito, Paulo Henrique Ganso teve uma boa chance aos 27, mas errou ao tentar marcar um gol por cobertura - o chute saiu fraco.
Nos últimos 20 minutos, a Ponte dominou. O time acertou sua marcação, passou a ter velocidade na saída de bola e encurralou o São Paulo. Aos 37, Denis fez milagre para evitar gol em chute cruzado de Roger, após passe de João Paulo. Três minutos depois, o gol só não saiu porque Edson Silva, após falha de João Filipe, salvou gol certo de Roger, após cruzamento da esquerda de João Paulo.
Etapa complementar
O São Paulo voltou com uma alteração. Descontente com a produção do time, Ney Franco sacou Henrique Miranda e colocou Ademilson. Com ísso, Cícero deixou o meio-campo, virou lateral-esquerdo e a equipe passou a contar com dois homens ofensivos. No entanto, a Ponte seguiu melhor, e Roger, aos nove, acertou a trave esquerda de Denis em chute de fora da área. Aos 12, nova mudança no Tricolor: Cañete na vaga de Paulo Henrique Ganso. Era o primeiro jogo do gringo desde a grave lesão no joelho, sofrida no dia 14 de outubro de 2011, em duelo contra o Vasco.
Com a mudança na maneira de jogar, o Tricolor ganhou velocidade, e Ademilson, aos 13, quase abriu o marcador em chute cruzado. Mas o que poderia parecer o crescimento da equipe visitante logo foi sufocado por duas chances seguidas da Ponte, em lances de Nikão e Rildo, que assustaram Denis. Cícero, improvisado na defesa, sofria com os avanços de Cicinho. O tempo passava e só um time atacava. Roger, aos 23, assustou em voleio de pé direito. Denis, irritado, pediu atenção aos seus defensores.
Cinco minutos depois, Ney Franco fez sua última mudanças: Lucas Farias, lateral-direito revelado na base, estreou na equipe profissional, na vaga de Willian José, que saiu com dores no tornozelo direito. Cícero mudou de posicionamento novamente e foi atuar no ataque, ao lado de Ademilson. Logo depois, em novo ataque da Ponte, o gol de Roger só não saiu por detalhes. Nos 15 minutos finais, o jogo caiu muito de produção e ficou concentrado no meio-campo. O empate era mesmo um bom resultado para as duas equipes.

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