domingo, 27 de abril de 2014

Bethe cutuca quarteto de Ronda: “Já foi uma, agora só faltam três"

Brasileira derrotou protegida da campeã em duelo pelo UFC 172, neste sábado e não quer saber de esperar para voltar ao octógono

Por Direto de Baltimore, EUA
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A brasileira Bethe Correia conseguiu a sua segunda vitória seguida no Ultimate neste sábado, quando derrotou Jessamyn Duke pelo UFC 172, em Baltimore, nos EUA. Ainda eufórica, ela conversou com o Combate.com logo depois de sair do octógono e aproveitou para cutucar a equipe de sua adversária, que é a mesma de Ronda Rousey.  Logo depois de participar do TUF 18 como treinadora, a campeã praticamente adotou duas ex-participantes - Jessamyn e Shayna Baszler - e as levou para morar em sua própria casa na Califórnia, onde também reside Marina Shafir, sua melhor amiga. O  quarteto foi apelidado de “4horsewomen” (as quatro cavaleiras), e Bethe não perdoou ao derrotar uma de suas integrantes:
- Eu vim para trocar porrada com ela, foi o que eu falei, disse que ia para cima e que não ia me intimidar com a envergadura dela. A Jessamyn tinha um alcance bem maior e estava se gabando, dizendo que ia me nocautear. O apelido dela é “The Gun” (arma) e eu disse que sou à prova de bala. Então troquei com ela, que aplicou algumas quedas em mim, mas me levantei rapidamente e raspei, me mantive por cima. Gostei bastante do meu desempenho e agora é evoluir mais e focar na próxima luta e na próxima adversária para fazer uma luta ainda melhor do que essa. Hoje eu derrotei a Jessamyn, agora só faltam três cavaleiras - cutucou.
MMA - UFC 172 - Bethe Correia x Jessamyn Duke (Foto: Getty Images) Bethe Correia (esquerda) derrota Jessamyn Duke (Foto: Getty Images)

A potiguar, que agora está invicta na carreira, com oito lutas e oito vitórias, não quer pensar em descanso e pretende voltar ao octógono o quanto antes:
- Eu luto com qualquer uma, é só dizer aí, tem várias meninas contratadas pelo UFC na minha categoria e na hora que eles disserem “Bethe é essa”, eu caio para dentro. Eu só vou esperar o telefonema. Tomara que seja rápido, porque estou com um ritmo de luta e treino e aí já mantenho.
No início da semana,  Bethe tinha dito que não se intimidava com a maior envergadura da americana, que é quase 15 centímetros mais alta do que ela. Depois de vencer Jessamyn na decisão unânime, a atleta comemorou a estratégia certa para o duelo:
- Como ela é bem maior do que eu, eu não podia cair para dentro, porque podia começar a levar muito jab e, quando entra um, facilita uma sequência maior e eu podia realmente ser nocauteada. Então eu preferi estudar primeiro a distância dela, para depois me encontrar no combate e encaixar os meus golpes para romper o alcance dela. Não é muito fácil lutar com pessoas que têm uma diferença de alcance tão grande, né? E foi isso que eu fiz, preferi achar a distância do meu braço para acertar o rosto da minha adversária. Foi assim que eu treinei para lutar com ela e deu certo.
Apelidada de “Pitbull” por treinar na mesma academia que os irmãos Patricky e Patrício Pitbull, a lutadora fez apenas a sua segunda luta no UFC e conta que o nervosismo dessa vez não a atrapalhou tanto quanto em sua luta de estreia, quando derrotou Julia Kedzie na decisão dividida dos juízes, em dezembro passado:
- Eu acho que foram duas lutas totalmente diferentes, mas as duas foram muito tensas para mim. A primeira foi muito tensa por ser estreia no UFC e porque o mundo inteiro estava me vendo. Essa foi tensa porque foi uma adversária que me provocou bastante. A Jessamyn é de um time muito forte, um dos maiores do mundo, é muito dura, treina com a Ronda, que é a campeã,  e estava com uma estrutura muito forte sobre ela. Só que eu confiei bastante na minha equipe, que tem um arsenal de atletas internacionais. Não me intimidei com esse papinho dela, que falou demais. Até papagaio fala. Estou tranquila e entrei na luta mais à vontade, o frio na barriga foi um pouco menor. Cada luta que vier vai manter esse frio na barriga, mas já estou me sentindo em casa - finalizou.

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